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Sobre rostos e distâncias: deslocamentos nas narrativas bíblicas de Sara e Rebeca
Este artigo examina as narrativas bíblicas sobre Sara e Rebeca. Essas personagens, presentes no Livro do Gênesis, são referenciais para se pensar o deslocamento espacial como indicativo de mudanças internas. O Gênesis inicia as páginas de uma obra clássica, emblemática influenciadora do pensamento ocidental, como alertaram Erich Auerbach, Northrop Frye, Robert Alter e Harold Bloom, dentre outros. Ainda que essa Escritura seja tradicionalmente compreendida como um conjunto de vozes masculinas e patriarcais, as mulheres que aparecem em suas linhas desempenharam importantes ações, garantindo a inauguração e manutenção de genealogias dos povos bíblicos em suas dimensões espaciais e simbólicas. A investigação proposta se deixará guiar pelos conceitos de exílio e deslocamento, utilizados contemporaneamente no contexto dos estudos literários, culturais e filosóficos, sobretudo a partir de Emannuel Lévinas, Stuart Hall e Jean-Luc Nancy. Portanto, pode-se adiantar que o estudo do comportamento dessas duas personagens, bem como de suas estratégias de sobrevivência, permite compreender o deslocamento dos seres humanos em todos os tempos e em diversas partes do mundo. O sofrimento, a astúcia e as identidades de Sara e Rebeca permitem reler a história do antigo Israel de forma vívida, estética e empolgante.