Sílvia Almeida, Joana Viana, Natália Barcelos, M. Roldão, Helena Peralta
{"title":"网络课程设计?葡萄牙教师协会发展基本学习的关系动态","authors":"Sílvia Almeida, Joana Viana, Natália Barcelos, M. Roldão, Helena Peralta","doi":"10.21814/rpe.24086","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O convite do Ministério da Educação português às associações de professores (AP), em 2016, para a sua participação no processo de definição das Aprendizagens Essenciais (AE) é inédito no contexto histórico-curricular português, como na maioria dos países do mundo. Neste texto pretende-se perceber a estrutura social e a dinâmica de interação criada pelas AP na elaboração das AE, respondendo às seguintes questões de investigação: i) Que atores foram convidados pelas AP para as suas equipas e que relações de interação estabeleceram entre si?; ii) Que dinâmica relacional estabeleceram as associações das várias áreas disciplinares entre si?\nComo metodologia privilegiámos a análise de redes sociais (Social Network Analysis – SNA) que permite detetar a estrutura das relações sociais, e seus padrões de interação e representá-los graficamente. Elaborámos um questionário de análise de redes que foi aplicado às 18 AP que participaram na elaboração das AE.\nOs resultados demonstram que as AP constituíram equipas formadas, sobretudo, por elementos especialistas na disciplina da área. A representação social do conhecimento profissional por parte das AE desvaloriza o conhecimento do currículo. Verificou-se ainda a pouca colaboração entre associações na elaboração das AE, o que se pode justificar pela tradição do sistema educativo português anterior ao 25 de abril, que se sustentava numa lógica de trabalho individual dos docentes, e pela génese ou cultura disciplinar das AP.","PeriodicalId":37277,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Design do currículo em rede? Dinâmica relacional das associações de professores na elaboração das Aprendizagens Essenciais em Portugal\",\"authors\":\"Sílvia Almeida, Joana Viana, Natália Barcelos, M. Roldão, Helena Peralta\",\"doi\":\"10.21814/rpe.24086\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O convite do Ministério da Educação português às associações de professores (AP), em 2016, para a sua participação no processo de definição das Aprendizagens Essenciais (AE) é inédito no contexto histórico-curricular português, como na maioria dos países do mundo. Neste texto pretende-se perceber a estrutura social e a dinâmica de interação criada pelas AP na elaboração das AE, respondendo às seguintes questões de investigação: i) Que atores foram convidados pelas AP para as suas equipas e que relações de interação estabeleceram entre si?; ii) Que dinâmica relacional estabeleceram as associações das várias áreas disciplinares entre si?\\nComo metodologia privilegiámos a análise de redes sociais (Social Network Analysis – SNA) que permite detetar a estrutura das relações sociais, e seus padrões de interação e representá-los graficamente. Elaborámos um questionário de análise de redes que foi aplicado às 18 AP que participaram na elaboração das AE.\\nOs resultados demonstram que as AP constituíram equipas formadas, sobretudo, por elementos especialistas na disciplina da área. A representação social do conhecimento profissional por parte das AE desvaloriza o conhecimento do currículo. Verificou-se ainda a pouca colaboração entre associações na elaboração das AE, o que se pode justificar pela tradição do sistema educativo português anterior ao 25 de abril, que se sustentava numa lógica de trabalho individual dos docentes, e pela génese ou cultura disciplinar das AP.\",\"PeriodicalId\":37277,\"journal\":{\"name\":\"Revista Portuguesa de Educacao\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-05-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Portuguesa de Educacao\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21814/rpe.24086\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"Social Sciences\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Portuguesa de Educacao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21814/rpe.24086","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
Design do currículo em rede? Dinâmica relacional das associações de professores na elaboração das Aprendizagens Essenciais em Portugal
O convite do Ministério da Educação português às associações de professores (AP), em 2016, para a sua participação no processo de definição das Aprendizagens Essenciais (AE) é inédito no contexto histórico-curricular português, como na maioria dos países do mundo. Neste texto pretende-se perceber a estrutura social e a dinâmica de interação criada pelas AP na elaboração das AE, respondendo às seguintes questões de investigação: i) Que atores foram convidados pelas AP para as suas equipas e que relações de interação estabeleceram entre si?; ii) Que dinâmica relacional estabeleceram as associações das várias áreas disciplinares entre si?
Como metodologia privilegiámos a análise de redes sociais (Social Network Analysis – SNA) que permite detetar a estrutura das relações sociais, e seus padrões de interação e representá-los graficamente. Elaborámos um questionário de análise de redes que foi aplicado às 18 AP que participaram na elaboração das AE.
Os resultados demonstram que as AP constituíram equipas formadas, sobretudo, por elementos especialistas na disciplina da área. A representação social do conhecimento profissional por parte das AE desvaloriza o conhecimento do currículo. Verificou-se ainda a pouca colaboração entre associações na elaboração das AE, o que se pode justificar pela tradição do sistema educativo português anterior ao 25 de abril, que se sustentava numa lógica de trabalho individual dos docentes, e pela génese ou cultura disciplinar das AP.