A internet faz parte de nossas vidas há pelo menos 20 anos. Contudo, nem sempre da mesma forma. Teóricos do assunto apontam ao menos três ondas de desenvolvimento da internet comercial, popularmente chamadas de web 1.0, web 2.0 e web 3.0. Neste texto, vamos apresentar os principais elementos de cada uma delas, olhando ainda brevemente para o futuro e os dilemas que precisamos enfrentar.
{"title":"Da web 1.0 à web 3.0 e além","authors":"Sérgio Branco","doi":"10.53343/100521.35-1","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.35-1","url":null,"abstract":"A internet faz parte de nossas vidas há pelo menos 20 anos. Contudo, nem sempre da mesma forma. Teóricos do assunto apontam ao menos três ondas de desenvolvimento da internet comercial, popularmente chamadas de web 1.0, web 2.0 e web 3.0. Neste texto, vamos apresentar os principais elementos de cada uma delas, olhando ainda brevemente para o futuro e os dilemas que precisamos enfrentar.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"78 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125591197","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A cadeia de valor editorial foi impactada em várias frentes na última década e meia. A entrada de players internacionais no mercado brasileiro, as constantes transformações tecnológicas, novos hábitos de consumo e fatores externos como a pandemia de covid-19 deram um choque nos pilares do setor. Como consequência, as empresas que o constituem vêm lutando para se adaptar à era do e-commerce e sobreviver à concorrência mais dinâmica das empresas nativas digitais, como as plataformas. Apesar do aumento na intensidade criativa e no conteúdo tecnológico, o baixo desempenho do setor, quando comparado à economia brasileira e ao bloco da economia criativa, mostra que fenômenos como o desaparecimento e o enfraquecimento de elos da cadeia de produção do livro podem se intensificar.
{"title":"O impacto da digitalização nos modelos de negócio do setor editorial","authors":"Filipe Antonio Ferreira Da Silva, Gustavo Möller","doi":"10.53343/100521.35-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.35-6","url":null,"abstract":"A cadeia de valor editorial foi impactada em várias frentes na última década e meia. A entrada de players internacionais no mercado brasileiro, as constantes transformações tecnológicas, novos hábitos de consumo e fatores externos como a pandemia de covid-19 deram um choque nos pilares do setor. Como consequência, as empresas que o constituem vêm lutando para se adaptar à era do e-commerce e sobreviver à concorrência mais dinâmica das empresas nativas digitais, como as plataformas. Apesar do aumento na intensidade criativa e no conteúdo tecnológico, o baixo desempenho do setor, quando comparado à economia brasileira e ao bloco da economia criativa, mostra que fenômenos como o desaparecimento e o enfraquecimento de elos da cadeia de produção do livro podem se intensificar.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116042897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Países em desenvolvimento tendem a considerar que a expansão dos parâmetros de proteção à propriedade intelectual beneficia principalmente titulares estrangeiros, com impactos negativos sobre sua balança de pagamentos. Válido para setores intensivos em tecnologia, esse raciocínio não necessariamente se aplica ao campo autoral. Países como o Brasil atuam com destaque em setores importantes da economia criativa. À medida que mais criadores locais tornam-se titulares de direitos sobre suas obras, esse posicionamento deve ser revisitado.
{"title":"Uma geopolítica crítica do direito autoral","authors":"Cláudio Lins de Vasconcelos","doi":"10.53343/100521.35-2","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.35-2","url":null,"abstract":"Países em desenvolvimento tendem a considerar que a expansão dos parâmetros de proteção à propriedade intelectual beneficia principalmente titulares estrangeiros, com impactos negativos sobre sua balança de pagamentos. Válido para setores intensivos em tecnologia, esse raciocínio não necessariamente se aplica ao campo autoral. Países como o Brasil atuam com destaque em setores importantes da economia criativa. À medida que mais criadores locais tornam-se titulares de direitos sobre suas obras, esse posicionamento deve ser revisitado.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126270752","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O metaverso está em construção e ainda tem muito a se desenvolver. Embora não seja possível antecipar com precisão qual será a sua relevância no futuro, existem desafios jurídicos latentes a ser enfrentados, especialmente em aspectos de privacidade e proteção de dados. Este artigo aborda quatro desafios relevantes nessa área: vigilância, transparência, tratamento de dados pessoais sensíveis e segurança da informação, que merecem ser considerados cuidadosamente por organizações que queiram participar do metaverso.
{"title":"Desafios de privacidade e proteção de dados no metaverso","authors":"Felipe Palhares","doi":"10.53343/100521.35-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.35-8","url":null,"abstract":"O metaverso está em construção e ainda tem muito a se desenvolver. Embora não seja possível antecipar com precisão qual será a sua relevância no futuro, existem desafios jurídicos latentes a ser enfrentados, especialmente em aspectos de privacidade e proteção de dados. Este artigo aborda quatro desafios relevantes nessa área: vigilância, transparência, tratamento de dados pessoais sensíveis e segurança da informação, que merecem ser considerados cuidadosamente por organizações que queiram participar do metaverso.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133234298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Artigo de Danilo Santos de Miranda sobre a importância de aprimorar as metodologias de mensuração e contabilização para saber o impacto econômico da cultura no Brasil.
Danilo Santos de Miranda关于改进测量和会计方法以了解巴西文化的经济影响的重要性的文章。
{"title":"Mensurar para valorizar, valorizar para mensurar","authors":"","doi":"10.53343/100521.34-1","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-1","url":null,"abstract":"Artigo de Danilo Santos de Miranda sobre a importância de aprimorar as metodologias de mensuração e contabilização para saber o impacto econômico da cultura no Brasil.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128003857","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Leandro Valiati, Filipe da Silva Lang, Gustavo Möller, Eduardo Saron
O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores utilizados internacionalmente para comparação entre economias. Nesse sentido, a contribuição de um determinado setor para o PIB nacional ajuda a conhecer a sua importância na economia nacional. Este artigo introduz uma nova via de cálculo do PIB para o setor da cultura e das indústrias criativas brasileiro. No lugar da tradicional ótica do produto, foi escolhida a da renda. Para a realização do exercício, foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além das prestações de contas da Lei Rouanet e de outras fontes externas para estimar a esfera digital.
{"title":"Produto Interno Bruto da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas: uma abordagem pela ótica da renda","authors":"Leandro Valiati, Filipe da Silva Lang, Gustavo Möller, Eduardo Saron","doi":"10.53343/100521.34-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-8","url":null,"abstract":"O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais indicadores utilizados internacionalmente para comparação entre economias. Nesse sentido, a contribuição de um determinado setor para o PIB nacional ajuda a conhecer a sua importância na economia nacional. Este artigo introduz uma nova via de cálculo do PIB para o setor da cultura e das indústrias criativas brasileiro. No lugar da tradicional ótica do produto, foi escolhida a da renda. Para a realização do exercício, foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além das prestações de contas da Lei Rouanet e de outras fontes externas para estimar a esfera digital.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"88 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133616376","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A participação cultural mediada digitalmente é muitas vezes considerada mais inclusiva do que a tradicional participação pré-digital. Entretanto, existe uma expectativa superotimista com relação à capacidade das ferramentas e plataformas digitais de ampliar o pool de produção de conteúdo cultural. A mídia digital atual, incluindo as redes sociais mais voltadas para a criação de conteúdo plug-and-play[1], reflete uma lógica pré-digital de transmissão de conteúdo por uma elite de criadores. Precisamos considerar novas formas de participação digital fundamentadas na criação coletiva como paradigmas transformacionais de mudança comportamental e social.
{"title":"A participação cultural na era digital. O que medir e por quê?","authors":"","doi":"10.53343/100521.34-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-6","url":null,"abstract":"A participação cultural mediada digitalmente é muitas vezes considerada mais inclusiva do que a tradicional participação pré-digital. Entretanto, existe uma expectativa superotimista com relação à capacidade das ferramentas e plataformas digitais de ampliar o pool de produção de conteúdo cultural. A mídia digital atual, incluindo as redes sociais mais voltadas para a criação de conteúdo plug-and-play[1], reflete uma lógica pré-digital de transmissão de conteúdo por uma elite de criadores. Precisamos considerar novas formas de participação digital fundamentadas na criação coletiva como paradigmas transformacionais de mudança comportamental e social.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125935184","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho avalia as contribuições de Moreau, Navarrete, Rey e Sacco a partir do fio condutor da tecnologia digital. Moreau se concentra na mensuração do consumo criativo em condições de inexistência de preços monetários. Rey avalia como a economia criativa se utiliza do comércio eletrônico para circular bens e serviços. Navarrete considera como os museus e o patrimônio digital proporcionam insumos para novos produtos e para uma infraestrutura de conhecimento. Por fim, Sacco considera os limites da participação cultural e mostra as mudanças necessárias para uma democracia digital.
{"title":"Impactos da tecnologia digital na mensuração, monetização e participação cultural e criativa","authors":"M. Milan","doi":"10.53343/100521.34-7","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-7","url":null,"abstract":"O presente trabalho avalia as contribuições de Moreau, Navarrete, Rey e Sacco a partir do fio condutor da tecnologia digital. Moreau se concentra na mensuração do consumo criativo em condições de inexistência de preços monetários. Rey avalia como a economia criativa se utiliza do comércio eletrônico para circular bens e serviços. Navarrete considera como os museus e o patrimônio digital proporcionam insumos para novos produtos e para uma infraestrutura de conhecimento. Por fim, Sacco considera os limites da participação cultural e mostra as mudanças necessárias para uma democracia digital.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114066935","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Por terem custo monetário zero para os consumidores, e apesar de sua crescente importância, os bens e serviços culturais e criativos digitais são muito mal considerados nas estatísticas das contas nacionais e, principalmente, nas estatísticas do Produto Interno Bruto (PIB). Este artigo revisa abordagens metodológicas que podem permitir que legisladores e economistas superem essa desvantagem com ferramentas baratas e fáceis, com foco nos benefícios gerados por bens e serviços digitais gratuitos. As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas pela “culminância do interesse na contribuição econômica da cultura e das indústrias culturais e novas abordagens para a compreensão da relação entre cultura e desenvolvimento econômico” (UNESCO, 2009). Desde a primeira década do século XXI, há uma crescente valorização da importância econômica e social das indústrias culturais e criativas (ICC). Elas estão se tornando um dos segmentos mais dinâmicos da economia global. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as indústrias culturais e criativas representam cerca de 3% do PIB da economia mundial e 30 milhões de empregos em todo o mundo. Throsby (2010) enfatiza que avaliar a contribuição das ICCs para o PIB requer capturar os efeitos diretos, indiretos e induzidos em outras indústrias. Assim, de acordo com um relatório recente comandado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (OXFORD ECONOMICS, 2020), a contribuição do setor da música para o PIB europeu chega a 37,6 bilhões de euros, dos quais 46% são gerados pelo próprio setor, que é a atividade econômica das gravadoras, dos estúdios e das editoras (impacto direto). O impacto indireto corresponde a 28% dos gastos do setor de música em insumos de bens e serviços do restante da economia. Os restantes 26% do impacto total são referentes ao impacto induzido, ou seja, ao pagamento de salários pelas empresas do setor de música e ao longo da sua cadeia de abastecimento.
{"title":"Contabilização de bens culturais digitais gratuitos no Pib a Economia da Cultura e das Indústrias Criativas: considerações metodológicas","authors":"","doi":"10.53343/100521.34-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-4","url":null,"abstract":"Por terem custo monetário zero para os consumidores, e apesar de sua crescente importância, os bens e serviços culturais e criativos digitais são muito mal considerados nas estatísticas das contas nacionais e, principalmente, nas estatísticas do Produto Interno Bruto (PIB). Este artigo revisa abordagens metodológicas que podem permitir que legisladores e economistas superem essa desvantagem com ferramentas baratas e fáceis, com foco nos benefícios gerados por bens e serviços digitais gratuitos. As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas pela “culminância do interesse na contribuição econômica da cultura e das indústrias culturais e novas abordagens para a compreensão da relação entre cultura e desenvolvimento econômico” (UNESCO, 2009). Desde a primeira década do século XXI, há uma crescente valorização da importância econômica e social das indústrias culturais e criativas (ICC). Elas estão se tornando um dos segmentos mais dinâmicos da economia global. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as indústrias culturais e criativas representam cerca de 3% do PIB da economia mundial e 30 milhões de empregos em todo o mundo. Throsby (2010) enfatiza que avaliar a contribuição das ICCs para o PIB requer capturar os efeitos diretos, indiretos e induzidos em outras indústrias. Assim, de acordo com um relatório recente comandado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (OXFORD ECONOMICS, 2020), a contribuição do setor da música para o PIB europeu chega a 37,6 bilhões de euros, dos quais 46% são gerados pelo próprio setor, que é a atividade econômica das gravadoras, dos estúdios e das editoras (impacto direto). O impacto indireto corresponde a 28% dos gastos do setor de música em insumos de bens e serviços do restante da economia. Os restantes 26% do impacto total são referentes ao impacto induzido, ou seja, ao pagamento de salários pelas empresas do setor de música e ao longo da sua cadeia de abastecimento.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122094496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gustavo Möller, Karina Ruíz, Leandro Valiati, Filipe da Silva Lang
Este artigo busca resumir o processo de construção do Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic), que foi dividido em duas fases principais. A primeira, composta de oficinas com especialistas nacionais para consulta sobre novas tendências setoriais. A segunda, também uma consulta com especialistas nacionais, por meio da metodologia Delphi, buscando definir as especificidades nacionais relevantes para essa mensuração. Todos os resultados aqui indicados foram ou serão incorporados ao cálculo final apresentado neste volume. A contribuição específica dos especialistas internacionais compõe os demais artigos.
{"title":"O processo de construção do PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas","authors":"Gustavo Möller, Karina Ruíz, Leandro Valiati, Filipe da Silva Lang","doi":"10.53343/100521.34-2","DOIUrl":"https://doi.org/10.53343/100521.34-2","url":null,"abstract":"Este artigo busca resumir o processo de construção do Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic), que foi dividido em duas fases principais. A primeira, composta de oficinas com especialistas nacionais para consulta sobre novas tendências setoriais. A segunda, também uma consulta com especialistas nacionais, por meio da metodologia Delphi, buscando definir as especificidades nacionais relevantes para essa mensuração. Todos os resultados aqui indicados foram ou serão incorporados ao cálculo final apresentado neste volume. A contribuição específica dos especialistas internacionais compõe os demais artigos.","PeriodicalId":122265,"journal":{"name":"Revista Observatório","volume":"131 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127043261","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}