Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50935
V. Conceição
Construir um Projeto Nacional para o desenvolvimento do Brasil hoje mais que nunca se torna uma demanda urgente a ser priorizada. As crises sucessivas do capitalismo brasileiro insistindo num modelo de crescimento saturado, baseado em medidas de curto prazo para debelar crises econômicas que priorizam estabilidade de preços, contenção da demanda, equilíbrio fiscal do Estado, dentre outras, não trouxeram os resultados propagados e colocou ainda mais dificuldades nas condições de vida, principalmente dos mais vulneráveis e ainda vem desmontando a passos largos a capacidade do Estado de organizar políticas públicas para garantir geração de emprego e renda, com inclusão social. O ciclo de empobrecimento do país, que foi acelerado há cinco anos, se intensifica com a pandemia e torna as perspectivas de futuro cada vez mais sombrias. A tendência é de piora na distribuição de renda, por isso, questões como pobreza, desemprego, geração de emprego e renda demandam por políticas públicas compensatórias com expectativa de desenvolverem ações que possam amenizar as consequências das transformações decorrentes do projeto neoliberal, voltado sim para uma visão financeira e rentista, e muito menos para uma visão social. Considerando que não temos até o momento um Projeto Nacional serão analisadas as propostas de políticas públicas para o Estado da Bahia, com foco na geração de emprego, renda e bem-estar social, identificando aquelas que estão mais aderentes aos conceitos da Administração Política e de uma proposta de Projeto Nacional de Desenvolvimento.
{"title":"ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA COMO SUPORTE A UM PROJETO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL PARA GERAÇÃO DE EMPREGO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA: UM OLHAR SOBRE O ESTADO DA BAHIA","authors":"V. Conceição","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50935","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50935","url":null,"abstract":"Construir um Projeto Nacional para o desenvolvimento do Brasil hoje mais que nunca se torna uma demanda urgente a ser priorizada. As crises sucessivas do capitalismo brasileiro insistindo num modelo de crescimento saturado, baseado em medidas de curto prazo para debelar crises econômicas que priorizam estabilidade de preços, contenção da demanda, equilíbrio fiscal do Estado, dentre outras, não trouxeram os resultados propagados e colocou ainda mais dificuldades nas condições de vida, principalmente dos mais vulneráveis e ainda vem desmontando a passos largos a capacidade do Estado de organizar políticas públicas para garantir geração de emprego e renda, com inclusão social. O ciclo de empobrecimento do país, que foi acelerado há cinco anos, se intensifica com a pandemia e torna as perspectivas de futuro cada vez mais sombrias. A tendência é de piora na distribuição de renda, por isso, questões como pobreza, desemprego, geração de emprego e renda demandam por políticas públicas compensatórias com expectativa de desenvolverem ações que possam amenizar as consequências das transformações decorrentes do projeto neoliberal, voltado sim para uma visão financeira e rentista, e muito menos para uma visão social. Considerando que não temos até o momento um Projeto Nacional serão analisadas as propostas de políticas públicas para o Estado da Bahia, com foco na geração de emprego, renda e bem-estar social, identificando aquelas que estão mais aderentes aos conceitos da Administração Política e de uma proposta de Projeto Nacional de Desenvolvimento.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129773304","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50929
Márcio Gimene, José Celso Cardoso Jr
Este texto é uma versão resumida do documento de mesmo nome sob responsabilidade da ARCA – Articulação de Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável. Em sua versão ampliada, o documento percorre 14 (quatorze) áreas programáticas de atuação governamental, a saber: 1) Inserção internacional soberana; 2) Desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação;3) Macroeconomia e regras fiscais; 4) Reforma tributária justa e solidária; 5) Seguridade Social: Saúde, Assistência e Previdência Social; 6) Desemprego zero e trabalho digno para todos; 7) Educação e formação cidadã; 8) Cultura, diálogo social e construção da alteridade; 9) Desigualdades de gênero, raça e etnia; 10) Ordenamento territorial e desenvolvimento regional; 11) Sustentabilidade socioambiental; 12) Infraestrutura econômica e social; 13) Segurança pública; 14) Reformaadministrativa e fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia.Para todas elas, foi feito um esforço coletivo de se produzir um macrodiagnóstico crítico ao estado situacional de cada área, ao mesmo tempo que um esforço propositivo com o intuito de gerar insumos para a construção de alternativas críveis e coerentes ao desenvolvimento brasileiro a futuro, uma vez passada a avalanche neoliberal-autoritária ainda em curso – mas em estágiode superação positiva – no país. Nesta versão aqui resumida, optou-se por apresentar apenas os capítulos correspondentes aos temas ligados à soberania nacional, macroeconomia, reforma tributária, trabalho, emprego e renda, sustentabilidade socioambiental e fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia. Com esta iniciativa, esperamos ter cumprido nosso papel como cidadãos e servidores públicos engajados na descoberta de alternativas civilizatórias para a reconstrução do Brasil. Afinal, o Brasil pode mais!
{"title":"O BRASIL PODE MAIS: CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL","authors":"Márcio Gimene, José Celso Cardoso Jr","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50929","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50929","url":null,"abstract":"Este texto é uma versão resumida do documento de mesmo nome sob responsabilidade da ARCA – Articulação de Carreiras Públicas para o Desenvolvimento Sustentável. Em sua versão ampliada, o documento percorre 14 (quatorze) áreas programáticas de atuação governamental, a saber: 1) Inserção internacional soberana; 2) Desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação;3) Macroeconomia e regras fiscais; 4) Reforma tributária justa e solidária; 5) Seguridade Social: Saúde, Assistência e Previdência Social; 6) Desemprego zero e trabalho digno para todos; 7) Educação e formação cidadã; 8) Cultura, diálogo social e construção da alteridade; 9) Desigualdades de gênero, raça e etnia; 10) Ordenamento territorial e desenvolvimento regional; 11) Sustentabilidade socioambiental; 12) Infraestrutura econômica e social; 13) Segurança pública; 14) Reformaadministrativa e fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia.Para todas elas, foi feito um esforço coletivo de se produzir um macrodiagnóstico crítico ao estado situacional de cada área, ao mesmo tempo que um esforço propositivo com o intuito de gerar insumos para a construção de alternativas críveis e coerentes ao desenvolvimento brasileiro a futuro, uma vez passada a avalanche neoliberal-autoritária ainda em curso – mas em estágiode superação positiva – no país. Nesta versão aqui resumida, optou-se por apresentar apenas os capítulos correspondentes aos temas ligados à soberania nacional, macroeconomia, reforma tributária, trabalho, emprego e renda, sustentabilidade socioambiental e fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia. \u0000Com esta iniciativa, esperamos ter cumprido nosso papel como cidadãos e servidores públicos engajados na descoberta de alternativas civilizatórias para a reconstrução do Brasil. Afinal, o Brasil pode mais!","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"2539 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128740752","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50927
F. Pedrão
Este estudo focaliza no período de 1950 a 1962 quando se configurou uma reação nacionalista ao modelo conservador representante da economia cafeeira exportadora, liderado por Eugenio Gudin e Otavio Bulhões. Estende-se a alguns efeitos de desdobramento da construção de uma visão nacional e da defesa renitente das exportações primárias. Mas aquele conservadorismo tinha encontrado seu limite na negativa da doutrina Truman que obrigou o governo Dutra a iniciativas nacionalistas. Foram criados órgãos regionais como a Comissão do Vale do Rio São Francisco e começou o programa de barragens, a maioria das quais com vazão insuficiente e salinizadas.Engrossando a corrente nacional apareceu um pensamento da pequena burguesia, principalmente no Rio de Janeiro, onde havia uma numerosa classe média em empregos públicos, evidenciando abismos ideológicos com a classe média paulista aparelhada pelo capital e com a mineira carola. A proliferação de indústrias de pequeno porte respondeu a um mercado interno em expansão nos grandes centros. Com a concentração bancáriaapareceu o grande capital financeiro que terminou financiando os golpesmilitares. Surgiram trabalhos que foram canalizados na revista Econômica Brasileira tratando de comércio inter-regional e pleiteando a criação de um banco central. A intelectualidade brasileira descobria o mundo exterior.Mas a endogenia da sociedade pós escravista impregnava a economia e a sociologia, onde apareceram trabalhos de Werneck Sodré, Sergio Buarque e Florestan Fernandes. Na cúpula política, onde pontuavam figuras como Francisco de Campos e Benedito Valadares ninguém ligava para a relação da economia com a sociedade: era um discurso da elite para a elite. Formou-se uma polaridade entre o ISEB progressista e universidades católicas e protestantes reacionárias. O setor privado despontava como olado negativo da educação superior, pretendendo um modelo nacionalmente hegemônico, copiado da Sorbonne, de Harvard, de Wisconsin e até de Ohio . No cenário brasileiro havia polarizações regionais, onde prevaleciam várias fontes de coronelismo. No quadro baiano a tradição de insurgência da greve geral de 1919 ficou soterrada na polaridade entre coronelismo e anarquismo. Tendo ficado contra a República e contra a “revolução” de 30, a elite baiana era uma relíquia pós escravista alternada por um comunismo teoricamente avançado, com subcorrentes anarquistas.
本研究聚焦于1950年至1962年期间,当时民族主义对代表咖啡出口经济的保守模式的反应,由尤金尼奥·古丁和奥塔维奥bulhoes领导。它延伸到构建国家愿景和顽固捍卫初级出口的一些后果。但这种保守主义在杜鲁门主义的否定中找到了极限,杜鲁门主义迫使杜特拉政府采取民族主义行动。像sao Francisco河谷委员会这样的地区性机构成立了,并开始了大坝项目,其中大多数大坝的流量不足和盐碱化。在全国范围内,出现了一种小资产阶级的思想,特别是在里约热内卢,那里有大量的中产阶级从事公共工作,显示出与sao保罗中产阶级的意识形态差距,由首都和卡罗拉矿业公司勾勒出来。小工业的扩散对大中心不断扩大的国内市场作出了反应。随着银行的集中,出现了大型金融资本,最终为军事政变提供了资金。巴西经济杂志发表了一些关于区域间贸易和呼吁建立中央银行的论文。巴西的知识分子发现了外部世界。但后奴隶制社会的内生现象渗透到经济学和社会学中,Werneck sodre、Sergio Buarque和Florestan Fernandes的作品出现在经济学和社会学中。在政治高层,像弗朗西斯科·德·坎波斯(Francisco de Campos)和贝内迪托·瓦拉达雷斯(Benedito Valadares)这样的人物得分,没有人关心经济与社会的关系:这是精英对精英的演讲。进步的ISEB与反动的天主教和新教大学之间形成了两极分化。私营部门作为高等教育的负面一面出现,寻求一种模仿索邦大学、哈佛大学、威斯康星州甚至俄亥俄州的国家霸权模式。在巴西的情况下,存在着地区两极分化,有几个来源的coronelismo盛行。在巴伊亚的背景下,1919年大罢工的叛乱传统被冠冕主义和无政府主义之间的极性所掩盖。巴伊亚的精英们反对共和国和30年的“革命”,是后奴隶时代的遗迹,理论上先进的共产主义与无政府主义的分支交替出现。
{"title":"PEQUENA HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO CABOCLO (HOMENAGEM A ROMULO ALMEIDA)","authors":"F. Pedrão","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50927","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50927","url":null,"abstract":"Este estudo focaliza no período de 1950 a 1962 quando se configurou uma reação nacionalista ao modelo conservador representante da economia cafeeira exportadora, liderado por Eugenio Gudin e Otavio Bulhões. Estende-se a alguns efeitos de desdobramento da construção de uma visão nacional e da defesa renitente das exportações primárias. Mas aquele conservadorismo tinha encontrado seu limite na negativa da doutrina Truman que obrigou o governo Dutra a iniciativas nacionalistas. Foram criados órgãos regionais como a Comissão do Vale do Rio São Francisco e começou o programa de barragens, a maioria das quais com vazão insuficiente e salinizadas.Engrossando a corrente nacional apareceu um pensamento da pequena burguesia, principalmente no Rio de Janeiro, onde havia uma numerosa classe média em empregos públicos, evidenciando abismos ideológicos com a classe média paulista aparelhada pelo capital e com a mineira carola. A proliferação de indústrias de pequeno porte respondeu a um mercado interno em expansão nos grandes centros. Com a concentração bancáriaapareceu o grande capital financeiro que terminou financiando os golpesmilitares. Surgiram trabalhos que foram canalizados na revista Econômica Brasileira tratando de comércio inter-regional e pleiteando a criação de um banco central. A intelectualidade brasileira descobria o mundo exterior.Mas a endogenia da sociedade pós escravista impregnava a economia e a sociologia, onde apareceram trabalhos de Werneck Sodré, Sergio Buarque e Florestan Fernandes. Na cúpula política, onde pontuavam figuras como Francisco de Campos e Benedito Valadares ninguém ligava para a relação da economia com a sociedade: era um discurso da elite para a elite. Formou-se uma polaridade entre o ISEB progressista e universidades católicas e protestantes reacionárias. O setor privado despontava como olado negativo da educação superior, pretendendo um modelo nacionalmente hegemônico, copiado da Sorbonne, de Harvard, de Wisconsin e até de Ohio . No cenário brasileiro havia polarizações regionais, onde prevaleciam várias fontes de coronelismo. No quadro baiano a tradição de insurgência da greve geral de 1919 ficou soterrada na polaridade entre coronelismo e anarquismo. Tendo ficado contra a República e contra a “revolução” de 30, a elite baiana era uma relíquia pós escravista alternada por um comunismo teoricamente avançado, com subcorrentes anarquistas.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129018214","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50924
Reginaldo Souza Santos Santos, José Celso Cardoso Jr, E. Sampaio
{"title":"UM BRASIL DESSARRUMADO: A URGENTE NECESSIDADE DE UM PROJETO NACIONAL","authors":"Reginaldo Souza Santos Santos, José Celso Cardoso Jr, E. Sampaio","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50924","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50924","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116309503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50925
José Celso Cardoso Jr
O Brasil encontra-se, mais uma vez em sua história, diante de desafios e escolhas irreconciliáveis. Ou se submete aos processos de moralização arcaica dos costumes, valores antidemocráticos e criminalização da política, sindicatos e movimentos sociais, ou se levanta e luta. Ou adota o caminho da mediocridade e da subalternidade econômica, política e social, mas também intelectual, moral e cultural, ou se reinventa como nação para reescrever o seu próprio destino histórico. Na quadra histórica em que a humanidade se encontra desde princípios do século XXI, já parece claro o colapso (ou ao menos algumas tendências nítidas de grande enfraquecimento institucional e disfuncionalidades práticas) das regras gerais de organização, regulação e funcionamento dos sistemas (econômicos, políticos, sociais, culturais, tecnológicos e ambientais) dominantes em escala planetária.As lições históricas são inúmeras e inequívocas: quando as forças progressistas passam pelo poder sem mudar a estrutura do Estado, elas ficam permanentemente expostas aos riscos de serem capturadas por ondas autoritárias, conservadoras e neoliberais. O enfrentamento contra tais destituições sistemáticas deve se dar pela reconstrução de ideias e forças que formem o corpo de um novo poder constituinte. O desaguadouro dessas ações deve convergir para a transformação da estrutura do Estado, um objetivo que deve ser parte central do programa democrático-popular, mas também deve ser entendido como premissa determinante para a sua implementação.
{"title":"BICENTENÁRIO (1822/2022) DA INDEPENDÊNCIA ... OU MORTE?! CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE?","authors":"José Celso Cardoso Jr","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50925","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50925","url":null,"abstract":"O Brasil encontra-se, mais uma vez em sua história, diante de desafios e escolhas irreconciliáveis. Ou se submete aos processos de moralização arcaica dos costumes, valores antidemocráticos e criminalização da política, sindicatos e movimentos sociais, ou se levanta e luta. Ou adota o caminho da mediocridade e da subalternidade econômica, política e social, mas também intelectual, moral e cultural, ou se reinventa como nação para reescrever o seu próprio destino histórico. Na quadra histórica em que a humanidade se encontra desde princípios do século XXI, já parece claro o colapso (ou ao menos algumas tendências nítidas de grande enfraquecimento institucional e disfuncionalidades práticas) das regras gerais de organização, regulação e funcionamento dos sistemas (econômicos, políticos, sociais, culturais, tecnológicos e ambientais) dominantes em escala planetária.As lições históricas são inúmeras e inequívocas: quando as forças progressistas passam pelo poder sem mudar a estrutura do Estado, elas ficam permanentemente expostas aos riscos de serem capturadas por ondas autoritárias, conservadoras e neoliberais. O enfrentamento contra tais destituições sistemáticas deve se dar pela reconstrução de ideias e forças que formem o corpo de um novo poder constituinte. O desaguadouro dessas ações deve convergir para a transformação da estrutura do Estado, um objetivo que deve ser parte central do programa democrático-popular, mas também deve ser entendido como premissa determinante para a sua implementação.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128366257","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50928
Luiz Fernando Saraiva, R. Almico
O presente artigo visa estudar algumas interpretações sobre a economia colonial brasileira e de que forma tais interpretações indicavam um projeto político econômico vinculado ao tempo presente de suas elaborações e ao futuro “desejado” pelos contemporâneos. Destacando o papel seminal do livro Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, que foi publicado em 1959, o artigo percorre grande parte da historiografia produzida sobre o tema, buscando demonstrar como o esforço intelectual de entender o nosso passado se ligava a um projeto de sociedade e economia. Resgatando os diversos debates sobre a “natureza” da nossa economia colonial, o texto busca demonstrar como as diversas interpretações sobre essa economia, nos últimos 60 anos, traduzem a atual crise do modelo desenvolvimentista brasileiro e apontam para as tentativas de superação do mesmo, em um jogo dialético entre passado, presente e futuro.
本文旨在研究对巴西殖民经济的一些解释,以及这些解释如何表明一个政治经济项目与他们的阐述的现在和当代“期望”的未来相联系。本文强调了塞尔索·费塔多(Celso Furtado) 1959年出版的《巴西经济形成》(formacao economica do Brasil)一书的开创性作用,涵盖了该主题的大部分历史编纂,试图证明理解我们过去的智力努力是如何与社会和经济项目联系在一起的。,窥探各种讨论的“自然”殖民经济,搜索显示的文本解释经济的事情,在过去的60年,巴西将当前的发展模式的危机和倾向于尝试克服辩证同一在一场比赛中,过去、现在和未来之间。
{"title":"FORMAÇÕES ECONÔMICAS DO BRASIL (CONTEMPORÂNEO): EM BUSCA DE UM PROJETO DE NAÇÃO","authors":"Luiz Fernando Saraiva, R. Almico","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50928","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50928","url":null,"abstract":"O presente artigo visa estudar algumas interpretações sobre a economia colonial brasileira e de que forma tais interpretações indicavam um projeto político econômico vinculado ao tempo presente de suas elaborações e ao futuro “desejado” pelos contemporâneos. Destacando o papel seminal do livro Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, que foi publicado em 1959, o artigo percorre grande parte da historiografia produzida sobre o tema, buscando demonstrar como o esforço intelectual de entender o nosso passado se ligava a um projeto de sociedade e economia. Resgatando os diversos debates sobre a “natureza” da nossa economia colonial, o texto busca demonstrar como as diversas interpretações sobre essa economia, nos últimos 60 anos, traduzem a atual crise do modelo desenvolvimentista brasileiro e apontam para as tentativas de superação do mesmo, em um jogo dialético entre passado, presente e futuro.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"62 4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116434133","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-06DOI: 10.9771/rebap.v0i1.50934
Antonio Santos
Em 1930, o economista britânico John Maynard Keynes escreveu sobre o futuro dos netos das pessoas de sua geração, imaginando que, por força do progresso tecnológico, eles seriam emancipados do trabalho, teriam suas necessidades materiais satisfeitas e poderiam se dedicar a causas mais elevadas. Passados mais de 90 anos desde a publicação do texto de Keynes, embora a tecnologia tenha superado em muito a imaginação do autor, o futuro profetizado por ele ainda não chegou. Este ensaio analisa os motivos de o progresso social profetizado por Keynes não ter se concretizado, diagnosticando a maneira como historicamente a tecnologia tem impactado na vida das pessoas e questionando a existência ou a necessidade de construção de um desenho social, mais justo e fraterno, que compatibilize a tecnologia com a ciência e a vida, e que deva ser perseguido mediante a elaboração e a execução de um projeto nacional.
{"title":"ADMINISTRAÇÃO POLÍTICA DA TECNOLOGIA E DO TRABALHO PARA A PROMOÇÃO DA VIDA","authors":"Antonio Santos","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50934","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50934","url":null,"abstract":"Em 1930, o economista britânico John Maynard Keynes escreveu sobre o futuro dos netos das pessoas de sua geração, imaginando que, por força do progresso tecnológico, eles seriam emancipados do trabalho, teriam suas necessidades materiais satisfeitas e poderiam se dedicar a causas mais elevadas. Passados mais de 90 anos desde a publicação do texto de Keynes, embora a tecnologia tenha superado em muito a imaginação do autor, o futuro profetizado por ele ainda não chegou. Este ensaio analisa os motivos de o progresso social profetizado por Keynes não ter se concretizado, diagnosticando a maneira como historicamente a tecnologia tem impactado na vida das pessoas e questionando a existência ou a necessidade de construção de um desenho social, mais justo e fraterno, que compatibilize a tecnologia com a ciência e a vida, e que deva ser perseguido mediante a elaboração e a execução de um projeto nacional.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121211888","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O propósito deste artigo é analisar a historiografia dos projetos nacionais de desenvolvimento implementados no Brasil. Trata-se de um registro das principais ideias, reflexões e teses apresentadas no curso de formação sobre Administração do Desenvolvimento Brasileiro, promovido pelo Grupo de Pesquisa em Administração Política da UESB. Para tanto, foram convidadospesquisadores das mais renomadas universidades e instituições de pesquisa do país para investigar a trajetória da Nação Brasileira na Administração Política do capitalismo. O latifúndio e o sistema escravocrata são apontados como as raízes do atraso, e a relação de dependência com a lógica euro-americana, uma barreira a ser superada.
{"title":"ADMINISTRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO: REGISTROS DA SÉRIE PROJETO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO GPAP","authors":"Elinaldo Leal Santos, E. Assunção, Weslei Gusmão Piau Santana, Giselle Karen Santos","doi":"10.9771/rebap.v0i1.50936","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/rebap.v0i1.50936","url":null,"abstract":"O propósito deste artigo é analisar a historiografia dos projetos nacionais de desenvolvimento implementados no Brasil. Trata-se de um registro das principais ideias, reflexões e teses apresentadas no curso de formação sobre Administração do Desenvolvimento Brasileiro, promovido pelo Grupo de Pesquisa em Administração Política da UESB. Para tanto, foram convidadospesquisadores das mais renomadas universidades e instituições de pesquisa do país para investigar a trajetória da Nação Brasileira na Administração Política do capitalismo. O latifúndio e o sistema escravocrata são apontados como as raízes do atraso, e a relação de dependência com a lógica euro-americana, uma barreira a ser superada.","PeriodicalId":300290,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Administração Política","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114527872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}