Um convite para a construção de redes de cuidado à infância e adolescência: ousadia, potência e impacto do Projeto Percursos Formativos na saúde mental infantojuvenil
Ricardo Lugon Arantes, Patricia Ludmila Barbosa De Melo, M. Amorim, M. R. Campos, S. Gontijo, Gilmara Terra
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Abstract
O artigo relata a experiência do coletivo composto por ativadoras e tutor ligados à ativação de redes de Saúde Mental Infantojuvenil no escopo do projeto Engrenagens da Educação Permanente, inserido no Projeto Percursos Formativos, nas cidades de Barbacena, Campo Grande, Coronel Fabriciano, Iguatu e Ouro Preto e no estado de Roraima. Descreve, ao longo de um ano, os processos de trabalho e a construção de propostas de Educação Permanente, bem como as peculiaridades locorregionais em cada território de ativação, dentro de um contexto político bastante conturbado. A fragmentação das redes de atenção e cuidado e a multiplicidade de subtemas do campo (adolescentes usuários de substâncias psicoativas ilícitas ou cumprindo medidas socioeducativas em meio fechado; cuidados na primeira infância; enfrentamento dos processos de medicalização) figuram como impasses transversais às experiências. Como resultados das experiências narradas, pode-se considerar que o Engrenagens reacendeu a luz da luta antimanicomial nos trabalhadores das redes ativadas, promovendo a oxigenação da Rede de Atenção Psicossocial e a reflexão sobre o processo de trabalho e cuidado em saúde mental. O processo de ativação nas redes infantojuvenis reforça a ideia de que gestão e atenção são indissociáveis e convida a apostar em novas possibilidades e caminhos de cuidado compartilhados em suas múltiplas dimensões. Assim, as diferentes experiências e seus resultados podem contribuir para inspirar novos percursos de cuidado e processos de educação permanente em saúde, bem como engrenar outras redes dentro da perspectiva da atenção psicossocial. Palavras-chave: Saúde Mental Infantojuvenil. Redes de Atenção Psicossocial. Intersetorialidade.