Pub Date : 2024-02-27DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i4e60491
Larissa dos Santos Custódio, Laura Faustino Gonçalves, Patrícia Haas, Cláudia Tiemi Mituuti
Introdução: O câncer de cavidade oral constitui lesões da superfície da mucosa oral, e, devido às sequelas da doença e de seu tratamento, frequentemente ocorrem quadros de disfagia. Quando a alimentação por via oral se torna impossibilitada, é fundamental a indicação de vias alternativas de alimentação. Objetivo: verificar a ocorrência e os fatores associados ao uso de via alternativa de alimentação após câncer de língua. Método: A busca foi conduzida por dois pesquisadores independentes nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO, Scopus, WEB OF SCIENCE e BIREME sem restrição de idioma e localização, no período de 2010 a 2021. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinza no Google Scholar. Critérios de Seleção: A revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram incluídos na pesquisa estudos que obtiveram pontuação ≥ a 6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa proposto por Pithon. Resultados: Os estudos mostram que a maioria dos indivíduos com câncer oral desenvolvem uma perda significativa de peso, necessitando de intervenção. O estágio geral da doença é um preditor significativo de perda de peso crítica em pacientes em tratamento. Conclusão: A indicação de via alternativa de alimentação após câncer de língua foi de 19,3% a 68,2%, e os fatores associados a essa indicação de VAA foram o estágio geral, cirurgia associada à terapia adjuvante, má adesão ao tratamento multidisciplinar, presença de complicações e baixa sobrevida.
{"title":"Fatores associados à indicação de via alternativa de alimentação após câncer de língua","authors":"Larissa dos Santos Custódio, Laura Faustino Gonçalves, Patrícia Haas, Cláudia Tiemi Mituuti","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e60491","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e60491","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer de cavidade oral constitui lesões da superfície da mucosa oral, e, devido às sequelas da doença e de seu tratamento, frequentemente ocorrem quadros de disfagia. Quando a alimentação por via oral se torna impossibilitada, é fundamental a indicação de vias alternativas de alimentação. Objetivo: verificar a ocorrência e os fatores associados ao uso de via alternativa de alimentação após câncer de língua. Método: A busca foi conduzida por dois pesquisadores independentes nas bases de dados Medline (Pubmed), LILACS, SciELO, Scopus, WEB OF SCIENCE e BIREME sem restrição de idioma e localização, no período de 2010 a 2021. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinza no Google Scholar. Critérios de Seleção: A revisão sistemática foi conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram incluídos na pesquisa estudos que obtiveram pontuação ≥ a 6 pontos segundo o protocolo para pontuação qualitativa proposto por Pithon. Resultados: Os estudos mostram que a maioria dos indivíduos com câncer oral desenvolvem uma perda significativa de peso, necessitando de intervenção. O estágio geral da doença é um preditor significativo de perda de peso crítica em pacientes em tratamento. Conclusão: A indicação de via alternativa de alimentação após câncer de língua foi de 19,3% a 68,2%, e os fatores associados a essa indicação de VAA foram o estágio geral, cirurgia associada à terapia adjuvante, má adesão ao tratamento multidisciplinar, presença de complicações e baixa sobrevida.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140424297","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-27DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i4e63657
Sinara Costa de Castro, B. Novaes, Gracieli Santos de Macedo, Luisa Barzaghi-Ficker, Beatriz Castro Andrade Mendes
Introdução: Crianças com deficiência auditiva necessitam de acompanhamento no serviço de saúde auditiva em uma abordagem ampliada para o cuidado integral à saúde, que considere além da audibilidade outras dimensões do desenvolvimento, como é o caso do desempenho acadêmico. Objetivo: Identificar o nível de compreensão de leitura de vocábulos e sentenças de crianças com deficiência auditiva, usuárias de aparelhos de amplificação sonora individual de um Centro Especializado em Reabilitação correlacionando à audibilidade, vocabulário receptivo e o tempo de uso do AASI. Método: Amostra composta por 18 crianças com deficiência auditiva usuárias de dispositivos eletrônicos sonoros individuais, entre 8 e 12 anos, já alfabetizadas, em escola regular. Os testes utilizados foram: para leitura - Teste de “Compreensão de Sentenças -TELCS”, Teste de Desempenho Escolar TDE-II (leitura de palavras) e para o vocabulário receptivo o Peabody-PPVT4. Resultados: O SII-Indice de Inteligibilidade de Fala 55dB e 65dB ≥ 64% demonstraram relação significante com o vocabulário receptivo. O teste de leitura e compreensão de sentenças apresentou relação estatisticamente significante com o SII 65dB ≥ 64% e com o vocabulário receptivo maior que 85. A consistência do uso do aparelho não demonstrou relação com nenhum dos dados do SII 55dB, SII 65dB, vocabulário, leitura de palavras e leitura de sentenças. Conclusão: A avaliação de leitura indica ser um fator relevante na análise de desenvolvimento da criança com deficiência auditiva correlacionada aos fatores de audibilidade e vocabulário.
{"title":"Nível de Leitura de Crianças com Deficiência Auditiva de um Centro Especializado de Reabilitação","authors":"Sinara Costa de Castro, B. Novaes, Gracieli Santos de Macedo, Luisa Barzaghi-Ficker, Beatriz Castro Andrade Mendes","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e63657","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e63657","url":null,"abstract":"Introdução: Crianças com deficiência auditiva necessitam de acompanhamento no serviço de saúde auditiva em uma abordagem ampliada para o cuidado integral à saúde, que considere além da audibilidade outras dimensões do desenvolvimento, como é o caso do desempenho acadêmico. Objetivo: Identificar o nível de compreensão de leitura de vocábulos e sentenças de crianças com deficiência auditiva, usuárias de aparelhos de amplificação sonora individual de um Centro Especializado em Reabilitação correlacionando à audibilidade, vocabulário receptivo e o tempo de uso do AASI. Método: Amostra composta por 18 crianças com deficiência auditiva usuárias de dispositivos eletrônicos sonoros individuais, entre 8 e 12 anos, já alfabetizadas, em escola regular. Os testes utilizados foram: para leitura - Teste de “Compreensão de Sentenças -TELCS”, Teste de Desempenho Escolar TDE-II (leitura de palavras) e para o vocabulário receptivo o Peabody-PPVT4. Resultados: O SII-Indice de Inteligibilidade de Fala 55dB e 65dB ≥ 64% demonstraram relação significante com o vocabulário receptivo. O teste de leitura e compreensão de sentenças apresentou relação estatisticamente significante com o SII 65dB ≥ 64% e com o vocabulário receptivo maior que 85. A consistência do uso do aparelho não demonstrou relação com nenhum dos dados do SII 55dB, SII 65dB, vocabulário, leitura de palavras e leitura de sentenças. Conclusão: A avaliação de leitura indica ser um fator relevante na análise de desenvolvimento da criança com deficiência auditiva correlacionada aos fatores de audibilidade e vocabulário.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140426864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A alimentação, ao lado da linguagem, é efeito da interação entre sujeitos, começando pelo laço construído entre a criança e sua mãe. Contudo, em muitos estudos, a função materna nos cuidados infantis, momentos fundamentais de interação, é descrita como função instintiva, natural. Entre esses momentos, destaca-se a cena de alimentação. Muitos estudos investigam o desempenho da criança nessa cena, mas o lado materno resta pouco explorado. Objetivo: Descrever percepções e sentimentos maternos em cenas alimentares, da amamentação às refeições familiares. Método: Pesquisa quanti-qualitativa, transversal, descritiva, explanatória, realizada por meio da aplicação de questionário com perguntas fechadas, em quatro domínios de conteúdo: preparação para amamentação; amamentação; desmame e transição alimentar. O questionário foi aplicado online com 25 mães de crianças. Resultados: Todas as mães pretendiam amamentar seus filhos e a maioria o fez desde o nascimento até os 18 meses. A maioria apontou prazer em amamentar, construindo interação alegre e afetuosa com o bebê, sendo o olhar o grande ponto de contato. Todavia, também surgiram respostas alertando para a falta de orientação para a amamentação e, sobretudo, para o desmame, com indicações de dificuldades na operação do início da transição alimentar. Contudo, as mães, em maioria, expressam prazer em ocupar a posição de alimentadora, com muita preocupação principalmente nutricional em fases mais adiantadas da alimentação. Conclusão: O estudo pode realçar a efetividade do instrumento utilizado na busca de dados sobre memórias maternas de sua participação em cenas alimentares com seus filhos, emolduradas, em sua maioria, por sentimentos de prazer e afeto.
{"title":"Memórias maternas de cenas alimentares","authors":"Ruth Ramalho Ruivo Palladino, Alexandra Catta Preta Frederigh, Amanda Castelucci, Gabriela Casimiro Aroca, Letícia Batista Gouveia","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e62156","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e62156","url":null,"abstract":"Introdução: A alimentação, ao lado da linguagem, é efeito da interação entre sujeitos, começando pelo laço construído entre a criança e sua mãe. Contudo, em muitos estudos, a função materna nos cuidados infantis, momentos fundamentais de interação, é descrita como função instintiva, natural. Entre esses momentos, destaca-se a cena de alimentação. Muitos estudos investigam o desempenho da criança nessa cena, mas o lado materno resta pouco explorado. Objetivo: Descrever percepções e sentimentos maternos em cenas alimentares, da amamentação às refeições familiares. Método: Pesquisa quanti-qualitativa, transversal, descritiva, explanatória, realizada por meio da aplicação de questionário com perguntas fechadas, em quatro domínios de conteúdo: preparação para amamentação; amamentação; desmame e transição alimentar. O questionário foi aplicado online com 25 mães de crianças. Resultados: Todas as mães pretendiam amamentar seus filhos e a maioria o fez desde o nascimento até os 18 meses. A maioria apontou prazer em amamentar, construindo interação alegre e afetuosa com o bebê, sendo o olhar o grande ponto de contato. Todavia, também surgiram respostas alertando para a falta de orientação para a amamentação e, sobretudo, para o desmame, com indicações de dificuldades na operação do início da transição alimentar. Contudo, as mães, em maioria, expressam prazer em ocupar a posição de alimentadora, com muita preocupação principalmente nutricional em fases mais adiantadas da alimentação. Conclusão: O estudo pode realçar a efetividade do instrumento utilizado na busca de dados sobre memórias maternas de sua participação em cenas alimentares com seus filhos, emolduradas, em sua maioria, por sentimentos de prazer e afeto.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140427760","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O momento para introdução de alimentação via oral plena em neonatos é desafiador. Protocolos auxiliam nesse processo utilizando majoritariamente avaliações subjetivas, porém, estudos apontam a importância de incluir critérios objetivos. Objetivo: Analisar a visão da equipe de Fonoaudiologia sobre utilização de protocolos e construção de raciocínio clínico na introdução via oral em uma unidade neonatal. Método: Pesquisa qualitativa, analítica, exploratória. Coleta de dados por meio de grupos focais e por questionário de perfil sociodemográfico e técnico-científico dos participantes. Resultados: Participaram três preceptoras e três residentes entre 25 e 39 anos, de diferentes etnias, formadas entre um e 16 anos, de dois a 12 anos atuando em Neonatologia. Possuem aprimoramentos, cursos e três realizaram especialização. Emergiram dos grupos focais cinco categorias de análise: formação especializada como reflexo das necessidades de saúde da população; processo de construção da competência para assistência em neonatologia baseado nas diretrizes da Iniciativa Hospital Amigo da Criança; alinhamento das condutas da equipe e melhor acompanhamento da evolução dos casos; dificuldade na aplicação do protocolo no processo de trabalho; e, sugestões de incrementos ao protocolo baseados em diretrizes institucionais. Conclusão: A equipe utiliza protocolo institucional embasado na literatura, ao qual se sugere adicionar critérios objetivos para melhores resultados assistenciais e aprimorar o processo de ensino- aprendizagem das residentes.
{"title":"Raciocínio clínico e protocolos","authors":"Caroline Aleixo Pereira, Cintia Kotomi Tanaka, Fernanda Vaccari Bristotti","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e61762","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e61762","url":null,"abstract":"Introdução: O momento para introdução de alimentação via oral plena em neonatos é desafiador. Protocolos auxiliam nesse processo utilizando majoritariamente avaliações subjetivas, porém, estudos apontam a importância de incluir critérios objetivos. Objetivo: Analisar a visão da equipe de Fonoaudiologia sobre utilização de protocolos e construção de raciocínio clínico na introdução via oral em uma unidade neonatal. Método: Pesquisa qualitativa, analítica, exploratória. Coleta de dados por meio de grupos focais e por questionário de perfil sociodemográfico e técnico-científico dos participantes. Resultados: Participaram três preceptoras e três residentes entre 25 e 39 anos, de diferentes etnias, formadas entre um e 16 anos, de dois a 12 anos atuando em Neonatologia. Possuem aprimoramentos, cursos e três realizaram especialização. Emergiram dos grupos focais cinco categorias de análise: formação especializada como reflexo das necessidades de saúde da população; processo de construção da competência para assistência em neonatologia baseado nas diretrizes da Iniciativa Hospital Amigo da Criança; alinhamento das condutas da equipe e melhor acompanhamento da evolução dos casos; dificuldade na aplicação do protocolo no processo de trabalho; e, sugestões de incrementos ao protocolo baseados em diretrizes institucionais. Conclusão: A equipe utiliza protocolo institucional embasado na literatura, ao qual se sugere adicionar critérios objetivos para melhores resultados assistenciais e aprimorar o processo de ensino- aprendizagem das residentes.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140425173","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A migrânea é um tipo de cefaleia primária incapacitante que, quando associada a crises de vertigem, configura-se migrânea vestibular. Objetivo: Verificar quais as principais manifestações clínicas da migrânea vestibular em adolescentes. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujas buscas foram executadas nas bases de dados eletrônicas PubMed/Medline, Scientific Electronic Library Online (SciELO), e Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em junho de 2022. Foram incluídas publicações entre o ano 2012 e o mês de junho de 2022; estudos observacionais e ensaios clínicos envolvendo seres humanos, nos quais o objetivo fosse avaliar indivíduos com idades entre 12 e 19 anos com diagnóstico de migrânea vestibular e verificar suas principais manifestações clínicas nessa população. Resultados: Todos os estudos mencionaram um maior percentual de meninas nas amostras, porém a diferença entre os sexos para os diferentes diagnósticos não foi avaliada em todas as pesquisas. Conclusão: Verificou-se, com a presente revisão, que as manifestações clínicas da migrânea na adolescência são semelhantes às da população adulta.
{"title":"Sinais clínicos da migrânea vestibular em adolescentes","authors":"Viviann Magalhães Silva Borges, Camila Franciozi, Rebeca Cardona Santa Helena, Cassiele Fontoura Moraes, Pricila Sleifer","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e63695","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e63695","url":null,"abstract":"Introdução: A migrânea é um tipo de cefaleia primária incapacitante que, quando associada a crises de vertigem, configura-se migrânea vestibular. Objetivo: Verificar quais as principais manifestações clínicas da migrânea vestibular em adolescentes. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujas buscas foram executadas nas bases de dados eletrônicas PubMed/Medline, Scientific Electronic Library Online (SciELO), e Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em junho de 2022. Foram incluídas publicações entre o ano 2012 e o mês de junho de 2022; estudos observacionais e ensaios clínicos envolvendo seres humanos, nos quais o objetivo fosse avaliar indivíduos com idades entre 12 e 19 anos com diagnóstico de migrânea vestibular e verificar suas principais manifestações clínicas nessa população. Resultados: Todos os estudos mencionaram um maior percentual de meninas nas amostras, porém a diferença entre os sexos para os diferentes diagnósticos não foi avaliada em todas as pesquisas. Conclusão: Verificou-se, com a presente revisão, que as manifestações clínicas da migrânea na adolescência são semelhantes às da população adulta.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140425185","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-27DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i4e62835
C. C. A. C. Levy, Thais Talarico Rodrigues
Introdução: O avanço das tecnologias auditivas tem ajudado crianças com deficiência auditiva a ouvir, mas é necessário acompanhar o desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral. Objetivo: O objetivo deste artigo é analisar o conhecimento de fonoaudiólogos brasileiros sobre a bateria EARS, que apresenta nove protocolos de avaliação do desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral. Método: Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo, transversal descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio do formulário Google Forms em ambiente digital. O questionário foi composto por 13 questões, sendo quatro sobre o perfil do profissional e nove sobre seu conhecimento e/ou uso de protocolos dos propostos pela bateria EARS. Responderam a este estudo 67 participantes. Resultados: Desse total, 70% atuam diretamente na terapia fonoaudiológica ,41% atendem tanto em serviço privado como público. 97% consideram importante o uso de protocolos de avaliação e monitoramento das habilidades auditivas e de linguagem oral e 92% sentem falta de protocolos validados. Com relação ao uso dos protocolos da bateria EARS, constatou-se que os mais comuns são o MUSS, o MAIS, o GASP e o MTP. Conclusão: Os testes que os fonoaudiólogos brasileiros mais adotam são o MUSS, o MAIS, o GASP e o MPT. A maioria usa mais de um protocolo na avaliação, no monitoramento e mesmo na reabilitação. No entanto, nota-se que ainda há carência de protocolos validados para contemplar as etapas de desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral de crianças com deficiência auditiva.
{"title":"Análise do conhecimento de fonoaudiólogos brasileiros sobre a bateria Evaluation of Auditory Responses to Speech","authors":"C. C. A. C. Levy, Thais Talarico Rodrigues","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e62835","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e62835","url":null,"abstract":"Introdução: O avanço das tecnologias auditivas tem ajudado crianças com deficiência auditiva a ouvir, mas é necessário acompanhar o desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral. Objetivo: O objetivo deste artigo é analisar o conhecimento de fonoaudiólogos brasileiros sobre a bateria EARS, que apresenta nove protocolos de avaliação do desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral. Método: Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo, transversal descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio do formulário Google Forms em ambiente digital. O questionário foi composto por 13 questões, sendo quatro sobre o perfil do profissional e nove sobre seu conhecimento e/ou uso de protocolos dos propostos pela bateria EARS. Responderam a este estudo 67 participantes. Resultados: Desse total, 70% atuam diretamente na terapia fonoaudiológica ,41% atendem tanto em serviço privado como público. 97% consideram importante o uso de protocolos de avaliação e monitoramento das habilidades auditivas e de linguagem oral e 92% sentem falta de protocolos validados. Com relação ao uso dos protocolos da bateria EARS, constatou-se que os mais comuns são o MUSS, o MAIS, o GASP e o MTP. Conclusão: Os testes que os fonoaudiólogos brasileiros mais adotam são o MUSS, o MAIS, o GASP e o MPT. A maioria usa mais de um protocolo na avaliação, no monitoramento e mesmo na reabilitação. No entanto, nota-se que ainda há carência de protocolos validados para contemplar as etapas de desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem oral de crianças com deficiência auditiva.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140426488","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-27DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i4e63172
Francine Varlete Leopoldina Barcelos, Vitória Neves de Barros, Luciele Kauana Woide, Gabriely Quintana de Medeiros, Karina Mary de Paiva, Patrícia Haas
Introdução: A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) está associada à contínua exposição ao ruído dentro do ambiente ocupacional, é a segunda doença mais recorrente entre os trabalhadores. Objetivo: Verificar a efetividade e benefício do uso da dupla proteção auditiva na atenuação do ruído ocupacional. Método: A busca de artigos científicos foi realizada nas bases de dados MEDLINE (Pubmed), LILACS, SciELO, SCOPUS e WEB OF SCIENCE, sem restrição de idioma, período e localização. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinzenta no Google Acadêmico. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Análises (PRISMA). Estudos que pontuaram ≥ 6 pontos de acordo com o protocolo de pontuação qualitativa proposto por Pithon et al. (2015). Resultados: A dupla proteção auditiva deverá ser utilizada quando o protetor auditivo tipo concha ou plug não fornecerem atenuação suficiente para diminuir o ruído no ambiente laboral, contudo, a atenuação sonora pelos EPI auditivos pode ser um obstáculo à comunicação e localização espacial, principalmente aos trabalhadores que possuem algum grau de PAIR. Conclusão: o uso da dupla proteção auditiva pode ser uma estratégia considerável para proteção de perdas auditivas em ambientes controlados. Novos padrões sonoros para alarmes de alerta, prevendo o aviso de acidentes em ambiente ocupacional em que o uso combinado dos dispositivos auditivos utilizados em ambientes controlados e a implantação dos sinais de banda larga como sinal padrão poderão ser utilizados como estratégias de segurança coletiva.
导言：噪声性听力损失（NIHL）与职业环境中持续暴露于噪声有关，是工人中第二大常见疾病。目的：验证使用双重听力保护装置来减弱职业噪声的效果和益处。方法：在 MEDLINE (Pubmed)、LILACS、SciELO、SCOPUS 和 WEB OF SCIENCE 数据库中搜索科学文章，语言、时间或地点不限。作为补充，为避免风险偏差，还在谷歌学术（Google Scholar）上搜索了灰色文献。系统综述按照《系统综述和元分析首选报告项目》（PRISMA）的建议进行。根据 Pithon 等人（2015 年）提出的定性评分协议，得分≥ 6 分的研究。研究结果当外壳或塞子式听力保护器不能提供足够的衰减来降低工作环境中的噪声时，应使用双重听力保护器，然而，听力个人防护设备的声音衰减可能会阻碍交流和空间定位，尤其是对患有一定程度 NIHL 的工人而言。结论：在受控环境中，使用双重听力保护设备可以有效防止听力损失。新的警报声音标准可以作为集体安全策略，在受控环境中结合使用听力设备和将宽带信号作为标准信号的情况下，提供职业环境中的事故警报。
{"title":"Uso da dupla proteção auditiva na atenuação do ruído ocupacional","authors":"Francine Varlete Leopoldina Barcelos, Vitória Neves de Barros, Luciele Kauana Woide, Gabriely Quintana de Medeiros, Karina Mary de Paiva, Patrícia Haas","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i4e63172","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e63172","url":null,"abstract":"Introdução: A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) está associada à contínua exposição ao ruído dentro do ambiente ocupacional, é a segunda doença mais recorrente entre os trabalhadores. Objetivo: Verificar a efetividade e benefício do uso da dupla proteção auditiva na atenuação do ruído ocupacional. Método: A busca de artigos científicos foi realizada nas bases de dados MEDLINE (Pubmed), LILACS, SciELO, SCOPUS e WEB OF SCIENCE, sem restrição de idioma, período e localização. Para complementar e evitar viés de risco foi realizada uma busca por literatura cinzenta no Google Acadêmico. A revisão sistemática foi conduzida de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Análises (PRISMA). Estudos que pontuaram ≥ 6 pontos de acordo com o protocolo de pontuação qualitativa proposto por Pithon et al. (2015). Resultados: A dupla proteção auditiva deverá ser utilizada quando o protetor auditivo tipo concha ou plug não fornecerem atenuação suficiente para diminuir o ruído no ambiente laboral, contudo, a atenuação sonora pelos EPI auditivos pode ser um obstáculo à comunicação e localização espacial, principalmente aos trabalhadores que possuem algum grau de PAIR. Conclusão: o uso da dupla proteção auditiva pode ser uma estratégia considerável para proteção de perdas auditivas em ambientes controlados. Novos padrões sonoros para alarmes de alerta, prevendo o aviso de acidentes em ambiente ocupacional em que o uso combinado dos dispositivos auditivos utilizados em ambientes controlados e a implantação dos sinais de banda larga como sinal padrão poderão ser utilizados como estratégias de segurança coletiva.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140424813","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-18DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i3e63465
Juliana Luz Souza, B. C. Novaes, Luisa Barzaghi Ficker, Maria Angelina Nardi Martinez, Fabiana Cristina Mendonça de Araújo, Beatriz Castro Andrade Mendes
Introdução: A atuação profissional com bebês e crianças pequenas com deficiência auditiva exige conhecimento e técnica específica no que diz respeito à prescrição e adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e ao processo de desenvolvimento de linguagem. Limitações e imprecisões ao longo do processo diagnóstico poderão comprometer todos os procedimentos subsequentes do processo de intervenção. Objetivo: Analisar a validação do processo de diagnóstico audiológico e intervenção em bebês e crianças com deficiência auditiva a partir da análise comparativa de exames audiológicos, comportamento auditivo e aplicação do princípio de verificação cruzada após adaptação de AASI. Método: Foram sujeitos da pesquisa 12 crianças de até 36 meses de idade, com diagnóstico de perda auditiva neurossensorial bilateral, selecionados a partir da disponibilidade de acesso ao serviço para a avaliação e agrupados em G1 (sujeitos com Índice de Inteligibilidade de Fala - SII 65 dB até 35%) e G2 (sujeitos com Índice de Inteligibilidade de Fala - SII 65 dB acima de 54%). Resultados: A média de idade do diagnóstico audiológico foi de 4,33 meses. Os resultados audiológicos de todas as crianças tiveram correspondência entre si, com exceção de dois sujeitos do G2. Conclusão: O comportamento auditivo não só permitiu a validação dos processos de diagnóstico e intervenção auditiva dos sujeitos da pesquisa, como também permitiu a identificação de comportamentos não compatíveis com a audibilidade devido ao uso inconsistente dos AASI. A aplicação dos instrumentos de acompanhamento de desenvolvimento mostrou-se adequada para o monitoramento do desenvolvimento de habilidades de audição e linguagem em crianças pequenas.
{"title":"Comportamento Auditivo e Validação no Diagnóstico Audiológico e Intervenção em Bebês e Crianças com Deficiência Auditiva","authors":"Juliana Luz Souza, B. C. Novaes, Luisa Barzaghi Ficker, Maria Angelina Nardi Martinez, Fabiana Cristina Mendonça de Araújo, Beatriz Castro Andrade Mendes","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i3e63465","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i3e63465","url":null,"abstract":"Introdução: A atuação profissional com bebês e crianças pequenas com deficiência auditiva exige conhecimento e técnica específica no que diz respeito à prescrição e adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e ao processo de desenvolvimento de linguagem. Limitações e imprecisões ao longo do processo diagnóstico poderão comprometer todos os procedimentos subsequentes do processo de intervenção. Objetivo: Analisar a validação do processo de diagnóstico audiológico e intervenção em bebês e crianças com deficiência auditiva a partir da análise comparativa de exames audiológicos, comportamento auditivo e aplicação do princípio de verificação cruzada após adaptação de AASI. Método: Foram sujeitos da pesquisa 12 crianças de até 36 meses de idade, com diagnóstico de perda auditiva neurossensorial bilateral, selecionados a partir da disponibilidade de acesso ao serviço para a avaliação e agrupados em G1 (sujeitos com Índice de Inteligibilidade de Fala - SII 65 dB até 35%) e G2 (sujeitos com Índice de Inteligibilidade de Fala - SII 65 dB acima de 54%). Resultados: A média de idade do diagnóstico audiológico foi de 4,33 meses. Os resultados audiológicos de todas as crianças tiveram correspondência entre si, com exceção de dois sujeitos do G2. Conclusão: O comportamento auditivo não só permitiu a validação dos processos de diagnóstico e intervenção auditiva dos sujeitos da pesquisa, como também permitiu a identificação de comportamentos não compatíveis com a audibilidade devido ao uso inconsistente dos AASI. A aplicação dos instrumentos de acompanhamento de desenvolvimento mostrou-se adequada para o monitoramento do desenvolvimento de habilidades de audição e linguagem em crianças pequenas.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139173970","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-18DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i3e56381
B. Cristofoli, Lara Regina Ferreira Alves, Carolina Büttenbender, Emanuelle Baldassari Scotti, Alexandre do Nascimento Almeida, Letícia Pacheco Ribas
Introdução: A pragmática é definida como o uso social da linguagem e a fonologia diz respeito à organização fonêmica e silábica. No Transtorno Fonológico são observadas alterações nessa organização, sendo possível também afetar a pragmática. Objetivo: Compreender e demonstrar se há alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico. Metodologia: A busca por estudos foi realizada utilizando as bases de dados eletrônicas: Embase, Google Scholar, Portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - (LILACS), PubMed, SciELO, Scopus, Web of Science, e Base de Dados de Teses e Dissertações. Foram utilizados os descritores: “child”, “speech sound disorder”, “language tests”, “verbal behavior”, “social communication disorder” e “observational studies as topic” e seus sinônimos. Os artigos selecionados atendiam aos seguintes critérios: amostra composta por crianças de 4 a 10 anos com Transtorno Fonológico e dentro do desenvolvimento padrão, apresentar avaliações da pragmática dessas crianças, e delineamento observacional. A análise dos artigos foi feita pela leitura na íntegra e os dados foram extraídos para a avaliação da qualidade metodológica e dos achados. Resultados: Foram encontrados seis artigos, sendo quatro nacionais e dois internacionais. Discussão: Cinco estudos demonstraram haver alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico, enquanto um concluiu que não havia relação. Considerações finais: A presente revisão sistemática revelou que estudos evidenciam alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico, especialmente acerca da inteligibilidade de fala e de como isso afeta as iniciativas de comunicação. Todavia, devido ao baixo número de estudos, são necessárias futuras pesquisas na temática para dados com evidências mais robustas.
{"title":"Alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico","authors":"B. Cristofoli, Lara Regina Ferreira Alves, Carolina Büttenbender, Emanuelle Baldassari Scotti, Alexandre do Nascimento Almeida, Letícia Pacheco Ribas","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i3e56381","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i3e56381","url":null,"abstract":"Introdução: A pragmática é definida como o uso social da linguagem e a fonologia diz respeito à organização fonêmica e silábica. No Transtorno Fonológico são observadas alterações nessa organização, sendo possível também afetar a pragmática. Objetivo: Compreender e demonstrar se há alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico. Metodologia: A busca por estudos foi realizada utilizando as bases de dados eletrônicas: Embase, Google Scholar, Portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - (LILACS), PubMed, SciELO, Scopus, Web of Science, e Base de Dados de Teses e Dissertações. Foram utilizados os descritores: “child”, “speech sound disorder”, “language tests”, “verbal behavior”, “social communication disorder” e “observational studies as topic” e seus sinônimos. Os artigos selecionados atendiam aos seguintes critérios: amostra composta por crianças de 4 a 10 anos com Transtorno Fonológico e dentro do desenvolvimento padrão, apresentar avaliações da pragmática dessas crianças, e delineamento observacional. A análise dos artigos foi feita pela leitura na íntegra e os dados foram extraídos para a avaliação da qualidade metodológica e dos achados. Resultados: Foram encontrados seis artigos, sendo quatro nacionais e dois internacionais. Discussão: Cinco estudos demonstraram haver alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico, enquanto um concluiu que não havia relação. Considerações finais: A presente revisão sistemática revelou que estudos evidenciam alterações pragmáticas em crianças com Transtorno Fonológico, especialmente acerca da inteligibilidade de fala e de como isso afeta as iniciativas de comunicação. Todavia, devido ao baixo número de estudos, são necessárias futuras pesquisas na temática para dados com evidências mais robustas.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139175354","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-18DOI: 10.23925/2176-2724.2023v35i3e63637
Katarina Kaminski, Elora Pereira, Simone Mariotto Roggia, G. Ribeiro, Daniela Polo Camargo da Silva
Introdução: A COVID-19 pode afetar o sistema auditivo, justificando a avaliação da audição de indivíduos infectados. Objetivo: analisar a via auditiva até o tronco encefálico de indivíduos acometidos por COVID-19 comparados ao grupo controle. Método: Estudo observacional transversal analítico realizado em uma amostra não probabilística de adultos que tiveram COVID-19, que foram comparados com um grupo controle, sem queixa auditiva. A avaliação consistiu em: medidas de imitância acústica, audiometria tonal liminar (ATL), emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOET) e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE). Resultados: Foram avaliados 77 indivíduos, sendo, 41 participantes do grupo COVID-19 (idade média de 26,3) e 36 do grupo controle (idade média de 25,8). Os limiares auditivos estavam dentro dos padrões da normalidade para todos os indivíduos do grupo COVID-19, sendo significativamente maiores para as frequências de 1000, 2000 e 3000 Hz à direita. A amplitude das EOET foi significativamente menor na banda de frequência de 1500 à direita. Houve correlação significativa e negativa para as frequências de 1000 Hz e 3000 Hz à direita e para as frequências de 1000, 2000 e 3000 Hz à esquerda, entre EOET e ATL. Foi verificado aumento da latência absoluta da onda I, do PEATE, na orelha esquerda. Conclusão: a COVID-19 afetou locais específicos do sistema auditivo. Houve diminuição da acuidade auditiva e do funcionamento das células ciliadas externas da cóclea, bem como aumento do tempo de condução neural do som na porção distal do VII par craniano à esquerda.
{"title":"Efeito da infecção por COVID-19 na via auditiva até tronco encefálico","authors":"Katarina Kaminski, Elora Pereira, Simone Mariotto Roggia, G. Ribeiro, Daniela Polo Camargo da Silva","doi":"10.23925/2176-2724.2023v35i3e63637","DOIUrl":"https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i3e63637","url":null,"abstract":"Introdução: A COVID-19 pode afetar o sistema auditivo, justificando a avaliação da audição de indivíduos infectados. Objetivo: analisar a via auditiva até o tronco encefálico de indivíduos acometidos por COVID-19 comparados ao grupo controle. Método: Estudo observacional transversal analítico realizado em uma amostra não probabilística de adultos que tiveram COVID-19, que foram comparados com um grupo controle, sem queixa auditiva. A avaliação consistiu em: medidas de imitância acústica, audiometria tonal liminar (ATL), emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOET) e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE). Resultados: Foram avaliados 77 indivíduos, sendo, 41 participantes do grupo COVID-19 (idade média de 26,3) e 36 do grupo controle (idade média de 25,8). Os limiares auditivos estavam dentro dos padrões da normalidade para todos os indivíduos do grupo COVID-19, sendo significativamente maiores para as frequências de 1000, 2000 e 3000 Hz à direita. A amplitude das EOET foi significativamente menor na banda de frequência de 1500 à direita. Houve correlação significativa e negativa para as frequências de 1000 Hz e 3000 Hz à direita e para as frequências de 1000, 2000 e 3000 Hz à esquerda, entre EOET e ATL. Foi verificado aumento da latência absoluta da onda I, do PEATE, na orelha esquerda. Conclusão: a COVID-19 afetou locais específicos do sistema auditivo. Houve diminuição da acuidade auditiva e do funcionamento das células ciliadas externas da cóclea, bem como aumento do tempo de condução neural do som na porção distal do VII par craniano à esquerda.","PeriodicalId":507566,"journal":{"name":"Distúrbios da Comunicação","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139176100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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