Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.365
Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira
As eleições municipais no Brasil em 2020 foram marcadas, entre outras coisas, pelo debate da representação identitária dos candidatos. Nas plataformas de redes sociais, a questão foi amplamente discutida e pautaram parte do processo, incluindo o surgimento de neologismos como “identitarismo”. Esta pesquisa, de método misto, com uma etapa de processamento automatizado de linguagem natural e uma outra, genealógica, tem como objetivo compreender o que está sendo chamado de “identitarismo” no Twitter, de quais fenômenos o conceito tenta dar conta e o que ele tem produzido no jogo político atual. Após elaborarmos sobre a teorização sobre representação e identidade, discorremos sobre as disputas políticas ao redor da raça, do gênero e da sexualidade, e as controvérsias produzidas sobre os partidos políticos alinhados à esquerda no Twitter. Concluímos que o “identitarismo” é usado como uma adjetivação que classifica um suposto movimento, perspectiva, partido ou ação política que inclui em sua base questões de minorias raciais, de gênero e sexuais. Entretanto, fica evidente que nenhum movimento se reivindica enquanto “identitarista” e, de modo geral, o uso do termo é para depreciar estratégias políticas que se baseiam prioritariamente na defesa de algumas minorias.
{"title":"questão identitária nas eleições municipais de 2020","authors":"Sérgio Rodrigo da Silva Ferreira","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.365","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.365","url":null,"abstract":"As eleições municipais no Brasil em 2020 foram marcadas, entre outras coisas, pelo debate da representação identitária dos candidatos. Nas plataformas de redes sociais, a questão foi amplamente discutida e pautaram parte do processo, incluindo o surgimento de neologismos como “identitarismo”. Esta pesquisa, de método misto, com uma etapa de processamento automatizado de linguagem natural e uma outra, genealógica, tem como objetivo compreender o que está sendo chamado de “identitarismo” no Twitter, de quais fenômenos o conceito tenta dar conta e o que ele tem produzido no jogo político atual. Após elaborarmos sobre a teorização sobre representação e identidade, discorremos sobre as disputas políticas ao redor da raça, do gênero e da sexualidade, e as controvérsias produzidas sobre os partidos políticos alinhados à esquerda no Twitter. Concluímos que o “identitarismo” é usado como uma adjetivação que classifica um suposto movimento, perspectiva, partido ou ação política que inclui em sua base questões de minorias raciais, de gênero e sexuais. Entretanto, fica evidente que nenhum movimento se reivindica enquanto “identitarista” e, de modo geral, o uso do termo é para depreciar estratégias políticas que se baseiam prioritariamente na defesa de algumas minorias.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"3 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139382865","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.366
Luana Bulcão
O presente artigo propõe pensar a comunicação comunitária como caminho para a cidadania por meio da proposta de abordagem comunicacional comunitária para a reforma urbana. A partir do caso do Ocupe Estelita, movimento social urbano de ocupação na cidade de Recife, objetiva-se discutir os conceitos de comunidade, participação, educação e cidadania. A cidadania, por sua vez, é trabalhada numa perspectiva de revisão crítica, recolocando-a na cidade para propor uma cidadania ativa, política e afetiva.
{"title":"comunicação comunitária como caminho para a cidadania","authors":"Luana Bulcão","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.366","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.366","url":null,"abstract":"O presente artigo propõe pensar a comunicação comunitária como caminho para a cidadania por meio da proposta de abordagem comunicacional comunitária para a reforma urbana. A partir do caso do Ocupe Estelita, movimento social urbano de ocupação na cidade de Recife, objetiva-se discutir os conceitos de comunidade, participação, educação e cidadania. A cidadania, por sua vez, é trabalhada numa perspectiva de revisão crítica, recolocando-a na cidade para propor uma cidadania ativa, política e afetiva.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"29 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139383070","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.379
Sebastião Guilherme Albano
O texto versa acerca de um temário premente no espaço público global. A entrevista revela as operações que o Vídeo nas Aldeias logra alternar com os saberes dos povos originários com os quais trabalha. O diretor Vincent Carelli discorre a própósito de seu método, dos resultados éticos e estéticos de sua prática cidadã de munir os sujeitos indígenas com instrumentos próprios da representatividade dos Estado nacionais modernos e contemporâneos.
{"title":"Vincent Carelli e os povos da floresta em tino audiovisual","authors":"Sebastião Guilherme Albano","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.379","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.379","url":null,"abstract":"O texto versa acerca de um temário premente no espaço público global. A entrevista revela as operações que o Vídeo nas Aldeias logra alternar com os saberes dos povos originários com os quais trabalha. O diretor Vincent Carelli discorre a própósito de seu método, dos resultados éticos e estéticos de sua prática cidadã de munir os sujeitos indígenas com instrumentos próprios da representatividade dos Estado nacionais modernos e contemporâneos.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"54 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139382198","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.355
Michele Negrini, S. Dalmaso
A morte é assunto cotidiano na pauta jornalística. Personalidades famosas e celebridades, quando falecem, geralmente são alvos de grandes coberturas televisivas, que são transmitidas em programas jornalísticos e telejornais, como o Jornal Nacional. Assim, este artigo tem como objetivo analisar as transformações do Jornal Nacional a partir de mortes de pessoas famosas. Vamos nos deter na morte do líder e vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, ocorrida em 1991; do piloto de Fórmula 1 brasileiro Ayrton Senna, que se deu em 1994; do astro do pop, Michael Jackson, ocorrida em 2009; e da cantora brasileira Marília Mendonça, em 2021. A base teórica para ancorar as discussões será sobre gênero televisivo com categoria cultural (MITTELL, 2001). A pesquisa tem caráter exploratório e observacional (GIL, 2008).
{"title":"Morte, telejornalismo e transformações culturais","authors":"Michele Negrini, S. Dalmaso","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.355","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.355","url":null,"abstract":"A morte é assunto cotidiano na pauta jornalística. Personalidades famosas e celebridades, quando falecem, geralmente são alvos de grandes coberturas televisivas, que são transmitidas em programas jornalísticos e telejornais, como o Jornal Nacional. Assim, este artigo tem como objetivo analisar as transformações do Jornal Nacional a partir de mortes de pessoas famosas. Vamos nos deter na morte do líder e vocalista da banda Queen, Freddie Mercury, ocorrida em 1991; do piloto de Fórmula 1 brasileiro Ayrton Senna, que se deu em 1994; do astro do pop, Michael Jackson, ocorrida em 2009; e da cantora brasileira Marília Mendonça, em 2021. A base teórica para ancorar as discussões será sobre gênero televisivo com categoria cultural (MITTELL, 2001). A pesquisa tem caráter exploratório e observacional (GIL, 2008).","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"34 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139383226","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.362
F. Calazans, Angélica Fonsêca
Apresentam-se algumas reflexões sobre o valor do corpo jovem e a ideia do aparentar jovem na velhice, a fim de investigar de que forma o imperativo da imagem corpórea jovem e a performance feminina ótima e feliz reconfiguram e estabelecem novos valores para as subjetividades das mulheres na velhice. Esses novos valores constituem o que aqui se propõe como a cultura da jovem velhice, um modo performático que tem reordenado subjetividades, especialmente as das mulheres. A partir de um breve recuo genealógico sobre a velhice, investigam-se o imperativo da imagem corpórea jovem e a cultura da jovem velhice feminina. Como corpus são analisadas notas reflexivas sobre a atriz Jane Fonda, a série da Netflix Grace and Frankie e a exposição artistica Aging Pride. Verificou-se que a jovem velhice feminina corresponde à capacidade de cuidar de si, de ser autônoma, apta a gerir-se a fim de se evitar o fracasso pessoal.
{"title":"“Os segredos da beleza sem idade”","authors":"F. Calazans, Angélica Fonsêca","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.362","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.362","url":null,"abstract":"Apresentam-se algumas reflexões sobre o valor do corpo jovem e a ideia do aparentar jovem na velhice, a fim de investigar de que forma o imperativo da imagem corpórea jovem e a performance feminina ótima e feliz reconfiguram e estabelecem novos valores para as subjetividades das mulheres na velhice. Esses novos valores constituem o que aqui se propõe como a cultura da jovem velhice, um modo performático que tem reordenado subjetividades, especialmente as das mulheres. A partir de um breve recuo genealógico sobre a velhice, investigam-se o imperativo da imagem corpórea jovem e a cultura da jovem velhice feminina. Como corpus são analisadas notas reflexivas sobre a atriz Jane Fonda, a série da Netflix Grace and Frankie e a exposição artistica Aging Pride. Verificou-se que a jovem velhice feminina corresponde à capacidade de cuidar de si, de ser autônoma, apta a gerir-se a fim de se evitar o fracasso pessoal.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"54 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139384284","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v22.ed48.2022.196
João Batista Freitas Cardoso, Roberto Elísio dos Santos
Crimes violentos, investigações, corrupção e violência policial são elementos narrativos que caracterizam o thriller policial, gênero de filmes que se popularizaram com produções hollywoodianas, mas que estão presentes em outras cinematografias, inclusive na produção fílmica brasileira, em que esse aspecto é pouco conhecido e estudado. Por esse motivo, o presente artigo pretende categorizar, contextualizar e analisar, dos pontos de vista estético e narrativo, os filmes policiais realizados no Brasil.
{"title":"filme policial no cinema brasileiro","authors":"João Batista Freitas Cardoso, Roberto Elísio dos Santos","doi":"10.46391/alceu.v22.ed48.2022.196","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v22.ed48.2022.196","url":null,"abstract":"Crimes violentos, investigações, corrupção e violência policial são elementos narrativos que caracterizam o thriller policial, gênero de filmes que se popularizaram com produções hollywoodianas, mas que estão presentes em outras cinematografias, inclusive na produção fílmica brasileira, em que esse aspecto é pouco conhecido e estudado. Por esse motivo, o presente artigo pretende categorizar, contextualizar e analisar, dos pontos de vista estético e narrativo, os filmes policiais realizados no Brasil.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"87 13","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139381566","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.383
Vera Lúcia Follain de Figueiredo, A. Carauta
O ano reforça a importância de refletirmos sobre os papeis da comunicação, da política e da cultura – nosso tripé editorial – na busca de pontes e janelas para um mundo aturdido de guerras, desigualdades, desumanidades. Ao encontro dessas reflexões e necessidades, convergem os diálogos interdisciplinares da Alceu 51. A terceira e última edição de 2023 acolhe o segundo volume do dossiê Comunicação e Cidadania. Organizado pela editora convidada Gisela S. G. Castro, professora e pesquisadora da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP), discute os desafios das dinâmicas comunicativas contemporâneas, assombradas pela desinformação, para favorecer a participação cidadã na esfera pública.
在这一年里,我们更加重视反思传播、政治和文化--我们的编辑三脚架--在寻找通往被战争、不平等和非人道所震撼的世界的桥梁和窗口方面所发挥的作用。Alceu 51 的跨学科对话汇聚在一起,以满足这些思考和需求。 2023 年第三期,也是最后一期迎来了 "传播与公民权 "卷宗的第二卷。本卷由客座编辑、圣保罗高等宣传与营销学院(ESPM-SP)教授兼研究员吉塞拉-卡斯特罗(Gisela S. G. Castro)组织撰写,讨论了受虚假信息困扰的当代传播动态在鼓励公民参与公共领域方面所面临的挑战。
{"title":"Reflexões sobre os entrelaces entre comunicação, cidadania, democracia","authors":"Vera Lúcia Follain de Figueiredo, A. Carauta","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.383","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.383","url":null,"abstract":"O ano reforça a importância de refletirmos sobre os papeis da comunicação, da política e da cultura – nosso tripé editorial – na busca de pontes e janelas para um mundo aturdido de guerras, desigualdades, desumanidades. Ao encontro dessas reflexões e necessidades, convergem os diálogos interdisciplinares da Alceu 51. \u0000A terceira e última edição de 2023 acolhe o segundo volume do dossiê Comunicação e Cidadania. Organizado pela editora convidada Gisela S. G. Castro, professora e pesquisadora da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP), discute os desafios das dinâmicas comunicativas contemporâneas, assombradas pela desinformação, para favorecer a participação cidadã na esfera pública.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"9 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139384043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.354
Angélica Aparecida Sanches Hamasaki, Rebeca Nunes Guedes de Oliveira
Buscando compreender a constituição da identidade feminista e as formas de organização que se articulam entre jovens, preceitos analisados por Hooks (2018) e (2019), Hollanda (2018) e (2019), Gavo (2020) e Fraser et al. (2019) foram trabalhados. A pesquisa, de caráter exploratório, foi desenvolvida em abordagem qualitativa, sendo o tipo de estudo interpretativo na coleta e análise de narrativas, obtidas a partir de entrevistas. O movimento feminista é apontado pelas entrevistadas como plural, mas sua divisão em vertentes foi levantada como um divisor. O diálogo foi levantado como ferramenta de promoção do feminismo, não somente para discussão ou problematização de pautas, mas como uma forma de ouvir as vivências e “ir aonde as pessoas estão”, acessando diversas mulheres de maneira ponderada. Foi possível observar um diálogo forte do feminismo concebido pelas jovens com ondas anteriores, como as reuniões presenciais e rodas de conversa ou divulgação através de jornais próprios.
{"title":"Feminismos e Engajamento de Jovens Mulheres do ABC Paulista","authors":"Angélica Aparecida Sanches Hamasaki, Rebeca Nunes Guedes de Oliveira","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.354","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.354","url":null,"abstract":"Buscando compreender a constituição da identidade feminista e as formas de organização que se articulam entre jovens, preceitos analisados por Hooks (2018) e (2019), Hollanda (2018) e (2019), Gavo (2020) e Fraser et al. (2019) foram trabalhados. A pesquisa, de caráter exploratório, foi desenvolvida em abordagem qualitativa, sendo o tipo de estudo interpretativo na coleta e análise de narrativas, obtidas a partir de entrevistas. O movimento feminista é apontado pelas entrevistadas como plural, mas sua divisão em vertentes foi levantada como um divisor. O diálogo foi levantado como ferramenta de promoção do feminismo, não somente para discussão ou problematização de pautas, mas como uma forma de ouvir as vivências e “ir aonde as pessoas estão”, acessando diversas mulheres de maneira ponderada. Foi possível observar um diálogo forte do feminismo concebido pelas jovens com ondas anteriores, como as reuniões presenciais e rodas de conversa ou divulgação através de jornais próprios.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"4 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139383698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-05DOI: 10.46391/alceu.v23.ed51.2023.364
Nara Lya Cabral Scabin, Ana Lucia Pinto da Silva Nabeiro, Rogério Ferraraz
O artigo busca compreender o papel desempenhado por memes – conteúdos digitais virais compartilhados no âmbito de comunidades online (SHIFMAN, 2014; SARMENTO; CHAGAS, 2020) – na circulação da telenovela Pantanal, remake exibido pela Rede Globo entre março e setembro de 2022. Como hipótese, discutimos o papel dos memes no circuito cultural (JOHNSON, 2007; ESCOSTEGUY, 2007) da obra televisiva como atrelado à atualização do papel da telenovela brasileira enquanto espaço de discussão de temas de interesse público na contemporaneidade. Por meio do mapeamento temático de memes reunidos pela página @remakepantanal no Instagram, a pesquisa observa uma alta incidência de publicações sobre as temáticas acesso à educação, homofobia e direitos da mulher. Por fim, com base nas reflexões apresentadas, o trabalho discute o papel dos memes como formas de mediação da recepção da telenovela a partir de ritualidades e socialidades (MARTÍN-BARBERO, 2009) próprias das redes sociais digitais.
{"title":"Pantanal em memes","authors":"Nara Lya Cabral Scabin, Ana Lucia Pinto da Silva Nabeiro, Rogério Ferraraz","doi":"10.46391/alceu.v23.ed51.2023.364","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed51.2023.364","url":null,"abstract":"O artigo busca compreender o papel desempenhado por memes – conteúdos digitais virais compartilhados no âmbito de comunidades online (SHIFMAN, 2014; SARMENTO; CHAGAS, 2020) – na circulação da telenovela Pantanal, remake exibido pela Rede Globo entre março e setembro de 2022. Como hipótese, discutimos o papel dos memes no circuito cultural (JOHNSON, 2007; ESCOSTEGUY, 2007) da obra televisiva como atrelado à atualização do papel da telenovela brasileira enquanto espaço de discussão de temas de interesse público na contemporaneidade. Por meio do mapeamento temático de memes reunidos pela página @remakepantanal no Instagram, a pesquisa observa uma alta incidência de publicações sobre as temáticas acesso à educação, homofobia e direitos da mulher. Por fim, com base nas reflexões apresentadas, o trabalho discute o papel dos memes como formas de mediação da recepção da telenovela a partir de ritualidades e socialidades (MARTÍN-BARBERO, 2009) próprias das redes sociais digitais.","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"50 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139382268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-19DOI: 10.46391/alceu.v23.ed50.2023.269
Isabel Travancas, Leonardo Soares da Silva
O artigo apresenta uma etnografia da fila que se formou no estacionamento da Comic Con Experience no dia 06 de dezembro de 2019 para acessar os painéis do auditório Cinemark, realizados no dia seguinte. Com base no artigo de Leon Mann chamado “Queue Culture: The Waiting Line as a Social System” (1969) e no livro “Fila e Democracia” (2017) de Roberto da Matta e Alberto Junqueira, este texto define a fila como um espaço público democrático. O estudo entende também que ela consiste em uma prática social que gera sociabilidades, marcadas por um senso de comunidade. O artigo conclui que as referências às narrativas da cultura pop presentes no evento e na fila geram uma anterioridade afetiva que, compartilhada entre os indivíduos, instaura um “comum” que vincula seus comportamentos, emoções e afetos, conforme abordado por Muniz Sodré no livro “A ciência do comum: notas sobre o método comunicacional” (2014).
这篇文章介绍了fila的人种学,该fila于2019年12月6日在动漫展体验的停车场毕业,以便进入第二天举行的Cinemark礼堂的展板。根据Leon Mann的文章《Queue Culture: The Waiting Line as a Social System》(1969)和Roberto da Matta和Alberto Junqueira的著作《Fila e Democracia》(2017),本文将Fila定义为一个民主的公共空间。该研究还认为,它包括一种产生社交能力的社会实践,以社区意识为标志。文章得出结论,对流行文化的叙事呈现在事件的引用和情感产生)排队的,个人之间的共享,建立一个“共同”链接,情感和爱的行为模式,随着穆尼斯接洽兄弟在书中“科学的共同学习交流的方法”(2014)。
{"title":"fila na Comic Con Experience","authors":"Isabel Travancas, Leonardo Soares da Silva","doi":"10.46391/alceu.v23.ed50.2023.269","DOIUrl":"https://doi.org/10.46391/alceu.v23.ed50.2023.269","url":null,"abstract":"O artigo apresenta uma etnografia da fila que se formou no estacionamento da Comic Con Experience no dia 06 de dezembro de 2019 para acessar os painéis do auditório Cinemark, realizados no dia seguinte. Com base no artigo de Leon Mann chamado “Queue Culture: The Waiting Line as a Social System” (1969) e no livro “Fila e Democracia” (2017) de Roberto da Matta e Alberto Junqueira, este texto define a fila como um espaço público democrático. O estudo entende também que ela consiste em uma prática social que gera sociabilidades, marcadas por um senso de comunidade. O artigo conclui que as referências às narrativas da cultura pop presentes no evento e na fila geram uma anterioridade afetiva que, compartilhada entre os indivíduos, instaura um “comum” que vincula seus comportamentos, emoções e afetos, conforme abordado por Muniz Sodré no livro “A ciência do comum: notas sobre o método comunicacional” (2014).","PeriodicalId":34036,"journal":{"name":"Alceu","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135780038","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}