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Educação em tempo integral: uma revisão crítica com base na psicologia do desenvolvimento
No período de 2007 a 2018 houve um crescimento substancial da educação em tempo integral no Brasil, além do aumento das publicações acadêmicas e da presença crescente da temática no cenário político nacional. Neste panorama foi realizada uma revisão integrativa de literatura com o objetivo de investigar e analisar criticamente as principais ideias encontradas nas publicações periódicas brasileiras sobre a educação em tempo integral, estabelecendo um diálogo com autores selecionados do campo da psicologia do desenvolvimento. Verificou-se que a escola integral é, em geral, avaliada positivamente de acordo com os seguintes aspectos: proteção da criança para possibilitar que os pais possam trabalhar, promoção de melhor relacionamento entre professores e alunos, oportunidade de socialização para as crianças e o aprendizado de conteúdos extracurriculares. Entretanto, constatou-se que esta modalidade de educação pode exercer um efeito de cerceamento de tempo e espaço, fazendo com que a criança permaneça excessivamente institucionalizada, passando a maior parte do tempo envolvida em atividades programadas e supervisionadas, gerando estresse e prejudicando outras possibilidades de inserção social. Tais questões sugerem implicações importantes para o desenvolvimento e o bem-estar das crianças, abrindo um campo para pesquisas, reflexões e intervenções.