Pub Date : 2018-06-30DOI: 10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.138
J. Tavares, T. Pires
A pesquisa analisa estratégias discursivas utilizadas no âmbito do jornalismo impresso, no sentido de expressar e também formar a opinião pública em um contexto de Copa do Mundo e eleições presidenciais. Para tanto, realizou-se uma investigação da cobertura feita pelas revistas Época e Veja entre os meses de maio e julho de 2014, considerando as sondagens divulgadas. Com base nas análises, pôde-se identificar a avaliação negativa com relação ao desempenho do governo federal e da então presidente e candidata Dilma Rousseff (PT) mediante as seguintes estratégias: teor político nas matérias da editoria de esporte e, nesse sentido, forte entrelaçamento entre futebol e política; uso de sondagens e enquadramento dos textos e das capas de modo a construir representações de um país dividido.
{"title":"“Brasil dividido” e seus sentidos em Veja e Época: o uso político de sondagens na cobertura da Copa do Mundo em um ano eleitoral","authors":"J. Tavares, T. Pires","doi":"10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.138","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.138","url":null,"abstract":"A pesquisa analisa estratégias discursivas utilizadas no âmbito do jornalismo impresso, no sentido de expressar e também formar a opinião pública em um contexto de Copa do Mundo e eleições presidenciais. Para tanto, realizou-se uma investigação da cobertura feita pelas revistas Época e Veja entre os meses de maio e julho de 2014, considerando as sondagens divulgadas. Com base nas análises, pôde-se identificar a avaliação negativa com relação ao desempenho do governo federal e da então presidente e candidata Dilma Rousseff (PT) mediante as seguintes estratégias: teor político nas matérias da editoria de esporte e, nesse sentido, forte entrelaçamento entre futebol e política; uso de sondagens e enquadramento dos textos e das capas de modo a construir representações de um país dividido.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"122 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130186273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-06-30DOI: 10.21878/compolitica.2018.8.1.139
Franco Iacomini Júnior, M. Cardoso, Tarcis Prado Júnior
A presente pesquisa trata dos dois primeiros discursos proferidos por Michel Temer após suas posses na Presidência da República, em 2016: em 12 de maio, quando tornou-se presidente interino, após a abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff; e em 31 de agosto, depois de o Senado condená-la à perda do mandato. O objetivo é buscar uma melhor compreensão de como tais pronunciamentos públicos podem revelar a relação do novo governo com as forças políticas que o cercam. Para isso, seu marco teórico baseia-se amplamente no trabalho de Dominique Maingueneau sobre análise do discurso e na pesquisa de Guita Debert sobre discursos de posse. Os textos, obtidos por meio do website da Presidência da República, foram tratados com o software Iramuteq para análise lexicográfica. Os resultados apontam que os discursos revelam uma disposição de governar com uma elite parlamentar (expressa pelo uso frequente do pronome “nós”, em especial no segundo discurso), em oposição a um governo popular.
{"title":"Os “nós” de Temer: uma análise dos discursos de posse de 2016","authors":"Franco Iacomini Júnior, M. Cardoso, Tarcis Prado Júnior","doi":"10.21878/compolitica.2018.8.1.139","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.1.139","url":null,"abstract":"A presente pesquisa trata dos dois primeiros discursos proferidos por Michel Temer após suas posses na Presidência da República, em 2016: em 12 de maio, quando tornou-se presidente interino, após a abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff; e em 31 de agosto, depois de o Senado condená-la à perda do mandato. O objetivo é buscar uma melhor compreensão de como tais pronunciamentos públicos podem revelar a relação do novo governo com as forças políticas que o cercam. Para isso, seu marco teórico baseia-se amplamente no trabalho de Dominique Maingueneau sobre análise do discurso e na pesquisa de Guita Debert sobre discursos de posse. Os textos, obtidos por meio do website da Presidência da República, foram tratados com o software Iramuteq para análise lexicográfica. Os resultados apontam que os discursos revelam uma disposição de governar com uma elite parlamentar (expressa pelo uso frequente do pronome “nós”, em especial no segundo discurso), em oposição a um governo popular.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"129 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114825684","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-06-30DOI: 10.21878/compolitica.2018.8.1.236
Ana Cláudia Niedhardt Capella, F. Brasil
Como uma questão se insere na agenda governamental, levando o governo a desenvolverpolíticas para lidar com um problema específico? Dada a grande quantidade deacontecimentos, fatos e problemas existentes no dia a dia e que mereceriam atenção dosatores governamentais, de que forma alguns temas são priorizados em detrimento de outros?Essas são algumas das questões enfrentadas pelos pesquisadores que se dedicam a estudaro processo de formação da agenda governamental. O objetivo do presente estudo consisteem recuperar o histórico desses estudos sobre agenda, com base nas três tradições depesquisa da agenda identificadas por Dearing e Rogers (1996). Em especial, procuramosdiscutir as conexões entre as pesquisas conduzidas no campo de políticas públicas, que têmcomo foco a agenda governamental, e as relacionadas à tradição da comunicação política.Entendemos que ambas tradições não apenas registram questões teóricas e metodológicasem comum, mas podem se beneficiar de uma aproximação.
{"title":"Agenda-setting: mídia e opinião pública na dinâmica de políticas públicas","authors":"Ana Cláudia Niedhardt Capella, F. Brasil","doi":"10.21878/compolitica.2018.8.1.236","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.1.236","url":null,"abstract":"Como uma questão se insere na agenda governamental, levando o governo a desenvolverpolíticas para lidar com um problema específico? Dada a grande quantidade deacontecimentos, fatos e problemas existentes no dia a dia e que mereceriam atenção dosatores governamentais, de que forma alguns temas são priorizados em detrimento de outros?Essas são algumas das questões enfrentadas pelos pesquisadores que se dedicam a estudaro processo de formação da agenda governamental. O objetivo do presente estudo consisteem recuperar o histórico desses estudos sobre agenda, com base nas três tradições depesquisa da agenda identificadas por Dearing e Rogers (1996). Em especial, procuramosdiscutir as conexões entre as pesquisas conduzidas no campo de políticas públicas, que têmcomo foco a agenda governamental, e as relacionadas à tradição da comunicação política.Entendemos que ambas tradições não apenas registram questões teóricas e metodológicasem comum, mas podem se beneficiar de uma aproximação.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126276193","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-06-30DOI: 10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.160
Lucy Oliveira
O recém lançado livro “A grande imprensa e o PT (1989-2014)”, do professor titular Fernando Antônio de Azevedo (UFSCar), traz uma atual discussão sobre o viés político da imprensa brasileira diante de lideranças que representam projetos desenvolvimentistas. Para tanto, foram analisados os editoriais e manchetes dos três maiores jornais de circulação nacional, nos períodos eleitorais dos últimos 25 anos, identificando os enquadramentos sobre o Partido dos Trabalhadores (PT), lideranças, candidatos e governantes. Os dados da democracia de terceira onda brasileira são analisados à luz da relação da imprensa nos períodos de Vargas e João Goulart. Leitura obrigatória para quem estuda e pretende analisar a imprensa no Brasil – quer seja tradicional quer seja digital –, o livro traz uma nova contribuição ao campo tanto pelo conjunto de dados levantados, bem como pelas discussões que provoca. Longe de serem teses de consenso num campo que se divide em diferentes respostas para as mesmas questões, a obra aponta provocações relevantes sobre as consequências democráticas no período recente.
Fernando antonio de Azevedo教授(UFSCar)最近出版的《A grande imprensa e O PT(1989-2014)》一书,在代表发展项目的领导人面前,对巴西媒体的政治偏见进行了当前的讨论。为此,我们分析了过去25年选举期间全国发行量最大的三家报纸的社论和标题,确定了工人党(PT)、领导人、候选人和统治者的框架。根据瓦格斯和joao古拉特时期的新闻关系,分析了巴西第三次民主浪潮的数据。对于那些想要研究和分析巴西媒体(无论是传统的还是数字的)的人来说,这本书是必读的,它通过收集的数据集和它引发的讨论,为该领域带来了新的贡献。在一个对相同问题有不同答案的领域,这本书远不是共识的论点,而是对最近时期民主后果的相关挑衅。
{"title":"O Jornalismo brasileiro como ator político","authors":"Lucy Oliveira","doi":"10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.160","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.160","url":null,"abstract":"O recém lançado livro “A grande imprensa e o PT (1989-2014)”, do professor titular Fernando Antônio de Azevedo (UFSCar), traz uma atual discussão sobre o viés político da imprensa brasileira diante de lideranças que representam projetos desenvolvimentistas. Para tanto, foram analisados os editoriais e manchetes dos três maiores jornais de circulação nacional, nos períodos eleitorais dos últimos 25 anos, identificando os enquadramentos sobre o Partido dos Trabalhadores (PT), lideranças, candidatos e governantes. Os dados da democracia de terceira onda brasileira são analisados à luz da relação da imprensa nos períodos de Vargas e João Goulart. Leitura obrigatória para quem estuda e pretende analisar a imprensa no Brasil – quer seja tradicional quer seja digital –, o livro traz uma nova contribuição ao campo tanto pelo conjunto de dados levantados, bem como pelas discussões que provoca. Longe de serem teses de consenso num campo que se divide em diferentes respostas para as mesmas questões, a obra aponta provocações relevantes sobre as consequências democráticas no período recente.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134087136","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-06-30DOI: 10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.140
Vinícius Silva Alves, Iana Alves de Lima
O objetivo deste trabalho é esclarecer quais foram os principais fatores explicativos do voto em Dilma Rousseff nas eleições de 2014. O mencionado pleito foi marcado por um amplo debate nas redes sociais e nos tradicionais meios de comunicação a respeito de uma polarização do eleitorado brasileiro. Neste sentido, o artigo busca verificar se, e em torno de quais fatores, os eleitores se dividiram naquelas eleições. Utilizando modelos de regressão logística, apontamos os principais vetores explicativos do voto no primeiro e no segundo turnos em 2014. Os resultados sugerem que idade, região, ter ou não votado em Dilma na eleição anterior, ideologia e interesse por política, de fato, auxiliaram a explicar o voto na presidente eleita. Além disso, observamos que o formato da competição em dois turnos intensificou a polarização do eleitorado.
{"title":"Um país dividido? Condicionantes do voto nas eleições presidenciais brasileiras de 2014","authors":"Vinícius Silva Alves, Iana Alves de Lima","doi":"10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.140","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/COMPOLITICA.2018.8.1.140","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é esclarecer quais foram os principais fatores explicativos do voto em Dilma Rousseff nas eleições de 2014. O mencionado pleito foi marcado por um amplo debate nas redes sociais e nos tradicionais meios de comunicação a respeito de uma polarização do eleitorado brasileiro. Neste sentido, o artigo busca verificar se, e em torno de quais fatores, os eleitores se dividiram naquelas eleições. Utilizando modelos de regressão logística, apontamos os principais vetores explicativos do voto no primeiro e no segundo turnos em 2014. Os resultados sugerem que idade, região, ter ou não votado em Dilma na eleição anterior, ideologia e interesse por política, de fato, auxiliaram a explicar o voto na presidente eleita. Além disso, observamos que o formato da competição em dois turnos intensificou a polarização do eleitorado.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"129 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121919641","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-01-30DOI: 10.21878/compolitica.2018.8.1.141
G. Rossetto
O objetivo deste trabalho é esclarecer quais foram os principais fatores explicativos do voto em Dilma Rousseff nas eleições de 2014. O mencionado pleito foi marcado por um amplo debate nas redes sociais e nos tradicionais meios de comunicação a respeito de uma polarização do eleitorado brasileiro. Neste sentido, o artigo busca verificar se, e em torno de quais fatores, os eleitores se dividiram naquelas eleições. Utilizando modelos de regressão logística, apontamos os principais vetores explicativos do voto no primeiro e no segundo turnos em 2014. Os resultados sugerem que idade, região, ter ou não votado em Dilma na eleição anterior, ideologia e interesse por política, de fato, auxiliaram a explicar o voto na presidente eleita. Além disso, observamos que o formato da competição em dois turnos intensificou a polarização do eleitorado.
{"title":"Fazendo política no Twitter: como os efeitos estimados das mensagens influenciam as ações e os usos da plataforma","authors":"G. Rossetto","doi":"10.21878/compolitica.2018.8.1.141","DOIUrl":"https://doi.org/10.21878/compolitica.2018.8.1.141","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é esclarecer quais foram os principais fatores explicativos do voto em Dilma Rousseff nas eleições de 2014. O mencionado pleito foi marcado por um amplo debate nas redes sociais e nos tradicionais meios de comunicação a respeito de uma polarização do eleitorado brasileiro. Neste sentido, o artigo busca verificar se, e em torno de quais fatores, os eleitores se dividiram naquelas eleições. Utilizando modelos de regressão logística, apontamos os principais vetores explicativos do voto no primeiro e no segundo turnos em 2014. Os resultados sugerem que idade, região, ter ou não votado em Dilma na eleição anterior, ideologia e interesse por política, de fato, auxiliaram a explicar o voto na presidente eleita. Além disso, observamos que o formato da competição em dois turnos intensificou a polarização do eleitorado.","PeriodicalId":445487,"journal":{"name":"Compolítica","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-01-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115802992","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}