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Abstract
Introdução: A microbiota intestinal representa um conjunto de microrganismos que atuam na integridade da barreira celular intestinal, proteção contra patógenos, maturação do sistema imunológico, síntese de vitaminas e a absorção da energia de alimentos que não foram aproveitados pelos ácidos graxos de cadeia curta. Estima-se que a microbiota intestinal tem em sua composição maior quantidade de bactérias, leveduras, arquéias, entre outros, do que células no corpo humano. Este conjunto de seres vivos também demostra uma significante relação com o eixo cérebro-intestino, onde o desequilíbrio da microbiota pode ser fator de risco para processos fisiopatológicos que dão início as desordens neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. Objetivo: A intenção deste resumo é informar a relação da microbiota intestinal e a doença de Alzheimer, juntamente com os possíveis acontecimentos devido à disbiose intestinal e apresentar brevemente o motivo da microbiota ser um importante aliado nas pesquisas sobre a da doença. Material e métodos: Foram realizadas pesquisas bibliográficas nas bases de dados PubMed e Google Scholar com artigos científicos nos anos de 2017 e 2019. Os artigos foram escolhidos por contemplar com detalhes ambos os assuntos e fazer uma união dos conhecimentos. Resultados: Através de estudos em animais para obter mais informações sobre o eixo cérebro-microbiota-intestino e sua relação na Doença de Alzheimer, foram feitos com: estudos livre de germes, uso de antibióticos, uso de próbioticos, em infecções bacterianas e no transplante de microbiota fecal. Observou-se alterações na neurogênese, comprometimento no comportamento cognitivo, estímulos neuroinflamatórios e até mesmo que bactérias como Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem contribuir para a patogênese da doença de Alzheimer devido as cepas bacterianas que se gerarem amilóides em relevante quantidade, podem formar os oligômeros Aβ. Conclusão: Em razão da doença ter prevalência no envelhecimento, nessa fase a microbiota já está comprometida, o que estimula o sistema imunológico até mesmo a inflamação crônica e o comprometimento da barreira hematoencefálica. Em conexão da idade avançada e a disbiose intestinal, ocorre o aumento da permeabilidade intestinal, deslocamento da microbiota e estímulos de ativação de citocinas pró-inflamtórias, que juntos são fatores de risco significantes para o aparecimento da doença de Alzheimer.