Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp43-51
Nilzangela Cavalcante Nascimento, Flávia Gualano, G. Santos, Tatyana Martucci de Lara
O cuidado farmacêutico é a ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no usuário, para promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a doença causada pelo novo coronavírus uma pandemia. Estudos mostram que fumantes fazem parte do grupo de risco para a contaminação. Além disso, o tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do novo coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves da Covid-19, causando diferentes tipos de inflamação e prejudicando os mecanismos de defesa do organismo. Para garantir que os pacientes fumantes tivessem acesso ao tratamento de cessação do tabagismo, foi instituído cuidado farmacêutico individualizado na equipe multiprofissional. Os atendimentos neste formato iniciaram em janeiro de 2021 e, até agosto do mesmo ano, foram atendidos 33 pacientes, sendo 46% mulheres e 54% homens. A média da faixa etária para mulheres foi de 50 anos e para homens foi de 61 anos. Os resultados obtidos pelos atendimentos e registro em prontuário foram impactantes, pois 87% conseguiram parar de fumar e, dentre os pacientes atendidos, 21 (64%) necessitaram de intervenção farmacêutica. Como consolidação do trabalho foi realizado o primeiro evento sobre o dia nacional de combate ao tabagismo e, como resultados, 294 pacientes participaram de atividades como palestras, música, teatro e auriculoterapia livre. A valorização do farmacêutico e sua inserção nos Programas de Saúde contribuem para o fortalecimento da equipe e para melhores resultados em saúde.
{"title":"Cessação do tabagismo em tempos de pandemia: o cuidado farmacêutico na equipe multiprofissional","authors":"Nilzangela Cavalcante Nascimento, Flávia Gualano, G. Santos, Tatyana Martucci de Lara","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp43-51","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp43-51","url":null,"abstract":"O cuidado farmacêutico é a ação integrada do farmacêutico com a equipe de saúde, centrada no usuário, para promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção de agravos. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a doença causada pelo novo coronavírus uma pandemia. Estudos mostram que fumantes fazem parte do grupo de risco para a contaminação. Além disso, o tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do novo coronavírus, já que pode ser considerado um fator de risco para as formas mais graves da Covid-19, causando diferentes tipos de inflamação e prejudicando os mecanismos de defesa do organismo. Para garantir que os pacientes fumantes tivessem acesso ao tratamento de cessação do tabagismo, foi instituído cuidado farmacêutico individualizado na equipe multiprofissional. Os atendimentos neste formato iniciaram em janeiro de 2021 e, até agosto do mesmo ano, foram atendidos 33 pacientes, sendo 46% mulheres e 54% homens. A média da faixa etária para mulheres foi de 50 anos e para homens foi de 61 anos. Os resultados obtidos pelos atendimentos e registro em prontuário foram impactantes, pois 87% conseguiram parar de fumar e, dentre os pacientes atendidos, 21 (64%) necessitaram de intervenção farmacêutica. Como consolidação do trabalho foi realizado o primeiro evento sobre o dia nacional de combate ao tabagismo e, como resultados, 294 pacientes participaram de atividades como palestras, música, teatro e auriculoterapia livre. A valorização do farmacêutico e sua inserção nos Programas de Saúde contribuem para o fortalecimento da equipe e para melhores resultados em saúde.","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116875645","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp72-77
Luiza Akemi Nagaishi, Helen Duarte Lamberti, C. Costa, Marcelo Bueno Camargo, Marina De Jesus Batista, Suelen Oliveira Pardini, Valéria Almeida De Sousa, Renata Cristina Melo Munhos
A conciliação medicamentosa tem como objetivo prevenir erros de medicação resultantes de discrepâncias da prescrição, e associada à anamnese, permite conhecer de forma global a história de saúde do paciente. O início da pandemia pelo novo coronavírus, causador da Covid-19, impôs o isolamento social, circunstância que afetou diretamente o acesso ao serviço de conciliação medicamentosa. Para realizá-la, o farmacêutico precisa entrevistar o paciente ou seus acompanhantes, especialmente quando este possui dificuldades de comunicação e entendimento, ou está em uso de intubação orotraqueal (IOT). O objetivo foi implementar um serviço de conciliação medicamentosa via remota, para obter dados destinados ao desenvolvimento adequado da farmacoterapia,além de garantir a assistência completa, visando a segurança do paciente desde a admissão hospitalar. Após a implementação do serviço remoto, em março de 2021, foi verificada a ampliação do número de pacientes comconciliação medicamentosa realizada nas Unidades de Terapia Intensiva de Covid-19, chegando a uma taxa média de 99,2%. O índice garantiu uma melhoria na linha de cuidado do paciente durante a internação hospitalar.
{"title":"Implementação da conciliação medicamentosa remota durante a pandemia","authors":"Luiza Akemi Nagaishi, Helen Duarte Lamberti, C. Costa, Marcelo Bueno Camargo, Marina De Jesus Batista, Suelen Oliveira Pardini, Valéria Almeida De Sousa, Renata Cristina Melo Munhos","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp72-77","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp72-77","url":null,"abstract":"A conciliação medicamentosa tem como objetivo prevenir erros de medicação resultantes de discrepâncias da prescrição, e associada à anamnese, permite conhecer de forma global a história de saúde do paciente. O início da pandemia pelo novo coronavírus, causador da Covid-19, impôs o isolamento social, circunstância que afetou diretamente o acesso ao serviço de conciliação medicamentosa. Para realizá-la, o farmacêutico precisa entrevistar o paciente ou seus acompanhantes, especialmente quando este possui dificuldades de comunicação e entendimento, ou está em uso de intubação orotraqueal (IOT). O objetivo foi implementar um serviço de conciliação medicamentosa via remota, para obter dados destinados ao desenvolvimento adequado da farmacoterapia,além de garantir a assistência completa, visando a segurança do paciente desde a admissão hospitalar. Após a implementação do serviço remoto, em março de 2021, foi verificada a ampliação do número de pacientes comconciliação medicamentosa realizada nas Unidades de Terapia Intensiva de Covid-19, chegando a uma taxa média de 99,2%. O índice garantiu uma melhoria na linha de cuidado do paciente durante a internação hospitalar.","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127589882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp106-114
Cristiano Manetti Cruz, Márcia dos Angeles Luna Leite
O descarte incorreto dos medicamentos causa diversos danos ao meio ambiente e à saúde da população. A destinação correta dos fármacos, além de preservar o meio ambiente, pode gerar economia aos cofres públicos,podendo auxiliar no tratamento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a finalidade de reduzir o descarte e proporcionar a utilização adequada de medicamentos, foi criada na Prefeitura Municipal de Canguçua Farmácia Solidária. O presente estudo tem o objetivo de relatar a experiência de sua criação. A Farmácia Solidária recebe os fármacos por meio de doações da comunidade ou de empresas, classificando-os e repassando à população aqueles avaliados como adequados. Desde a sua abertura, em 19 de fevereiro de 2020, até agosto de 2021, foram atendidos 59 pacientes e dispensados 3.144 comprimidos. Por meio deste relato de experiência foi possível confirmar os impactos positivos da Farmácia Solidária na Assistência Farmacêutica de Canguçu. A iniciativa aumenta as chances de o usuário encontrar os seus medicamentos disponíveis no sistema público de saúde, sem custos, o que beneficia os mais vulneráveis, especialmente neste período de maior necessidade. Além disso, pode-se destacar o reflexo positivo na preservação do meio ambiente, com a utilização adequada dos medicamentos aptos ao consumo e a destinação correta dos não aptos, e os resultados na conscientização acerca do descarte correto de fármacos.
{"title":"A Farmácia Solidária na redução da contaminação ambiental e no uso racional de medicamentos","authors":"Cristiano Manetti Cruz, Márcia dos Angeles Luna Leite","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp106-114","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp106-114","url":null,"abstract":"O descarte incorreto dos medicamentos causa diversos danos ao meio ambiente e à saúde da população. A destinação correta dos fármacos, além de preservar o meio ambiente, pode gerar economia aos cofres públicos,podendo auxiliar no tratamento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Com a finalidade de reduzir o descarte e proporcionar a utilização adequada de medicamentos, foi criada na Prefeitura Municipal de Canguçua Farmácia Solidária. O presente estudo tem o objetivo de relatar a experiência de sua criação. A Farmácia Solidária recebe os fármacos por meio de doações da comunidade ou de empresas, classificando-os e repassando à população aqueles avaliados como adequados. Desde a sua abertura, em 19 de fevereiro de 2020, até agosto de 2021, foram atendidos 59 pacientes e dispensados 3.144 comprimidos. Por meio deste relato de experiência foi possível confirmar os impactos positivos da Farmácia Solidária na Assistência Farmacêutica de Canguçu. A iniciativa aumenta as chances de o usuário encontrar os seus medicamentos disponíveis no sistema público de saúde, sem custos, o que beneficia os mais vulneráveis, especialmente neste período de maior necessidade. Além disso, pode-se destacar o reflexo positivo na preservação do meio ambiente, com a utilização adequada dos medicamentos aptos ao consumo e a destinação correta dos não aptos, e os resultados na conscientização acerca do descarte correto de fármacos. ","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126468154","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp85-91
Emeli Moura de Araújo, Karine Souza Seba, Priscila Ramos Cabral, Nilo Jorge Piccoli, Samanta Cardozo Mourão, Selma Rodrigues de Castillo
A pandemia de Covid-19, iniciada em março de 2020, desencadeou esforços dos setores públicos em diversas frentes no Brasil. Niterói, desde o início, propôs medidas de combate à doença, tais como o isolamento social, com o fechamento de escolas, praias e parques, e a obrigatoriedade do uso de máscaras, já em abril de 2020, além de ações em relação à economia, distribuição de kits de higiene e máscaras e inauguração de um hospital exclusivo. O município também celebrou parcerias com a Fiocruz, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para o estabelecimento de protocolos, programas de testagem e, mais recente, nos programas de vacinação e reabertura gradual. Embora não tenha um vínculo formal com a rede pública de saúde do município de Niterói, a Farmácia Universitária da Universidade Federal Fluminense (FAU) funciona de forma complementar ao sistema, atendendo, em sua maioria, pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo os do Hospital Universitário Antônio Pedro. O objetivo do presente relato é reportar a atuação e as ações da FAU durante a emergência de saúde pública. Entre abril de 2020 e setembro de 2021, a demanda por serviços na FAU reduziu 64% e o número de formulações manipuladas e vendidas, 53%. A queda ocorreu mesmo após a reabertura de estabelecimentos e retorno às atividades. Em março de 2020, a FAU iniciou a produção de álcool 70% INPM para distribuição interna aos setores da UFF, destacando-se o Hospital Universitário Antônio Pedro, e para a Faculdade de Engenharia, com a finalidade de higienização das máscaras Face shields produzidas na unidade. Também foram produzidos mais de 100 quilos de álcool em gel 70% INPM, disponibilizados aos clientes da FAU. Estes itens, considerados essenciais na prevenção e proteção da saúde individual e coletiva, estavam esgotados no mercado no início da pandemia.
{"title":"A atuação da Farmácia Universitária da Universidade Federal Fluminense (UFF) durante a pandemia de Covid-19","authors":"Emeli Moura de Araújo, Karine Souza Seba, Priscila Ramos Cabral, Nilo Jorge Piccoli, Samanta Cardozo Mourão, Selma Rodrigues de Castillo","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp85-91","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp85-91","url":null,"abstract":"A pandemia de Covid-19, iniciada em março de 2020, desencadeou esforços dos setores públicos em diversas frentes no Brasil. Niterói, desde o início, propôs medidas de combate à doença, tais como o isolamento social, com o fechamento de escolas, praias e parques, e a obrigatoriedade do uso de máscaras, já em abril de 2020, além de ações em relação à economia, distribuição de kits de higiene e máscaras e inauguração de um hospital exclusivo. O município também celebrou parcerias com a Fiocruz, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para o estabelecimento de protocolos, programas de testagem e, mais recente, nos programas de vacinação e reabertura gradual. Embora não tenha um vínculo formal com a rede pública de saúde do município de Niterói, a Farmácia Universitária da Universidade Federal Fluminense (FAU) funciona de forma complementar ao sistema, atendendo, em sua maioria, pacientes oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo os do Hospital Universitário Antônio Pedro. O objetivo do presente relato é reportar a atuação e as ações da FAU durante a emergência de saúde pública. Entre abril de 2020 e setembro de 2021, a demanda por serviços na FAU reduziu 64% e o número de formulações manipuladas e vendidas, 53%. A queda ocorreu mesmo após a reabertura de estabelecimentos e retorno às atividades. Em março de 2020, a FAU iniciou a produção de álcool 70% INPM para distribuição interna aos setores da UFF, destacando-se o Hospital Universitário Antônio Pedro, e para a Faculdade de Engenharia, com a finalidade de higienização das máscaras Face shields produzidas na unidade. Também foram produzidos mais de 100 quilos de álcool em gel 70% INPM, disponibilizados aos clientes da FAU. Estes itens, considerados essenciais na prevenção e proteção da saúde individual e coletiva, estavam esgotados no mercado no início da pandemia. ","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133079673","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp30-35
J. Santana
O surgimento e a rápida disseminação do vírus SARS-CoV-2, microrganismo causador da doença Covid-19, na cidade de Wuhan na China, representa uma crise de saúde que foi declarada pandêmica em 11 de março de 2020. No mesmo mês, a cidade de Porto Seguro, situada na Costa do Descobrimento e localizada na região sul da Bahia, contabilizava seus primeiros habitantes com diagnóstico da doença. A técnica padrão-ouro utilizada no diagnóstico laboratorial é o RT-PCR, que detecta a presença do material genético do vírus. A técnica possui algumas limitações: é mais lenta, exige profissionais altamente qualificados e requer aparelhos especializados. A carência de farmacêuticos com habilidades nas técnicas de biologia molecular para atuar no diagnóstico, na pandemia, motivou o desenvolvimento deste trabalho. Além do diagnóstico laboratorial, foram observadas as características clínicas dos cidadãos porto-segurenses infectados, que tiveram o diagnóstico confirmado pela técnica de RT-PCR. O maior percentual de amostras positivas foi entre os pacientes de 30 e 59 anos (70,3%) e o sintoma simultâneo mais comum foi a tosse (61,2%). No início da pandemia, não estava definida a correlação entre sinais, sintomas e o diagnóstico da doença, o que ressalta a grande relevância deste trabalho, e destaca a importância do farmacêutico frente ao diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2.
{"title":"O farmacêutico no diagnóstico molecular do SARS-CoV-2 na costa do descobrimento e no extremo sul da Bahia","authors":"J. Santana","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp30-35","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp30-35","url":null,"abstract":"O surgimento e a rápida disseminação do vírus SARS-CoV-2, microrganismo causador da doença Covid-19, na cidade de Wuhan na China, representa uma crise de saúde que foi declarada pandêmica em 11 de março de 2020. No mesmo mês, a cidade de Porto Seguro, situada na Costa do Descobrimento e localizada na região sul da Bahia, contabilizava seus primeiros habitantes com diagnóstico da doença. A técnica padrão-ouro utilizada no diagnóstico laboratorial é o RT-PCR, que detecta a presença do material genético do vírus. A técnica possui algumas limitações: é mais lenta, exige profissionais altamente qualificados e requer aparelhos especializados. A carência de farmacêuticos com habilidades nas técnicas de biologia molecular para atuar no diagnóstico, na pandemia, motivou o desenvolvimento deste trabalho. Além do diagnóstico laboratorial, foram observadas as características clínicas dos cidadãos porto-segurenses infectados, que tiveram o diagnóstico confirmado pela técnica de RT-PCR. O maior percentual de amostras positivas foi entre os pacientes de 30 e 59 anos (70,3%) e o sintoma simultâneo mais comum foi a tosse (61,2%). No início da pandemia, não estava definida a correlação entre sinais, sintomas e o diagnóstico da doença, o que ressalta a grande relevância deste trabalho, e destaca a importância do farmacêutico frente ao diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2.","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130072764","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp15-22
Reijane Mara Pinheiro Queiroz, Nívia Tavares Pessoa, Nirla Rodrigues Romero, M. M. Fonteles
No atual cenário da pandemia da Covid-19, pessoas com diabetes mellitus (DM) requerem, além dos cuidados médicos contínuos, com estratégias multifatoriais de redução de risco, a aproximação de profissionais de saúde capacitados para o apoio ao autocuidado, mesmo que de forma remota. Objetivou-se Implementar o serviço de teleacompanhamento farmacêutico, no contexto da Telessaúde, para prestação do autocuidado apoiado em pessoas com DM na pandemia da covid-19. A população envolvida foi formada por pessoas com DM tipo 2 que apresentavam hemoglobina glicada ≥ 9,0% e que estavam dispostas a participar do acompanhamento por telefone com um farmacêutico da Central de Medicamentos dos terminais de ônibus (CDMT) do município de Fortaleza. Para iniciar a realização do acompanhamento era lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A primeira fase do projeto de implementação do serviço foi a capacitação dos profissionais farmacêuticos, seguida da estruturação de um formulário para acompanhamento de pessoas com DM de forma remota, facilitando a identificação de indicadores de processo e de resultados clínicos no contexto do autocuidado apoiado. Entender e conhecer a realidade e o comportamento, auxiliando no processo do cuidado de pessoas com DM com alto risco, por meio de uma tecnologia de fácil acesso como o telefone, foi de valia, servindo de modelo para estender o atendimento a outras pessoas de forma a envolver mais farmacêuticos e outros profissionais, caracterizando assim um serviço multiprofissional dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
{"title":"Implementação do serviço de teleconsulta farmacêutica para pessoas com diabetes mellitus: foco no autocuidado apoiado","authors":"Reijane Mara Pinheiro Queiroz, Nívia Tavares Pessoa, Nirla Rodrigues Romero, M. M. Fonteles","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp15-22","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp15-22","url":null,"abstract":"No atual cenário da pandemia da Covid-19, pessoas com diabetes mellitus (DM) requerem, além dos cuidados médicos contínuos, com estratégias multifatoriais de redução de risco, a aproximação de profissionais de saúde capacitados para o apoio ao autocuidado, mesmo que de forma remota. Objetivou-se Implementar o serviço de teleacompanhamento farmacêutico, no contexto da Telessaúde, para prestação do autocuidado apoiado em pessoas com DM na pandemia da covid-19. A população envolvida foi formada por pessoas com DM tipo 2 que apresentavam hemoglobina glicada ≥ 9,0% e que estavam dispostas a participar do acompanhamento por telefone com um farmacêutico da Central de Medicamentos dos terminais de ônibus (CDMT) do município de Fortaleza. Para iniciar a realização do acompanhamento era lido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A primeira fase do projeto de implementação do serviço foi a capacitação dos profissionais farmacêuticos, seguida da estruturação de um formulário para acompanhamento de pessoas com DM de forma remota, facilitando a identificação de indicadores de processo e de resultados clínicos no contexto do autocuidado apoiado. Entender e conhecer a realidade e o comportamento, auxiliando no processo do cuidado de pessoas com DM com alto risco, por meio de uma tecnologia de fácil acesso como o telefone, foi de valia, servindo de modelo para estender o atendimento a outras pessoas de forma a envolver mais farmacêuticos e outros profissionais, caracterizando assim um serviço multiprofissional dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"115 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121246342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp65-71
Aline Corazza De Donato, Regina Célia de Camargo Heyn
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) atuam na prevenção e tratamento de saúde, trazendo ganhos significativos para a saúde pública. Importante que o profissional da saúde conheça suas atribuições, mas conheça a si próprio para que desenvolva um bom trabalho e não seja prejudicado por desgastes físicos ou emocionais, impactando na qualidade do cuidado prestado ao usuário do serviço de saúde. Os trabalhadores vinham demonstrando a necessidade de um espaço de escuta para expressarem o que sentiam em relação a si e ao trabalho, tornando-se mais evidente pelo aumento da ansiedade e preocupação entre eles, durante a pandemia da Covid-19. O projeto piloto foi realizado no período de 12/08/2020 à 16/12/2020, no Caps III Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Neste projeto, intitulado Cuidando do Cuidador com PICS nas Residências Terapêuticas, a farmacêutica e a monitora de oficina terapêutica II ofereceram tratamento complementar de caráter integral aos 23 participantes, em seis encontros quinzenais, utilizando a aromaterapia,arteterapia, cromoterapia, dança circular, musicoterapia e práticas meditativas. Os objetivos foram oferecer aos cuidadores um espaço de apoio, expressão, escuta e troca de experiências; proporcionar reflexão e possibilidade de mudança na maneira de enfrentar as dificuldades do dia a dia, visando restabelecer o equilíbrio e o bem-estar físico, mental, emocional com oportunidade de diminuição dos sintomas ansiosos e de melhoria nas funções laborais. Dos 23 envolvidos no projeto, apenas cinco participaram do último encontro e outros cinco não conseguiram comparecer, mas preencheram a ficha de avaliação final. Importante pontuar que apenas 4% dos participantes do projeto tinham conhecimento sobre as práticas integrativas e complementares. Assim, um dos benefícios evidenciados foi informar e divulgar as PICS. Os participantes compartilharam percepções relacionadas à mudança na rotina de trabalho e a experiência positiva ao final do projeto Cuidando do Cuidador com as PICS.
综合和补充保健做法在预防和治疗保健方面发挥作用,为公共卫生带来重大收益。重要的是,卫生专业人员要知道自己的职责,但要了解自己,才能做好工作,不受身体或情感磨损的影响,影响向卫生服务使用者提供的护理质量。工人们一直在展示需要一个倾听的空间来表达他们对自己和工作的感受,在Covid-19大流行期间,他们之间的焦虑和担忧加剧,这一点变得更加明显。该试点项目于2020年12月8日至2020年12月16日期间在sao Bernardo do Campo, sao Paulo的Caps III Rudge Ramos进行。在这个名为“在治疗住宅中用PICS照顾照顾者”的项目中,治疗工作坊II的药剂师和监督员在六周的会议中为23名参与者提供了完整的补充治疗,使用芳香疗法、艺术疗法、颜色疗法、圆形舞蹈、音乐疗法和冥想练习。目的是为照顾者提供一个支持、表达、倾听和交流经验的空间;提供反思和改变面对日常困难的方式的可能性,旨在恢复身体、精神和情绪的平衡和健康,有机会减少焦虑症状和改善工作功能。在参与该项目的23人中,只有5人参加了最后一次会议,另有5人未能出席,但完成了最后的评估表。值得注意的是,只有4%的项目参与者知道整合和互补的实践。因此,其中一个明显的好处是告知和传播PICS。在项目结束时,参与者分享了他们对日常工作变化的看法,以及用PICS照顾照顾者的积极经验。
{"title":"Enfrentamento à Covid-19: cuidando do cuidador com PICs","authors":"Aline Corazza De Donato, Regina Célia de Camargo Heyn","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp65-71","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp65-71","url":null,"abstract":"As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) atuam na prevenção e tratamento de saúde, trazendo ganhos significativos para a saúde pública. Importante que o profissional da saúde conheça suas atribuições, mas conheça a si próprio para que desenvolva um bom trabalho e não seja prejudicado por desgastes físicos ou emocionais, impactando na qualidade do cuidado prestado ao usuário do serviço de saúde. Os trabalhadores vinham demonstrando a necessidade de um espaço de escuta para expressarem o que sentiam em relação a si e ao trabalho, tornando-se mais evidente pelo aumento da ansiedade e preocupação entre eles, durante a pandemia da Covid-19. O projeto piloto foi realizado no período de 12/08/2020 à 16/12/2020, no Caps III Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Neste projeto, intitulado Cuidando do Cuidador com PICS nas Residências Terapêuticas, a farmacêutica e a monitora de oficina terapêutica II ofereceram tratamento complementar de caráter integral aos 23 participantes, em seis encontros quinzenais, utilizando a aromaterapia,arteterapia, cromoterapia, dança circular, musicoterapia e práticas meditativas. Os objetivos foram oferecer aos cuidadores um espaço de apoio, expressão, escuta e troca de experiências; proporcionar reflexão e possibilidade de mudança na maneira de enfrentar as dificuldades do dia a dia, visando restabelecer o equilíbrio e o bem-estar físico, mental, emocional com oportunidade de diminuição dos sintomas ansiosos e de melhoria nas funções laborais. Dos 23 envolvidos no projeto, apenas cinco participaram do último encontro e outros cinco não conseguiram comparecer, mas preencheram a ficha de avaliação final. Importante pontuar que apenas 4% dos participantes do projeto tinham conhecimento sobre as práticas integrativas e complementares. Assim, um dos benefícios evidenciados foi informar e divulgar as PICS. Os participantes compartilharam percepções relacionadas à mudança na rotina de trabalho e a experiência positiva ao final do projeto Cuidando do Cuidador com as PICS. ","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130709416","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp8-14
Natália Belo Moreira Morbeck, Ana Carolina Thomaz Soares Novak
O gerenciamento de estoque é um desafio presente no âmbito farmacêutico, como em muitos outros, que impactam na saúde dos pacientes hospitalizados, fazendo-se necessária a aplicação de métodos que auxiliam o gestor na elaboração do planejamento organizacional de sua equipe e estoque, aumentando assim a sua relevância e levando-se em consideração a grave situação pandêmica na qual o mundo se encontra. Considerando a importância dessas ferramentas, o presente trabalho teve, como principal objetivo, propor um plano de ação na gestão de estoque na farmácia oncológica que consequentemente potencializou o serviço da equipe multiprofissional de saúde, por meio de um mapeamento dos processos de trabalhos. Este foi realizado no Ambulatório de Oncologia do HGP em quatro diferentes etapas, sendo elas sensibilização da equipe, mapeamento do processo de trabalho, diagnóstico do processo e desenvolvimento do plano de ação. As informações foram coletadas por meio de reuniões com a equipe composta por farmacêuticos, médicos, enfermeiros e recepcionistas. Foram utilizadas ferramentas da gestão da qualidade, que são Bizagi modeler, Diagrama de Ishikawa e plano de ação 5W2H, para traçar um fluxo lógico de atendimento do paciente pela unidade ambulatorial e esquematizar os processos de trabalho, para assim poder apresentar uma solução para os problemas encontrados. A falta da esquematização do atendimento aos pacientes dentro do Ambulatório de Oncologia do HGP prejudica a gestão do estoque de medicamentos por não ser possível identificar falhas e duplicidade de atividades. Por outro lado, a melhoria desses processos de trabalho agrega ganhos de eficiência e, via de consequência, redução de custos relativos com potencial ampliação do acesso aos usuários do serviço. Algo extremamente importante em tempos de pandemia, que trouxe ampliação dos gastos no seu enfrentamento.
{"title":"Gestão de estoque de uma farmácia oncológica do SUS utilizando ferramentas da gestão da qualidade","authors":"Natália Belo Moreira Morbeck, Ana Carolina Thomaz Soares Novak","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp8-14","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp8-14","url":null,"abstract":"O gerenciamento de estoque é um desafio presente no âmbito farmacêutico, como em muitos outros, que impactam na saúde dos pacientes hospitalizados, fazendo-se necessária a aplicação de métodos que auxiliam o gestor na elaboração do planejamento organizacional de sua equipe e estoque, aumentando assim a sua relevância e levando-se em consideração a grave situação pandêmica na qual o mundo se encontra. Considerando a importância dessas ferramentas, o presente trabalho teve, como principal objetivo, propor um plano de ação na gestão de estoque na farmácia oncológica que consequentemente potencializou o serviço da equipe multiprofissional de saúde, por meio de um mapeamento dos processos de trabalhos. Este foi realizado no Ambulatório de Oncologia do HGP em quatro diferentes etapas, sendo elas sensibilização da equipe, mapeamento do processo de trabalho, diagnóstico do processo e desenvolvimento do plano de ação. As informações foram coletadas por meio de reuniões com a equipe composta por farmacêuticos, médicos, enfermeiros e recepcionistas. Foram utilizadas ferramentas da gestão da qualidade, que são Bizagi modeler, Diagrama de Ishikawa e plano de ação 5W2H, para traçar um fluxo lógico de atendimento do paciente pela unidade ambulatorial e esquematizar os processos de trabalho, para assim poder apresentar uma solução para os problemas encontrados. A falta da esquematização do atendimento aos pacientes dentro do Ambulatório de Oncologia do HGP prejudica a gestão do estoque de medicamentos por não ser possível identificar falhas e duplicidade de atividades. Por outro lado, a melhoria desses processos de trabalho agrega ganhos de eficiência e, via de consequência, redução de custos relativos com potencial ampliação do acesso aos usuários do serviço. Algo extremamente importante em tempos de pandemia, que trouxe ampliação dos gastos no seu enfrentamento.","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122988179","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp78-84
Rafaela Januário Maia de Santana, Elisete Guimarães
Contagem (MG) possui a terceira maior população do estado de Minas Gerais e um índice de envelhecimento da população de 43,3%, o que leva ao crescimento de demandas em saúde, sobretudo no que diz respeito a doenças crônico-degenerativas. O Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) abre a possibilidade de inserção do Farmacêutico na Atenção Primária à Saúde (APS), em ações de Cuidado Farmacêutico. A participação ativa do farmacêutico na APS é vista como uma necessidade para o redesenho do modelo de atenção às condições crônicas e para a melhoria dos resultados em saúde. O objetivo do trabalho foi levantar os principais Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRMs) na população descrita e avaliar o serviço do Cuidado Farmacêutico por meio de indicadores de qualidade para Serviços Farmacêuticos Clínicos. O farmacêutico foi inserido na Equipe Nasf Industrial 1, realizando atendimento a pacientes, orientação da equipe de Saúde da Família – eSF e reuniões de matriciamento. Optou-se pelo método de acompanhamento farmacoterapêutico PWDT (Pharmacist’s Workup of Drug Therapy). Como forma de mensurar a qualidade do cuidado prestado, foram escolhidos os indicadores: consultas farmacêuticas realizadas, aceitação das intervenções farmacêuticas pelo prescritor e problemas relacionados à farmacoterapia resolvidos. De novembro/2020 a junho/2021, foram realizadas 243 consultas do Cuidado Farmacêutico, atendendo a 116 pacientes; foram avaliados 1.826 medicamentos e detectados 1.092 problemas de saúde. Foram identificados 570 PRMs, que se dividiram em: PRMs de efetividade (41,9%), PRMs de adesão (29,5%), PRMs de necessidade (16,0%) e PRMs de segurança (12,6%). Os PRMs de efetividade foram os mais prevalentes, sendo influenciados por inércia terapêutica e dificuldade de retorno a consultas, seguido pelos PRMs de adesão, nos quais as crenças do paciente e a dificuldade de acesso são fatores muito importantes. A proporção de consultas farmacêuticas realizadas foi de 72,8%, compatível com o absenteísmo em consulta ambulatorial descrito na literatura. A aceitação de intervenções farmacêuticas pelos prescritores foi de 44,8%, semelhante ao verificado em estudo realizado no serviço de clínica farmacêutica em Curitiba, em 2014. Quanto aos problemas relacionados à farmacoterapia identificados, 34,3% foram resolvidos. Ressalta-se que, além do Cuidado Farmacêutico em si, foram realizadas atividades de orientações à equipe de cuidado e participação em um grupo remoto de transmissão de mensagens instantâneas do Nasf. A população atendida no Cuidado Farmacêutico do Nasf Industrial 1 usava em média 7,5 medicamentos por paciente. A cada 100 medicamentos analisados, 32 possuíam algum PRM, o que demonstra a importância do Cuidado Farmacêutico na otimização da terapia desses pacientes polimedicados. Os indicadores colhidos demonstram a necessidade de aperfeiçoar o método de coleta de dados, adotar ações para diminuir o absenteísmo e aumentar a inserção e interação do farmacêutico n
{"title":"O cuidado farmacêutico no Núcleo Ampliado de Saúde da Família: experiência no município de contagem","authors":"Rafaela Januário Maia de Santana, Elisete Guimarães","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp78-84","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp78-84","url":null,"abstract":"Contagem (MG) possui a terceira maior população do estado de Minas Gerais e um índice de envelhecimento da população de 43,3%, o que leva ao crescimento de demandas em saúde, sobretudo no que diz respeito a doenças crônico-degenerativas. O Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) abre a possibilidade de inserção do Farmacêutico na Atenção Primária à Saúde (APS), em ações de Cuidado Farmacêutico. A participação ativa do farmacêutico na APS é vista como uma necessidade para o redesenho do modelo de atenção às condições crônicas e para a melhoria dos resultados em saúde. O objetivo do trabalho foi levantar os principais Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRMs) na população descrita e avaliar o serviço do Cuidado Farmacêutico por meio de indicadores de qualidade para Serviços Farmacêuticos Clínicos. O farmacêutico foi inserido na Equipe Nasf Industrial 1, realizando atendimento a pacientes, orientação da equipe de Saúde da Família – eSF e reuniões de matriciamento. Optou-se pelo método de acompanhamento farmacoterapêutico PWDT (Pharmacist’s Workup of Drug Therapy). Como forma de mensurar a qualidade do cuidado prestado, foram escolhidos os indicadores: consultas farmacêuticas realizadas, aceitação das intervenções farmacêuticas pelo prescritor e problemas relacionados à farmacoterapia resolvidos. De novembro/2020 a junho/2021, foram realizadas 243 consultas do Cuidado Farmacêutico, atendendo a 116 pacientes; foram avaliados 1.826 medicamentos e detectados 1.092 problemas de saúde. Foram identificados 570 PRMs, que se dividiram em: PRMs de efetividade (41,9%), PRMs de adesão (29,5%), PRMs de necessidade (16,0%) e PRMs de segurança (12,6%). Os PRMs de efetividade foram os mais prevalentes, sendo influenciados por inércia terapêutica e dificuldade de retorno a consultas, seguido pelos PRMs de adesão, nos quais as crenças do paciente e a dificuldade de acesso são fatores muito importantes. A proporção de consultas farmacêuticas realizadas foi de 72,8%, compatível com o absenteísmo em consulta ambulatorial descrito na literatura. A aceitação de intervenções farmacêuticas pelos prescritores foi de 44,8%, semelhante ao verificado em estudo realizado no serviço de clínica farmacêutica em Curitiba, em 2014. Quanto aos problemas relacionados à farmacoterapia identificados, 34,3% foram resolvidos. Ressalta-se que, além do Cuidado Farmacêutico em si, foram realizadas atividades de orientações à equipe de cuidado e participação em um grupo remoto de transmissão de mensagens instantâneas do Nasf. A população atendida no Cuidado Farmacêutico do Nasf Industrial 1 usava em média 7,5 medicamentos por paciente. A cada 100 medicamentos analisados, 32 possuíam algum PRM, o que demonstra a importância do Cuidado Farmacêutico na otimização da terapia desses pacientes polimedicados. Os indicadores colhidos demonstram a necessidade de aperfeiçoar o método de coleta de dados, adotar ações para diminuir o absenteísmo e aumentar a inserção e interação do farmacêutico n","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125792125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-27DOI: 10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp58-64
J. Oliveira, Ingrid Ambrosio Pires Morais Valverde, Patrícia Rodolpho
No câncer de mama, a hormonioterapia é utilizada para reduzir o risco de recidiva (reaparecimento da doença ou de sintomas), para tratar a recidiva ou casos avançados. O tempo de tratamento varia de 5 a 10 anos. A atual pandemia da Covid-19 trouxe a preocupação de diminuir o risco de infecção em pacientes oncológicos em uso de hormonioterapia. Além disso, o medo por parte dos pacientes de comparecerem ao ambiente hospitalar poderia prejudicar sua adesão ao tratamento. O objetivo deste trabalho foi reduzir a média diária de atendimentos a pacientes em uso de hormonioterapia no serviço de oncologia, diminuindo riscos de exposição à Covid-19. Foi utilizada a dispensação trimestral de Anastrozol e Tamoxifeno para os pacientes, com exceção dos que estavam iniciando o tratamento. A dispensação trimestral foi implantada em março de 2020, gerando uma redução já significativa, em abril de 2020, de quase 30% no número de pacientes que compareceram ao hospital para retirada desses medicamentos, quando comparado ao mês anterior (março n = 226; abril n = 167). Em maio e junho de 2020, houve uma queda de mais de 80% de pacientes que foram ao serviço retirar a hormonioterapia, evitando aglomerações e reduzindo o risco de contágio. Foi possível concluir, com o desenvolvimento desse trabalho, que o papel do farmacêutico, durante situações de pandemia, vai muito além de suas atividades clínicas. A visão de logística e planejamento desse profissional auxiliaram na redução de risco de infecção pelo novo coronavírus dos pacientes oncológicos e possibilitaram a continuidade do tratamento.
{"title":"Dispensação Trimestral de Anastrozol e Tamoxifeno durante a pandemia de COVID-19","authors":"J. Oliveira, Ingrid Ambrosio Pires Morais Valverde, Patrícia Rodolpho","doi":"10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp58-64","DOIUrl":"https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp58-64","url":null,"abstract":"No câncer de mama, a hormonioterapia é utilizada para reduzir o risco de recidiva (reaparecimento da doença ou de sintomas), para tratar a recidiva ou casos avançados. O tempo de tratamento varia de 5 a 10 anos. A atual pandemia da Covid-19 trouxe a preocupação de diminuir o risco de infecção em pacientes oncológicos em uso de hormonioterapia. Além disso, o medo por parte dos pacientes de comparecerem ao ambiente hospitalar poderia prejudicar sua adesão ao tratamento. O objetivo deste trabalho foi reduzir a média diária de atendimentos a pacientes em uso de hormonioterapia no serviço de oncologia, diminuindo riscos de exposição à Covid-19. Foi utilizada a dispensação trimestral de Anastrozol e Tamoxifeno para os pacientes, com exceção dos que estavam iniciando o tratamento. A dispensação trimestral foi implantada em março de 2020, gerando uma redução já significativa, em abril de 2020, de quase 30% no número de pacientes que compareceram ao hospital para retirada desses medicamentos, quando comparado ao mês anterior (março n = 226; abril n = 167). Em maio e junho de 2020, houve uma queda de mais de 80% de pacientes que foram ao serviço retirar a hormonioterapia, evitando aglomerações e reduzindo o risco de contágio. Foi possível concluir, com o desenvolvimento desse trabalho, que o papel do farmacêutico, durante situações de pandemia, vai muito além de suas atividades clínicas. A visão de logística e planejamento desse profissional auxiliaram na redução de risco de infecção pelo novo coronavírus dos pacientes oncológicos e possibilitaram a continuidade do tratamento. ","PeriodicalId":399063,"journal":{"name":"Experiências Exitosas de Farmacêuticos no SUS","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116139463","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}