Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208275
Rita de Almeida Castro, Alice Stefânia Curi, Giselle Rodrigues de Brito
Neste artigo, discorremos sobre o processo de criação da obra Mundos, do coletivo Teatro do Instante, vinculado ao Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Com a deflagração da pandemia de covid-19, o trabalho de criação foi redimensionado para ocorrer sem a presença física dos artistas, fator inicialmente considerado crucial. O interdito se desdobrou em uma busca que envolveu não apenas a pesquisa acerca de possibilidades poéticas e de presença síncrona em telas digitais, como também em mergulhos e fabulações em nossas telas mentais. Experimentamos diferentes modos de estar temporalmente juntas, em distintas naturezas de distâncias, com e sem intermédio de telas, em práticas como viagens xamânicas, diálogos e experimentos tele(em)páticos, fluxos de escrita automática, registros de sonhos, consultas e criações oraculares. Revisitamos e partilhamos alguns rastros desse processo de dois anos e meio que, de um modo ou de outro, constituíram aquilo que resultou na obra fílmica Mundos.
在这篇文章中,我们讨论了作品《世界》的创作过程,该作品由Teatro do Instante集体创作,与巴西利亚大学表演艺术系有关。随着covid-19大流行的爆发,创作工作被调整到没有艺术家在场的情况下进行,这一因素最初被认为是至关重要的。这一禁令在一项研究中展开,这项研究不仅涉及对数字屏幕上的诗意可能性和同步存在的研究,还涉及对我们心理屏幕上的沉浸和虚构的研究。我们体验了不同的时间在一起的方式,在不同的距离,有或没有屏幕的媒介,在实践中,如萨满教旅行,对话和远程实验,自动写作流,梦的记录,咨询和神谕创造。我们回顾并分享了这两年半过程的一些痕迹,这些痕迹以这样或那样的方式构成了电影作品《世界》的结果。
{"title":"Jornadas performativas para reencantamento de Mundos","authors":"Rita de Almeida Castro, Alice Stefânia Curi, Giselle Rodrigues de Brito","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208275","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208275","url":null,"abstract":"Neste artigo, discorremos sobre o processo de criação da obra Mundos, do coletivo Teatro do Instante, vinculado ao Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília. Com a deflagração da pandemia de covid-19, o trabalho de criação foi redimensionado para ocorrer sem a presença física dos artistas, fator inicialmente considerado crucial. O interdito se desdobrou em uma busca que envolveu não apenas a pesquisa acerca de possibilidades poéticas e de presença síncrona em telas digitais, como também em mergulhos e fabulações em nossas telas mentais. Experimentamos diferentes modos de estar temporalmente juntas, em distintas naturezas de distâncias, com e sem intermédio de telas, em práticas como viagens xamânicas, diálogos e experimentos tele(em)páticos, fluxos de escrita automática, registros de sonhos, consultas e criações oraculares. Revisitamos e partilhamos alguns rastros desse processo de dois anos e meio que, de um modo ou de outro, constituíram aquilo que resultou na obra fílmica Mundos.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135497837","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213242
Rafael Hupsel
Publicadas em sua rede social – e não em um veículo de imprensa – as fotos de Rafael do dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1o de janeiro de 2023 revelam, em preto e branco, a emoção de estar lá, acompanhar sob o sol forte o momento histórico que rompe com as atrocidades da necropolítica vividas na gestão anterior.
{"title":"A posse de Lula, instagram de Rafael Hupsel","authors":"Rafael Hupsel","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213242","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213242","url":null,"abstract":"Publicadas em sua rede social – e não em um veículo de imprensa – as fotos de Rafael do dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1o de janeiro de 2023 revelam, em preto e branco, a emoção de estar lá, acompanhar sob o sol forte o momento histórico que rompe com as atrocidades da necropolítica vividas na gestão anterior.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135497540","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.201700
João Paulo de Freitas Campos
Este ensaio pretende analisar as encenações do filme Era uma vez Brasília (2017), do cineasta brasileiro Adirley Queirós, a partir de teorias da performance e da noção de teatro épico de Bertolt Brecht. A obra mistura documentário e ficção científica para apresentar uma narrativa fragmentada que se desenvolve a partir de interrupções e saltos. Por meio da elaboração de atmosferas soturnas e experimentos de performance entre Ceilândia e Brasília, o filme procura refletir e dar corpo à derrota política expressada pelo golpe de estado de 2016 que retirou Dilma Rousseff do poder da perspectiva de sujeitos periféricos do Distrito Federal do Brasil. Por fim, esta obra nos revela um gesto profético que prenuncia um futuro de terror, morte e cárcere no Brasil.
{"title":"Caveiras-berrantes: performance e profecia em \"Era uma vez Brasília\" (2017)","authors":"João Paulo de Freitas Campos","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.201700","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.201700","url":null,"abstract":"Este ensaio pretende analisar as encenações do filme Era uma vez Brasília (2017), do cineasta brasileiro Adirley Queirós, a partir de teorias da performance e da noção de teatro épico de Bertolt Brecht. A obra mistura documentário e ficção científica para apresentar uma narrativa fragmentada que se desenvolve a partir de interrupções e saltos. Por meio da elaboração de atmosferas soturnas e experimentos de performance entre Ceilândia e Brasília, o filme procura refletir e dar corpo à derrota política expressada pelo golpe de estado de 2016 que retirou Dilma Rousseff do poder da perspectiva de sujeitos periféricos do Distrito Federal do Brasil. Por fim, esta obra nos revela um gesto profético que prenuncia um futuro de terror, morte e cárcere no Brasil.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135691453","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203502
Esther Jean Matteson Langdon
Este trabalho explora os conceitos de cura e eficácia, argumentando que é necessário ir além da visão biomédica e da antropologia simbólica clássica. Na biomedicina, a cura é comprovada por meio de sinais fisiológicos observados após a ingestão de uma substância. A visão simbólica afirma que os rituais de cura são eficazes porque respondem a importantes questões cosmológicas e ontológicas, provocando a transformação da perspectiva do paciente mediante as representações compartilhadas que instigam mudanças nos níveis psicofisiológicos. Com base em pesquisa sobre as práticas xamânicas entre os indígenas siona da Amazônia colombiana e suas narrativas de experiências de aflição e cura, demonstra-se que a experiência para a restauração do bem-estar envolve mais do que a ingestão de substâncias e/ou símbolos compartilhados. A abordagem performática busca compreender a cura em contextos nos quais o corpo é engajado em sua totalidade, independente de significados simbólicos compartilhados ou efeitos físicos das substâncias.
{"title":"O conceito de cura e a eficácia performativa em rituais xamânicos","authors":"Esther Jean Matteson Langdon","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203502","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203502","url":null,"abstract":"Este trabalho explora os conceitos de cura e eficácia, argumentando que é necessário ir além da visão biomédica e da antropologia simbólica clássica. Na biomedicina, a cura é comprovada por meio de sinais fisiológicos observados após a ingestão de uma substância. A visão simbólica afirma que os rituais de cura são eficazes porque respondem a importantes questões cosmológicas e ontológicas, provocando a transformação da perspectiva do paciente mediante as representações compartilhadas que instigam mudanças nos níveis psicofisiológicos. Com base em pesquisa sobre as práticas xamânicas entre os indígenas siona da Amazônia colombiana e suas narrativas de experiências de aflição e cura, demonstra-se que a experiência para a restauração do bem-estar envolve mais do que a ingestão de substâncias e/ou símbolos compartilhados. A abordagem performática busca compreender a cura em contextos nos quais o corpo é engajado em sua totalidade, independente de significados simbólicos compartilhados ou efeitos físicos das substâncias.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135691452","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203168
Liendria Marla Malcher Silva
Neste artigo, apresento a ideia de cinema de beiras, por meio do documentário Memórias de velho, do cineasta Carlos Bandeira Júnior (2020), refletindo sobre a agência do filme enquanto objeto de arte. O média-metragem reúne relatos de idosos da região do baixo rio Tapajós. Na análise fílmica, reflito sobre as potencialidades das paisagens nas narrativas orais presentes. Em seguida, discorro sobre a performatividade do olhar do cineasta-antropólogo. Por fim, dedico-me às experiências de comunidades de cinemas do filme, com pessoas que estão na tela e outras que se conectam ao filme por partilharem memórias comuns com as histórias visibilizadas por ele. O rio desponta como um agente importante nas narrativas, ele é uma pessoa-personagem convocada dentro e fora dos filmes. Assim, volto-me à imagem da margem do rio para tecer a metáfora de um cinema de beiras, apontando as potencialidades dessas imagens para o aprofundamento da ideia de Amazônia.
在这篇文章中,我通过电影制作人Carlos Bandeira junior(2020)的纪录片memorias de velho提出了贝拉斯电影的想法,反思了电影作为艺术对象的代理。这部电影收集了tapajos河下游地区老年人的报告。在电影分析中,我反思了景观在口头叙事中的潜力。然后,我讨论了电影制作人-人类学家凝视的表演性。最后,我致力于电影影院社区的体验,人们在屏幕上,其他人通过分享电影所展示的故事的共同记忆而与电影联系在一起。河流在叙事中扮演着重要的角色,它是一个在电影内外被召唤的人物。因此,我转向河岸的图像,编织了贝拉斯电影院的隐喻,指出这些图像的潜力,以深化亚马逊的想法。
{"title":"Cinema de beiras: narrativas audiovisuais, memória e agência no baixo rio Tapajós","authors":"Liendria Marla Malcher Silva","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203168","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203168","url":null,"abstract":"Neste artigo, apresento a ideia de cinema de beiras, por meio do documentário Memórias de velho, do cineasta Carlos Bandeira Júnior (2020), refletindo sobre a agência do filme enquanto objeto de arte. O média-metragem reúne relatos de idosos da região do baixo rio Tapajós. Na análise fílmica, reflito sobre as potencialidades das paisagens nas narrativas orais presentes. Em seguida, discorro sobre a performatividade do olhar do cineasta-antropólogo. Por fim, dedico-me às experiências de comunidades de cinemas do filme, com pessoas que estão na tela e outras que se conectam ao filme por partilharem memórias comuns com as histórias visibilizadas por ele. O rio desponta como um agente importante nas narrativas, ele é uma pessoa-personagem convocada dentro e fora dos filmes. Assim, volto-me à imagem da margem do rio para tecer a metáfora de um cinema de beiras, apontando as potencialidades dessas imagens para o aprofundamento da ideia de Amazônia.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135735636","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208266
Lúcio Agra
O texto esboça a tese de que há um declínio do termo espetáculo, tanto em seu sentido de uso corrente, quanto na sua viabilidade como expressão das diversas formas de articulação da presença humana na arte. Para isso, sugere que a atividade artística ao vivo, nos países colonizados, constitui a base das sociedades da presença (Gumbrecht 2018), antes mesmo da chegada do invasor. O reconhecimento dessa diferença pode ser um ingrediente fundamental para promover a descolonização da arte nesses territórios, apontando possibilidades que propiciam o abandono de um modelo europeu da arte e do mundo (sociedades do sentido/da interpretação).
{"title":"Arte ao vivo e o fim do espetáculo","authors":"Lúcio Agra","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208266","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.208266","url":null,"abstract":"O texto esboça a tese de que há um declínio do termo espetáculo, tanto em seu sentido de uso corrente, quanto na sua viabilidade como expressão das diversas formas de articulação da presença humana na arte. Para isso, sugere que a atividade artística ao vivo, nos países colonizados, constitui a base das sociedades da presença (Gumbrecht 2018), antes mesmo da chegada do invasor. O reconhecimento dessa diferença pode ser um ingrediente fundamental para promover a descolonização da arte nesses territórios, apontando possibilidades que propiciam o abandono de um modelo europeu da arte e do mundo (sociedades do sentido/da interpretação).","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135735870","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.197825
Alissan Maria Silva
O ensaio reflete a relação corpo-saia, a partir do estudo da performance das Saias de Axé, para considerar a saia que compõe o traje de mulheres do candomblé como portal de uma relação sagrada que tem o corpo como altar. Os processos de confecção e costura, considerando seus formatos e adornamentos articulados à expressão espiral do movimento que pressupõem, desenham no espaço a imagem desses corpos como espirais em movimento. O rodar das rodas dessas saias de axé torna a saia um prolongamento do corpo e expande seu movimento, expressando, assim, uma cosmopercepção espiralar em que o feminino é sublinhado como continuidade da tradição.
{"title":"A saia como portal e o corpo como altar: reflexões em curso acerca da performance da saia que veste o corpo no candomblé","authors":"Alissan Maria Silva","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.197825","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.197825","url":null,"abstract":"O ensaio reflete a relação corpo-saia, a partir do estudo da performance das Saias de Axé, para considerar a saia que compõe o traje de mulheres do candomblé como portal de uma relação sagrada que tem o corpo como altar. Os processos de confecção e costura, considerando seus formatos e adornamentos articulados à expressão espiral do movimento que pressupõem, desenham no espaço a imagem desses corpos como espirais em movimento. O rodar das rodas dessas saias de axé torna a saia um prolongamento do corpo e expande seu movimento, expressando, assim, uma cosmopercepção espiralar em que o feminino é sublinhado como continuidade da tradição.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"2013 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135735877","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213244
John C. Dawsey, Pâmilla Vilas Boas Costa Ribeiro, André-Kees de Moraes Schouten
Este texto apresenta o dossiê “Mundos em Performance”, um dos desdobramentos do evento “Sismologia da performance: Napedra 20 anos”, realizado em 2021. Em foco, a “virada performativa” e seus efeitos sísmicos na antropologia e outros campos do saber. Horizontes se ampliam, subvertendo noções de campo e espaço e implodindo concepções de tempo. As atenções se voltam à ação surpreendente, frágil e efêmera, mas potencialmente poderosa e explosiva dos corpos. Dos sentidos dos corpos, criam-se e se friccionam os sentidos de mundos. Em performance, mundos se formam e desaparecem. Em remoinhos, encontram-se os que ainda não vieram a ser, mas que podem surgir. No Brasil, os efeitos de uma “virada performativa” se revelam na criação do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), de outros grupos de referência no campo da antropologia e performance e neste dossiê, que procura explorar alguns dos remoinhos de mundos em performance.
{"title":"Sismologia de mundos em performance","authors":"John C. Dawsey, Pâmilla Vilas Boas Costa Ribeiro, André-Kees de Moraes Schouten","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213244","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.213244","url":null,"abstract":"Este texto apresenta o dossiê “Mundos em Performance”, um dos desdobramentos do evento “Sismologia da performance: Napedra 20 anos”, realizado em 2021. Em foco, a “virada performativa” e seus efeitos sísmicos na antropologia e outros campos do saber. Horizontes se ampliam, subvertendo noções de campo e espaço e implodindo concepções de tempo. As atenções se voltam à ação surpreendente, frágil e efêmera, mas potencialmente poderosa e explosiva dos corpos. Dos sentidos dos corpos, criam-se e se friccionam os sentidos de mundos. Em performance, mundos se formam e desaparecem. Em remoinhos, encontram-se os que ainda não vieram a ser, mas que podem surgir. No Brasil, os efeitos de uma “virada performativa” se revelam na criação do Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra), de outros grupos de referência no campo da antropologia e performance e neste dossiê, que procura explorar alguns dos remoinhos de mundos em performance.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135735876","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203396
Giovanni Cirino
O artigo reflete sobre a trajetória social dos espaços, a partir das ruínas de um hotel da década de 1940. Parte-se do papel dos deslocamentos geográficos na elaboração material e simbólica do espaço. Em seguida, o espaço é considerado por intermédio da maneira como as pessoas o transformam a partir daquilo que fazem. Apresenta-se o espaço como produto da ação, das relações sociais e das práticas performativas. Por fim, são discutidos os aspectos dialéticos presentes no espaço: as ruínas emergem no presente a partir do choque de temporalidades, o espaço performativo é tomado como espaço dialético.
{"title":"Dialética do espaço performativo: o caráter liminoide das ruínas","authors":"Giovanni Cirino","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203396","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.203396","url":null,"abstract":"O artigo reflete sobre a trajetória social dos espaços, a partir das ruínas de um hotel da década de 1940. Parte-se do papel dos deslocamentos geográficos na elaboração material e simbólica do espaço. Em seguida, o espaço é considerado por intermédio da maneira como as pessoas o transformam a partir daquilo que fazem. Apresenta-se o espaço como produto da ação, das relações sociais e das práticas performativas. Por fim, são discutidos os aspectos dialéticos presentes no espaço: as ruínas emergem no presente a partir do choque de temporalidades, o espaço performativo é tomado como espaço dialético.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135735874","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste texto iremos abordar os cantos noturnos denominados amõamõu dos grupos yanonami do rio Marauiá e do rio Maturacá, os quais, juntamente com a dança praiai, acontecem durante a festa ritual dos mortos, chamada na língua Yanomami de Reahu. Procurando determinar as dinâmicas dos cantos e seus contextos no estabelecimento das relações sociais do grupo, a base teórico-metodológica dar-se-á pelos escritos da Antropologia da Performance, alicerçados pelos trabalhos de campo realizados durante o doutoramento dos autores.
{"title":"Os cantos da reahu: uma reflexão antropólogica sobre os cantos Yanonamɨ do rio Marauiá e rio Maturacá","authors":"Luiz Davi Vieira Gonçalves, Mboe’esara Esãîã Tremembé","doi":"10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.199376","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2023.199376","url":null,"abstract":"Neste texto iremos abordar os cantos noturnos denominados amõamõu dos grupos yanonami do rio Marauiá e do rio Maturacá, os quais, juntamente com a dança praiai, acontecem durante a festa ritual dos mortos, chamada na língua Yanomami de Reahu. Procurando determinar as dinâmicas dos cantos e seus contextos no estabelecimento das relações sociais do grupo, a base teórico-metodológica dar-se-á pelos escritos da Antropologia da Performance, alicerçados pelos trabalhos de campo realizados durante o doutoramento dos autores.","PeriodicalId":474812,"journal":{"name":"GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135691451","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}