Nailla Byatriz Silva de Morais, Breno Figueiredo Maia, F. Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz
{"title":"在导致COVID-19疾病的SARS-COV-2病毒大流行期间,由于过度使用70%的凝胶或液体酒精,对药物治疗产生耐药性的细菌增加","authors":"Nailla Byatriz Silva de Morais, Breno Figueiredo Maia, F. Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz","doi":"10.51161/ii-conamic/44","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O AUMENTO DE BACTÉRIAS RESISTENTES A TRATAMENTOS FARMACOTERAPÊUTICOS DEVIDO AO USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL ETÍLICO 70% EM GEL OU LÍQUIDO DURANTE A PANDEMIA DO VÍRUS SARS-COV-2, CAUSADOR DA DOENÇA COVID-19\",\"authors\":\"Nailla Byatriz Silva de Morais, Breno Figueiredo Maia, F. Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz\",\"doi\":\"10.51161/ii-conamic/44\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.\",\"PeriodicalId\":128123,\"journal\":{\"name\":\"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line\",\"volume\":\"81 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-04-23\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/44\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/44","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O AUMENTO DE BACTÉRIAS RESISTENTES A TRATAMENTOS FARMACOTERAPÊUTICOS DEVIDO AO USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL ETÍLICO 70% EM GEL OU LÍQUIDO DURANTE A PANDEMIA DO VÍRUS SARS-COV-2, CAUSADOR DA DOENÇA COVID-19
Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.