Maria Kelly Rodrigues Anselmo, Joyce Alves Ribeiro, Luana Beatriz Farias Taveira, Vanessa de Carvalho Nilo Bitu, Isabel Cristina DA Silva Souto
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Abstract
Introdução: Os antibacterianos são substâncias naturais ou sintéticas que atuam inibindo a proliferação (ação bacteriostática) e até mesmo destruindo (ação bactericida) colônias de bactérias. Fatores como a desinformação, a dúvida no diagnóstico de infecções virais ou bacterianas e a venda de antibióticos sem prescrição médica, estão associados ao desenvolvimento de cepas resistentes, repercutindo na ineficiência desses fármacos. Essa resistência pode ser natural e está associada às características enzimáticas ou estruturais alcançadas pelas bactérias; ou adquirida, sendo expressa por meio de mutação e/ou transmissão de material genético, mediante a exposição a novos antibióticos. Objetivo: Promover análise sobre as diferentes formas de resistência bacteriana decorrentes do uso inadequado de antibióticos frente às infecções virais. Metodologia: Para obtenção dos resultados apresentados neste trabalho, foi realizado um estudo de revisão da literatura, com base em oito materiais publicados entre os anos de 2017 a 2022, com os termos \" uso indiscriminado de antibióticos\", \" resistência bacteriana\", \"antibacteriano e Covid-19\", utilizando os bancos de dados Scielo e google acadêmico. Resultados: O uso inadequado de antibacterianos no tratamento de infecções virais apresentam resultados negativos contra essas patologias, pois leva a redução da eficácia e promove variações na sensibilidade das bactérias diante dessa classe medicamentosa, contribuindo para o desenvolvimento de cepas mais resistentes. Com isso, a venda de antibióticos sem prescrição médica, falta de exames médicos específicos, a disseminação de fake news que acarreta uma propagação de desinformação e a instalação de medo na sociedade em meio a pandemia do novo coronavírus, contribuem diretamente na problemática do consumo inadequado desses fármacos. Conclusão: É necessário orientar os profissionais de saúde quanto a racionalização na prescrição e controle da venda desses medicamentos, educar a população sobre o consumo consciente dos antibacterianos, mostrando a inefetividade diante de doenças virais, enfatizando o processo de resistência bacteriana como um problema de grande extensão.