Pub Date : 2022-04-23DOI: 10.51161/ii-conamic/5436
Natália Chilinque Zambão da Silva, A. S. Ribeiro, Louise Vieira Porfírio de Souza
Introdução: Programas de stewardship consistem em estratégias que visam uma gestão cuidadosa e responsável do uso de antimicrobianos. Ele deve ser formado por uma equipe multidisciplinar que envolve farmacêutico clínico, microbiologista, médico, enfermeiro e direção do hospital. Um dos aspectos que mais impactam o programa é a contaminação de hemoculturas. A teicoplanina é frequentemente administrada quando há suspeita de Gram-positivos resistentes no sangue. Um resultado positivo do teste de hemocultura devido a contaminação e não a uma infecção verdadeira interfere na descontinuação da terapia. Objetivo: Descrever o impacto da contaminação de hemoculturas nos indicadores de consumo de teicoplanina, e portanto, impacto nos indicadores de um programa racional de antimicrobianos. Metodologia: Foram auditadas prescrições de teicoplanina de janeiro a julho de 2021 em um hospital quaternário de Niterói, associado a monitoramento de resultados de hemoculturas. Foi considerada inadequada a antibioticoterapia caso contaminação de coleta e tempo de utilização maior que 3 dias. Resultados: Durante os seis meses do estudo, foram analisadas 237 prescrições. A taxa de inadequação foi de 59% e 850 DOTs (dias de terapia) a mais desnecessários. As análises evidenciam ineficiência na prescrição de glicopeptídeo. Tais observações expõem o risco de toxicidade aos pacientes, desenvolvimento de cepas resistentes e altos custos no tratamento e no diagnóstico. Foram gastos insumos de hemoculturas, antimicrobianos, luvas, seringas, soros, equipos, bombas. Infelizmente, esses gastos indiretos não são mensurados. Conclusão: O presente estudo corrobora com um programa de Stewardship em que o laboratório de microbiologia deve estar inserido, e assim otimizar o uso de agentes antimicrobianos.
{"title":"STEWARDSHIP: ERROS, ACERTOS, DÚVIDAS DA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS","authors":"Natália Chilinque Zambão da Silva, A. S. Ribeiro, Louise Vieira Porfírio de Souza","doi":"10.51161/ii-conamic/5436","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/5436","url":null,"abstract":"Introdução: Programas de stewardship consistem em estratégias que visam uma gestão cuidadosa e responsável do uso de antimicrobianos. Ele deve ser formado por uma equipe multidisciplinar que envolve farmacêutico clínico, microbiologista, médico, enfermeiro e direção do hospital. Um dos aspectos que mais impactam o programa é a contaminação de hemoculturas. A teicoplanina é frequentemente administrada quando há suspeita de Gram-positivos resistentes no sangue. Um resultado positivo do teste de hemocultura devido a contaminação e não a uma infecção verdadeira interfere na descontinuação da terapia. Objetivo: Descrever o impacto da contaminação de hemoculturas nos indicadores de consumo de teicoplanina, e portanto, impacto nos indicadores de um programa racional de antimicrobianos. Metodologia: Foram auditadas prescrições de teicoplanina de janeiro a julho de 2021 em um hospital quaternário de Niterói, associado a monitoramento de resultados de hemoculturas. Foi considerada inadequada a antibioticoterapia caso contaminação de coleta e tempo de utilização maior que 3 dias. Resultados: Durante os seis meses do estudo, foram analisadas 237 prescrições. A taxa de inadequação foi de 59% e 850 DOTs (dias de terapia) a mais desnecessários. As análises evidenciam ineficiência na prescrição de glicopeptídeo. Tais observações expõem o risco de toxicidade aos pacientes, desenvolvimento de cepas resistentes e altos custos no tratamento e no diagnóstico. Foram gastos insumos de hemoculturas, antimicrobianos, luvas, seringas, soros, equipos, bombas. Infelizmente, esses gastos indiretos não são mensurados. Conclusão: O presente estudo corrobora com um programa de Stewardship em que o laboratório de microbiologia deve estar inserido, e assim otimizar o uso de agentes antimicrobianos.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123044149","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O cirurgião dentista (CD) enfrenta situações adversas em sua carreira, tais como: montar um consultório próprio; alto custo de equipamentos e materiais de trabalho; ganhar a confiança de outros profissionais e pacientes; ter condições adequadas de trabalho, a baixa remuneração no sistema público e em clínicas populares; insegurança e confrontação à formação acadêmica obtida e a falta de experiência administrativa, sem falar na alta concorrência com outros profissionais da área. A fim de enfrentar os desafios cotidianos em busca de melhores condições de trabalho, é preciso investir em cursos de especialização e pós-graduação, para buscar o progresso na qualidade de trabalho e especificamente, galgar novos conhecimentos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo pontuar quais são os principais desafios do cirurgião dentista atualmente, tanto na sua atuação no sistema público quanto no privado. Material e métodos: O estudo foi realizado através de revisões de literatura, de maneira qualitativa, optando-se por selecionar artigos sobre o tema dos últimos 05 anos. As pesquisas foram realizadas através dos descritores: desafios na odontologia, carreira odontológica, mercado de trabalho e odontologia e desafios do cirurgião dentista. A busca foi realizada na plataforma PubMed e no Google Acadêmico. Ao concluir o artigo, o leitor terá melhor embasamento científico de artigos publicados nos últimos anos sobre o tema. Resultados: Ainda existem outras causas que afetam o desenvolvimento do CD no SUS, entre eles estão o sucateamento do serviço público em alguns locais, principalmente os locais mais distantes dos centros urbanos. Há também as limitações em relação a má gestão, que afetam diretamente no modelo operacional das estratégias da equipe de saúde bucal. Diante do exposto, ressalta-se que a odontologia é uma das profissões que mais vem evoluindo em técnicas e na aquisição de novas tecnologias, a fim de proporcionar aos pacientes maior conforto, segurança e credibilidade. Conclusão: Os desafios que os dentistas enfrentam, porém, são inúmeros. Na realidade, o tratamento dentário ainda é considerado inalcançável para a população mais carente, devido ao elevado custo dos tratamentos em clínicas particulares e à falta de uma odontologia pública de excelência.
{"title":"OS DESAFIOS DO CIRURGIÃO DENTISTA EM SUA ATUAÇÃO NO MERCADO","authors":"Fellipe pereira Mourao, Cristina Pacheco Coelho","doi":"10.51161/ii-conamic/54","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/54","url":null,"abstract":"Introdução: O cirurgião dentista (CD) enfrenta situações adversas em sua carreira, tais como: montar um consultório próprio; alto custo de equipamentos e materiais de trabalho; ganhar a confiança de outros profissionais e pacientes; ter condições adequadas de trabalho, a baixa remuneração no sistema público e em clínicas populares; insegurança e confrontação à formação acadêmica obtida e a falta de experiência administrativa, sem falar na alta concorrência com outros profissionais da área. A fim de enfrentar os desafios cotidianos em busca de melhores condições de trabalho, é preciso investir em cursos de especialização e pós-graduação, para buscar o progresso na qualidade de trabalho e especificamente, galgar novos conhecimentos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo pontuar quais são os principais desafios do cirurgião dentista atualmente, tanto na sua atuação no sistema público quanto no privado. Material e métodos: O estudo foi realizado através de revisões de literatura, de maneira qualitativa, optando-se por selecionar artigos sobre o tema dos últimos 05 anos. As pesquisas foram realizadas através dos descritores: desafios na odontologia, carreira odontológica, mercado de trabalho e odontologia e desafios do cirurgião dentista. A busca foi realizada na plataforma PubMed e no Google Acadêmico. Ao concluir o artigo, o leitor terá melhor embasamento científico de artigos publicados nos últimos anos sobre o tema. Resultados: Ainda existem outras causas que afetam o desenvolvimento do CD no SUS, entre eles estão o sucateamento do serviço público em alguns locais, principalmente os locais mais distantes dos centros urbanos. Há também as limitações em relação a má gestão, que afetam diretamente no modelo operacional das estratégias da equipe de saúde bucal. Diante do exposto, ressalta-se que a odontologia é uma das profissões que mais vem evoluindo em técnicas e na aquisição de novas tecnologias, a fim de proporcionar aos pacientes maior conforto, segurança e credibilidade. Conclusão: Os desafios que os dentistas enfrentam, porém, são inúmeros. Na realidade, o tratamento dentário ainda é considerado inalcançável para a população mais carente, devido ao elevado custo dos tratamentos em clínicas particulares e à falta de uma odontologia pública de excelência.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"433 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116060200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Laura de Melo Silveira, Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Julia Maria dos Santos Amaral, Leonardo Camargos Saliba
Introdução: Até o início do século XXI acreditava-se que o pulmão era um órgão estéril enquanto as vias aéreas superiores eram habitadas por bactérias comensais. Há uma década, por meio de estudos baseados no crescimento bacteriano de material colhido através do lavado broncoalveolar, passou a ser conhecida a caracterização da microbiota pulmonar, que é composta mais comumente pelos filos genéticos: Proteobacteria, Firmicutes, e Bacteroidetes; em relação ao gênero, predominam Streptococcus, Prevotella, Fusobacteria e Veillonella, e uma menor contribuição de potenciais patógenos, como Haemophilus e Neisseria. Dessa forma, a microbiota pulmonar saudável apresenta uma densidade baixa de colônias que vivem em equilíbrio com o organismo mas que estão sujeitas a diversas modificações ambientais e/ou genéticas, gerando disbiose. Questiona-se então se essa disbiose estaria relacionada ou não com o surgimento de doenças pulmonares e intersticiais. Objetivo: Este trabalho busca esclarecer a relação entre a disbiose da microbiota pulmonar e a manifestação de doenças respiratórias. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura por meio de bases de dados como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, utilizando como palavras chaves: Microbioma pulmonar, disbiose, doenças pulmonares. Resultados: Neste presente estudo foram selecionadas três conhecidas doenças pulmonares, dentre elas: DPOC, asma e fibrose cística. Foi constatado então, que nos pacientes portadores dessas três doenças existia um processo de disbiose a qual sofria alteração de acordo com doença. Na DPOC, confirmou-se um crescimento de uma determinada colônia em detrimento de outras. Na asma, adultos portadores apresentaram uma prevalência maior de organismos do filo Proteobacteria, como Haemophilus influenzae, quando comparados a controles saudáveis. Por último, na fibrose cística, estudos mostraram que em portadores jovens há uma grande diversidade nas comunidades bacterianas, enquantos pacientes em estágio final da doença pulmonar, possuíam uma diversidade extremamente baixa, sugerindo mais uma vez, a relação intrínseca entre a disbiose e as pneumopatias. Conclusão: Foi comprovada a existência de um desequilíbrio na microbiota pulmonar em pacientes portadores de patologias do sistema respiratório. Entretanto, apesar de excitante, não se pode concluir que há relação de causalidade entre elas, visto que os estudos ainda não conseguiram determinar temporalmente o que se inicia primeiro: a disbiose ou doença pulmonar.
{"title":"RELAÇÃO INTRÍNSECA ENTRE A MICROBIOTA PULMONAR E AS PNEUMOPATIAS","authors":"Ana Laura de Melo Silveira, Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Julia Maria dos Santos Amaral, Leonardo Camargos Saliba","doi":"10.51161/ii-conamic/24","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/24","url":null,"abstract":"Introdução: Até o início do século XXI acreditava-se que o pulmão era um órgão estéril enquanto as vias aéreas superiores eram habitadas por bactérias comensais. Há uma década, por meio de estudos baseados no crescimento bacteriano de material colhido através do lavado broncoalveolar, passou a ser conhecida a caracterização da microbiota pulmonar, que é composta mais comumente pelos filos genéticos: Proteobacteria, Firmicutes, e Bacteroidetes; em relação ao gênero, predominam Streptococcus, Prevotella, Fusobacteria e Veillonella, e uma menor contribuição de potenciais patógenos, como Haemophilus e Neisseria. Dessa forma, a microbiota pulmonar saudável apresenta uma densidade baixa de colônias que vivem em equilíbrio com o organismo mas que estão sujeitas a diversas modificações ambientais e/ou genéticas, gerando disbiose. Questiona-se então se essa disbiose estaria relacionada ou não com o surgimento de doenças pulmonares e intersticiais. Objetivo: Este trabalho busca esclarecer a relação entre a disbiose da microbiota pulmonar e a manifestação de doenças respiratórias. Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura por meio de bases de dados como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, utilizando como palavras chaves: Microbioma pulmonar, disbiose, doenças pulmonares. Resultados: Neste presente estudo foram selecionadas três conhecidas doenças pulmonares, dentre elas: DPOC, asma e fibrose cística. Foi constatado então, que nos pacientes portadores dessas três doenças existia um processo de disbiose a qual sofria alteração de acordo com doença. Na DPOC, confirmou-se um crescimento de uma determinada colônia em detrimento de outras. Na asma, adultos portadores apresentaram uma prevalência maior de organismos do filo Proteobacteria, como Haemophilus influenzae, quando comparados a controles saudáveis. Por último, na fibrose cística, estudos mostraram que em portadores jovens há uma grande diversidade nas comunidades bacterianas, enquantos pacientes em estágio final da doença pulmonar, possuíam uma diversidade extremamente baixa, sugerindo mais uma vez, a relação intrínseca entre a disbiose e as pneumopatias. Conclusão: Foi comprovada a existência de um desequilíbrio na microbiota pulmonar em pacientes portadores de patologias do sistema respiratório. Entretanto, apesar de excitante, não se pode concluir que há relação de causalidade entre elas, visto que os estudos ainda não conseguiram determinar temporalmente o que se inicia primeiro: a disbiose ou doença pulmonar.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"162 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116390577","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabela Franco Freire, Julia Leitão Cabral, Larissa Peixoto Teixeira, A. Neto
Introdução: A sífilis consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria espiroqueta anaeróbia facultativa Treponema pallidum. Ela carrega a obrigatoriedade de notificação perante a Vigilância Epidemiológica, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Uma relevante forma de transmissão é a vertical, de uma gestante para seu concepto. Devido às sequelas apresentadas pelo feto e, considerando que podem culminar em óbito neonatal ou prejudicado desenvolvimento, entende-se a relevância da discussão acerca dos alarmantes níveis de incidência da sífilis congênita e baixa taxa de detecção de sífilis na gestação na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Objetivo: Demonstrar a distribuição espacial e epidemiológica da Sífilis em gestantes e congênita na cidade de Fortaleza e suas tendências. Elucidar as variantes socioeconômicas envolvidas na incidência da infecção. Discorrer acerca da atuação do sistema de saúde no diagnóstico precoce da doença. Material/ método: Estudo descritivo exploratório com informações sociodemográficas e epidemiológicas relacionadas à sífilis gestacional e congênita no município de Fortaleza-CE, entre os anos de 2011 a 2021, por meio do SINAN e de documentos governamentais disponíveis nos websites do Município. Resultado: A análise dos dados ressalta, até 2016, a discrepância entre o número de gestantes contaminadas e os casos de sífilis congênita, e um crescimento exponencial entre os anos de 2017 e 2018 do número de casos na gestação. Isso correlaciona-se com políticas públicas de incentivo à notificação devido à maior compatibilidade nos índices observados a partir da Portaria que determina o implemento dos testes rápidos (TR) no sistema público de saúde, possibilitando uma melhor retratação da realidade observada. Ademais, existem fatores socioespaciais determinantes na análise da contaminação vertical e horizontal, devido a uma prevalência de casos em regiões de mais baixo nível socioeconômico e que estão mais vulneráveis às fragilidades do sistema público de saúde. Conclusão: A sífilis gestacional e congênita persiste como problema de saúde pública, estando associada à maior vulnerabilidade social e falhas na assistência pré-natal. O combate da doença enfrenta dificuldades relacionadas à logística dos testes rápidos no sistema público de saúde e a compreensão de sua correlação com as variantes socioeconômicas que influenciam o quadro.
{"title":"ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E SOCIOESPACIAL DA SÍFILIS EM GESTANTES E CONGÊNITA NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ.","authors":"Isabela Franco Freire, Julia Leitão Cabral, Larissa Peixoto Teixeira, A. Neto","doi":"10.51161/ii-conamic/57","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/57","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis consiste em uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria espiroqueta anaeróbia facultativa Treponema pallidum. Ela carrega a obrigatoriedade de notificação perante a Vigilância Epidemiológica, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Uma relevante forma de transmissão é a vertical, de uma gestante para seu concepto. Devido às sequelas apresentadas pelo feto e, considerando que podem culminar em óbito neonatal ou prejudicado desenvolvimento, entende-se a relevância da discussão acerca dos alarmantes níveis de incidência da sífilis congênita e baixa taxa de detecção de sífilis na gestação na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Objetivo: Demonstrar a distribuição espacial e epidemiológica da Sífilis em gestantes e congênita na cidade de Fortaleza e suas tendências. Elucidar as variantes socioeconômicas envolvidas na incidência da infecção. Discorrer acerca da atuação do sistema de saúde no diagnóstico precoce da doença. Material/ método: Estudo descritivo exploratório com informações sociodemográficas e epidemiológicas relacionadas à sífilis gestacional e congênita no município de Fortaleza-CE, entre os anos de 2011 a 2021, por meio do SINAN e de documentos governamentais disponíveis nos websites do Município. Resultado: A análise dos dados ressalta, até 2016, a discrepância entre o número de gestantes contaminadas e os casos de sífilis congênita, e um crescimento exponencial entre os anos de 2017 e 2018 do número de casos na gestação. Isso correlaciona-se com políticas públicas de incentivo à notificação devido à maior compatibilidade nos índices observados a partir da Portaria que determina o implemento dos testes rápidos (TR) no sistema público de saúde, possibilitando uma melhor retratação da realidade observada. Ademais, existem fatores socioespaciais determinantes na análise da contaminação vertical e horizontal, devido a uma prevalência de casos em regiões de mais baixo nível socioeconômico e que estão mais vulneráveis às fragilidades do sistema público de saúde. Conclusão: A sífilis gestacional e congênita persiste como problema de saúde pública, estando associada à maior vulnerabilidade social e falhas na assistência pré-natal. O combate da doença enfrenta dificuldades relacionadas à logística dos testes rápidos no sistema público de saúde e a compreensão de sua correlação com as variantes socioeconômicas que influenciam o quadro.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122461541","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes. O Brasil, país tropical com aproximadamente metade do seu território constituído por florestas tropicais, apresenta as condições ideais para a múltipla circulação de arbovírus, sendo a dengue, chikungunya, zika e febre amarela silvestre endêmicas no nosso país. Objetivo: O objetivo deste trabalho é realizar um levantamento epidemiológico das arboviroses urbanas (dengue, chikungunya e zika) circulantes no Brasil referente ao ano de 2021. Material e métodos: Os dados foram coletados de Boletins Epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde e do Sinan Online e correspondem as semanas epidemiológicas 01 a 52 de 2021. Resultados: Durante o ano de 2021 foram notificados 544.460 casos prováveis de dengue, 96.288 casos prováveis de chikungunya e 6.483 casos prováveis de zika. As regiões com maior incidência de casos foram a região Centro-Oeste para a dengue e região Nordeste tanto para chikungunya quanto para zika. O número casos de dengue e zika apresentaram uma diminuição de 43% e 12%, respectivamente, em relação ao número de casos registrados no ano anterior (2020), diferentemente do número de casos de chikungunya, que apresentam um aumento de quase 33%. Em relação ao número de óbitos já foram confirmados 240 por dengue e 14 por chikungunya, e nenhum registro ainda por zika. Conclusão: A dengue continua sendo a arbovirose mais importante e predominante no nosso país e o diagnóstico diferencial é uma ferramenta fundamental para o monitoramento e investigação dos casos, já que este tripé de arboviroses é uma ameaça constante à saúde pública no nosso país.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS ARBOVIROSES URBANAS NO BRASIL NO ANO DE 2021","authors":"A. A. Aquino","doi":"10.51161/ii-conamic/13","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/13","url":null,"abstract":"Introdução: As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes. O Brasil, país tropical com aproximadamente metade do seu território constituído por florestas tropicais, apresenta as condições ideais para a múltipla circulação de arbovírus, sendo a dengue, chikungunya, zika e febre amarela silvestre endêmicas no nosso país. Objetivo: O objetivo deste trabalho é realizar um levantamento epidemiológico das arboviroses urbanas (dengue, chikungunya e zika) circulantes no Brasil referente ao ano de 2021. Material e métodos: Os dados foram coletados de Boletins Epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde e do Sinan Online e correspondem as semanas epidemiológicas 01 a 52 de 2021. Resultados: Durante o ano de 2021 foram notificados 544.460 casos prováveis de dengue, 96.288 casos prováveis de chikungunya e 6.483 casos prováveis de zika. As regiões com maior incidência de casos foram a região Centro-Oeste para a dengue e região Nordeste tanto para chikungunya quanto para zika. O número casos de dengue e zika apresentaram uma diminuição de 43% e 12%, respectivamente, em relação ao número de casos registrados no ano anterior (2020), diferentemente do número de casos de chikungunya, que apresentam um aumento de quase 33%. Em relação ao número de óbitos já foram confirmados 240 por dengue e 14 por chikungunya, e nenhum registro ainda por zika. Conclusão: A dengue continua sendo a arbovirose mais importante e predominante no nosso país e o diagnóstico diferencial é uma ferramenta fundamental para o monitoramento e investigação dos casos, já que este tripé de arboviroses é uma ameaça constante à saúde pública no nosso país.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116489372","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Graciele Pereira Costa, Danielle Pereira Costa Silva
Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é considerada um dos problemas clínicos mais comuns e consiste na presença assintomática de bactérias na urina até infecção renal grave. O diagnóstico é considerado muitas vezes difícil clinicamente, sendo necessário a realização de exames de urinálise e cultura urinária ou outros exames para descobrir a origem da infecção. Objetivo: Objetivou-se com a realização deste estudo conhecer os microorganismos mais prevalentes nas infecções urinárias, e delinear os métodos diagnósticos. Material e métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura. As bases de dados utilizadas foram o PubMed, Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Medline e refere-se às publicações dos últimos seis anos (2015 a 2021). Resultados: O diagnóstico da infecção do trato urinário é realizado pelo exame clínico e por exames laboratoriais de triagem como o sumário de urina e o diagnóstico confirmatório através do exame de cultura de urina, também conhecida como urocultura, na qual haverá o crescimento e quantificação do microorganismo causador. Uma dificuldade apresentada por este exame é a demora dos resultados, que possuem duração de mais de 24horas. Também se realiza o antibiograma, chamado de Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos – TSA, que é essencial para monitorar e conduzir um tratamento adequado e eficiente. Entre os principais microorganismos responsáveis pela ITU, a Escherichia coli é considerada uma das bactérias mais prevalentes, seguida pela Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis. Conclusão: É grande a quantidade de pacientes com infecção do trato urinário que são tratados com utilização de antibióticos de forma indevida, apresentando resistência bacteriana, sendo assim é de suma importância um diagnóstico eficaz. O diagnóstico da ITU enfrenta um grande desafio e há necessidade de novos exames para utilização em rotinas, principalmente do serviço único de saúde. Também é de suma importância a conscientização dos profissionais para realização de exames conclusivos antes de se realizar a intervenção terapêutica.
{"title":"PRINCIPAIS MICROORGANISMOS ENCONTRADOS EM PACIENTES COM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU) E MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS UTILIZADOS","authors":"Graciele Pereira Costa, Danielle Pereira Costa Silva","doi":"10.51161/ii-conamic/03","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/03","url":null,"abstract":"Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é considerada um dos problemas clínicos mais comuns e consiste na presença assintomática de bactérias na urina até infecção renal grave. O diagnóstico é considerado muitas vezes difícil clinicamente, sendo necessário a realização de exames de urinálise e cultura urinária ou outros exames para descobrir a origem da infecção. Objetivo: Objetivou-se com a realização deste estudo conhecer os microorganismos mais prevalentes nas infecções urinárias, e delinear os métodos diagnósticos. Material e métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura. As bases de dados utilizadas foram o PubMed, Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Medline e refere-se às publicações dos últimos seis anos (2015 a 2021). Resultados: O diagnóstico da infecção do trato urinário é realizado pelo exame clínico e por exames laboratoriais de triagem como o sumário de urina e o diagnóstico confirmatório através do exame de cultura de urina, também conhecida como urocultura, na qual haverá o crescimento e quantificação do microorganismo causador. Uma dificuldade apresentada por este exame é a demora dos resultados, que possuem duração de mais de 24horas. Também se realiza o antibiograma, chamado de Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos – TSA, que é essencial para monitorar e conduzir um tratamento adequado e eficiente. Entre os principais microorganismos responsáveis pela ITU, a Escherichia coli é considerada uma das bactérias mais prevalentes, seguida pela Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis. Conclusão: É grande a quantidade de pacientes com infecção do trato urinário que são tratados com utilização de antibióticos de forma indevida, apresentando resistência bacteriana, sendo assim é de suma importância um diagnóstico eficaz. O diagnóstico da ITU enfrenta um grande desafio e há necessidade de novos exames para utilização em rotinas, principalmente do serviço único de saúde. Também é de suma importância a conscientização dos profissionais para realização de exames conclusivos antes de se realizar a intervenção terapêutica.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127779792","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus que teve seus primeiros casos no fim do ano de 2019, sendo declarado como uma pandemia no início do ano 2020 pela Organização mundial de saúde. Trata-se de um vírus com alto potencial de transmissão, dessa forma novas medidas e protocolos de biossegurança foram empregadas durante o atendimento hospitalar, com a finalidade de minimizar os danos e riscos aos profissionais e pacientes. Objetivo: Relatar as principais medidas de proteção e recomendações que devem existir nos hospitais durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Foi realizada revisão de artigos presentes nas bases de dados Pubmed e Scielo do ano de 2022, assim como nos manuais atuais de biossegurança em atendimentos hospitalares. Foram pesquisados através dos descritores COVID-19 e EPI e utilizados artigos e manuais oficiais sobre o tema. Resultados: Os estudos corroboram que o melhor modo de evitar o contágio é a prevenção através do uso de equipamentos de proteção individual, a fim de diminuir a corrente de contágio dos profissionais de saúde. Os trabalhadores das redes de saúde fazem parte de um grupo de risco para o coronavírus porque permanecem expostos aos pacientes infetados. Portanto é essencial utilizar estratégias como o abastecimento do uso de EPIS, o treinamento adequado e o reforço no hábito do utilização de dos equipamentos de proteção para conseguir controlar a transmissão no ambiente hospitalar e também associada à contínua testagem frequente dos profissionais. Conclusão: é necessário empregar medidas de proteção no ambiente hospitalar, pois é preciso que perante a pandemia do coronavírus haja um reforço na biossegurança dos profissionais de saúde, para diminuir dessa forma o risco de contágio
{"title":"UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DURANTE A PANDEMIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA","authors":"Silvia maria dos passos","doi":"10.51161/ii-conamic/28","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/28","url":null,"abstract":"Introdução: O SARS-CoV-2, um novo tipo de coronavírus que teve seus primeiros casos no fim do ano de 2019, sendo declarado como uma pandemia no início do ano 2020 pela Organização mundial de saúde. Trata-se de um vírus com alto potencial de transmissão, dessa forma novas medidas e protocolos de biossegurança foram empregadas durante o atendimento hospitalar, com a finalidade de minimizar os danos e riscos aos profissionais e pacientes. Objetivo: Relatar as principais medidas de proteção e recomendações que devem existir nos hospitais durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Foi realizada revisão de artigos presentes nas bases de dados Pubmed e Scielo do ano de 2022, assim como nos manuais atuais de biossegurança em atendimentos hospitalares. Foram pesquisados através dos descritores COVID-19 e EPI e utilizados artigos e manuais oficiais sobre o tema. Resultados: Os estudos corroboram que o melhor modo de evitar o contágio é a prevenção através do uso de equipamentos de proteção individual, a fim de diminuir a corrente de contágio dos profissionais de saúde. Os trabalhadores das redes de saúde fazem parte de um grupo de risco para o coronavírus porque permanecem expostos aos pacientes infetados. Portanto é essencial utilizar estratégias como o abastecimento do uso de EPIS, o treinamento adequado e o reforço no hábito do utilização de dos equipamentos de proteção para conseguir controlar a transmissão no ambiente hospitalar e também associada à contínua testagem frequente dos profissionais. Conclusão: é necessário empregar medidas de proteção no ambiente hospitalar, pois é preciso que perante a pandemia do coronavírus haja um reforço na biossegurança dos profissionais de saúde, para diminuir dessa forma o risco de contágio","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132931626","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. B. Pinheiro, N. Sousa, João Vicente Silva Souza
Introdução: Atualmente, o gênero Cryptococcus possui mais de 30 espécies descritas, mas apenas o complexo de espécies Cryptococcus neoformans/ Cryptococcus gattii podem causar infecção em animais e seres humanos. Os principais reservatórios desses fungos são as árvores e o solo. A infecção ocorre a partir de inalação de aerossóis contendo leveduras ressecadas ou basidiósporos. A coloração da melanina auxilia no isolamento ambiental, sendo responsável pela diferenciação da cor da levedura que fica com uma coloração marrom brilhante. Objetivo: Em busca por um meio de cultura que forneça a rápida detecção de Cryptococcus sp., esse estudo verificou a produção de melanina em quatro tipos de meios de cultura. Metodologia: Nesse experimento utilizou-se a cepa de referência CFP60 de C. gattii . Após 24 horas de crescimento em agar Saboraud foi realizado uma suspensão das células em solução salina 0,85 % e inóculo de 0,5 na escala de MacFarland. A infecção do solo foi feita com 1 mL do inóculo em 10 g de solo. Posteriormente, 1 g do solo foi transferido para 50 mL de solução salina 0,9%, ficou sob agitação (150 rpm/5minutos) e repouso por 30 minutos. Um volume de 100 µL foi semeado nos seguintes meios: 1) agar semente de girassol (100 g semente de girassol, 5 g de glicose, 400 mg de antibiótico, 15 g de agar); 2) agar casca de berinjela (50 g de casca de berinjela, 1 g de glicose, 400 mg de antibiótico, 15 g de agar); 3) agar polpa de banana (400 g de polpa de banana, 1 g de glicose, 400 g de antibiótico, 15 g de agar); 4) agar serrapilheira (100 g de serrapilheira desidratada e triturada, 20 g de glicose, 400 g de antibiótico, 15 g de agar) para 1000 mL de água destilada. Resultados: Após dois dias de crescimento, em temperatura ambiente, foi detectado produção de melanina no meio agar semente de girassol e os demais meios no quarto dia. Conclusão: Com isso, pudemos observar que os compostos fenólicos dos substratos utilizados nos meios de cultura influenciam no tempo de produção de melanina por C. gattii, destacando o agar semente de girassol.
简介:目前隐球菌属有30多种已描述的种,但只有新型隐球菌/加蒂隐球菌复合体才能引起动物和人类的感染。这些真菌的主要宿主是树木和土壤。感染发生在吸入含有干燥酵母或担子孢子的气溶胶。黑色素染色有助于环境隔离,负责区分酵母的颜色,使其呈现出明亮的棕色。摘要目的:为寻找一种能快速检测隐球菌的培养基,本研究验证了四种培养基中黑色素的产生。方法:本试验以加提梭菌CFP60为参考菌株。在Saboraud琼脂中生长24小时后,在0.85%生理盐水和0.5麦克法兰接种中进行细胞悬液。用1ml接种物在10g土壤中进行土壤感染。随后,将1 g土壤转移到50 mL 0.9%生理盐水中,搅拌(150 rpm/5min),静置30分钟。1)葵花籽琼脂(葵花籽100 g,葡萄糖5 g,抗生素400 mg,琼脂15 g);2)茄子皮琼脂(茄子皮50g,葡萄糖1g,抗生素400mg,琼脂15g);3)香蕉浆琼脂(香蕉浆400g、葡萄糖1g、抗生素400g、琼脂15g);4)粗麻布琼脂(干粗麻布100克,葡萄糖20克,抗生素400克,琼脂15克)加入蒸馏水1000毫升。结果:向日葵种子琼脂培养基在室温下生长2天后,第4天检测到黑色素的产生。结论:我们观察到培养基中使用的酚类化合物对C. gattii产生黑色素的时间有影响,特别是葵花籽琼脂。
{"title":"PRODUÇÃO DE MELANINA POR CRYPTOCOCCUS GATTII EM DIFERENTES MEIOS DE CULTURAS","authors":"S. B. Pinheiro, N. Sousa, João Vicente Silva Souza","doi":"10.51161/ii-conamic/19","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/19","url":null,"abstract":"Introdução: Atualmente, o gênero Cryptococcus possui mais de 30 espécies descritas, mas apenas o complexo de espécies Cryptococcus neoformans/ Cryptococcus gattii podem causar infecção em animais e seres humanos. Os principais reservatórios desses fungos são as árvores e o solo. A infecção ocorre a partir de inalação de aerossóis contendo leveduras ressecadas ou basidiósporos. A coloração da melanina auxilia no isolamento ambiental, sendo responsável pela diferenciação da cor da levedura que fica com uma coloração marrom brilhante. Objetivo: Em busca por um meio de cultura que forneça a rápida detecção de Cryptococcus sp., esse estudo verificou a produção de melanina em quatro tipos de meios de cultura. Metodologia: Nesse experimento utilizou-se a cepa de referência CFP60 de C. gattii . Após 24 horas de crescimento em agar Saboraud foi realizado uma suspensão das células em solução salina 0,85 % e inóculo de 0,5 na escala de MacFarland. A infecção do solo foi feita com 1 mL do inóculo em 10 g de solo. Posteriormente, 1 g do solo foi transferido para 50 mL de solução salina 0,9%, ficou sob agitação (150 rpm/5minutos) e repouso por 30 minutos. Um volume de 100 µL foi semeado nos seguintes meios: 1) agar semente de girassol (100 g semente de girassol, 5 g de glicose, 400 mg de antibiótico, 15 g de agar); 2) agar casca de berinjela (50 g de casca de berinjela, 1 g de glicose, 400 mg de antibiótico, 15 g de agar); 3) agar polpa de banana (400 g de polpa de banana, 1 g de glicose, 400 g de antibiótico, 15 g de agar); 4) agar serrapilheira (100 g de serrapilheira desidratada e triturada, 20 g de glicose, 400 g de antibiótico, 15 g de agar) para 1000 mL de água destilada. Resultados: Após dois dias de crescimento, em temperatura ambiente, foi detectado produção de melanina no meio agar semente de girassol e os demais meios no quarto dia. Conclusão: Com isso, pudemos observar que os compostos fenólicos dos substratos utilizados nos meios de cultura influenciam no tempo de produção de melanina por C. gattii, destacando o agar semente de girassol.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131297838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Larissa de Menezes Jiquiriçá, A. Alves, L. Martins
Introdução: A toxoplasmose congênita é uma infecção ocasionada pela transferência transplacentária do taquizoíto do Toxoplasma gondii. A transmissão vertical acontece da mãe para o feto e pode ser ocasionada por uma infecção primária ou reinfecção em mães imunodeprimidas. As manifestações clínicas no recém-nascido abrangem um amplo espectro da sintomatologia, dentre os quais se destacam os distúrbios neurológicos e problemas visuais como encefalite, meningoencefalite, calcificações cranianas e hidrocefalia, glaucoma, atrofia óptica e catarata. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo abordar os principais aspectos que envolvem a toxoplasmose congênita dando ênfase à importância do diagnóstico precoce da doença. Metodologia: Trata se de uma revisão narrativa de literatura, a qual foi realizada através de pesquisa na base de dados do LILACS e Pubmed utilizando os descritores “toxoplasmose congênita” e “tratamento precoce da toxoplasmose”. Foram selecionados oito artigos escritos entre os anos de 2011 e 2021. Resultados: A toxoplasmose congênita é mais preocupante nos três primeiros meses da gestação, haja vista que nesse período o parasita pode afetar o processo de organogênese. Exames laboratoriais de sorologia da gestante com detecção de anticorpos específicos das classes da imunoglobulina: IgA, IgM, IgE, IgG e exame de imagem são algumas formas de detecção da infecção. No entanto, por vezes, o acesso a esse procedimento só acontece na reta final da gravidez, situação que limita o controle da infecção. O diagnóstico precoce minimiza a transmissão vertical e por se tratar de uma doença endêmica no Brasil de prevalência relativamente alta, o Ministério da Saúde recomenda que a triagem sorológica seja realizada na primeira consulta do pré-natal e caso a gestante seja suscetível, o teste deve ser repetido. Em sua maioria, os bebês infectados são assintomáticos ao nascer, o que dificulta a detecção e tratamento de forma adequada das possíveis complicações na vida adulta. Conclusão: Desse modo, o acompanhamento do pré-natal e do neonatal com mães com sorologia compatível com a infecção mesmo que não apresente sintomas é de fundamental importância para o tratamento precoce da toxoplasmose congênita. Ademais, medidas profiláticas primárias são também de extrema relevância na redução dos níveis de transmissão da doença.
{"title":"TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: DIAGNÓSTICO PRECOCE","authors":"Larissa de Menezes Jiquiriçá, A. Alves, L. Martins","doi":"10.51161/ii-conamic/33","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/33","url":null,"abstract":"Introdução: A toxoplasmose congênita é uma infecção ocasionada pela transferência transplacentária do taquizoíto do Toxoplasma gondii. A transmissão vertical acontece da mãe para o feto e pode ser ocasionada por uma infecção primária ou reinfecção em mães imunodeprimidas. As manifestações clínicas no recém-nascido abrangem um amplo espectro da sintomatologia, dentre os quais se destacam os distúrbios neurológicos e problemas visuais como encefalite, meningoencefalite, calcificações cranianas e hidrocefalia, glaucoma, atrofia óptica e catarata. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo abordar os principais aspectos que envolvem a toxoplasmose congênita dando ênfase à importância do diagnóstico precoce da doença. Metodologia: Trata se de uma revisão narrativa de literatura, a qual foi realizada através de pesquisa na base de dados do LILACS e Pubmed utilizando os descritores “toxoplasmose congênita” e “tratamento precoce da toxoplasmose”. Foram selecionados oito artigos escritos entre os anos de 2011 e 2021. Resultados: A toxoplasmose congênita é mais preocupante nos três primeiros meses da gestação, haja vista que nesse período o parasita pode afetar o processo de organogênese. Exames laboratoriais de sorologia da gestante com detecção de anticorpos específicos das classes da imunoglobulina: IgA, IgM, IgE, IgG e exame de imagem são algumas formas de detecção da infecção. No entanto, por vezes, o acesso a esse procedimento só acontece na reta final da gravidez, situação que limita o controle da infecção. O diagnóstico precoce minimiza a transmissão vertical e por se tratar de uma doença endêmica no Brasil de prevalência relativamente alta, o Ministério da Saúde recomenda que a triagem sorológica seja realizada na primeira consulta do pré-natal e caso a gestante seja suscetível, o teste deve ser repetido. Em sua maioria, os bebês infectados são assintomáticos ao nascer, o que dificulta a detecção e tratamento de forma adequada das possíveis complicações na vida adulta. Conclusão: Desse modo, o acompanhamento do pré-natal e do neonatal com mães com sorologia compatível com a infecção mesmo que não apresente sintomas é de fundamental importância para o tratamento precoce da toxoplasmose congênita. Ademais, medidas profiláticas primárias são também de extrema relevância na redução dos níveis de transmissão da doença.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"94 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124578244","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
P. Fernandes, Jorge Antonio Filho, Aline LohanaSilva da Silva, Fernanda Werneck DE Mattos Moura, R. C. Souza
Introdução: A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro clínico pode variar desde um processo inaparente, até as formas graves. Objetivo: Enfatizar sobre importância do médico em suspeitar de leptospirose, mesmo sem a presença de icterícia. Material e métodos: Foi realizado a coleta de dados de um paciente atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Sepetiba, em maio de 2017. Resultados: Paciente, J.S.S, masculino, 38 anos, trabalha como gari há 13 anos, dá entrada relatando que há 03 dias iniciou quadro de febre aferida (38,5 oC), mialgia, lombalgia e cefaleia de início súbito, há 1 dia vem apresentando tosse seca e dispneia aos médios esforços, evoluindo com um quadro de tosse com expectoração hemoptoicas e piora progressiva da dispneia. Ao exame: acordado, confuso, obedecendo aos comandos, taquidispneico com cianose de extremidades (FR 40 irpm e SatO2 85%), taquicárdico (FC 130 bpm), hipotenso (PA 80 x 50 mmhg), desidratado +/+4, hipocorado (++/4+), anictérico, febril (39 oC). Apresenta murmúrio vesicular universalmente audível com presença de crepitação na base esquerda. Impressões diagnósticas: IRA / H1N1, Dengue hemorrágica e Leptospirose. Foi encaminhado imediatamente para sala vermelha, para cuidados intensivos. Exame laboratorial demostrou hematócrito: 28% com hemoglobina de 10 g/l, leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda, plaquetas 80.000. Bilirrubina total: 2,1 mg/dL; bilirrubina direta: 0,4 mg/dL; Gasometria arterial: alcalose respiratória; Radiografia de tórax apresenta condensação à esquerda. Após 3 horas de internação o paciente apresentou piora do quadro respiratório, evoluindo com síndrome da angústia respiratória aguda, sendo realizado intubação orotraqueal com presença de hemorragia pulmonar maciça, logo em seguida evolui para parada cardiorrespiratória sem reversão e óbito. Após 48 horas foi confirmado sorologia para leptospirose. Conclusão: É importante observar que manifestações graves da leptospirose, como hemorragia pulmonar, podem ocorrer em pacientes anictéricos, portanto, não se deve basear apenas na presença de icterícia para identificar pacientes com leptospirose ou com risco de complicações graves da doença, aumentando as chances de letalidade, pois os casos com comprometimento pulmonar podem evoluir para insuficiência respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angústia respiratória e muitas vezes, esse quadro precede o quadro de icterícia.
{"title":"RELATO DE CASO: LEPTOSPIROSE GRAVE SEM ICTERÍCIA","authors":"P. Fernandes, Jorge Antonio Filho, Aline LohanaSilva da Silva, Fernanda Werneck DE Mattos Moura, R. C. Souza","doi":"10.51161/ii-conamic/02","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/02","url":null,"abstract":"Introdução: A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro clínico pode variar desde um processo inaparente, até as formas graves. Objetivo: Enfatizar sobre importância do médico em suspeitar de leptospirose, mesmo sem a presença de icterícia. Material e métodos: Foi realizado a coleta de dados de um paciente atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Sepetiba, em maio de 2017. Resultados: Paciente, J.S.S, masculino, 38 anos, trabalha como gari há 13 anos, dá entrada relatando que há 03 dias iniciou quadro de febre aferida (38,5 oC), mialgia, lombalgia e cefaleia de início súbito, há 1 dia vem apresentando tosse seca e dispneia aos médios esforços, evoluindo com um quadro de tosse com expectoração hemoptoicas e piora progressiva da dispneia. Ao exame: acordado, confuso, obedecendo aos comandos, taquidispneico com cianose de extremidades (FR 40 irpm e SatO2 85%), taquicárdico (FC 130 bpm), hipotenso (PA 80 x 50 mmhg), desidratado +/+4, hipocorado (++/4+), anictérico, febril (39 oC). Apresenta murmúrio vesicular universalmente audível com presença de crepitação na base esquerda. Impressões diagnósticas: IRA / H1N1, Dengue hemorrágica e Leptospirose. Foi encaminhado imediatamente para sala vermelha, para cuidados intensivos. Exame laboratorial demostrou hematócrito: 28% com hemoglobina de 10 g/l, leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda, plaquetas 80.000. Bilirrubina total: 2,1 mg/dL; bilirrubina direta: 0,4 mg/dL; Gasometria arterial: alcalose respiratória; Radiografia de tórax apresenta condensação à esquerda. Após 3 horas de internação o paciente apresentou piora do quadro respiratório, evoluindo com síndrome da angústia respiratória aguda, sendo realizado intubação orotraqueal com presença de hemorragia pulmonar maciça, logo em seguida evolui para parada cardiorrespiratória sem reversão e óbito. Após 48 horas foi confirmado sorologia para leptospirose. Conclusão: É importante observar que manifestações graves da leptospirose, como hemorragia pulmonar, podem ocorrer em pacientes anictéricos, portanto, não se deve basear apenas na presença de icterícia para identificar pacientes com leptospirose ou com risco de complicações graves da doença, aumentando as chances de letalidade, pois os casos com comprometimento pulmonar podem evoluir para insuficiência respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angústia respiratória e muitas vezes, esse quadro precede o quadro de icterícia.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125034405","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}