Pub Date : 2023-04-11DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v23-191136
M. Chaves, C. H. Dias, Leila Benitez, S. M. D. Silva
Amethyst quartz deposits occur in some regions of Minas Gerais state, Brazil, related to different geological environments. The most important are associated with hydrothermal veins crossing the Espinhaço mountain range, mainly in small and eroded mountains near its east margin, related to the Macaúbas Group. In the border region between the states of Minas Gerais (MG) and Bahia (BA), some of these deposits produce amethyst crystals that become green under heat treatments and are known in the gemmological market as “prasiolite.” The aim of the present study was to provide details of the clear structural control over the mineralized veins. The quartz veins are hosted in quartzites, which have long been the subject of controversy regardingtheir stratigraphic position. In this study, they are inserted into the Santo Onofre (MG) and Serra de Inhaúma (BA) sequences of unknown ages. These quartzites show a folded subvertical foliation, indicating a posterior deformational phase that had not been observed in rocks from the Macaúbas Group in other regions of MG state. At the Montezuma mine (MG), the main veins are around 0.70-1.10 m thick with steep dips to the NE, perpendicular to the NE-SW foliation; bedding orientation is approximately N-S, dipping to the E. In the Coruja mine area (BA), host quartzites have foliation attitudes varying between N35-45°E/ subvertical, and mineralized veins are around 1 m thick, nearly concordant with the foliation. At Tibério’s mine (BA), the mineralization is related to narrow fractures, less than 30 cm wide, and perpendicular to the host quartzite foliation, with directions/dips around N20°W/80°SW. In described deposits, amethyst veins occur structurally related to axial surfaces in foliation folds.
{"title":"Geology of amethyst quartz deposits from Montezuma and surrounding areas of Minas Gerais and Bahia States","authors":"M. Chaves, C. H. Dias, Leila Benitez, S. M. D. Silva","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v23-191136","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-191136","url":null,"abstract":"Amethyst quartz deposits occur in some regions of Minas Gerais state, Brazil, related to different geological environments. The most important are associated with hydrothermal veins crossing the Espinhaço mountain range, mainly in small and eroded mountains near its east margin, related to the Macaúbas Group. In the border region between the states of Minas Gerais (MG) and Bahia (BA), some of these deposits produce amethyst crystals that become green under heat treatments and are known in the gemmological market as “prasiolite.” The aim of the present study was to provide details of the clear structural control over the mineralized veins. The quartz veins are hosted in quartzites, which have long been the subject of controversy regardingtheir stratigraphic position. In this study, they are inserted into the Santo Onofre (MG) and Serra de Inhaúma (BA) sequences of unknown ages. These quartzites show a folded subvertical foliation, indicating a posterior deformational phase that had not been observed in rocks from the Macaúbas Group in other regions of MG state. At the Montezuma mine (MG), the main veins are around 0.70-1.10 m thick with steep dips to the NE, perpendicular to the NE-SW foliation; bedding orientation is approximately N-S, dipping to the E. In the Coruja mine area (BA), host quartzites have foliation attitudes varying between N35-45°E/ subvertical, and mineralized veins are around 1 m thick, nearly concordant with the foliation. At Tibério’s mine (BA), the mineralization is related to narrow fractures, less than 30 cm wide, and perpendicular to the host quartzite foliation, with directions/dips around N20°W/80°SW. In described deposits, amethyst veins occur structurally related to axial surfaces in foliation folds.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"54 88 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83206240","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-11DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v23-182796
José Guilherme Filgueira, Helenice Vital, L. R. Lucena
Este artigo representa a integração e interpretação de dados pretéritos, atividades de campo — com posterior análise laboratorial —, realizados na região costeira, litoral oriental do Rio Grande do Norte, entre os municípios de Baía Formosa e Natal, acerca do registro estratigráfico de um paleonível marinho pleistocênico. A variação da linha de costa e suas feições morfológicas estão associadas diretamente a interferências tectônicas e paleoclimáticas. Essas variações modelam os sistemas deposicionais localmente atuantes, empilhando unidades litoestatigráficas com assinaturas únicas, no que diz respeito ao litotipo, estruturas sedimentares, diagênese, idades deposicionais e cristalização da rocha fonte. Avaliações sedimentológicas e granulométricas apontam ambientes de baixa energia de deposição, correlatos a sistemas de intermarés. Para tal foram descritos afloramentos, confeccionadas lâminas e realizada análise em granulômetro. Análises isotópicas Sm-Nd, incluindo sedimentos adjacentes a linha de costa, foram realizadas objetivando a caracterização das assinaturas isotópicas e identificação de suas prováveis áreas-fonte. Após o processamento das informações, foi possível caracterizar e inserir, na estratigrafia regional, a Formação Barra de Tabatinga, depositada possivelmente durante o pulso transgressivo pleistocênico, com granulometria de areia média à grossa, e assinatura isotópica concentrada no Paleoproterozoico inferior (Sideriano); diferente das unidades sotoposta e sobreposta, respectivamente, Grupo Barreiras (granulometria bem heterogênea e assinatura isotópica distribuída ao longo de todo Paleoproterozoico) e os Depósitos Eólicos Litorâneos (granulometria de areia fina à média).
本文介绍了在baia福尔摩沙市和纳塔尔市之间的里约热内卢Grande do Norte东海岸沿海地区进行的关于更新世海洋古地层记录的过去资料、实地活动和随后的实验室分析的整合和解释。海岸线及其形态特征的变化与构造和古气候干扰直接相关。这些变化模拟了局部作用的沉积体系,在岩石类型、沉积构造、成岩作用、沉积年龄和源岩结晶等方面叠加了具有独特特征的岩石统计单元。沉积学和粒度评价表明,与潮间带系统相关的低沉积能环境。为此,对露头进行了描述,制作了叶片,并进行了粒度分析。进行了Sm-Nd同位素分析,包括海岸线附近的沉积物,以表征其同位素特征并识别其可能的源区域。通过对信息的处理,可以在区域地层学中对可能沉积于更新世海侵脉冲期间的Barra de Tabatinga组进行表征和插入,其粒度为中粗砂,同位素特征集中在下古元古代(Sideriano);与底栖和重叠单元不同的是,Barreiras组(粒度分布均匀,同位素特征分布于整个古元古代)和沿海风成沉积物(细粒至中粒)。
{"title":"Assinatura isotópica (Sm-Nd) e faciológica da Formação Barra de Tabatinga: novas considerações sobre o registro de um paleonível marinho pleistocênico no Nordeste brasileiro","authors":"José Guilherme Filgueira, Helenice Vital, L. R. Lucena","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v23-182796","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-182796","url":null,"abstract":"Este artigo representa a integração e interpretação de dados pretéritos, atividades de campo — com posterior análise laboratorial —, realizados na região costeira, litoral oriental do Rio Grande do Norte, entre os municípios de Baía Formosa e Natal, acerca do registro estratigráfico de um paleonível marinho pleistocênico. A variação da linha de costa e suas feições morfológicas estão associadas diretamente a interferências tectônicas e paleoclimáticas. Essas variações modelam os sistemas deposicionais localmente atuantes, empilhando unidades litoestatigráficas com assinaturas únicas, no que diz respeito ao litotipo, estruturas sedimentares, diagênese, idades deposicionais e cristalização da rocha fonte. Avaliações sedimentológicas e granulométricas apontam ambientes de baixa energia de deposição, correlatos a sistemas de intermarés. Para tal foram descritos afloramentos, confeccionadas lâminas e realizada análise em granulômetro. Análises isotópicas Sm-Nd, incluindo sedimentos adjacentes a linha de costa, foram realizadas objetivando a caracterização das assinaturas isotópicas e identificação de suas prováveis áreas-fonte. Após o processamento das informações, foi possível caracterizar e inserir, na estratigrafia regional, a Formação Barra de Tabatinga, depositada possivelmente durante o pulso transgressivo pleistocênico, com granulometria de areia média à grossa, e assinatura isotópica concentrada no Paleoproterozoico inferior (Sideriano); diferente das unidades sotoposta e sobreposta, respectivamente, Grupo Barreiras (granulometria bem heterogênea e assinatura isotópica distribuída ao longo de todo Paleoproterozoico) e os Depósitos Eólicos Litorâneos (granulometria de areia fina à média).","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"61 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79870091","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-11DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v23-195116
Iasmine Maciel Silva Souza, R. Dino, Luzia Antonioli, H. Ribeiro, J. R. Cerqueira, Consuelo Lima Navarro de Andrade, K. Garcia, Antônio Fernando de Souza Queiroz, L. Teixeira
O presente trabalho tem como objetivo estudar as palinofácies e o paleoambiente deposicional da Formação Barreirinha e sua relação com a geoquímica orgânica de estudos prévios, na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil. Para isso, aplicaram-se técnicas de análises de palinofácies e os resultados da geoquímica orgânica (carbono orgânico total e pirólise Rock-Eval) em 23 amostras de folhelhos de uma seção aflorante da Formação Barreirinha (Devoniano), borda sul da Bacia do Amazonas. Com a análise da palinofácies, verificou-se que há uma predominância de matéria orgânica de origem marinha: matéria orgânica amorfa (MOA) e acritarcas. As associações palinológicas indicaram que a sedimentação da Formação Barreirinha ocorreu, inicialmente, em ambiente marinho distal óxico-anóxico, gradando para ambiente deposicional marinho distal anóxico. A integração dos resultados daanálise de palinofácies, associada com os dados de estudos prévios, possibilitou a identificação de dois níveis de predominância do querogênio: tipo II, na porção média a superior da seção; e tipos III e II/III, na porção inferior da seção. Com os resultados das análises de geoquímica orgânica, verificou-se que o material apresenta bom potencial para geração de hidrocarbonetos, com base nos valores de COT que alcançaram percentuais de até 6,29%, S2 atingindo 23,1 (mg HC/g rocha), e o índice de hidrogênio (IH) com valores entre 69 e 377 (mg HC/g rocha). Os valores de Tmáx variaram de 425 a 435°C, e os valores de índice de coloração de esporos (ICE) entre 3,5 e 4,5, indicando imaturidade térmica para a geração de hidrocarbonetos.
{"title":"Palinofácies de uma seção aflorante de folhelhos da Formação Barreirinha (Devoniano), borda sul da Bacia do Amazonas, Brasil: implicações paleoambientais","authors":"Iasmine Maciel Silva Souza, R. Dino, Luzia Antonioli, H. Ribeiro, J. R. Cerqueira, Consuelo Lima Navarro de Andrade, K. Garcia, Antônio Fernando de Souza Queiroz, L. Teixeira","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v23-195116","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-195116","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo estudar as palinofácies e o paleoambiente deposicional da Formação Barreirinha e sua relação com a geoquímica orgânica de estudos prévios, na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil. Para isso, aplicaram-se técnicas de análises de palinofácies e os resultados da geoquímica orgânica (carbono orgânico total e pirólise Rock-Eval) em 23 amostras de folhelhos de uma seção aflorante da Formação Barreirinha (Devoniano), borda sul da Bacia do Amazonas. Com a análise da palinofácies, verificou-se que há uma predominância de matéria orgânica de origem marinha: matéria orgânica amorfa (MOA) e acritarcas. As associações palinológicas indicaram que a sedimentação da Formação Barreirinha ocorreu, inicialmente, em ambiente marinho distal óxico-anóxico, gradando para ambiente deposicional marinho distal anóxico. A integração dos resultados daanálise de palinofácies, associada com os dados de estudos prévios, possibilitou a identificação de dois níveis de predominância do querogênio: tipo II, na porção média a superior da seção; e tipos III e II/III, na porção inferior da seção. Com os resultados das análises de geoquímica orgânica, verificou-se que o material apresenta bom potencial para geração de hidrocarbonetos, com base nos valores de COT que alcançaram percentuais de até 6,29%, S2 atingindo 23,1 (mg HC/g rocha), e o índice de hidrogênio (IH) com valores entre 69 e 377 (mg HC/g rocha). Os valores de Tmáx variaram de 425 a 435°C, e os valores de índice de coloração de esporos (ICE) entre 3,5 e 4,5, indicando imaturidade térmica para a geração de hidrocarbonetos. ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78040699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-11DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v23-198908
Paulo Augusto de Paiva-Silva, G. Queiroga, R. Moraes
Rochas metapelíticas são importantes marcadores petrocronólogicos, não apenas pelas variadas e sensíveis paragêneses minerais e presença de fases datáveis, mas também por sua ampla e contínua distribuição ao longo de terrenos, permitindo, assim, estudos integrados e detalhados do metamorfismo e eventos em diferentes regiões. O presente trabalho visou sintetizar aspectos relevantes à caracterização petrológica e geocronológica de metapelitos para regimes de pressão média. Considerando o sistema químico KFMASH (K2O, FeO, MgO, Al2O3, SiO2, H2O), minerais como clorita, muscovita, cloritoide, biotita, estaurolita, granada, cordierita, andaluzita, cianita, sillimanita e feldspato potássico são típicos da paragênese de metapelitos para baixas ou médias pressões, desde que haja disponibilidade química e condições P-T para sua formação. De forma geral, tem-se como distintivas, com o aumento das condições P-T e o aparecimento dos respectivos minerais-índice, as zonas metamórficas da clorita, biotita, granada, estaurolita, cianita, sillimanita e sillimanita + ortoclásio. Para a determinação petrogenética e das condições do metamorfismo desses litotipos, estudos macro- e microestruturais, associados com análises de química mineral e de rocha total, propiciam a aplicação de métodos termobarométricos diversos, desde os convencionais, passando pelos otimizados e diagramas isoquímicos de fases e chegando nos termômetros monoelementares, cada qual com suas especificidades e aplicações. De modo a promover um estudo petrocronológico dos litotipos, fases minerais como zircão, granada, monazita e rutilo, em seus respectivos sistemas isotópicos, possibilitam atribuir idades a esses eventos metamórficos e, com a integração e interpretação dos dados obtidos, construir a trajetória P-T-t-d de formação dessas rochas e dos eventos/estágios dos processos envolvidos. Uma abordagem sistemática, de acordo com as particularidades da rocha, deve ser empregada, garantindo, assim, a acurácia dos resultados obtidos.
变质岩是重要的岩石年代学标志,不仅因为其多样而敏感的伴生矿物和可定年相的存在,而且还因为其在地形上广泛而连续的分布,从而可以对不同地区的变质作用和事件进行综合和详细的研究。本研究旨在综合中压条件下变质岩的岩石学和年代学特征的相关方面。考虑到KFMASH化学体系(K2O, FeO, MgO, Al2O3, SiO2, H2O),绿泥岩、白云母、绿斑岩、黑云母、菱形石、石榴石、堇青石、红柱石、蓝晶石、硅线石和钾长石等矿物是中低压力下变质岩副生的典型矿物,条件是化学有效性和P-T条件。总的来说,随着P-T条件的增加和各自矿物指数的出现,绿泥石、黑云母、石榴石、菱形石、蓝晶石、硅线石和硅线石+正长石的变质带是独特的。确定petrogenética litotipos的变质作用的环境和宏观研究和microestruturais岩石与矿物化学分析和总提供termobarométricos各种方法的应用从传统的优化和图表isoquímicos monoelementares温度计的阶段,每个国家都有它的特性和应用。为了促进研究petrocronológico litotipos,阶段的锆石、格林纳达、独居石和金红石矿物同位素,在各自的系统,就把年龄和变质的那些事件,整合和解释数据,建立d P - t - t轨迹形成的岩石和事件/实习的过程。必须根据岩石的特性采用系统的方法,从而保证结果的准确性。
{"title":"Petrocronologia de rochas metapelíticas: uma revisão de conceitos-chave","authors":"Paulo Augusto de Paiva-Silva, G. Queiroga, R. Moraes","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v23-198908","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-198908","url":null,"abstract":"Rochas metapelíticas são importantes marcadores petrocronólogicos, não apenas pelas variadas e sensíveis paragêneses minerais e presença de fases datáveis, mas também por sua ampla e contínua distribuição ao longo de terrenos, permitindo, assim, estudos integrados e detalhados do metamorfismo e eventos em diferentes regiões. O presente trabalho visou sintetizar aspectos relevantes à caracterização petrológica e geocronológica de metapelitos para regimes de pressão média. Considerando o sistema químico KFMASH (K2O, FeO, MgO, Al2O3, SiO2, H2O), minerais como clorita, muscovita, cloritoide, biotita, estaurolita, granada, cordierita, andaluzita, cianita, sillimanita e feldspato potássico são típicos da paragênese de metapelitos para baixas ou médias pressões, desde que haja disponibilidade química e condições P-T para sua formação. De forma geral, tem-se como distintivas, com o aumento das condições P-T e o aparecimento dos respectivos minerais-índice, as zonas metamórficas da clorita, biotita, granada, estaurolita, cianita, sillimanita e sillimanita + ortoclásio. Para a determinação petrogenética e das condições do metamorfismo desses litotipos, estudos macro- e microestruturais, associados com análises de química mineral e de rocha total, propiciam a aplicação de métodos termobarométricos diversos, desde os convencionais, passando pelos otimizados e diagramas isoquímicos de fases e chegando nos termômetros monoelementares, cada qual com suas especificidades e aplicações. De modo a promover um estudo petrocronológico dos litotipos, fases minerais como zircão, granada, monazita e rutilo, em seus respectivos sistemas isotópicos, possibilitam atribuir idades a esses eventos metamórficos e, com a integração e interpretação dos dados obtidos, construir a trajetória P-T-t-d de formação dessas rochas e dos eventos/estágios dos processos envolvidos. Uma abordagem sistemática, de acordo com as particularidades da rocha, deve ser empregada, garantindo, assim, a acurácia dos resultados obtidos. ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"275 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79583492","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-09DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-195274
Dayme Hermesson Alves Cavalcante, C. V. Parente, I. P. Guimarães, L. Santos
O Complexo Máfico-Ultramáfico Estratiforme de Tucunduba (CMUET) compreende uma intrusão acamadada com geometria elipsoidal, com eixo maior apresentando direção N025° e área de aproximadamente 4 km2, constituído de metapiroxenitos, metagabros e metagabronoritos intrudidos em rochas granito-migmatíticas de idade paleoproterozoica do Domínio Ceará Central (DCC), Província Borborema (PB), Nordeste do Brasil. Essa associação magmática é cortada por diques alcalinos de idade oligocênica, pertencentes ao Vulcanismo Messejana. As rochas máfico-ultramáficas são representadas por três zonas litológicas: Zona Ultramáfica de composição peridotítica e piroxenítica localizada na porção noroeste do complexo; Zona de Transição caracterizada por mistura de rochas piroxeníticas e gabroicas, com textura e estrutura variadas; e Zona Máfica de composição gabro-norítica, concentrada na porção sudeste, além dos bordos oeste e norte do corpo. As zonas formadoras do CMUET foram afetadas parcialmente por deformação e recristalização metamórfica, resultantes de metamorfismo regional em fácies granulito, evidenciado por textura de poligonização formada por cristais de ortopiroxênio e clinopiroxênio, bem como ocorrência de hercinita, experimentaram retrometamorfismo em fácies anfibolito, com expressiva formação de hornblenda, e alteração hidrotermal em condições de fácies xisto verde a sub-xisto verde, caracterizada pela formação de minerais hidratados (talco, serpentina, actinolita, tremolita e clorita). Texturas e estruturas primárias, como acamamento ígneo, do tipo rítmico, e textura cumulática, são ainda preservadas. Importantes ocorrências de blocos de minério maciço rico em Fe-Ti (± V) são encontradas, principalmente, no domínio das rochas metamáficas. Dados de geoquímica de solos indicam valores anômalos de S, Cu, Co, Ni, Ti e V, sugerindo a existência de alvos potenciais para sulfetos (Cu, Co e Ni) e óxidos (Ti e V).
{"title":"Litoestratigrafia e aspectos metalogenéticos do Complexo Máfico-Ultramáfico Estratiforme de Tucunduba, Província Borborema, Ceará – Brasil","authors":"Dayme Hermesson Alves Cavalcante, C. V. Parente, I. P. Guimarães, L. Santos","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-195274","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-195274","url":null,"abstract":"O Complexo Máfico-Ultramáfico Estratiforme de Tucunduba (CMUET) compreende uma intrusão acamadada com geometria elipsoidal, com eixo maior apresentando direção N025° e área de aproximadamente 4 km2, constituído de metapiroxenitos, metagabros e metagabronoritos intrudidos em rochas granito-migmatíticas de idade paleoproterozoica do Domínio Ceará Central (DCC), Província Borborema (PB), Nordeste do Brasil. Essa associação magmática é cortada por diques alcalinos de idade oligocênica, pertencentes ao Vulcanismo Messejana. As rochas máfico-ultramáficas são representadas por três zonas litológicas: Zona Ultramáfica de composição peridotítica e piroxenítica localizada na porção noroeste do complexo; Zona de Transição caracterizada por mistura de rochas piroxeníticas e gabroicas, com textura e estrutura variadas; e Zona Máfica de composição gabro-norítica, concentrada na porção sudeste, além dos bordos oeste e norte do corpo. As zonas formadoras do CMUET foram afetadas parcialmente por deformação e recristalização metamórfica, resultantes de metamorfismo regional em fácies granulito, evidenciado por textura de poligonização formada por cristais de ortopiroxênio e clinopiroxênio, bem como ocorrência de hercinita, experimentaram retrometamorfismo em fácies anfibolito, com expressiva formação de hornblenda, e alteração hidrotermal em condições de fácies xisto verde a sub-xisto verde, caracterizada pela formação de minerais hidratados (talco, serpentina, actinolita, tremolita e clorita). Texturas e estruturas primárias, como acamamento ígneo, do tipo rítmico, e textura cumulática, são ainda preservadas. Importantes ocorrências de blocos de minério maciço rico em Fe-Ti (± V) são encontradas, principalmente, no domínio das rochas metamáficas. Dados de geoquímica de solos indicam valores anômalos de S, Cu, Co, Ni, Ti e V, sugerindo a existência de alvos potenciais para sulfetos (Cu, Co e Ni) e óxidos (Ti e V).","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89871326","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-09DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-196735
Illana Rocha Oliveira, Asayuki Rodrigues de Menezes, M. L. S. Rosa, Herbet Conceição
Os stocks Mocambo e Frutuoso têm área de 3 km2, possuem formas alongadas, ocorrem intrusivos em rochas metassedimentares da porção centro-leste do Domínio Macururé nas quais provoca metamorfismo de contato. O stock Mocambo é composto de quartzo-dioritos e quartzo-monzodioritos. O stock Frutuoso é formado por quartzo-dioritos porfiríticos. Os quartzo-dioritos e quartzo-monzodioritos apresentam foliação magmática NE-SW paralela à foliação metamórfica regional. Os dados obtidos neste estudo sugerem que esses stocks tenham sido intrusivos em estágio cedo a sincrônico à deformação regional. O stock Mocambo tem idade de cristalização de 614 ± 7 Ma (U-Pb, Shrimp). Enclaves microgranulares dioríticos são presentes nos dois stocks, e as estruturas e texturas indicam interação entre magmas máfico e félsico. As análises petrográficas e químicas em minerais permitiram identificar a presença de oligoclásio, albita, biotita primária reequilibrada, tschermaquita, Mg-hornblenda, epídoto, allanita, ilmenita e magnetita. A cristalização magmática do anfibólio cálcico foi a ~29 km (8 kbar) sob condições oxidantes. As rochas estudadas apresentam afinidade shoshonítica, são magnesianas e podem estar relacionadas a magmas hidratados e oxidantes gerados em um ambiente orogênico. As semelhanças geoquímicas entre os dois stocks indicam que eles são cogenéticos. Os dados químicos evidenciam que as rochas dos stocks Mocambo e Frutuoso apresentam assinaturas geoquímicas de rochas potássicas geradas pelo manto em ambiente de arco continental, com contribuição de manto astenosférico dada a quebra da placa oceânica descendente.
Mocambo和Frutuoso种群面积为3平方公里,形态拉长,侵入macurure域中东部变质沉积岩,引起接触变质作用。莫坎博岩由石英闪长岩和石英单二长岩组成。果实由斑状石英闪长岩组成。石英闪长岩和石英单黄道长岩的岩浆理理与区域变质理理平行。本研究获得的数据表明,这些种群在早期阶段是侵入性的,与区域变形同步。Mocambo矿床的结晶年龄为614±7 Ma (U-Pb,虾)。两种岩体均存在闪长岩微颗粒包体,其构造和结构表明镁铁质和长英质岩浆相互作用。岩石学和化学分析表明,矿物中存在寡晶岩、钠长石、重平衡初级黑云母、切尔玛石、镁角闪石、绿帘石、allanite、钛铁矿和磁铁矿。在氧化条件下,钙角闪石的岩浆结晶时间为29 km (8 kbar)。所研究的岩石具有shoshonite亲和力,是镁质岩石,可能与造山环境中产生的水合和氧化岩浆有关。这两个种群之间的地球化学相似性表明它们是共成因的。化学资料表明,Mocambo和Frutuoso种群的岩石具有大陆弧环境下地幔产生的钾岩的地球化学特征,由于海洋板块下降而产生的弱地幔贡献。
{"title":"Petrologia e geocronologia dos stocks Mocambo e Frutuoso, Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano","authors":"Illana Rocha Oliveira, Asayuki Rodrigues de Menezes, M. L. S. Rosa, Herbet Conceição","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-196735","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-196735","url":null,"abstract":"Os stocks Mocambo e Frutuoso têm área de 3 km2, possuem formas alongadas, ocorrem intrusivos em rochas metassedimentares da porção centro-leste do Domínio Macururé nas quais provoca metamorfismo de contato. O stock Mocambo é composto de quartzo-dioritos e quartzo-monzodioritos. O stock Frutuoso é formado por quartzo-dioritos porfiríticos. Os quartzo-dioritos e quartzo-monzodioritos apresentam foliação magmática NE-SW paralela à foliação metamórfica regional. Os dados obtidos neste estudo sugerem que esses stocks tenham sido intrusivos em estágio cedo a sincrônico à deformação regional. O stock Mocambo tem idade de cristalização de 614 ± 7 Ma (U-Pb, Shrimp). Enclaves microgranulares dioríticos são presentes nos dois stocks, e as estruturas e texturas indicam interação entre magmas máfico e félsico. As análises petrográficas e químicas em minerais permitiram identificar a presença de oligoclásio, albita, biotita primária reequilibrada, tschermaquita, Mg-hornblenda, epídoto, allanita, ilmenita e magnetita. A cristalização magmática do anfibólio cálcico foi a ~29 km (8 kbar) sob condições oxidantes. As rochas estudadas apresentam afinidade shoshonítica, são magnesianas e podem estar relacionadas a magmas hidratados e oxidantes gerados em um ambiente orogênico. As semelhanças geoquímicas entre os dois stocks indicam que eles são cogenéticos. Os dados químicos evidenciam que as rochas dos stocks Mocambo e Frutuoso apresentam assinaturas geoquímicas de rochas potássicas geradas pelo manto em ambiente de arco continental, com contribuição de manto astenosférico dada a quebra da placa oceânica descendente.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90328292","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-09DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-197489
B. B. B. Neves, Ticiano José Saraiva dos Santos, E. Dantas
Com a presente publicação, completa-se a descrição das frações de embasamento da Província Borborema com o terreno tectonoestratigráfico da parte central da referida província (usualmente chamada de Zona Transversal), que é parcialmente coberta pelos sedimentos gondwânicos da Sinéclise do Parnaíba, na maior parte ocidental da província e de seu embasamento (supostos meta-crátons detectados por geofísica). O embasamento deste terreno tectonoestratigráfico “São Pedro”, na sua parte mais ocidental é composto por rochas arqueanas (meso e neoarqueanas, com alguns traços paleoarqueanos) na sua porção mais ocidental (folhas de Patos do Piauí e Simões, no Estado do Piauí). Há passagem para rochas paleoproterozoicas que predominam nas folhas de Ouricuri e Bodocó (Estado de Pernambuco). Como limite sul e sudeste destes terrenos pré-paleozoicos, encontra-se uma faixa orogênica longa e linear (SW-NE), chamada de Ouricuri-Bodocó. Esta faixa orogênica de evolução no ciclo Brasiliano apresenta uma faixa de rochas na fácies anfibolito (situada mais ao sul), metassedimentares e metavulcânicas, e uma outra faixa de rochas metassedimentares clásticas e calciossilicáticas na fácies xisto verde (situada mais ao norte, bordejando o Terreno São Pedro). Estas faixas são intrudidas por diferentes conjuntos de granitos brasilianos. A faixa orogênica brasiliana, ao sul, encontra-se circundando outro terreno tectonoestratigráfico já conhecido e muito discutido em várias teses e trabalhos prévios (Terreno Icaiçara). Ambos os limites norte e sul da faixa orogênica Ouricuri-Bodocó são bem-marcados por zonas de cisalhamento policíclicas, associadas com empurrões. Ao sul de Exu (Pernambuco), um pequeno paleorifte pode ser observado (como um antigo aulacógeno), agora protagonizando interessante e possível exemplo de impactógeno.
{"title":"O Terreno Tectonoestratigráfico São Pedro: Oeste da Zona Transversal – Província Borborema","authors":"B. B. B. Neves, Ticiano José Saraiva dos Santos, E. Dantas","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-197489","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-197489","url":null,"abstract":"Com a presente publicação, completa-se a descrição das frações de embasamento da Província Borborema com o terreno tectonoestratigráfico da parte central da referida província (usualmente chamada de Zona Transversal), que é parcialmente coberta pelos sedimentos gondwânicos da Sinéclise do Parnaíba, na maior parte ocidental da província e de seu embasamento (supostos meta-crátons detectados por geofísica). O embasamento deste terreno tectonoestratigráfico “São Pedro”, na sua parte mais ocidental é composto por rochas arqueanas (meso e neoarqueanas, com alguns traços paleoarqueanos) na sua porção mais ocidental (folhas de Patos do Piauí e Simões, no Estado do Piauí). Há passagem para rochas paleoproterozoicas que predominam nas folhas de Ouricuri e Bodocó (Estado de Pernambuco). Como limite sul e sudeste destes terrenos pré-paleozoicos, encontra-se uma faixa orogênica longa e linear (SW-NE), chamada de Ouricuri-Bodocó. Esta faixa orogênica de evolução no ciclo Brasiliano apresenta uma faixa de rochas na fácies anfibolito (situada mais ao sul), metassedimentares e metavulcânicas, e uma outra faixa de rochas metassedimentares clásticas e calciossilicáticas na fácies xisto verde (situada mais ao norte, bordejando o Terreno São Pedro). Estas faixas são intrudidas por diferentes conjuntos de granitos brasilianos. A faixa orogênica brasiliana, ao sul, encontra-se circundando outro terreno tectonoestratigráfico já conhecido e muito discutido em várias teses e trabalhos prévios (Terreno Icaiçara). Ambos os limites norte e sul da faixa orogênica Ouricuri-Bodocó são bem-marcados por zonas de cisalhamento policíclicas, associadas com empurrões. Ao sul de Exu (Pernambuco), um pequeno paleorifte pode ser observado (como um antigo aulacógeno), agora protagonizando interessante e possível exemplo de impactógeno.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81510961","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-09DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-195101
A. Vieira, Carla Maria Rodrigues de Lima, Gabriela Mendonça da Silva
A pesquisa apresenta o resultado do monitoramento das voçorocas existentes na área urbana da cidade de Rio Preto da Eva (AM), a caracterização do ambiente no entorno das incisões e o acompanhamento da expansão destas a partir de imagens de alta resolução espacial oriundas do veículo aéreo não tripulado (VANT). Assim, por meio das imagens geradas, foi possível calcular as taxas de erosão linear, fazer previsões de risco para cada incisão e estimar os danos materiais e os possíveis custos de contenção para cada incisão. Ao final, três voçorocas foram encontradas no perímetro urbano de Rio Preto da Eva. A primeira foi descrita como tendo forma bifurcada, tipo conectada, área de abrangência de 716,56 m2, volume erodido de 7.667,19 m3 e danos materiais de R$ 32.424,34; a segunda tinha forma retangular, tipo conectada, área de abrangência de 4.232,33 m2, volume erodido de 94.804,19 m3 e danos materiais de R$ 98.190,05; e a terceira apresentava forma retangular, tipo conectada, área de abrangência de 1.168,31 m2, volume erodido de 20.795,91 m3 e danos materiais de R$ 38.764,52. As 3 incisões provocaram, além da perda de área (6.117,20 m2) e do volume erodido (123.267,29 m3), o assoreamento dos canais a jusante. Os danos em termos reais relativos à área somam R$ 169.378,91, ou US$ 32.953,09, sendo que os custos de contenção totalizaram R$ 1.886.544,48 ou US$ 367.032 em 31 de agosto de 2021. Portanto, do ponto de vista ambiental e financeiro, as medidas preventivas seriam mais econômicas e viáveis, evitando, assim, o surgimento dessas voçorocas.
{"title":"Caracterização das voçorocas da área urbana de Rio Preto da Eva (AM), Norte do Brasil","authors":"A. Vieira, Carla Maria Rodrigues de Lima, Gabriela Mendonça da Silva","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-195101","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-195101","url":null,"abstract":"A pesquisa apresenta o resultado do monitoramento das voçorocas existentes na área urbana da cidade de Rio Preto da Eva (AM), a caracterização do ambiente no entorno das incisões e o acompanhamento da expansão destas a partir de imagens de alta resolução espacial oriundas do veículo aéreo não tripulado (VANT). Assim, por meio das imagens geradas, foi possível calcular as taxas de erosão linear, fazer previsões de risco para cada incisão e estimar os danos materiais e os possíveis custos de contenção para cada incisão. Ao final, três voçorocas foram encontradas no perímetro urbano de Rio Preto da Eva. A primeira foi descrita como tendo forma bifurcada, tipo conectada, área de abrangência de 716,56 m2, volume erodido de 7.667,19 m3 e danos materiais de R$ 32.424,34; a segunda tinha forma retangular, tipo conectada, área de abrangência de 4.232,33 m2, volume erodido de 94.804,19 m3 e danos materiais de R$ 98.190,05; e a terceira apresentava forma retangular, tipo conectada, área de abrangência de 1.168,31 m2, volume erodido de 20.795,91 m3 e danos materiais de R$ 38.764,52. As 3 incisões provocaram, além da perda de área (6.117,20 m2) e do volume erodido (123.267,29 m3), o assoreamento dos canais a jusante. Os danos em termos reais relativos à área somam R$ 169.378,91, ou US$ 32.953,09, sendo que os custos de contenção totalizaram R$ 1.886.544,48 ou US$ 367.032 em 31 de agosto de 2021. Portanto, do ponto de vista ambiental e financeiro, as medidas preventivas seriam mais econômicas e viáveis, evitando, assim, o surgimento dessas voçorocas.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"37 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81881498","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-09DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-194123
Ariane Felix Coelho Azevedo, R. Nunes, J. C. Mendes
A Formação Ferrífera São João Marcos (FFSJM), localizada próximo ao município de Rio Claro, no Estado do Rio de Janeiro, teve seus aspectos genéticos aqui estudados por meio de mapeamento geológico, petrografia e geoquímica. Na área mapeada, a FFSJM, de idade neoproterozoica, ocorre intimamente associada a rochas metamáficas e metaultramáficas, que ocorrem sobre embasamento arqueano a paleoproterozoico e estão sobrepostas por outras litologias, quartzitos puros a impuros, silimanita quartzito e (silimanita)-granada-biotita gnaisse, em ordem, da base para o topo, estruturadas em umagrande sinformal revirada. A petrografia da formação ferrífera indica composição modal, em sua maioria, de quartzo e magnetita titanífera, com pequenas quantidades de outros minerais (e.g. ferrosilita, muscovita, granada, zircão, turmalina, feldspatos e anfibólios); as rochas metamáficas são compostas basicamente por plagioclásio e hornblenda em proporções diversas, e as metaultramáficas, essencialmente por anfibólios e piroxênios. A litoquímica de elementos maiores, traço e terras raras da FFSJM demonstra forte correlação negativa entre SiO2 e Fe2O3t, e fortes semelhanças entre os padrões clássicos da literatura, principalmente com o tipo Algoma Neoproterozoico, além de características de precipitados químicos. Para as rochas máficas e ultramáficas, a geoquímica aponta para geração em contexto intracontinental. Essas informações de campo e petrografia, associadas com a geoquímica de rocha total e mineral, sugerem formação ferrífera gerada em ambiente extensional no Neoproterozoico, possivelmente acompanhando a quebra do supercontinente Rodínia. Trata-se do primeiro exemplo de formação ferrífera do tipo Algoma Neoproterozoico no Estado do Rio de Janeiro.
{"title":"A Formação Ferrífera São João Marcos: um exemplo de formação ferrífera tipo Algoma Neoproterozoico no Estado do Rio de Janeiro, Brasil","authors":"Ariane Felix Coelho Azevedo, R. Nunes, J. C. Mendes","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-194123","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-194123","url":null,"abstract":"A Formação Ferrífera São João Marcos (FFSJM), localizada próximo ao município de Rio Claro, no Estado do Rio de Janeiro, teve seus aspectos genéticos aqui estudados por meio de mapeamento geológico, petrografia e geoquímica. Na área mapeada, a FFSJM, de idade neoproterozoica, ocorre intimamente associada a rochas metamáficas e metaultramáficas, que ocorrem sobre embasamento arqueano a paleoproterozoico e estão sobrepostas por outras litologias, quartzitos puros a impuros, silimanita quartzito e (silimanita)-granada-biotita gnaisse, em ordem, da base para o topo, estruturadas em umagrande sinformal revirada. A petrografia da formação ferrífera indica composição modal, em sua maioria, de quartzo e magnetita titanífera, com pequenas quantidades de outros minerais (e.g. ferrosilita, muscovita, granada, zircão, turmalina, feldspatos e anfibólios); as rochas metamáficas são compostas basicamente por plagioclásio e hornblenda em proporções diversas, e as metaultramáficas, essencialmente por anfibólios e piroxênios. A litoquímica de elementos maiores, traço e terras raras da FFSJM demonstra forte correlação negativa entre SiO2 e Fe2O3t, e fortes semelhanças entre os padrões clássicos da literatura, principalmente com o tipo Algoma Neoproterozoico, além de características de precipitados químicos. Para as rochas máficas e ultramáficas, a geoquímica aponta para geração em contexto intracontinental. Essas informações de campo e petrografia, associadas com a geoquímica de rocha total e mineral, sugerem formação ferrífera gerada em ambiente extensional no Neoproterozoico, possivelmente acompanhando a quebra do supercontinente Rodínia. Trata-se do primeiro exemplo de formação ferrífera do tipo Algoma Neoproterozoico no Estado do Rio de Janeiro.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84411522","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-17DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-192746
R. Ribeiro
As conclusões dos mapeamentos de risco do Serviço Geológico do Brasil e dos Planos Municipais de Risco na última década impõem a confecção de um novo atlas no Espírito Santo. O objetivo principal desta pesquisa é apresentar os resultados gerais do Atlas de Riscos Geológico e Hidrológico do Estado do Espírito Santo com os dados dessas publicações. Para isso, foram analisados 1.378 setores de risco alto e muito alto de 78 municípios do Espírito Santo relacionados a 12 processos geológicos e hidrológicos. Os dados foram estatisticamente tratados, o que possibilitou a produção das cartas. As cartastraduzem a análise dos seguintes parâmetros: ano de mapeamento, grau de risco, número de construções e população percentual em risco. Novidades foram criadas nesse processo, como o índice de setorização de risco e as análises percentuais municipal e estadual. O índice de setorização de risco é um índice de fácil determinação e que envolve exclusivamente parâmetros avaliados em campo. Informações referentes ao histórico de decretos municipais, danos e prejuízos e regime pluviométrico foram obtidas e adicionadas no atlas. Os resultados mostram que o índice de setorização de risco do Espírito Santo em 2021 é de 147.888 e que quedas de blocos, inundações e deslizamentos planares estão em pelo menos um setor de mais da metade dos municípios capixabas. A metodologia empregada é inédita e mostra-se relevante na quantificação e gestão do risco a desastres naturais.
{"title":"Atlas de riscos geológico e hidrológico do estado do Espírito Santo no período 2011-2020: resultados gerais","authors":"R. Ribeiro","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-192746","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-192746","url":null,"abstract":"As conclusões dos mapeamentos de risco do Serviço Geológico do Brasil e dos Planos Municipais de Risco na última década impõem a confecção de um novo atlas no Espírito Santo. O objetivo principal desta pesquisa é apresentar os resultados gerais do Atlas de Riscos Geológico e Hidrológico do Estado do Espírito Santo com os dados dessas publicações. Para isso, foram analisados 1.378 setores de risco alto e muito alto de 78 municípios do Espírito Santo relacionados a 12 processos geológicos e hidrológicos. Os dados foram estatisticamente tratados, o que possibilitou a produção das cartas. As cartastraduzem a análise dos seguintes parâmetros: ano de mapeamento, grau de risco, número de construções e população percentual em risco. Novidades foram criadas nesse processo, como o índice de setorização de risco e as análises percentuais municipal e estadual. O índice de setorização de risco é um índice de fácil determinação e que envolve exclusivamente parâmetros avaliados em campo. Informações referentes ao histórico de decretos municipais, danos e prejuízos e regime pluviométrico foram obtidas e adicionadas no atlas. Os resultados mostram que o índice de setorização de risco do Espírito Santo em 2021 é de 147.888 e que quedas de blocos, inundações e deslizamentos planares estão em pelo menos um setor de mais da metade dos municípios capixabas. A metodologia empregada é inédita e mostra-se relevante na quantificação e gestão do risco a desastres naturais.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"47 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88938042","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}