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Tawada Yōko, Jacques Derrida: literatura e tradução como confusão
A partir da dificuldade de decidir como traduzir o título do conto “Misu tenkan'no fushigina aka” (ミス転換の不思議な赤), de Tawada Yōko, o artigo busca pensar a própria dificuldade em si a partir de dois movimentos distintos. Um é a explicação já interpretativa do conto, e o outro é uma discussão que envolve teorias de tradução em Jacques Derrida, no qual se valoriza a ideia de que, dada a existência prévia da confusão como fenômeno alocutário da tradução, toda tentativa não só é possível, mas existente pela própria permanência da categoria do original e, portanto, torna-se necessário não só ler, mas como tentar traduzir. O que se propõe é testar se a literatura e a tradução, através de exemplos e desenvolvimentos de trama no conto já citado, podem de fato ter alguma maneira de pensar como uma comunicação outra poderia surgir e fazer com que a experiência de comunidade literária (texto-tradutor-leitor) aparecesse, assim como o que une comunidade e tradução. O acontecimento, enquanto marca do texto e da primeira reflexão a ser feita a partir da própria ideia do evento tradutológico, começa e encerra a argumentação, de modo que se pense o texto de Tawada Yōko como não só um desafio de tradução, mas uma emulação do que significa traduzir a tradução e de como ser e estar em comum é também uma proposta de comunidade como tradução e confusão.