Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-480
Marcos Nalli, Manuela Slonski
É sabido que um dos elementos capitais à governamentalidade biopolítica é de ter como seu objeto-mor a vida, donde decorre a obviedade do neologismo “biopolítica”. Mas é sabido também que para fazer jus a tal objeto, isto é, a vida, ela deve ser objeto de consideração num sistema político e governamental de defesa e segurança. Ora, pelo menos à luz da argumentação espositiana, a busca pela proteção e defesa da vida e do sujeito, dado o núcleo niilista da comunidade, se introduziu um modo de governar marcado pelo que o filósofo italiano chamou de paradigma imunitário, que consiste numa proteção da vida a partir de sua ameaça controlada que acaba por agravar ainda mais o núcleo niilista. Isto posto, e aceitando a indicação mesma de Esposito de que Georges Bataille é o mais radical anti-Hobbes (já que Hobbes é a figura emblemática que parece inaugurar toda esta deriva niilista da comunidade e da política), nosso objetivo é investigar como o fascínio batailliano pela morte – que pode ser pensado como a fascinação pelo negativo – é um modo filosoficamente instigante para pensar uma superação da deriva niilista tanto da comunidade como da biopolítica em seu modo imunitário de operar e gerir as vidas.
{"title":"O fascínio Batailliano pela morte","authors":"Marcos Nalli, Manuela Slonski","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-480","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-480","url":null,"abstract":"É sabido que um dos elementos capitais à governamentalidade biopolítica é de ter como seu objeto-mor a vida, donde decorre a obviedade do neologismo “biopolítica”. Mas é sabido também que para fazer jus a tal objeto, isto é, a vida, ela deve ser objeto de consideração num sistema político e governamental de defesa e segurança. Ora, pelo menos à luz da argumentação espositiana, a busca pela proteção e defesa da vida e do sujeito, dado o núcleo niilista da comunidade, se introduziu um modo de governar marcado pelo que o filósofo italiano chamou de paradigma imunitário, que consiste numa proteção da vida a partir de sua ameaça controlada que acaba por agravar ainda mais o núcleo niilista. Isto posto, e aceitando a indicação mesma de Esposito de que Georges Bataille é o mais radical anti-Hobbes (já que Hobbes é a figura emblemática que parece inaugurar toda esta deriva niilista da comunidade e da política), nosso objetivo é investigar como o fascínio batailliano pela morte – que pode ser pensado como a fascinação pelo negativo – é um modo filosoficamente instigante para pensar uma superação da deriva niilista tanto da comunidade como da biopolítica em seu modo imunitário de operar e gerir as vidas.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"102 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125137630","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-477
A. Yazbek
O presente artigo recupera as noções de “guerra de raças” e de “biopoder” na série lições ministradas por Michel Foucault no Collège de France, intituladas Il faut défendre la Société (1976), para refletir sobre a relação entre neoliberalismo e violência política. Nesse sentido, gostaria de examinar como o pensamento de Foucault formulou o problema do biopoder vinculado ao problema da violência e da raça para analisar nossa atualidade política (neo)liberal em termos de paradigmas raciais e coloniais.
本文从米歇尔·福柯在college de France上发表的题为“Il faut defend la societe”(1976)的系列讲座中恢复了“种族战争”和“生物权力”的概念,以反思新自由主义和政治暴力之间的关系。在这个意义上,我想研究福柯的思想是如何将生物权力问题与暴力和种族问题联系起来的,以便从种族和殖民范式的角度分析我们的政治现实(新)自由主义。
{"title":"Soberania e violência biopolítica neoliberal","authors":"A. Yazbek","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-477","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-477","url":null,"abstract":"O presente artigo recupera as noções de “guerra de raças” e de “biopoder” na série lições ministradas por Michel Foucault no Collège de France, intituladas Il faut défendre la Société (1976), para refletir sobre a relação entre neoliberalismo e violência política. Nesse sentido, gostaria de examinar como o pensamento de Foucault formulou o problema do biopoder vinculado ao problema da violência e da raça para analisar nossa atualidade política (neo)liberal em termos de paradigmas raciais e coloniais.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"348 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123533236","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente dossiê é resultado do “II Encontro Nacional e I Encontro Internacional de Biopolítica: Os desafios da atualidade” realizado pelo grupo de pesquisa “(des)Leitura: Filosofia, Ciência e Arte”, existente desde 2004 na Universidade Estadual de Londrina (UEL – PR). O grupo (des)Leitura já vem atuando, há um bom tempo, em participações de eventos nacionais e internacionais, bem como em publicações. Sobre estas, vale ressaltar, além de artigos especializados, os livros Foucault em múltiplas perspectivas (Londrina: EDUEL, 2013), Michel Foucault: desdobramentos (Belo Horizonte: Autêntica, 2016) e Ensaios de biopolítica: entre caminhos e desvios (Santo André, EdUFABC, no prelo). Além dos integrantes do grupo, de diversas áreas do conhecimento (filosofia, psicologia, direito, música), participam deste dossiê tanto pesquisadores nacionais como internacionais, que trazem novas problematizações e enriquecem os debates em torno da biopolítica.
{"title":"Dossiê Biopolítica","authors":"Renan Pavini, Fábio Furlanete, Marcos Nalli, Tiaraju Pez","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-507","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-507","url":null,"abstract":"O presente dossiê é resultado do “II Encontro Nacional e I Encontro Internacional de Biopolítica: Os desafios da atualidade” realizado pelo grupo de pesquisa “(des)Leitura: Filosofia, Ciência e Arte”, existente desde 2004 na Universidade Estadual de Londrina (UEL – PR). O grupo (des)Leitura já vem atuando, há um bom tempo, em participações de eventos nacionais e internacionais, bem como em publicações. Sobre estas, vale ressaltar, além de artigos especializados, os livros Foucault em múltiplas perspectivas (Londrina: EDUEL, 2013), Michel Foucault: desdobramentos (Belo Horizonte: Autêntica, 2016) e Ensaios de biopolítica: entre caminhos e desvios (Santo André, EdUFABC, no prelo). Além dos integrantes do grupo, de diversas áreas do conhecimento (filosofia, psicologia, direito, música), participam deste dossiê tanto pesquisadores nacionais como internacionais, que trazem novas problematizações e enriquecem os debates em torno da biopolítica.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116003419","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-510
Borxa C. Ferreiro
A principal característica do projeto neoliberal, não a encontramos, como sustenta com grande rotundidade boa parte da literatura especializada, numa particular política econômica baseada fundamentalmente na liberdade de mercado. Pelo contrário, se abordarmos a realidade desde a mirada foucaultiana, o verdadeiramente transcendental no neoliberalismo é, antes, a sua realização como razão normativa. É o que afirmava Foucault ao sugerir que, em síntese, o projeto neoliberal é resultado da crise do intervencionismo posterior à Segunda Guerra Mundial. Isto significa que o neoliberalismo se manifesta mais na produção de uma determinada forma de vida do que na sua eventual destruição. Desse modo, semeia nos sujeitos valores, práticas, cálculos e avaliações específicas da economia a cada uma das esferas vitais.
{"title":"Biopolítica neoliberal: além do laissez faire","authors":"Borxa C. Ferreiro","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-510","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-510","url":null,"abstract":"A principal característica do projeto neoliberal, não a encontramos, como sustenta com grande rotundidade boa parte da literatura especializada, numa particular política econômica baseada fundamentalmente na liberdade de mercado. Pelo contrário, se abordarmos a realidade desde a mirada foucaultiana, o verdadeiramente transcendental no neoliberalismo é, antes, a sua realização como razão normativa. É o que afirmava Foucault ao sugerir que, em síntese, o projeto neoliberal é resultado da crise do intervencionismo posterior à Segunda Guerra Mundial. Isto significa que o neoliberalismo se manifesta mais na produção de uma determinada forma de vida do que na sua eventual destruição. Desse modo, semeia nos sujeitos valores, práticas, cálculos e avaliações específicas da economia a cada uma das esferas vitais.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129238579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-478
José Mauro Garboza Jr, Tadeu José Migoto Filho
Se é no século XIX que a biopolítica se consolida, caberia então se perguntar qual teria sido o impacto da filosofia da época para a construção desse novo tipo de poder. Com isso, não seria possível ignorar a obra de Hegel, cuja complexidade teria sido responsável por moldar os rumos da filosofia durante o século XIX e seguintes. Afinal, uma de suas grandes preocupações, desde a “Fenomenologia do Espírito”, teria sido a formação da cultura para elevar a vida imediata a uma vida plena, em direção ao universal e ao Espírito Absoluto. Todavia, o que subjaz a esse processo de formação da vida é aquilo que Achille Mbembe teria bem notado: para que a vida do Espírito na civilização fosse possível, fez-se necessário a existência de seu duplo, sua face noturna, a barbárie colonial. Desta maneira, o que se pretende é aprofundar os estudos de biopolítica, averiguando como os processos descritos por Hegel de constituição da vida e da cultura tiveram como pressuposto uma predação de escala planetária e uma brutalização conjugada com a espoliação da força de trabalho de povos inteiros. Em função da “dialética” do colonizador e colonizado, a condição da glória daquele é o sofrimento deste. Ou melhor, como para se fazer viver a Europa foi necessária uma política de morte, um fazer e deixar morrer o resto do planeta.
{"title":"Paradoxal Colonial","authors":"José Mauro Garboza Jr, Tadeu José Migoto Filho","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-478","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-478","url":null,"abstract":"Se é no século XIX que a biopolítica se consolida, caberia então se perguntar qual teria sido o impacto da filosofia da época para a construção desse novo tipo de poder. Com isso, não seria possível ignorar a obra de Hegel, cuja complexidade teria sido responsável por moldar os rumos da filosofia durante o século XIX e seguintes. Afinal, uma de suas grandes preocupações, desde a “Fenomenologia do Espírito”, teria sido a formação da cultura para elevar a vida imediata a uma vida plena, em direção ao universal e ao Espírito Absoluto. Todavia, o que subjaz a esse processo de formação da vida é aquilo que Achille Mbembe teria bem notado: para que a vida do Espírito na civilização fosse possível, fez-se necessário a existência de seu duplo, sua face noturna, a barbárie colonial. Desta maneira, o que se pretende é aprofundar os estudos de biopolítica, averiguando como os processos descritos por Hegel de constituição da vida e da cultura tiveram como pressuposto uma predação de escala planetária e uma brutalização conjugada com a espoliação da força de trabalho de povos inteiros. Em função da “dialética” do colonizador e colonizado, a condição da glória daquele é o sofrimento deste. Ou melhor, como para se fazer viver a Europa foi necessária uma política de morte, um fazer e deixar morrer o resto do planeta.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115701034","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-485
César Candiotto
O artigo estuda a preocupação político-filosófica acerca dos migrantes miseráveis na época contemporânea, como novo objeto de gestão administrativa dos Estados e de regulação da ordem política estabelecida. Objetiva-se apropriar-se das noções de “gestão dos ilegalismos” e de “governamentalização do Estado”, introduzidas por Foucault, para apontar como elas transformam a política migratória em polícia migratória. Mediante a prática dos ilegalismos, a gestão desses migrantes utiliza-se de mecanismos infra-legais que evidenciam os limites da relação tradicional entre legalidade e ilegalidade. Através do modus operandi da governamentalização, o Estado regula o fluxo migratório como mecanismo compensatório para mascarar o declínio de sua soberania política. Com isso, aponta-se a insuficiência da designação jurídica do Estado no que diz respeito ao tratamento dos migrantes. Para além das pesquisas de Foucault, propõe-se articular a governamentalização do Estado moderno à ideia de “soberania erodida”, enfatizada por Wendy Brown (2009). Nesta perspectiva de leitura, o declínio da soberania política do Estado-Nação é associado à ascensão do Estado securitário. E o “desejo de muros” estimulado por deste último, evidencia a nostalgia de um modelo de Estado que já não existe. Assim, a produção do imigrante pobre como inimigo da nação resulta de um mecanismo de defesa social empreendido pelo Estado securitário, diante de uma suposta segurança permanentemente ameaçada. Apesar disso, esse desejo de segurança jamais é totalmente satisfeito.
{"title":"Ilegalismos, governamentalidade e desejo de muros:","authors":"César Candiotto","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-485","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-485","url":null,"abstract":"O artigo estuda a preocupação político-filosófica acerca dos migrantes miseráveis na época contemporânea, como novo objeto de gestão administrativa dos Estados e de regulação da ordem política estabelecida. Objetiva-se apropriar-se das noções de “gestão dos ilegalismos” e de “governamentalização do Estado”, introduzidas por Foucault, para apontar como elas transformam a política migratória em polícia migratória. Mediante a prática dos ilegalismos, a gestão desses migrantes utiliza-se de mecanismos infra-legais que evidenciam os limites da relação tradicional entre legalidade e ilegalidade. Através do modus operandi da governamentalização, o Estado regula o fluxo migratório como mecanismo compensatório para mascarar o declínio de sua soberania política. Com isso, aponta-se a insuficiência da designação jurídica do Estado no que diz respeito ao tratamento dos migrantes. Para além das pesquisas de Foucault, propõe-se articular a governamentalização do Estado moderno à ideia de “soberania erodida”, enfatizada por Wendy Brown (2009). Nesta perspectiva de leitura, o declínio da soberania política do Estado-Nação é associado à ascensão do Estado securitário. E o “desejo de muros” estimulado por deste último, evidencia a nostalgia de um modelo de Estado que já não existe. Assim, a produção do imigrante pobre como inimigo da nação resulta de um mecanismo de defesa social empreendido pelo Estado securitário, diante de uma suposta segurança permanentemente ameaçada. Apesar disso, esse desejo de segurança jamais é totalmente satisfeito.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132248952","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-509
H. L'Heuillet
Je cherche à explorer comment l'expérience de la temporalité est multiforme et fortement perturbée à l'époque de la pandémie Covid-19 et des politiques de confinement, générant une expérience d'hétérochronie, qui remet en question notre rapport à la vie
{"title":"La temporalité à l’épreuve du confinement","authors":"H. L'Heuillet","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-509","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-509","url":null,"abstract":"Je cherche à explorer comment l'expérience de la temporalité est multiforme et fortement perturbée à l'époque de la pandémie Covid-19 et des politiques de confinement, générant une expérience d'hétérochronie, qui remet en question notre rapport à la vie","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"28 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124547327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-01DOI: 10.59539/2175-2834-v23n2-482
Fábio Furlanete, R. Lima, Thiago Pelogia
Na modernidade, os discursos filosófico e literário tendem a reservar para a arte o papel privilegiado de instância de verdade, terapêutica e pedagogia para a vida e sobre a vida. Ao mesmo tempo, a prática artística frequentemente é legitimada por discursos de verdade sobre a natureza, o social e o sentir. Isso a despeito de, ao contrário de outras formas do pensamento humano como a ciência e a filosofia, a verdade não ser para a arte um objeto central. Essa relação intrincada com a verdade, associada ao seu alegado poder sobre o sujeito, indica uma semelhança entre a arte e a direção de conduta: um discurso ancorado em narrativas de verdade que procura moldar a subjetividade na direção de formas pré definidas do desejo. Papel que a arte parece ser capaz de assumir, mas não completamente e ao custo de seu próprio poder que reside no caos da incompatibilidade entre o homem e a linguagem descoberta pela modernidade, o caos do texto sem um corpo presente que limite suas possibilidades de sentido. Este trabalho investiga as possibilidades abertas ao se pensar a arte, simultaneamente, como direção de conduta e texto sem corpo, e o artista como a personagem que navega essa ambivalência.
{"title":"Arte, verdade e ambivalência","authors":"Fábio Furlanete, R. Lima, Thiago Pelogia","doi":"10.59539/2175-2834-v23n2-482","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v23n2-482","url":null,"abstract":"Na modernidade, os discursos filosófico e literário tendem a reservar para a arte o papel privilegiado de instância de verdade, terapêutica e pedagogia para a vida e sobre a vida. Ao mesmo tempo, a prática artística frequentemente é legitimada por discursos de verdade sobre a natureza, o social e o sentir. Isso a despeito de, ao contrário de outras formas do pensamento humano como a ciência e a filosofia, a verdade não ser para a arte um objeto central. Essa relação intrincada com a verdade, associada ao seu alegado poder sobre o sujeito, indica uma semelhança entre a arte e a direção de conduta: um discurso ancorado em narrativas de verdade que procura moldar a subjetividade na direção de formas pré definidas do desejo. Papel que a arte parece ser capaz de assumir, mas não completamente e ao custo de seu próprio poder que reside no caos da incompatibilidade entre o homem e a linguagem descoberta pela modernidade, o caos do texto sem um corpo presente que limite suas possibilidades de sentido. Este trabalho investiga as possibilidades abertas ao se pensar a arte, simultaneamente, como direção de conduta e texto sem corpo, e o artista como a personagem que navega essa ambivalência.","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123755120","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-09-27DOI: 10.59539/2175-2834-v22n1-346
Maximiliano Aczona
Este escrito se organiza en torno a las críticas de Adolf Grünbaum al psicoanálisis freudiano, haciendo foco en una de ellas: el papel de la sugestión del analista en la validación de los datos clínicos que apoyan sus hipótesis causales. Mostraré que en el propio desarrollo de las ideas freudianas podemos hallar un preciso abordaje de este asunto, que Grünbaum no ha tenido en cuenta y que conviene revisar. Concluiremos que el problema de la contaminación epistémica vía sugestión no constituye un obstáculo mayor en el camino de validación psicoanalítica a partir de los datos obtenidos clínicamente. De este análisis se desprende una importante implicación metodológica para la investigación en psicoanálisis: contrariamente a lo que muchos epistemólogos y psicoanalistas han extraído como corolario de la crítica de Grünbaum, los diseños extra-clínicos (de indudable valor en sí mismos), no devienen imprescindibles para el establecimiento de mejor evidencia empírica de las hipótesis psicoanalíticas.Palabras clave: Psicoanálisis, Sugestión, Grünbaum
{"title":"Sobre el lugar de la sugestión en la clínica psicoanalítica: una relectura freudiana de la crítica de Adolf Grünbaum","authors":"Maximiliano Aczona","doi":"10.59539/2175-2834-v22n1-346","DOIUrl":"https://doi.org/10.59539/2175-2834-v22n1-346","url":null,"abstract":"Este escrito se organiza en torno a las críticas de Adolf Grünbaum al psicoanálisis freudiano, haciendo foco en una de ellas: el papel de la sugestión del analista en la validación de los datos clínicos que apoyan sus hipótesis causales. Mostraré que en el propio desarrollo de las ideas freudianas podemos hallar un preciso abordaje de este asunto, que Grünbaum no ha tenido en cuenta y que conviene revisar. Concluiremos que el problema de la contaminación epistémica vía sugestión no constituye un obstáculo mayor en el camino de validación psicoanalítica a partir de los datos obtenidos clínicamente. De este análisis se desprende una importante implicación metodológica para la investigación en psicoanálisis: contrariamente a lo que muchos epistemólogos y psicoanalistas han extraído como corolario de la crítica de Grünbaum, los diseños extra-clínicos (de indudable valor en sí mismos), no devienen imprescindibles para el establecimiento de mejor evidencia empírica de las hipótesis psicoanalíticas.Palabras clave: Psicoanálisis, Sugestión, Grünbaum","PeriodicalId":248907,"journal":{"name":"Natureza Humana - Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125269332","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}