Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41044
Roberto Carlos Araújo Junior, Lucas Venturini de Rezende Mendes Glória, Milena Moulin Massini
Introdução: As hérnias femorais representam cerca de 2% a 8% das hérnias da região inguinal e são mais comuns em mulheres adultas. Mais raro ainda é a herniação de anexos uterinos. Há poucos relatos na literatura acerca da herniação destas estruturas em mulheres adultas, já que são mais comuns em crianças e estão associadas, em sua maioria, às anormalidades congênitas do trato genital. Objetivo: Relatar um caso extremamente raro de hérnia femoral encarcerada contendo tuba uterina. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo constando de relato de caso através de avaliação de prontuário e revisão literária. Resultados: Não houve intercorrências decorrentes do procedimento cirúrgico. A paciente teve evolução satisfatória durante a internação, e recebeu alta hospitalar 24 horas após o procedimento. Conclusão: O diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoces das hérnias femorais são essenciais para um bom prognóstico. No que se refere a pacientes do sexo feminino, a herniação de anexos uterinos deve sempre ser considerada. O rápido tratamento cirúrgico é capaz de evitar a ressecção destas estruturas uterinas, preservando a fertilidade em mulheres na faixa etária reprodutiva.
{"title":"Hérnia femoral encarcerada contendo tuba uterina direita: um achado extremamente raro","authors":"Roberto Carlos Araújo Junior, Lucas Venturini de Rezende Mendes Glória, Milena Moulin Massini","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41044","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41044","url":null,"abstract":"Introdução: As hérnias femorais representam cerca de 2% a 8% das hérnias da região inguinal e são mais comuns em mulheres adultas. Mais raro ainda é a herniação de anexos uterinos. Há poucos relatos na literatura acerca da herniação destas estruturas em mulheres adultas, já que são mais comuns em crianças e estão associadas, em sua maioria, às anormalidades congênitas do trato genital. Objetivo: Relatar um caso extremamente raro de hérnia femoral encarcerada contendo tuba uterina. Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo constando de relato de caso através de avaliação de prontuário e revisão literária. Resultados: Não houve intercorrências decorrentes do procedimento cirúrgico. A paciente teve evolução satisfatória durante a internação, e recebeu alta hospitalar 24 horas após o procedimento. Conclusão: O diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoces das hérnias femorais são essenciais para um bom prognóstico. No que se refere a pacientes do sexo feminino, a herniação de anexos uterinos deve sempre ser considerada. O rápido tratamento cirúrgico é capaz de evitar a ressecção destas estruturas uterinas, preservando a fertilidade em mulheres na faixa etária reprodutiva.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83023613","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41051
Eduarda De Castro Bortolini Altoé, Luis Claudio Da Motta Barbosa, L. Peroni, Flávio Takemi Kataoka, Lucas Will de Aguiar, Sedecias De Almeida Franco Neto, Luiz Gustavo Fidelis Pereira, Mateus Gonçalves Prata dos Reis
Introdução: Trauma abdominal é definido como um sofrimento resultante de uma ação súbita e violenta, exercida contra o abdome por diversos agentes causadores: mecânicos, químicos, elétricos e irradiações. Se não for tratado desde o início, contribui para altas taxas de mortalidade e morbidade. Nesse sentido, a videolaparoscopia vem contribuindo cada vez mais para o diagnóstico e tratamento de diversos problemas cirúrgicos abdominais, introduzindo mudanças significativas na cirurgia moderna. Objetivo: Identificar na literatura científica acerca da abordagem videolaparoscópica no contexto do trauma abdominal. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa de literatura. A pesquisa foi realizada por meio das bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na biblioteca virtual Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, durante os meses de novembro e dezembro de 2022. Resultados: A análise dos artigos sugere que a abordagem videolaparoscópica é um procedimento que apresenta maior acurácia na avaliação dos ferimentos penetrantes da transição tóraco-abdominal, sobretudo na detecção de lesões diafragmáticas; diminuição da morbi-mortalidade pós-operatória; diminuição do tempo de internação e pode ser utilizado em pacientes que sofreram trauma abdominal e estão hemodinamicamente estáveis e com indicação para o procedimento. Conclusão: A videolaparoscopia demonstra-se de grande valia no uso cirúrgico devido a diminuição dos riscos, sua eficácia e apoio no diagnóstico salientando a robustez e acurácia da técnica.
{"title":"Abordagem videolaparoscópica no contexto do trauma abdominal: uma revisão bibliográfica","authors":"Eduarda De Castro Bortolini Altoé, Luis Claudio Da Motta Barbosa, L. Peroni, Flávio Takemi Kataoka, Lucas Will de Aguiar, Sedecias De Almeida Franco Neto, Luiz Gustavo Fidelis Pereira, Mateus Gonçalves Prata dos Reis","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41051","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41051","url":null,"abstract":"Introdução: Trauma abdominal é definido como um sofrimento resultante de uma ação súbita e violenta, exercida contra o abdome por diversos agentes causadores: mecânicos, químicos, elétricos e irradiações. Se não for tratado desde o início, contribui para altas taxas de mortalidade e morbidade. Nesse sentido, a videolaparoscopia vem contribuindo cada vez mais para o diagnóstico e tratamento de diversos problemas cirúrgicos abdominais, introduzindo mudanças significativas na cirurgia moderna. Objetivo: Identificar na literatura científica acerca da abordagem videolaparoscópica no contexto do trauma abdominal. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa de literatura. A pesquisa foi realizada por meio das bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na biblioteca virtual Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, durante os meses de novembro e dezembro de 2022. Resultados: A análise dos artigos sugere que a abordagem videolaparoscópica é um procedimento que apresenta maior acurácia na avaliação dos ferimentos penetrantes da transição tóraco-abdominal, sobretudo na detecção de lesões diafragmáticas; diminuição da morbi-mortalidade pós-operatória; diminuição do tempo de internação e pode ser utilizado em pacientes que sofreram trauma abdominal e estão hemodinamicamente estáveis e com indicação para o procedimento. Conclusão: A videolaparoscopia demonstra-se de grande valia no uso cirúrgico devido a diminuição dos riscos, sua eficácia e apoio no diagnóstico salientando a robustez e acurácia da técnica.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81764924","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41041
Doglas Gobbi Marchesi
Editorial
编辑
{"title":"Congresso Setorial do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Setor IV: Cirurgia da urgência e trauma","authors":"Doglas Gobbi Marchesi","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41041","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41041","url":null,"abstract":"Editorial","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83808858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41047
Brenno Seabra, P. Macedo, Marina Boechat Melado, Maria Antonia Lopes de Sousa
Introdução: A Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea (SAAP) é uma condição rara causada pela compressão da artéria poplítea, que afeta pacientes jovens e é a principal causa de claudicação intermitente nessa população. Métodos: Relato de caso, no qual foi realizada investigação do caso com Ressonância Nuclear Magnética, Ecodoppler arterial e arteriografia. Confirmada a suspeita e analisado o quadro em questão, foi definido como terapêutica o tratamento clínico com cilostazol e caminhadas diárias. Relato do caso: Mulher, 29 anos, sem comorbidades, procura atendimento médico com queixa de dor intensa na panturrilha há 2 anos com piora progressiva e limitante a 50 metros de caminhada. Conclusão: Embora o tratamento “principal” seja cirúrgico, a alternativa clínica deve ser considerada em virtude de idade, contexto social, complexidade do caso e desejo do paciente.
{"title":"Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea: relato de caso","authors":"Brenno Seabra, P. Macedo, Marina Boechat Melado, Maria Antonia Lopes de Sousa","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41047","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41047","url":null,"abstract":"Introdução: A Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea (SAAP) é uma condição rara causada pela compressão da artéria poplítea, que afeta pacientes jovens e é a principal causa de claudicação intermitente nessa população. Métodos: Relato de caso, no qual foi realizada investigação do caso com Ressonância Nuclear Magnética, Ecodoppler arterial e arteriografia. Confirmada a suspeita e analisado o quadro em questão, foi definido como terapêutica o tratamento clínico com cilostazol e caminhadas diárias. Relato do caso: Mulher, 29 anos, sem comorbidades, procura atendimento médico com queixa de dor intensa na panturrilha há 2 anos com piora progressiva e limitante a 50 metros de caminhada. Conclusão: Embora o tratamento “principal” seja cirúrgico, a alternativa clínica deve ser considerada em virtude de idade, contexto social, complexidade do caso e desejo do paciente.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"213 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79502851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41049
Clarissa Maria Ferraço das Neves, Annie Armani Prata, Carolina Cardoso de Campos, Giovanna Malacarne Farias, Ana Carolina Monteiro Marchezi, Áurea Barcelos Sperandio, Marcela Souza Lima Paulo, Loise Cristina Passos Drumond
Introdução: As fraturas do dente do áxis são lesões frequentes da coluna cervical. Há uma crescente prevalência de traumas de alta energia e de quedas da própria altura, sobretudo em pacientes acima de 65 anos, nos quais a mortalidade é maior. A tipo II, considerada a mais frequente e instável, consiste na fratura do colo do dente do áxis e pode causar compressão medular cervical. Objetivo: Conhecer os principais tratamentos para a fratura tipo II do dente do áxis. Métodos: Foram investigados, de abril a maio de 2022, no PubMed/Medline e na Biblioteca Virtual em Saúde, a combinação dos descritores ‘’Odontoid Processes’’ AND (‘’treatment’’ OR “therapeutics”) AND “spinal fractures’’. Resultados: A partir da análise bibliográfica dos nove artigos, foram encontrados tratamentos cirúrgicos e tratamentos conservativos para a fratura tipo II do dente do áxis. De início, no pré-operatório, pode-se realizar a tração cervical, de modo a realinhar a coluna e aumentar as chances da fusão óssea. Para imobilização externa, o colete Halo é indicado, apesar de não promover a união óssea. Como tratamento alternativo, o colar cervical rígido proporciona estabilização da coluna cervical, mas também não resulta na união óssea. No âmbito cirúrgico, o tratamento mais recorrente é a fixação anterior do parafuso, que visa proporcionar união óssea. Quando esta última é inviável, opta-se pela fixação posterior do parafuso, que garante uma fusão óssea estável pela inserção de um parafuso temporário. Em casos de deslocamento dorsal da coluna, é realizada a fusão occipitocervical. Conclusão: Os principais tratamentos cirúrgicos para a fratura tipo II do dente do áxis são fixação anterior ou posterior de parafuso, fusão occipitocervical e odontoidectomia transoral. Quanto aos tratamentos conservativos, são abordados os equipamentos de estabilização, como o colar cervical rígido e o colete Halo a fim de realizar uma imobilização externa e tração cervical.
{"title":"Principais tratamentos para fratura tipo II do dente do áxis","authors":"Clarissa Maria Ferraço das Neves, Annie Armani Prata, Carolina Cardoso de Campos, Giovanna Malacarne Farias, Ana Carolina Monteiro Marchezi, Áurea Barcelos Sperandio, Marcela Souza Lima Paulo, Loise Cristina Passos Drumond","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41049","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41049","url":null,"abstract":"Introdução: As fraturas do dente do áxis são lesões frequentes da coluna cervical. Há uma crescente prevalência de traumas de alta energia e de quedas da própria altura, sobretudo em pacientes acima de 65 anos, nos quais a mortalidade é maior. A tipo II, considerada a mais frequente e instável, consiste na fratura do colo do dente do áxis e pode causar compressão medular cervical. Objetivo: Conhecer os principais tratamentos para a fratura tipo II do dente do áxis. Métodos: Foram investigados, de abril a maio de 2022, no PubMed/Medline e na Biblioteca Virtual em Saúde, a combinação dos descritores ‘’Odontoid Processes’’ AND (‘’treatment’’ OR “therapeutics”) AND “spinal fractures’’. Resultados: A partir da análise bibliográfica dos nove artigos, foram encontrados tratamentos cirúrgicos e tratamentos conservativos para a fratura tipo II do dente do áxis. De início, no pré-operatório, pode-se realizar a tração cervical, de modo a realinhar a coluna e aumentar as chances da fusão óssea. Para imobilização externa, o colete Halo é indicado, apesar de não promover a união óssea. Como tratamento alternativo, o colar cervical rígido proporciona estabilização da coluna cervical, mas também não resulta na união óssea. No âmbito cirúrgico, o tratamento mais recorrente é a fixação anterior do parafuso, que visa proporcionar união óssea. Quando esta última é inviável, opta-se pela fixação posterior do parafuso, que garante uma fusão óssea estável pela inserção de um parafuso temporário. Em casos de deslocamento dorsal da coluna, é realizada a fusão occipitocervical. Conclusão: Os principais tratamentos cirúrgicos para a fratura tipo II do dente do áxis são fixação anterior ou posterior de parafuso, fusão occipitocervical e odontoidectomia transoral. Quanto aos tratamentos conservativos, são abordados os equipamentos de estabilização, como o colar cervical rígido e o colete Halo a fim de realizar uma imobilização externa e tração cervical.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78516053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41043
Lucas Barcelos Denadai, Felipe De Castro Pimentel, Allan Gonçalves Henriques, Lavínia Damacena Perin, Doglas Gobbi Marchesi
Introdução: O diagnóstico de injúrias no pâncreas pode ser desafiador. Apesar do protocolo FAST ser eficiente na detecção de hemoperitônio, cerca de um terço dos pacientes com lesão pancreática apresentam FAST normal. Dessa forma, o diagnóstico se dá por meio de tomografia computadorizada (TC) ou laparotomia. As complicações da lesão pancreática chegam a ocorrer em até 50% dos casos e incluem fístula, pseudocisto e abscessos abdominais. O manejo adequado desses eventos é essencial no desfecho de morbidade e mortalidade. Relato de caso: Paciente masculino, 21 anos, deu entrada no HEUE com história de trauma abdominal fechado. A TC evidenciou hemoperitônio e laceração da cabeça do pâncreas com envolvimento do ducto de Wirsung. Em laparotomia não houve êxito em visualizar lesões pancreáticas. Encaminhado ao HUCAM com quadro séptico, foi iniciada antibioticoterapia, NPT e dieta líquida. Após 10 dias CPRE mostrou estenose de colédoco distal, sendo realizada papilotomia com colocação de prótese biliar, sem sucesso no acesso à via pancreática. Devido à impossibilidade de cateterização do ducto de Wirsung via CPRE, foi indicada abordagem cirúrgica que mostrou aderências firmes em andar superior do abdome, além de pingos de vela em omento. Nesse cenário, optou-se por realizar colecistectomia e esplenectomia táticas para cateterização do ducto via cauda do pâncreas. Recebeu alta com cateter no Wirsung e evoluiu com pseudocisto pancreático, sendo realizada drenagem transgástrica. Posteriormente o cateter foi retirado do Wirsung, sem débito, e nova TC mostrou resolução do pseudocisto. Evoluiu sem queixas. Segue em acompanhamento no ambulatório de CAD do HUCAM. Conclusão: O caso em questão mostra o sucesso da utilização de uma tática de exceção no tratamento do trauma pancreático com acometimento do ducto de Wirsung. A abordagem conservadora poupou grande parte do parênquima pancreático que seria perdido com uma abordagem cirúrgica inicial e o paciente evoluiu de maneira favorável.
{"title":"Abordagem conservadora em um caso de trauma pancreático com lesão do ducto de Wirsung","authors":"Lucas Barcelos Denadai, Felipe De Castro Pimentel, Allan Gonçalves Henriques, Lavínia Damacena Perin, Doglas Gobbi Marchesi","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41043","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41043","url":null,"abstract":"Introdução: O diagnóstico de injúrias no pâncreas pode ser desafiador. Apesar do protocolo FAST ser eficiente na detecção de hemoperitônio, cerca de um terço dos pacientes com lesão pancreática apresentam FAST normal. Dessa forma, o diagnóstico se dá por meio de tomografia computadorizada (TC) ou laparotomia. As complicações da lesão pancreática chegam a ocorrer em até 50% dos casos e incluem fístula, pseudocisto e abscessos abdominais. O manejo adequado desses eventos é essencial no desfecho de morbidade e mortalidade. Relato de caso: Paciente masculino, 21 anos, deu entrada no HEUE com história de trauma abdominal fechado. A TC evidenciou hemoperitônio e laceração da cabeça do pâncreas com envolvimento do ducto de Wirsung. Em laparotomia não houve êxito em visualizar lesões pancreáticas. Encaminhado ao HUCAM com quadro séptico, foi iniciada antibioticoterapia, NPT e dieta líquida. Após 10 dias CPRE mostrou estenose de colédoco distal, sendo realizada papilotomia com colocação de prótese biliar, sem sucesso no acesso à via pancreática. Devido à impossibilidade de cateterização do ducto de Wirsung via CPRE, foi indicada abordagem cirúrgica que mostrou aderências firmes em andar superior do abdome, além de pingos de vela em omento. Nesse cenário, optou-se por realizar colecistectomia e esplenectomia táticas para cateterização do ducto via cauda do pâncreas. Recebeu alta com cateter no Wirsung e evoluiu com pseudocisto pancreático, sendo realizada drenagem transgástrica. Posteriormente o cateter foi retirado do Wirsung, sem débito, e nova TC mostrou resolução do pseudocisto. Evoluiu sem queixas. Segue em acompanhamento no ambulatório de CAD do HUCAM. Conclusão: O caso em questão mostra o sucesso da utilização de uma tática de exceção no tratamento do trauma pancreático com acometimento do ducto de Wirsung. A abordagem conservadora poupou grande parte do parênquima pancreático que seria perdido com uma abordagem cirúrgica inicial e o paciente evoluiu de maneira favorável.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"642 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77655851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.47456/rbps.v25isupl_1.41048
Danielle Giorgenon Di Bonifacio, Weberson Paulo Da Silva, Jean Santana de Souza, Pedro Alberto Ferreira Cavichioli, Gabriela Hawane Bortoli França Moreira, Gabriela Oliveira Bagano, Alexandre Salles de Faria, Vinicius Rodrigo De Fábio Lima
Introdução: A intussuscepção intestinal advém da invaginação de uma porção do intestino para outro segmento adjacente, situação que gera obstrução. Esta condição, ocorre geralmente por uma lesão potencialmente maligna. Objetivo: Descrição do diagnóstico e tratamento de caso clínico de abdome agudo em um paciente adulto, sendo evidenciado intussuscepção intestinal e tumoração em intestino delgado. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo em forma de relato de caso, nos quais os dados foram extraídos do prontuário de um único paciente. Relato de caso: D.N.V., masculino, 26 anos, foi admitido na emergência do hospital motivado a queixa de dor em hipogástrio há três dias, de moderada intensidade, com melhora parcial a analgesia, associado a náuseas, vômitos, hematoquezia e nega perda ponderal. O exame físico indicou regular estado geral, dor à palpação em flanco e fossa ilíaca à esquerda, ausência sinais de peritonismo. Foram solicitados exames laboratoriais e tomografia de abdome que evidenciou um volvo de intestino delgado com intussuscepção. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora que confirmou a intussuscepção intestinal e a tumoração em jejuno. Em seguida realizada ressecção do segmento acometido. Conclusão: A intussuscepção intestinal apresenta quadro clínico diferente se comparado adultos e a população pediátrica devido aos sintomas menos específicos. A intussuscepção torna-se secundária frente a lesão maligna localizada no jejuno, sendo a ressecção a conduta indicada. Uma investigação detalhada possibilita um prognóstico mais assertivo, reduz complicações e poderá solucionar o quadro clínico de forma mais eficiente.
{"title":"Abdome agudo obstrutivo secundário a intussuscepção intestinal","authors":"Danielle Giorgenon Di Bonifacio, Weberson Paulo Da Silva, Jean Santana de Souza, Pedro Alberto Ferreira Cavichioli, Gabriela Hawane Bortoli França Moreira, Gabriela Oliveira Bagano, Alexandre Salles de Faria, Vinicius Rodrigo De Fábio Lima","doi":"10.47456/rbps.v25isupl_1.41048","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v25isupl_1.41048","url":null,"abstract":"Introdução: A intussuscepção intestinal advém da invaginação de uma porção do intestino para outro segmento adjacente, situação que gera obstrução. Esta condição, ocorre geralmente por uma lesão potencialmente maligna. Objetivo: Descrição do diagnóstico e tratamento de caso clínico de abdome agudo em um paciente adulto, sendo evidenciado intussuscepção intestinal e tumoração em intestino delgado. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo em forma de relato de caso, nos quais os dados foram extraídos do prontuário de um único paciente. Relato de caso: D.N.V., masculino, 26 anos, foi admitido na emergência do hospital motivado a queixa de dor em hipogástrio há três dias, de moderada intensidade, com melhora parcial a analgesia, associado a náuseas, vômitos, hematoquezia e nega perda ponderal. O exame físico indicou regular estado geral, dor à palpação em flanco e fossa ilíaca à esquerda, ausência sinais de peritonismo. Foram solicitados exames laboratoriais e tomografia de abdome que evidenciou um volvo de intestino delgado com intussuscepção. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora que confirmou a intussuscepção intestinal e a tumoração em jejuno. Em seguida realizada ressecção do segmento acometido. Conclusão: A intussuscepção intestinal apresenta quadro clínico diferente se comparado adultos e a população pediátrica devido aos sintomas menos específicos. A intussuscepção torna-se secundária frente a lesão maligna localizada no jejuno, sendo a ressecção a conduta indicada. Uma investigação detalhada possibilita um prognóstico mais assertivo, reduz complicações e poderá solucionar o quadro clínico de forma mais eficiente.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85718593","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-04DOI: 10.47456/rbps.v24i3.36421
D. Bordin, Geiza Rafaela Bobato, M. Spekalski, Clóris Regina Blanski Grden, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Cristina Berger Fadel
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são a principal causa de morbidade, tendo alto potencial para incapacitar para o trabalho. Objetivos: Analisar a prevalência e os fatores associados à presença de doença crônica não transmissível em agentes universitários de uma universidade pública brasileira. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, descritivo, desenvolvido com agentes universitários de uma universidade pública do Sul do Brasil (n=629). Os dados foram coletados por uma equipe multidisciplinar em saúde, no período de outubro a novembro de 2018, através de questionário estruturado. A variável dependente referiu-se à ocorrência de doença crônica não transmissível, e independentemente das características sociodemográficas, de estilo de vida e sintomas. Realizou-se análise de regressão logística. Resultados: A prevalência de doença crônica não transmissível foi de 77,9%, e mostrou-se associada à idade com riscos crescentes a partir dos 30 anos. Sintomas como poliúria, fraqueza/cansaço e desconforto no peito ao subir ladeira apresentaram, respectivamente, 3,14, 2,02 e 2,27 mais chances de ter doença crônica não transmissível. Condição semelhante foi avaliada nos indivíduos com dor (OR=4,32) e sobrepeso (OR=1,74). Conclusão: A prevalência de doença crônica não transmissível em
{"title":"Doenças crônicas não transmissíveis em agentes universitários de uma universidade pública do Sul do Brasil: prevalência e fatores associados","authors":"D. Bordin, Geiza Rafaela Bobato, M. Spekalski, Clóris Regina Blanski Grden, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Cristina Berger Fadel","doi":"10.47456/rbps.v24i3.36421","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v24i3.36421","url":null,"abstract":"Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis são a principal causa de morbidade, tendo alto potencial para incapacitar para o trabalho. Objetivos: Analisar a prevalência e os fatores associados à presença de doença crônica não transmissível em agentes universitários de uma universidade pública brasileira. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, descritivo, desenvolvido com agentes universitários de uma universidade pública do Sul do Brasil (n=629). Os dados foram coletados por uma equipe multidisciplinar em saúde, no período de outubro a novembro de 2018, através de questionário estruturado. A variável dependente referiu-se à ocorrência de doença crônica não transmissível, e independentemente das características sociodemográficas, de estilo de vida e sintomas. Realizou-se análise de regressão logística. Resultados: A prevalência de doença crônica não transmissível foi de 77,9%, e mostrou-se associada à idade com riscos crescentes a partir dos 30 anos. Sintomas como poliúria, fraqueza/cansaço e desconforto no peito ao subir ladeira apresentaram, respectivamente, 3,14, 2,02 e 2,27 mais chances de ter doença crônica não transmissível. Condição semelhante foi avaliada nos indivíduos com dor (OR=4,32) e sobrepeso (OR=1,74). Conclusão: A prevalência de doença crônica não transmissível em","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77605282","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-04DOI: 10.47456/rbps.v24i3.37489
B. H. Fiorin, Lucas Dalvi Armond Rezende, Manoela Ferreira Martins, Gabrielly Dos Santos Moreira, Emanuelle De Souza Theotonio, Walckíria Garcia Romero Sipolatt, Andressa Bolsoni Lopes, Rita Simone Lopes Moreira
Introdução: Qualidade de vida (QV) não é sinônimo de saúde, mas está relacionado ao bem-estar físico, mental e socioeconômico e à influência de fatores ambientais. O Myocardial Infarction Dimensional Assessment Scale (MIDAS) é um instrumento desenvolvido com o intuito de medir os aspectos mais específicos de pacientes que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que não são capazes de serem respondidas por outros instrumentos genéricos. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida em idosos após infarto agudo do miocárdio. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em um hospital referência em cardiologia. Para coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos. O primeiro é um instrumento elaborado pelos pesquisadores para caracterizar sua amostra e avaliar os fatores de riscos para doenças cardiovasculares. O segundo é a Escala de Avaliação Multidimensional pós-Infarto Agudo do Miocárdio, validado para língua portuguesa, que visa avaliar a qualidade de vida. Resultados: Participaram 183 idosos, de 60 a 91 anos. 129 (70,5%) deles são hipertensos, 88 (48,1%) diabéticos, 94 (51,4%) fumantes, 74 (40,4%) consumiam bebida alcoólica, 57 (31,1%) relataram estar deprimidos frequentemente e 92 (50,3%) afirmaram que ocorreram mudanças na qualidade de vida. Os domínios que obtiveram melhor resultados foram os “efeitos colaterais” e a “dieta”. Os domínios que apresentaram piores resultados foram “dependência” e “atividade física”. Conclusão: Idosos apresentaram mudanças na qualidade de vida pós-infarto agudo do miocárdio e ainda reforçou a prevalência de fatores de riscos cardiovasculares.
{"title":"Infarto agudo do miocárdio piora a dependência, atividade física e o estado emocional em idosos","authors":"B. H. Fiorin, Lucas Dalvi Armond Rezende, Manoela Ferreira Martins, Gabrielly Dos Santos Moreira, Emanuelle De Souza Theotonio, Walckíria Garcia Romero Sipolatt, Andressa Bolsoni Lopes, Rita Simone Lopes Moreira","doi":"10.47456/rbps.v24i3.37489","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v24i3.37489","url":null,"abstract":"Introdução: Qualidade de vida (QV) não é sinônimo de saúde, mas está relacionado ao bem-estar físico, mental e socioeconômico e à influência de fatores ambientais. O Myocardial Infarction Dimensional Assessment Scale (MIDAS) é um instrumento desenvolvido com o intuito de medir os aspectos mais específicos de pacientes que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que não são capazes de serem respondidas por outros instrumentos genéricos. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida em idosos após infarto agudo do miocárdio. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em um hospital referência em cardiologia. Para coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos. O primeiro é um instrumento elaborado pelos pesquisadores para caracterizar sua amostra e avaliar os fatores de riscos para doenças cardiovasculares. O segundo é a Escala de Avaliação Multidimensional pós-Infarto Agudo do Miocárdio, validado para língua portuguesa, que visa avaliar a qualidade de vida. Resultados: Participaram 183 idosos, de 60 a 91 anos. 129 (70,5%) deles são hipertensos, 88 (48,1%) diabéticos, 94 (51,4%) fumantes, 74 (40,4%) consumiam bebida alcoólica, 57 (31,1%) relataram estar deprimidos frequentemente e 92 (50,3%) afirmaram que ocorreram mudanças na qualidade de vida. Os domínios que obtiveram melhor resultados foram os “efeitos colaterais” e a “dieta”. Os domínios que apresentaram piores resultados foram “dependência” e “atividade física”. Conclusão: Idosos apresentaram mudanças na qualidade de vida pós-infarto agudo do miocárdio e ainda reforçou a prevalência de fatores de riscos cardiovasculares.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"40 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81134429","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-04DOI: 10.47456/rbps.v24i3.33256
Gustavo Fornachari, Amanda Trevisan Munhão, Pablo Enrique Sanabria Rocha, Laura Freitas Oliveira, André Luiz Da Silva Aranha, Gabrielle De Souza Santos da Silva, Luana De Oliveira Rodrigues, Mariana Silveira Echeverria
Introdução: Malformações congênitas são problemas estruturais ou cromossômicos que afetam significativamente o desenvolvimento e a saúde infantil. Objetivos: Conhecer a prevalência e os fatores sociodemográficos associados às malformações congênitas de acordo com os dados do Sistema de Informação para Nascidos Vivos (SINASC) do ano de 2017. Métodos: Por meio de estudo transversal, analisaram-se 2.923.535 nascidos vivos a partir dos dados obtidos do SINASC no ano de 2017. Para avaliar o desfecho, foi considerada a presença de malformações congênitas dos recém-nascidos no momento do parto. Para testar fatores associados, foram consideradas variáveis sociodemográficas. As associações estatísticas foram avaliadas por meio da regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de malformações congênitas foi de 0,88% (0,87:0,90) IC95%. A idade materna, a região do país, o sexo do recém-nascido e a raça/cor da pele da mãe apresentaram associação estatisticamente significativa com o desfecho. Conclusão: Sabendo-se do enorme impacto que essas malformações acarretam, este estudo é de fundamental importância para ajudar a compreender e a desenvolver medidas que possibilitem a prevenção das malformações congênitas, como o papel indispensável dos ginecologistas em aconselhar e orientar suas pacientes sobre os riscos da gestação em idade avançada, aliado a políticas que lutem contra a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, fator de interferência para a escolha da idade materna em faixas etárias menos seguras.
{"title":"Fatores associados às malformações congênitas entre nascidos vivos no Brasil: Dados SINASC 2017","authors":"Gustavo Fornachari, Amanda Trevisan Munhão, Pablo Enrique Sanabria Rocha, Laura Freitas Oliveira, André Luiz Da Silva Aranha, Gabrielle De Souza Santos da Silva, Luana De Oliveira Rodrigues, Mariana Silveira Echeverria","doi":"10.47456/rbps.v24i3.33256","DOIUrl":"https://doi.org/10.47456/rbps.v24i3.33256","url":null,"abstract":"Introdução: Malformações congênitas são problemas estruturais ou cromossômicos que afetam significativamente o desenvolvimento e a saúde infantil. Objetivos: Conhecer a prevalência e os fatores sociodemográficos associados às malformações congênitas de acordo com os dados do Sistema de Informação para Nascidos Vivos (SINASC) do ano de 2017. Métodos: Por meio de estudo transversal, analisaram-se 2.923.535 nascidos vivos a partir dos dados obtidos do SINASC no ano de 2017. Para avaliar o desfecho, foi considerada a presença de malformações congênitas dos recém-nascidos no momento do parto. Para testar fatores associados, foram consideradas variáveis sociodemográficas. As associações estatísticas foram avaliadas por meio da regressão de Poisson. Resultados: A prevalência de malformações congênitas foi de 0,88% (0,87:0,90) IC95%. A idade materna, a região do país, o sexo do recém-nascido e a raça/cor da pele da mãe apresentaram associação estatisticamente significativa com o desfecho. Conclusão: Sabendo-se do enorme impacto que essas malformações acarretam, este estudo é de fundamental importância para ajudar a compreender e a desenvolver medidas que possibilitem a prevenção das malformações congênitas, como o papel indispensável dos ginecologistas em aconselhar e orientar suas pacientes sobre os riscos da gestação em idade avançada, aliado a políticas que lutem contra a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, fator de interferência para a escolha da idade materna em faixas etárias menos seguras.","PeriodicalId":32330,"journal":{"name":"Revista de Pesquisa em Saude","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76422359","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}