Monique Pfau, F. S. Costa, Marília Portela, M. Santana, Nathalia Amaya Borges, Simone Salles
{"title":"声音翻译:翻译中的语音视角与矮胖案例","authors":"Monique Pfau, F. S. Costa, Marília Portela, M. Santana, Nathalia Amaya Borges, Simone Salles","doi":"10.11606/issn.2317-9511.v41p30-52","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta um breve estudo bibliográfico e um experimento comentado sobre tradução sonora, tema ainda pouco discutido nos Estudos da Tradução no Brasil. A tradução sonora, observada em alguns poemas e músicas, está fortemente embasada na busca pela repetição ou adaptação da acústica do texto-fonte, levando ou não em consideração outros sistemas linguísticos, como o semântico e o léxico. O referencial teórico sobre conceitos, críticas e exemplos que circundam o tema (Catford, 1965; Venuti, 1995; Pishchikov, 2016; Dembeck, 2015; Hilson, 2013; etc.) evidencia o valor literário da tradução sonora que, apesar de não haver um reconhecimento unânime da tradução sonora ser de fato uma tradução, apresenta-se aqui estudos que mostram discussões a partir de um caráter político e cultural que a reconhecem como legítima. O experimento de tradução foi inspirado na tradução sonora da canção inglesa Humpty Dumpty (1797), de Mother Goose, para o francês, por Van Rooten. Essa tradução é bastante polêmica entre os/as pesquisadores/as por ser um caso extremo de tradução sonora, gerando um texto desprovido de significado. A tradução puramente sonora da canção inglesa para o português brasileiro forneceu meios para observar os diversos sistemas acústicos levantados na seção teórica e as limitações das possibilidades da língua-alvo em repetir alguns sons da língua-fonte. A partir deste estudo, defende-se que a tradução sonora coloca em evidência a fonética como elemento identitário da cultura-fonte.","PeriodicalId":52911,"journal":{"name":"TradTerm","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Tradução sonora: perspectivas fonéticas na tradução e o caso Humpty Dumpty\",\"authors\":\"Monique Pfau, F. S. Costa, Marília Portela, M. Santana, Nathalia Amaya Borges, Simone Salles\",\"doi\":\"10.11606/issn.2317-9511.v41p30-52\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo apresenta um breve estudo bibliográfico e um experimento comentado sobre tradução sonora, tema ainda pouco discutido nos Estudos da Tradução no Brasil. A tradução sonora, observada em alguns poemas e músicas, está fortemente embasada na busca pela repetição ou adaptação da acústica do texto-fonte, levando ou não em consideração outros sistemas linguísticos, como o semântico e o léxico. O referencial teórico sobre conceitos, críticas e exemplos que circundam o tema (Catford, 1965; Venuti, 1995; Pishchikov, 2016; Dembeck, 2015; Hilson, 2013; etc.) evidencia o valor literário da tradução sonora que, apesar de não haver um reconhecimento unânime da tradução sonora ser de fato uma tradução, apresenta-se aqui estudos que mostram discussões a partir de um caráter político e cultural que a reconhecem como legítima. O experimento de tradução foi inspirado na tradução sonora da canção inglesa Humpty Dumpty (1797), de Mother Goose, para o francês, por Van Rooten. Essa tradução é bastante polêmica entre os/as pesquisadores/as por ser um caso extremo de tradução sonora, gerando um texto desprovido de significado. A tradução puramente sonora da canção inglesa para o português brasileiro forneceu meios para observar os diversos sistemas acústicos levantados na seção teórica e as limitações das possibilidades da língua-alvo em repetir alguns sons da língua-fonte. A partir deste estudo, defende-se que a tradução sonora coloca em evidência a fonética como elemento identitário da cultura-fonte.\",\"PeriodicalId\":52911,\"journal\":{\"name\":\"TradTerm\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-02-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"TradTerm\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v41p30-52\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"TradTerm","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2317-9511.v41p30-52","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Tradução sonora: perspectivas fonéticas na tradução e o caso Humpty Dumpty
Este artigo apresenta um breve estudo bibliográfico e um experimento comentado sobre tradução sonora, tema ainda pouco discutido nos Estudos da Tradução no Brasil. A tradução sonora, observada em alguns poemas e músicas, está fortemente embasada na busca pela repetição ou adaptação da acústica do texto-fonte, levando ou não em consideração outros sistemas linguísticos, como o semântico e o léxico. O referencial teórico sobre conceitos, críticas e exemplos que circundam o tema (Catford, 1965; Venuti, 1995; Pishchikov, 2016; Dembeck, 2015; Hilson, 2013; etc.) evidencia o valor literário da tradução sonora que, apesar de não haver um reconhecimento unânime da tradução sonora ser de fato uma tradução, apresenta-se aqui estudos que mostram discussões a partir de um caráter político e cultural que a reconhecem como legítima. O experimento de tradução foi inspirado na tradução sonora da canção inglesa Humpty Dumpty (1797), de Mother Goose, para o francês, por Van Rooten. Essa tradução é bastante polêmica entre os/as pesquisadores/as por ser um caso extremo de tradução sonora, gerando um texto desprovido de significado. A tradução puramente sonora da canção inglesa para o português brasileiro forneceu meios para observar os diversos sistemas acústicos levantados na seção teórica e as limitações das possibilidades da língua-alvo em repetir alguns sons da língua-fonte. A partir deste estudo, defende-se que a tradução sonora coloca em evidência a fonética como elemento identitário da cultura-fonte.