Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.71638
B. Machado
O presente artigo sustenta a distinção entre dois esquemas possíveis de uso de conteúdos rememorados. Entendemos que a memória é determinante no processo clínico e, para que se possa empregá-la em uma acepção terapêutica, deve ser observada em sua caracterização qualitativa. Nestes termos, com o intuito de apontar a distinta natureza de modos possíveis de rememoração, sugerimos a aproximação de dois modelos extraídos da filosofia de Friedrich Nietzsche. Notadamente, focamos sobre elementos de um dinamismo psicológico no qual a memória está associada a traços específicos do caráter. Tal distinção pode ser percebida em Assim falou Zaratustra, quando o filósofo alemão apresenta dentre tantos personagens dois que nos interessam em particular: o Santo e Zaratustra. Trataremos, portanto, da diferenciação entre estes dois tipos. Cada um, ao seu modo, emprega um uso próprio da memória ao elaborar a vivência psicológica de suas experiências. Pretende-se, assim, mostrar que o estatuto distinto no qual se inscrevem tais memórias serve como índice de diagnóstico e interpretação de diferentes modos de existência.
{"title":"Notas sobre a memória em Assim falou Zaratustra: contribuições à leitura do dinamismo psicológico","authors":"B. Machado","doi":"10.5380/riep.v27i1.71638","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.71638","url":null,"abstract":"O presente artigo sustenta a distinção entre dois esquemas possíveis de uso de conteúdos rememorados. Entendemos que a memória é determinante no processo clínico e, para que se possa empregá-la em uma acepção terapêutica, deve ser observada em sua caracterização qualitativa. Nestes termos, com o intuito de apontar a distinta natureza de modos possíveis de rememoração, sugerimos a aproximação de dois modelos extraídos da filosofia de Friedrich Nietzsche. Notadamente, focamos sobre elementos de um dinamismo psicológico no qual a memória está associada a traços específicos do caráter. Tal distinção pode ser percebida em Assim falou Zaratustra, quando o filósofo alemão apresenta dentre tantos personagens dois que nos interessam em particular: o Santo e Zaratustra. Trataremos, portanto, da diferenciação entre estes dois tipos. Cada um, ao seu modo, emprega um uso próprio da memória ao elaborar a vivência psicológica de suas experiências. Pretende-se, assim, mostrar que o estatuto distinto no qual se inscrevem tais memórias serve como índice de diagnóstico e interpretação de diferentes modos de existência.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47202288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.77570
Liliane Alves da Luz Teles, Lygia De Sousa Viégas
O presente artigo tem por objetivo partilhar alguns desafios vivenciados por supervisoras de estágio no campo da Psicologia Escolar e Educacional, que adotam um referencial teórico-prático crítico, na construção de estratégias de enfrentamento aos processos de medicalização da educação. A Psicologia Escolar e Educacional em uma perspectiva crítica é uma abordagem teórico-prática que busca romper com a naturalização das experiências de fracasso escolar, apontando para as múltiplas determinações envolvidas no fenômeno, nas quais a própria Psicologia, como ciência e profissão, está envolvida. Para a discussão em tela, foi realizada pesquisa de abordagem qualitativa, o trabalho de campo envolvendo a realização de entrevistas semidirigidas com quatro supervisoras de estágio reconhecidas pela relevância de sua atuação nesse campo. A análise das entrevistas tornou possível tecer algumas reflexões, com destaque para: as primeiras aproximações com o universo escolar; a construção de propostas de intervenção; o papel da psicóloga escolar diante de demandas clínicas; os riscos de olhares preconceituosos e o trabalho envolvido na escrita dos relatórios. Espera-se que as reflexões aqui partilhadas possam contribuir para a formação e atuação de psicólogas escolares e educacionais que perspectivem práticas desmedicalizantes.
{"title":"Desmedicalizando a vida escolar: desafios formativos para a Psicologia Escolar e Educacional em uma perspectiva crítica","authors":"Liliane Alves da Luz Teles, Lygia De Sousa Viégas","doi":"10.5380/riep.v27i1.77570","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.77570","url":null,"abstract":"O presente artigo tem por objetivo partilhar alguns desafios vivenciados por supervisoras de estágio no campo da Psicologia Escolar e Educacional, que adotam um referencial teórico-prático crítico, na construção de estratégias de enfrentamento aos processos de medicalização da educação. A Psicologia Escolar e Educacional em uma perspectiva crítica é uma abordagem teórico-prática que busca romper com a naturalização das experiências de fracasso escolar, apontando para as múltiplas determinações envolvidas no fenômeno, nas quais a própria Psicologia, como ciência e profissão, está envolvida. Para a discussão em tela, foi realizada pesquisa de abordagem qualitativa, o trabalho de campo envolvendo a realização de entrevistas semidirigidas com quatro supervisoras de estágio reconhecidas pela relevância de sua atuação nesse campo. A análise das entrevistas tornou possível tecer algumas reflexões, com destaque para: as primeiras aproximações com o universo escolar; a construção de propostas de intervenção; o papel da psicóloga escolar diante de demandas clínicas; os riscos de olhares preconceituosos e o trabalho envolvido na escrita dos relatórios. Espera-se que as reflexões aqui partilhadas possam contribuir para a formação e atuação de psicólogas escolares e educacionais que perspectivem práticas desmedicalizantes.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48999993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.78927
Lurian Dionizio Mendonça, V. Capellini, O. Rodrigues
Estudantes com altas habilidades/superdotação necessitam de programas diferenciados de ensino-aprendizagem e as atividades de enriquecimento curricular são alternativas educacionais previstas para esse público. O presente estudo, de delineamento pré-experimental, investigou as contribuições de atividades de enriquecimento curricular no desenvolvimento cognitivo e acadêmico de estudantes com altas habilidades/superdotação, antes e depois de as frequentarem, por pelo menos um ano. Participaram 17 estudantes, 13 meninos e quatro meninas, com idades entre sete e 15 anos, do Ensino Fundamental, tanto da rede pública (nove) como privada (oito), de escolas de uma cidade média do interior paulista. Utilizou-se o Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, a Escala Wechsler de Inteligência (WISC-IV) e o Teste de Desempenho Escolar (TDE), cujos dados foram descritos e comparados antes e depois da intervenção. Os resultados mostraram pontuações significativamente maiores no pós-teste dos três instrumentos. Todavia, não foi possível atribuir essa melhora somente às atividades de enriquecimento curricular vivenciadas pelos estudantes. Como limitações, ressaltam-se: as atividades de enriquecimento ficaram apenas no nível exploratório; o tamanho reduzido da amostra e a falta de um grupo controle para comparar os resultados. Como ponto forte, constata-se que existem poucas pesquisas sobre enriquecimento curricular ofertados aos estudantes com altas habilidades/superdotação.
{"title":"Contribuições das atividades de enriquecimento curricular no desempenho cognitivo e acadêmico de estudantes com altas habilidades/superdotação","authors":"Lurian Dionizio Mendonça, V. Capellini, O. Rodrigues","doi":"10.5380/riep.v27i1.78927","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.78927","url":null,"abstract":"Estudantes com altas habilidades/superdotação necessitam de programas diferenciados de ensino-aprendizagem e as atividades de enriquecimento curricular são alternativas educacionais previstas para esse público. O presente estudo, de delineamento pré-experimental, investigou as contribuições de atividades de enriquecimento curricular no desenvolvimento cognitivo e acadêmico de estudantes com altas habilidades/superdotação, antes e depois de as frequentarem, por pelo menos um ano. Participaram 17 estudantes, 13 meninos e quatro meninas, com idades entre sete e 15 anos, do Ensino Fundamental, tanto da rede pública (nove) como privada (oito), de escolas de uma cidade média do interior paulista. Utilizou-se o Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, a Escala Wechsler de Inteligência (WISC-IV) e o Teste de Desempenho Escolar (TDE), cujos dados foram descritos e comparados antes e depois da intervenção. Os resultados mostraram pontuações significativamente maiores no pós-teste dos três instrumentos. Todavia, não foi possível atribuir essa melhora somente às atividades de enriquecimento curricular vivenciadas pelos estudantes. Como limitações, ressaltam-se: as atividades de enriquecimento ficaram apenas no nível exploratório; o tamanho reduzido da amostra e a falta de um grupo controle para comparar os resultados. Como ponto forte, constata-se que existem poucas pesquisas sobre enriquecimento curricular ofertados aos estudantes com altas habilidades/superdotação.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022944","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.78988
Renise Bastos Farias Dias, Bárbara Fernanda Santos Alcântara, Thaynara Silva dos Santos Oliveira, R. Peixoto, Emylia Anna Ferreira Gomes, M. R. B. Galdino, Cleildo Torres de Oliveira, E. S. Figueiredo
O abuso de substâncias psicoativas pela mulher no período pré-natal tem chamado a atenção para a necessidade de práticas de cuidado materno-neonatal que sejam culturalmente competentes. Desta forma, este estudo teve como objetivo relatar limitações e potencialidades de cuidado transcultural ao binômio mãe usuária de álcool ou outras drogas e seu neonato, observadas no dia a dia da maternidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, descritiva, com perspectiva etnográfica sobre o cuidado prestado ao binômio mãe usuária de álcool ou outras drogas e seu neonato, realizada entre 2018 e 2020 em maternidades. Os dados foram obtidos por meio de observação participante e entrevistas às puérperas e profissionais de saúde, discutindo-os à luz da Teoria de Madeleine Leininger. As limitações e potencialidades do cuidado focaram no acolhimento, na comunicação entre os profissionais e as pacientes, na identificação de sinais de dependência e abstinência na puérpera, nas orientações em saúde e na rotina de avaliação neonatal. A compreensão cultural e o vínculo etnográfico permitiram uma relação de confiança, de busca de conhecimento e de construção coletiva para o efetivo cuidado culturalmente congruente frente às limitações encontradas.
{"title":"Cuidado transcultural em maternidades a puérperas e neonatos expostos a subs-tâncias psicoativas no pré-natal","authors":"Renise Bastos Farias Dias, Bárbara Fernanda Santos Alcântara, Thaynara Silva dos Santos Oliveira, R. Peixoto, Emylia Anna Ferreira Gomes, M. R. B. Galdino, Cleildo Torres de Oliveira, E. S. Figueiredo","doi":"10.5380/riep.v27i1.78988","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.78988","url":null,"abstract":"O abuso de substâncias psicoativas pela mulher no período pré-natal tem chamado a atenção para a necessidade de práticas de cuidado materno-neonatal que sejam culturalmente competentes. Desta forma, este estudo teve como objetivo relatar limitações e potencialidades de cuidado transcultural ao binômio mãe usuária de álcool ou outras drogas e seu neonato, observadas no dia a dia da maternidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, descritiva, com perspectiva etnográfica sobre o cuidado prestado ao binômio mãe usuária de álcool ou outras drogas e seu neonato, realizada entre 2018 e 2020 em maternidades. Os dados foram obtidos por meio de observação participante e entrevistas às puérperas e profissionais de saúde, discutindo-os à luz da Teoria de Madeleine Leininger. As limitações e potencialidades do cuidado focaram no acolhimento, na comunicação entre os profissionais e as pacientes, na identificação de sinais de dependência e abstinência na puérpera, nas orientações em saúde e na rotina de avaliação neonatal. A compreensão cultural e o vínculo etnográfico permitiram uma relação de confiança, de busca de conhecimento e de construção coletiva para o efetivo cuidado culturalmente congruente frente às limitações encontradas.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.85595
Daiane Zanqueta, Elaini Karoline Russi, Sílvia Regina De Souza
Os árbitros são agentes esportivos que contribuem para a promoção do fair play. Esse estudo tem por objetivo categorizar as classes de comportamentos que compõem a classe geral “manejar comportamentos antiesportivos e de fair play em atletas de Futsal”. Empregou-se como fonte de informação o Código de Ética da Confederação Brasileira de Futsal e o Livro Nacional de Regras do Futsal. O procedimento foi composto pelas seguintes etapas: selecionar e registrar trechos das obras; identificar, destacar e registrar nos trechos selecionados as partes que contenham componentes das classes de comportamento; derivar e registrar componentes das classes de comportamentos; avaliar a linguagem dos componentes identificados; nomear as classes de comportamento; avaliar a linguagem; organizar e categorizar as classes de comportamento. Os resultados apontaram um total de 132 classes de comportamento categorizadas em: dever do árbitro e proibido ao árbitro. Descrever as classes de comportamentos aumenta a probabilidade de desenvolver intervenções mais eficientes e efetivas que capacitem os árbitros a manejarem comportamentos antiesportivos e de fair play nos jogos de futsal.
{"title":"Comportamentos Antiesportivos e de Fair Play: Categorização dos Comportamentos dos Árbitros de Futsal","authors":"Daiane Zanqueta, Elaini Karoline Russi, Sílvia Regina De Souza","doi":"10.5380/riep.v27i1.85595","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.85595","url":null,"abstract":"Os árbitros são agentes esportivos que contribuem para a promoção do fair play. Esse estudo tem por objetivo categorizar as classes de comportamentos que compõem a classe geral “manejar comportamentos antiesportivos e de fair play em atletas de Futsal”. Empregou-se como fonte de informação o Código de Ética da Confederação Brasileira de Futsal e o Livro Nacional de Regras do Futsal. O procedimento foi composto pelas seguintes etapas: selecionar e registrar trechos das obras; identificar, destacar e registrar nos trechos selecionados as partes que contenham componentes das classes de comportamento; derivar e registrar componentes das classes de comportamentos; avaliar a linguagem dos componentes identificados; nomear as classes de comportamento; avaliar a linguagem; organizar e categorizar as classes de comportamento. Os resultados apontaram um total de 132 classes de comportamento categorizadas em: dever do árbitro e proibido ao árbitro. Descrever as classes de comportamentos aumenta a probabilidade de desenvolver intervenções mais eficientes e efetivas que capacitem os árbitros a manejarem comportamentos antiesportivos e de fair play nos jogos de futsal.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71023247","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.91190
Gessika Brasileira Macedo De Carvalho, Jane Teresinha Domingues Cotrin
Este artigo apresenta uma discussão sobre o processo educacional inclusivo na perspectiva de psicólogas e psicólogos do estado de Mato Grosso, a partir de suas vivências profissionais, especificamente, com as demandas de alunos com deficiência. Deriva de uma pesquisa qualitativa realizada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso no período de 2017-2018. Os participantes da pesquisa foram sete profissionais que atuam na educação básica em municípios do estado de Mato Grosso, sendo seis psicólogas e um psicólogo, e o objetivo foi identificar as perspectivas desses profissionais sobre o processo educacional inclusivo a partir de suas expectativas, dificuldades e possibilidades de atuação. Para a produção de dados para análise, foram utilizadas a técnica de grupo focal e entrevistas individuais. Os dados foram analisados conforme a metodologia da Análise Temática e sob a perspectiva crítica em Psicologia Escolar, além da Psicologia Histórico-Cultural. Os resultados apontam que as atividades realizadas pelas psicólogas e psicólogos focam na formação dos profissionais que atuam nas escolas, orientação aos familiares e atendimento aos alunos. Destacam-se como dificuldades a articulação com os profissionais da escola, a fragilidade do atendimento na rede de serviços públicos e a precária compreensão dos profissionais sobre educação inclusiva.
{"title":"Reflexões sobre educação inclusiva: A perspectiva de psicólogas e psicólogos de Mato Grosso","authors":"Gessika Brasileira Macedo De Carvalho, Jane Teresinha Domingues Cotrin","doi":"10.5380/riep.v27i1.91190","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.91190","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma discussão sobre o processo educacional inclusivo na perspectiva de psicólogas e psicólogos do estado de Mato Grosso, a partir de suas vivências profissionais, especificamente, com as demandas de alunos com deficiência. Deriva de uma pesquisa qualitativa realizada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso no período de 2017-2018. Os participantes da pesquisa foram sete profissionais que atuam na educação básica em municípios do estado de Mato Grosso, sendo seis psicólogas e um psicólogo, e o objetivo foi identificar as perspectivas desses profissionais sobre o processo educacional inclusivo a partir de suas expectativas, dificuldades e possibilidades de atuação. Para a produção de dados para análise, foram utilizadas a técnica de grupo focal e entrevistas individuais. Os dados foram analisados conforme a metodologia da Análise Temática e sob a perspectiva crítica em Psicologia Escolar, além da Psicologia Histórico-Cultural. Os resultados apontam que as atividades realizadas pelas psicólogas e psicólogos focam na formação dos profissionais que atuam nas escolas, orientação aos familiares e atendimento aos alunos. Destacam-se como dificuldades a articulação com os profissionais da escola, a fragilidade do atendimento na rede de serviços públicos e a precária compreensão dos profissionais sobre educação inclusiva.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71023466","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.79390
A. Noronha, H. Batista, Marcela Hipólito de Souza
Esta pesquisa teve por objetivo investigar as relações entre a percepção de religiosidade e as forças pessoais e as diferenças quanto à idade, ao sexo e nível de religiosidade dos participantes. Para tanto, 92 estudantes, com idades entre 18 e 64 anos (M= 25,13; DP=8,09), de uma universidade particular do estado de São Paulo, responderam à Escala de Avaliação da Percepção de Religiosidade (EAPRE) e à Escala de Forças de Caráter (EFC). Foram encontradas correlações significativas entre 21 forças da EFC, e o fator internalização da EAPRE (r entre 0,21 e 0,49), e três forças pessoais com o fator externalização (r entre 0,25 e 0,53). As mulheres apresentaram maiores médias que os homens no fator internalização da EAPRE e em seis forças de caráter da EFC. Além disso, os participantes que se percebiam com alto nível de religiosidade apresentaram maiores médias na força espiritualidade. Pesquisas com outras amostras são necessárias para permitir o amadurecimento dos conceitos investigados, sobretudo no Brasil, onde os instrumentos que avaliam construtos da psicologia positiva estão em desenvolvimento.
本研究旨在探讨宗教信仰感知与个人力量之间的关系，以及参与者在年龄、性别和宗教信仰水平上的差异。因此，92名学生，年龄在18 - 64岁之间(M= 25,13; p = 0,05)，年龄在18 - 64岁之间(M= 25,13; p = 0,05)来自sao保罗州一所私立大学的学生回答了宗教信仰感知量表(EAPRE)和性格力量量表(EFC)。21种EFC力量与EAPRE内化因子(r在0.21 ~ 0.49之间)和3种个人力量与外化因子(r在0.25 ~ 0.53之间)之间存在显著相关性。女性在EAPRE内化因素和EFC的六种性格力量方面的平均水平高于男性。此外，被认为具有高度宗教信仰的参与者在灵性力量方面表现出更高的平均水平。对其他样本的研究是必要的，以允许调查概念的成熟，特别是在巴西，评估积极心理学结构的工具正在发展。
{"title":"Percepção de religiosidade e forças pessoais: Relação entre os construtos em universitários","authors":"A. Noronha, H. Batista, Marcela Hipólito de Souza","doi":"10.5380/riep.v27i1.79390","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.79390","url":null,"abstract":"Esta pesquisa teve por objetivo investigar as relações entre a percepção de religiosidade e as forças pessoais e as diferenças quanto à idade, ao sexo e nível de religiosidade dos participantes. Para tanto, 92 estudantes, com idades entre 18 e 64 anos (M= 25,13; DP=8,09), de uma universidade particular do estado de São Paulo, responderam à Escala de Avaliação da Percepção de Religiosidade (EAPRE) e à Escala de Forças de Caráter (EFC). Foram encontradas correlações significativas entre 21 forças da EFC, e o fator internalização da EAPRE (r entre 0,21 e 0,49), e três forças pessoais com o fator externalização (r entre 0,25 e 0,53). As mulheres apresentaram maiores médias que os homens no fator internalização da EAPRE e em seis forças de caráter da EFC. Além disso, os participantes que se percebiam com alto nível de religiosidade apresentaram maiores médias na força espiritualidade. Pesquisas com outras amostras são necessárias para permitir o amadurecimento dos conceitos investigados, sobretudo no Brasil, onde os instrumentos que avaliam construtos da psicologia positiva estão em desenvolvimento.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71022661","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.86080
Brenda Vitória De Oliveira, C. A. Serralha
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina defendem que o médico deve promover a saúde integral. Na pediatria, a importância do cuidado integral é ainda maior, pois a criança é um ser em desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional e o desenvolvimento infantil envolve o corpo e o psiquismo indissociavelmente. O objetivo deste estudo foi investigar disciplinas que abordem conteúdos de desenvolvimento emocional infantil, saúde mental na infância e constituição psíquica do indivíduo na formação médica. Trata-se de uma pesquisa documental, na qual Projetos Pedagógicos das Escolas Médicas do estado de Minas Gerais foram analisados. Dentre um total de 39 escolas, apenas 18 atenderam aos critérios de inclusão. As categorias temáticas analisadas foram: Objetivo do curso e o perfil do egresso; A presença da interdisciplinaridade; Psicologia Médica; Psicologia infantil nas disciplinas de Pediatria; A saúde mental infantil. Constatou-se que não há padronização do ensino médico em relação ao oferecimento de conteúdos da psicologia e saúde mental infantil, desenvolvimento emocional e constituição psíquica do sujeito. Essa constatação traz a reflexão sobre os prejuízos na assistência integral à infância que poderiam ser evitados e a necessidade de iniciativas de um ensino interdisciplinar.
{"title":"O desenvolvimento emocional infantil na formação médica: uma análise documental","authors":"Brenda Vitória De Oliveira, C. A. Serralha","doi":"10.5380/riep.v27i1.86080","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.86080","url":null,"abstract":"As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina defendem que o médico deve promover a saúde integral. Na pediatria, a importância do cuidado integral é ainda maior, pois a criança é um ser em desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional e o desenvolvimento infantil envolve o corpo e o psiquismo indissociavelmente. O objetivo deste estudo foi investigar disciplinas que abordem conteúdos de desenvolvimento emocional infantil, saúde mental na infância e constituição psíquica do indivíduo na formação médica. Trata-se de uma pesquisa documental, na qual Projetos Pedagógicos das Escolas Médicas do estado de Minas Gerais foram analisados. Dentre um total de 39 escolas, apenas 18 atenderam aos critérios de inclusão. As categorias temáticas analisadas foram: Objetivo do curso e o perfil do egresso; A presença da interdisciplinaridade; Psicologia Médica; Psicologia infantil nas disciplinas de Pediatria; A saúde mental infantil. Constatou-se que não há padronização do ensino médico em relação ao oferecimento de conteúdos da psicologia e saúde mental infantil, desenvolvimento emocional e constituição psíquica do sujeito. Essa constatação traz a reflexão sobre os prejuízos na assistência integral à infância que poderiam ser evitados e a necessidade de iniciativas de um ensino interdisciplinar.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71023509","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.79722
Cristiane Helena Dias Simões, Tomíris Forner Barcelos, Débora Ortolan Fernandes de Oliveira, C. Visintin, Tania Maria José Aiello- Vaisberg
Considerando que as práticas clínicas se baseiam tanto em conhecimentos científicos como em crenças e valores nem sempre conscientes, este estudo objetiva investigar o imaginário coletivo de profissionais de saúde mental sobre o paciente psiquiátrico, na perspectiva da psicologia psicanalítica concreta. Justifica-se, portanto, desde o interesse em aperfeiçoar a qualidade do atendimento, tendo em vista tanto o benefício dos pacientes, como a melhoria das condições de exercício profissional. A partir de uma entrevista psicológica coletiva, articulada ao redor do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema, abordamos sete profissionais de nível superior que trabalham em equipamento de saúde mental. A consideração do material permitiu a produção interpretativa de dois campos de sentido afetivo-emocional: “Sofredores psicóticos” e “Impostores dependentes”. O quadro geral apresenta a coexistência de visões solidárias e éticas diante do psicótico com visões preconceituosas e hostis em relação ao dependente químico. Esse contraste se baseia sobretudo na dificuldade em perceber que a base motivacional do uso da droga seria o sofrimento emocional. Como um todo, esse cenário permite pensar que a reforma psiquiátrica gerou transformações que promovem acolhimento, mas que ainda permanecem estigmas a serem superados.
{"title":"“Louco sim, drogado não”: o imaginário de profissionais da saúde mental","authors":"Cristiane Helena Dias Simões, Tomíris Forner Barcelos, Débora Ortolan Fernandes de Oliveira, C. Visintin, Tania Maria José Aiello- Vaisberg","doi":"10.5380/riep.v27i1.79722","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.79722","url":null,"abstract":"Considerando que as práticas clínicas se baseiam tanto em conhecimentos científicos como em crenças e valores nem sempre conscientes, este estudo objetiva investigar o imaginário coletivo de profissionais de saúde mental sobre o paciente psiquiátrico, na perspectiva da psicologia psicanalítica concreta. Justifica-se, portanto, desde o interesse em aperfeiçoar a qualidade do atendimento, tendo em vista tanto o benefício dos pacientes, como a melhoria das condições de exercício profissional. A partir de uma entrevista psicológica coletiva, articulada ao redor do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema, abordamos sete profissionais de nível superior que trabalham em equipamento de saúde mental. A consideração do material permitiu a produção interpretativa de dois campos de sentido afetivo-emocional: “Sofredores psicóticos” e “Impostores dependentes”. O quadro geral apresenta a coexistência de visões solidárias e éticas diante do psicótico com visões preconceituosas e hostis em relação ao dependente químico. Esse contraste se baseia sobretudo na dificuldade em perceber que a base motivacional do uso da droga seria o sofrimento emocional. Como um todo, esse cenário permite pensar que a reforma psiquiátrica gerou transformações que promovem acolhimento, mas que ainda permanecem estigmas a serem superados.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49264401","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.5380/riep.v27i1.85519
Ana Paula C. Rodrigues, A. Wagner, Daniela Centenaro Levandowski
Embora interações com amigos e parceiros amorosos ganhem importância na adolescência, ainda há controvérsias acerca da profundidade e da qualidade da vinculação amorosa. Buscou-se avaliar a percepção de setenta adolescentes gaúchos (12 a 18 anos), de escolas públicas e privadas de Porto Alegre e Canoas/RS, acerca do amor e do suporte do(a) parceiro(a) amoroso(a), e verificar suas associações com características sociodemográficas. Aplicou-se individualmente, em sala de aula, um questionário de dados sociodemográficos, o Inventário de Qualidade dos Relacionamentos Interpessoais e a Escala Triangular do Amor – Versão Reduzida. Os dados obtidos foram digitados em planilha no SPSS e analisados por meio de estatística descritiva e correlacional (Correlação de Spearman e comparação entre grupos via teste de Mann-Whitney, considerando as variáveis gênero, faixa etária, renda familiar, religião, escolaridade e presença ou não de relação sexual). Os adolescentes perceberam seus relacionamentos como importantes, considerando-os boa fonte de suporte, apresentando altos índices de intimidade, paixão e comprometimento e baixo nível de conflito. Encontrou-se associação positiva entre comprometimento e profundidade e intimidade e suporte, assim como entre maior idade e maior comprometimento. Ter relacionamento sexual associou-se a maior percepção de conflito e paixão. Os relacionamentos amorosos mostraram ser fonte de suporte para o desenvolvimento saudável desses adolescentes.
{"title":"Ter alguém com quem contar: A percepção de adolescentes acerca do amor e do suporte do(a) parceiro(a) amoroso(a)","authors":"Ana Paula C. Rodrigues, A. Wagner, Daniela Centenaro Levandowski","doi":"10.5380/riep.v27i1.85519","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/riep.v27i1.85519","url":null,"abstract":"Embora interações com amigos e parceiros amorosos ganhem importância na adolescência, ainda há controvérsias acerca da profundidade e da qualidade da vinculação amorosa. Buscou-se avaliar a percepção de setenta adolescentes gaúchos (12 a 18 anos), de escolas públicas e privadas de Porto Alegre e Canoas/RS, acerca do amor e do suporte do(a) parceiro(a) amoroso(a), e verificar suas associações com características sociodemográficas. Aplicou-se individualmente, em sala de aula, um questionário de dados sociodemográficos, o Inventário de Qualidade dos Relacionamentos Interpessoais e a Escala Triangular do Amor – Versão Reduzida. Os dados obtidos foram digitados em planilha no SPSS e analisados por meio de estatística descritiva e correlacional (Correlação de Spearman e comparação entre grupos via teste de Mann-Whitney, considerando as variáveis gênero, faixa etária, renda familiar, religião, escolaridade e presença ou não de relação sexual). Os adolescentes perceberam seus relacionamentos como importantes, considerando-os boa fonte de suporte, apresentando altos índices de intimidade, paixão e comprometimento e baixo nível de conflito. Encontrou-se associação positiva entre comprometimento e profundidade e intimidade e suporte, assim como entre maior idade e maior comprometimento. Ter relacionamento sexual associou-se a maior percepção de conflito e paixão. Os relacionamentos amorosos mostraram ser fonte de suporte para o desenvolvimento saudável desses adolescentes.","PeriodicalId":37053,"journal":{"name":"Interacao em Psicologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"71023451","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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