Pub Date : 2023-06-12DOI: 10.61358/policromias.v8i1.56154
Wellington dos Santos Silva, Felício Oscar Deleprani
Esse artigo considera como recorte histórico os seis primeiros meses da pandemia de COVID-19. Dentro desse recorte histórico, procura analisar a interrelação entre o discurso científico e os discursos políticos e econômicos desde uma perspectiva linguística bakhtiniana. Os resultados demonstram que houve um discurso científico no início da pandemia. Todavia, esse discurso foi distorcido pelo discurso político que alcançou maior abrangência no discurso jornalístico e nas informalidades das redes sociais. Essa distorção, além de causar uma polarização política em torno da pandemia de COVID-19, levou as pessoas ao consumo de medicamentos sem comprovação científica e sem prescrição médica.
{"title":"A INTERDISCURSIVIDADE ENTRE CIÊNCIA, POLÍTICA E REDES SOCIAIS DURANTE O PRIMEIRO SEMESTRE DA PANDEMIA DE COVID-19","authors":"Wellington dos Santos Silva, Felício Oscar Deleprani","doi":"10.61358/policromias.v8i1.56154","DOIUrl":"https://doi.org/10.61358/policromias.v8i1.56154","url":null,"abstract":"Esse artigo considera como recorte histórico os seis primeiros meses da pandemia de COVID-19. Dentro desse recorte histórico, procura analisar a interrelação entre o discurso científico e os discursos políticos e econômicos desde uma perspectiva linguística bakhtiniana. Os resultados demonstram que houve um discurso científico no início da pandemia. Todavia, esse discurso foi distorcido pelo discurso político que alcançou maior abrangência no discurso jornalístico e nas informalidades das redes sociais. Essa distorção, além de causar uma polarização política em torno da pandemia de COVID-19, levou as pessoas ao consumo de medicamentos sem comprovação científica e sem prescrição médica.","PeriodicalId":507536,"journal":{"name":"Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139370252","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-12DOI: 10.61358/policromias.v8i1.54974
Leonardo Moreira Ulhôa, Mariana do Nascimento Silva, Vinícius Durval Dorne
Desde a campanha presidencial ocorrida no Brasil no ano de 2018, o gesto de arma sinalizado com as mãos se consolidou como a marca do então pré-candidato Jair Bolsonaro. À época, o que causava polêmica e chamava atenção era o modo como, em diferentes circunstâncias, as crianças eram orientadas e incentivadas a simular o uso de uma arma de fogo. Sob esse prisma, alguns enunciados ocuparam as páginas do noticiário nacional e internacional, o que nos levou a pensar como a infância e a criança têm sido discursivizadas pela extrema direita brasileira. Partimos, então, de dois questionamentos considerados essenciais: a)- De que forma construções discursivas sobre a infância incidem na constituição das subjetividades? b)- Quais relações de saber e de poder se fazem presente no gesto de arma realizado por crianças de diferentes classes socioeconômicas? Para responder tais questões, tomamos como referencial teórico a Análise do Discurso de linha francesa (AD), em recorrência a Michel Foucault. O corpus é constituído por 06 enunciados imagéticos em que se figuram crianças com gesto de arma ou portando armas, advindos de distintos veículos de comunicação. Assim, tomamos tais imagens como um enunciado. No gesto de análise, observamos que o gesto de arma feito com as mãos por uma criança é um enunciado que, por um lado, compõe o discurso sobre a violência autorizada daqueles que pertencem às classes média e alta e, por outro, a criminalização da infância pobre, asseverando as desigualdades sociais e de direitos dos sujeitos dentro de um sistema autoritário e segregador.
{"title":"GESTO DE ARMA COM AS MÃOS E/NA PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES DA INFÂNCIA","authors":"Leonardo Moreira Ulhôa, Mariana do Nascimento Silva, Vinícius Durval Dorne","doi":"10.61358/policromias.v8i1.54974","DOIUrl":"https://doi.org/10.61358/policromias.v8i1.54974","url":null,"abstract":"Desde a campanha presidencial ocorrida no Brasil no ano de 2018, o gesto de arma sinalizado com as mãos se consolidou como a marca do então pré-candidato Jair Bolsonaro. À época, o que causava polêmica e chamava atenção era o modo como, em diferentes circunstâncias, as crianças eram orientadas e incentivadas a simular o uso de uma arma de fogo. Sob esse prisma, alguns enunciados ocuparam as páginas do noticiário nacional e internacional, o que nos levou a pensar como a infância e a criança têm sido discursivizadas pela extrema direita brasileira. Partimos, então, de dois questionamentos considerados essenciais: a)- De que forma construções discursivas sobre a infância incidem na constituição das subjetividades? b)- Quais relações de saber e de poder se fazem presente no gesto de arma realizado por crianças de diferentes classes socioeconômicas? Para responder tais questões, tomamos como referencial teórico a Análise do Discurso de linha francesa (AD), em recorrência a Michel Foucault. O corpus é constituído por 06 enunciados imagéticos em que se figuram crianças com gesto de arma ou portando armas, advindos de distintos veículos de comunicação. Assim, tomamos tais imagens como um enunciado. No gesto de análise, observamos que o gesto de arma feito com as mãos por uma criança é um enunciado que, por um lado, compõe o discurso sobre a violência autorizada daqueles que pertencem às classes média e alta e, por outro, a criminalização da infância pobre, asseverando as desigualdades sociais e de direitos dos sujeitos dentro de um sistema autoritário e segregador.","PeriodicalId":507536,"journal":{"name":"Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139370315","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-12DOI: 10.61358/policromias.v8i1.54146
Fernanda Surubi Fernandes, Olimpia Maluf-Souza
Os estudos da linguagem permitem que demos visibilidade a temáticas sociais, colocando em evidência processos de significação para se compreender como os sentidos são constituídos. Nesse caso, os sentidos sobre o corpo da mulher e a violência perpassam formações imaginárias e as condições de produção para poderem reverberar e produzir outros efeitos, deslocamentos daquilo que já está posto. Assim, é analisando uma cena de “Cerimônia” da série The Handmaid’s Tale (O conto da aia), a partir da Análise de Discurso, com base em Pêcheux (2009) e Orlandi (2007), que passamos a compreender a posição-sujeito mulher interpelada por suas condições históricas e sociais, mas dando abertura a outros sentidos.
{"title":"O FUNCIONAMENTO DISCURSIVO SOBRE O ESTUPRO EM O CONTO DA AIA","authors":"Fernanda Surubi Fernandes, Olimpia Maluf-Souza","doi":"10.61358/policromias.v8i1.54146","DOIUrl":"https://doi.org/10.61358/policromias.v8i1.54146","url":null,"abstract":"Os estudos da linguagem permitem que demos visibilidade a temáticas sociais, colocando em evidência processos de significação para se compreender como os sentidos são constituídos. Nesse caso, os sentidos sobre o corpo da mulher e a violência perpassam formações imaginárias e as condições de produção para poderem reverberar e produzir outros efeitos, deslocamentos daquilo que já está posto. Assim, é analisando uma cena de “Cerimônia” da série The Handmaid’s Tale (O conto da aia), a partir da Análise de Discurso, com base em Pêcheux (2009) e Orlandi (2007), que passamos a compreender a posição-sujeito mulher interpelada por suas condições históricas e sociais, mas dando abertura a outros sentidos.","PeriodicalId":507536,"journal":{"name":"Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139370243","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-12DOI: 10.61358/policromias.v8i1.53573
T. H. Silva
Olhando para as representações da imagem de Jesus com uma face trans e/ou homoafetiva na arte, abordo reflexões que permeiam minha pesquisa de doutorado pela UDESC com intuito de discuti-las e desenvolve-las pelo olhar das questões que envolvem os estudos de gênero. O objetivo deste artigo é fazer um levantamento das representações de Jesus na arte e como elas encontram-se vinculadas a tensões sociais, políticas e religiosas ao colocar em pauta indagações que permeiam o Brasil atual. Utilizaremos o desfile da escola de samba virtual Deixa de Truque como fio condutor da narrativa e das discussões sugeridas, além de abordarmos o carnaval da Estação Primeira de Mangueira no ano de 2020 como proposta de entendimento da representação da figura de Jesus como meio questionador da heteronormatividade social. Por elas, traçaremos o conceito de Cristonormatividade que consiste na construção da imagem de Jesus por uma norma social hétero cisgênera.
通过观察艺术作品中变性和/或同性恋面孔的耶稣形象，我探讨了我在巴西社会科学大学（UDESC）进行的博士研究中的一些思考，以便从性别研究的角度来讨论和发展这些思考。本文的目的是调查艺术作品中的耶稣形象，以及这些形象是如何与社会、政治和宗教紧张局势联系在一起的，并提出了当今巴西普遍存在的问题。我们将以虚拟桑巴舞学校 Deixa de Truque 的游行作为叙事和建议讨论的主线，并以 2020 年 Estação Primeira de Mangueira 狂欢节作为理解耶稣形象作为质疑社会异性恋的一种手段的一种方式。通过这些讨论，我们将勾勒出 "基督规范性 "的概念，即通过异性恋社会规范来构建耶稣的形象。
{"title":"CRISTONORMATIVIDADE: TENSÕES PERANTE A IMAGEM DE JESUS TRANS EM UMA SOCIEDADE HETERONORMATIVA","authors":"T. H. Silva","doi":"10.61358/policromias.v8i1.53573","DOIUrl":"https://doi.org/10.61358/policromias.v8i1.53573","url":null,"abstract":"Olhando para as representações da imagem de Jesus com uma face trans e/ou homoafetiva na arte, abordo reflexões que permeiam minha pesquisa de doutorado pela UDESC com intuito de discuti-las e desenvolve-las pelo olhar das questões que envolvem os estudos de gênero. O objetivo deste artigo é fazer um levantamento das representações de Jesus na arte e como elas encontram-se vinculadas a tensões sociais, políticas e religiosas ao colocar em pauta indagações que permeiam o Brasil atual. Utilizaremos o desfile da escola de samba virtual Deixa de Truque como fio condutor da narrativa e das discussões sugeridas, além de abordarmos o carnaval da Estação Primeira de Mangueira no ano de 2020 como proposta de entendimento da representação da figura de Jesus como meio questionador da heteronormatividade social. Por elas, traçaremos o conceito de Cristonormatividade que consiste na construção da imagem de Jesus por uma norma social hétero cisgênera.","PeriodicalId":507536,"journal":{"name":"Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139370261","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-12DOI: 10.61358/policromias.v8i1.56275
Rafael Marcurio Da Cól, Diego de Freitas Ungari
Esse artigo resulta da junção de duas pesquisas de mestrado já desenvolvidas, tendo de um lado, uma investigação das festas e festividades entendidas como discursos e heterotopias advindas de dissertação no campo do saber da História e, de outro, discussões advindas do campo do saber da análise dos discursos a respeito das transformações das subjetividades homossexuais no cinema brasileiro. Objetivamos a partir dos Estudos Discursivos Foucaultianos e da Teoria da História e História da Historiografia: a) compreender como as festas podem ser entendidas tanto como discurso quanto heterotopias; b) perceber como os ambientes funcionam como forma de resistência e subjetivação; c) analisar as formas de controle sob o corpo da subjetividade homossexual retratada no cinema. Assim, podemos pensar o espaço das festas como formas de sociabilidade e subjetivação desses corpos. Concluímos, por fim, que estes outros espaços se justapõem dentro do cinema brasileiro e isso nos faz refletir sobre como as festas são lugares de interação e metamorfose destas subjetividades, pois ao se encontrarem produzem uma síntese de seus gestos, crenças e valores.
{"title":"A HETEROTOPIA DO FESTEJAR COMO FORMA DE RESISTÊNCIA E SUBJETIVAÇÃO HOMOSSEXUAL PELAS LENTES DO CINEMA: UMA ANÁLISE DE DISCURSOS DOS FILMES MADAME SATÃ (2001) E HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO (2014)","authors":"Rafael Marcurio Da Cól, Diego de Freitas Ungari","doi":"10.61358/policromias.v8i1.56275","DOIUrl":"https://doi.org/10.61358/policromias.v8i1.56275","url":null,"abstract":"Esse artigo resulta da junção de duas pesquisas de mestrado já desenvolvidas, tendo de um lado, uma investigação das festas e festividades entendidas como discursos e heterotopias advindas de dissertação no campo do saber da História e, de outro, discussões advindas do campo do saber da análise dos discursos a respeito das transformações das subjetividades homossexuais no cinema brasileiro. Objetivamos a partir dos Estudos Discursivos Foucaultianos e da Teoria da História e História da Historiografia: a) compreender como as festas podem ser entendidas tanto como discurso quanto heterotopias; b) perceber como os ambientes funcionam como forma de resistência e subjetivação; c) analisar as formas de controle sob o corpo da subjetividade homossexual retratada no cinema. Assim, podemos pensar o espaço das festas como formas de sociabilidade e subjetivação desses corpos. Concluímos, por fim, que estes outros espaços se justapõem dentro do cinema brasileiro e isso nos faz refletir sobre como as festas são lugares de interação e metamorfose destas subjetividades, pois ao se encontrarem produzem uma síntese de seus gestos, crenças e valores.","PeriodicalId":507536,"journal":{"name":"Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139370288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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