Pub Date : 2018-09-24DOI: 10.5216/REOESTE.V4I1.55043
Anne Caroline Costa Resende, M. Antigo, Tomás de Faria Balbino, Carolina Guinesi Mattos Borges
Este artigo busca estudar as decisões dos jovens de 18 a 24 anos do sexo masculino entre estudar, pertencer à pea ou alocar o tempo de outra maneira. A análise compreende o período entre 2002 a 2015, baseada nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, quando esta tem sua série encerrada. Aplicada a seis regiões metropolitanas do país, a saber, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, os resultados apontam taxas de desocupação e de inatividade mais expressivas para jovens residentes nas regiões metropolitanas de Recife e de Salvador enquanto Porto Alegre figura com as menores taxas. Diferenças ainda mais evidentes ao se considerar a escolaridade dos jovens, com destaque para o grupo de 8 a 10 anos de estudo, no qual a taxa de inatividade da região metropolitana do Rio de Janeiro se destaca entre as mais altas. O emprego de matrizes de transição mostra um aumento na alocação do tempo em não estudar e não pertencer à população economicamente ativa (pea), com maior expressão para as regiões metropolitanas do Nordeste. Além disso, estimativas para cada região de um modelo logit multinomial, considerando a possibilidade de o jovem pertencer à pea e estar estudando, pertencer à pea e não estudar, não pertencer à pea e estudar e, ainda, não pertencer à pea e não estudar no período atual, mostram uma dependência temporal significativa da posição na qual ele se encontrava no ano anterior, evidenciando dificuldades para realizar transições, principalmente para aqueles que não se encontram na pea e não estudam. Jovens pretos e pardos, na condição de filhos, com menores níveis de escolaridade apresentam maior probabilidade de não pertencer à pea e não frequentar a escola. Fatores macroeconômicos contribuem para esse comportamento no período mais recente.
{"title":"Estudar, trabalhar ou alocar o tempo de outra maneira? Decisões dos jovens do sexo masculino no Brasil Metropolitano entre 2002 e 2015","authors":"Anne Caroline Costa Resende, M. Antigo, Tomás de Faria Balbino, Carolina Guinesi Mattos Borges","doi":"10.5216/REOESTE.V4I1.55043","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/REOESTE.V4I1.55043","url":null,"abstract":"Este artigo busca estudar as decisões dos jovens de 18 a 24 anos do sexo masculino entre estudar, pertencer à pea ou alocar o tempo de outra maneira. A análise compreende o período entre 2002 a 2015, baseada nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, quando esta tem sua série encerrada. Aplicada a seis regiões metropolitanas do país, a saber, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, os resultados apontam taxas de desocupação e de inatividade mais expressivas para jovens residentes nas regiões metropolitanas de Recife e de Salvador enquanto Porto Alegre figura com as menores taxas. Diferenças ainda mais evidentes ao se considerar a escolaridade dos jovens, com destaque para o grupo de 8 a 10 anos de estudo, no qual a taxa de inatividade da região metropolitana do Rio de Janeiro se destaca entre as mais altas. O emprego de matrizes de transição mostra um aumento na alocação do tempo em não estudar e não pertencer à população economicamente ativa (pea), com maior expressão para as regiões metropolitanas do Nordeste. Além disso, estimativas para cada região de um modelo logit multinomial, considerando a possibilidade de o jovem pertencer à pea e estar estudando, pertencer à pea e não estudar, não pertencer à pea e estudar e, ainda, não pertencer à pea e não estudar no período atual, mostram uma dependência temporal significativa da posição na qual ele se encontrava no ano anterior, evidenciando dificuldades para realizar transições, principalmente para aqueles que não se encontram na pea e não estudam. Jovens pretos e pardos, na condição de filhos, com menores níveis de escolaridade apresentam maior probabilidade de não pertencer à pea e não frequentar a escola. Fatores macroeconômicos contribuem para esse comportamento no período mais recente.","PeriodicalId":354733,"journal":{"name":"Revista de Economia do Centro-Oeste","volume":"143 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132286686","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-24DOI: 10.5216/REOESTE.V4I1.50202
Aline Carvalho de Castro, Fabricio Schlag, Flávia Rezende Campos
O objetivo do trabalho consiste em analisar as contribuições econômicas da Ferrovia Norte-Sul (FNS) nos municípios goianos. É feito uma análise descritiva de dados do PIB per capita de 2003 a 2013, arrecadação tributária e renda do trabalho, ambos de 2003 a 2015. Os municipios goianos analisados são aqueles cortados pelo trecho Palmas/TO – Uruaçu/GO – Anápolis/GO. Os resultados mostram que apenas a construção da FNS não foi sufuciente para contribuir para a melhora do produto nos municípios analisados, seria necessário também estimular atividades de apoio que geram efeitos de transbordamento na economia. Em relação à renda do trabalho e arrecadação tributária, apresentam uma tendência de melhora nos indicadores nos anos de auge da construção da FNS, mas que não se mantêm após o término das obras. Esse fato pode ser explicado pelo fato da ferrovia não estar em operação, dificultando a consolidação dos investimentos nos muncípios.
{"title":"Análise das contribuições econômicas da Ferrovia Norte-Sul nos municípios goianos","authors":"Aline Carvalho de Castro, Fabricio Schlag, Flávia Rezende Campos","doi":"10.5216/REOESTE.V4I1.50202","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/REOESTE.V4I1.50202","url":null,"abstract":"O objetivo do trabalho consiste em analisar as contribuições econômicas da Ferrovia Norte-Sul (FNS) nos municípios goianos. É feito uma análise descritiva de dados do PIB per capita de 2003 a 2013, arrecadação tributária e renda do trabalho, ambos de 2003 a 2015. Os municipios goianos analisados são aqueles cortados pelo trecho Palmas/TO – Uruaçu/GO – Anápolis/GO. Os resultados mostram que apenas a construção da FNS não foi sufuciente para contribuir para a melhora do produto nos municípios analisados, seria necessário também estimular atividades de apoio que geram efeitos de transbordamento na economia. Em relação à renda do trabalho e arrecadação tributária, apresentam uma tendência de melhora nos indicadores nos anos de auge da construção da FNS, mas que não se mantêm após o término das obras. Esse fato pode ser explicado pelo fato da ferrovia não estar em operação, dificultando a consolidação dos investimentos nos muncípios.","PeriodicalId":354733,"journal":{"name":"Revista de Economia do Centro-Oeste","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129557828","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-09-24DOI: 10.5216/REOESTE.V4I1.50883
A. E. Wander, C. Cunha
O presente trabalho visou determinar o grau de concentração do mercado internacional de arroz. Foram utilizadas as seguintes variáveis: (a) Quantidade (t) de arroz exportada por país, e (b) Quantidade (t) de arroz importada por país. Foram determinados os seguintes índices de concentração: (a) razão de concentração CR(k); (b) quartéis de concentração; e (c) Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH). Além disso, os países foram agrupados em clusters de exportadores e importadores, considerando as quantidades exportadas/importadas em 2012. Os resultados apontam que o mercado internacional de arroz é pouco concentrado, porém com tendência ao aumento de concentração. As exportações de arroz são mais concentradas em poucos países, do que as importações. Os maiores exportadores são asiáticos (Tailândia, Vietnã, Índia e Paquistão) e os Estados Unidos da América. Os maiores importadores são asiáticos (China, Indonésia e Filipinas), africanos (Nigéria, Costa do Marfim, Senegal e África do Sul) e do Oriente Médio (Iraque, Arábia Saudita e Irã).
{"title":"Concentração Espacial no Mercado Mundial de Arroz: Algumas Evidências Empíricas","authors":"A. E. Wander, C. Cunha","doi":"10.5216/REOESTE.V4I1.50883","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/REOESTE.V4I1.50883","url":null,"abstract":"O presente trabalho visou determinar o grau de concentração do mercado internacional de arroz. Foram utilizadas as seguintes variáveis: (a) Quantidade (t) de arroz exportada por país, e (b) Quantidade (t) de arroz importada por país. Foram determinados os seguintes índices de concentração: (a) razão de concentração CR(k); (b) quartéis de concentração; e (c) Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH). Além disso, os países foram agrupados em clusters de exportadores e importadores, considerando as quantidades exportadas/importadas em 2012. Os resultados apontam que o mercado internacional de arroz é pouco concentrado, porém com tendência ao aumento de concentração. As exportações de arroz são mais concentradas em poucos países, do que as importações. Os maiores exportadores são asiáticos (Tailândia, Vietnã, Índia e Paquistão) e os Estados Unidos da América. Os maiores importadores são asiáticos (China, Indonésia e Filipinas), africanos (Nigéria, Costa do Marfim, Senegal e África do Sul) e do Oriente Médio (Iraque, Arábia Saudita e Irã).","PeriodicalId":354733,"journal":{"name":"Revista de Economia do Centro-Oeste","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129546689","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}