Pub Date : 2022-11-10DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-191653
A. D. Silva, E. Barroso, H. Polivanov
Em 2010, a cidade de Niterói foi assolada por fortes chuvas, registrando altos índices pluviométricos acumulados em poucas horas. Tal evento ocasionou diversos desastres, principalmente associados a deslizamentos. Com o intuito de proteger a população e contribuir para a gestão de riscos na cidade, o presente trabalho apresenta limiares críticos de pluviometria para o município, usando uma compilação de informações referentes aos deslizamentos ocorridos entre os anos de 2014 e 2018, bem como os registros pluviométricos a eles associados. As correlações entre os parâmetros intensidade horária e chuvas antecedentes mostraram-se mais eficazes para distinguir os limiares de precipitação que ocasionam deslizamentos na cidade. Como resultado, chuvas horárias maiores ou iguais a 40 mm e a precipitação acumulada a partir de 90 mm, num período de até 24 horas, indicam alta possibilidade de ocorrência de deslizamentos na região. Os resultados também permitiram o desenvolvimento de índices pluviométricos críticos, que podem vir a ser utilizados na gestão de risco de desastres do município.
{"title":"Índices pluviométricos críticos para prevenção de desastres por deslizamentos na cidade de Niterói, RJ","authors":"A. D. Silva, E. Barroso, H. Polivanov","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-191653","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-191653","url":null,"abstract":"Em 2010, a cidade de Niterói foi assolada por fortes chuvas, registrando altos índices pluviométricos acumulados em poucas horas. Tal evento ocasionou diversos desastres, principalmente associados a deslizamentos. Com o intuito de proteger a população e contribuir para a gestão de riscos na cidade, o presente trabalho apresenta limiares críticos de pluviometria para o município, usando uma compilação de informações referentes aos deslizamentos ocorridos entre os anos de 2014 e 2018, bem como os registros pluviométricos a eles associados. As correlações entre os parâmetros intensidade horária e chuvas antecedentes mostraram-se mais eficazes para distinguir os limiares de precipitação que ocasionam deslizamentos na cidade. Como resultado, chuvas horárias maiores ou iguais a 40 mm e a precipitação acumulada a partir de 90 mm, num período de até 24 horas, indicam alta possibilidade de ocorrência de deslizamentos na região. Os resultados também permitiram o desenvolvimento de índices pluviométricos críticos, que podem vir a ser utilizados na gestão de risco de desastres do município.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87829232","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-10DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-188786
Danielle da Costa Cavalcante, Lucas Pinto Heckert Bastos, Egberto Pereira
Na geoquímica orgânica, a definição da origem do petróleo muitas vezes pode ser acessada por meio do estudo de suas moléculas orgânicas fósseis. Tais moléculas, os biomarcadores, permitem inferir condições ambientais da rocha geradora, possibilitando a correlação entre óleo gerado e sua rocha. Apesar da ampla aplicabilidade dos biomarcadores, métodos geoquímicos moleculares nem sempre permitem diferenciar com efetividade óleos gerados em condições paleoambientais similares. Contudo, a análise isotópica de compostos individuais em óleos pode auxiliar na diferenciação de fontes estabelecendo identidades mais exatas dos óleos. Com o objetivo de testar a ferramenta δ13C em compostos individuais na análise biogeoquímica, o presente estudo apresenta a avaliação integrada de biomarcadores, análise isotópica de óleo total e de compostos individuais em óleos oriundos de cinco bacias brasileiras: Bacia do Recôncavo, Bacia do Paraná, Bacia de Santos, Bacia do Solimões e Bacia de Sergipe-Alagoas. Os dados isotópicos e geoquímicos obtidos corroboram a interpretação atual proposta para seus ambientes geradores. As análises dos compostos individuais pristano e fitano, cuja razão é amplamente utilizada como uma ferramenta de paleoredox, mostrou que esses compostos apresentaram valores isotópicos diferenciados. Tal resultado demonstra que, na maioria dos casos, esses compostos tiveram fontes distintas, o que impõe certa cautela na aplicabilidade da razão P/F como uma ferramenta paleoredox. Adicionalmente, óleos associados a rochas geradoras com ambientes deposicionais semelhantes apresentaram valores isotópicos distintos tanto para composição total quanto para compostos individuais. Tal resultado sugere que a técnica é promissora na definição de identidades de óleos que podem ser utilizadas em estudos de correlação e identificação da origem de petróleo, quando esses são poluentes em desastres ambientais.
{"title":"Caracterização geoquímica e isotópica de óleos de bacias brasileiras","authors":"Danielle da Costa Cavalcante, Lucas Pinto Heckert Bastos, Egberto Pereira","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-188786","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-188786","url":null,"abstract":"Na geoquímica orgânica, a definição da origem do petróleo muitas vezes pode ser acessada por meio do estudo de suas moléculas orgânicas fósseis. Tais moléculas, os biomarcadores, permitem inferir condições ambientais da rocha geradora, possibilitando a correlação entre óleo gerado e sua rocha. Apesar da ampla aplicabilidade dos biomarcadores, métodos geoquímicos moleculares nem sempre permitem diferenciar com efetividade óleos gerados em condições paleoambientais similares. Contudo, a análise isotópica de compostos individuais em óleos pode auxiliar na diferenciação de fontes estabelecendo identidades mais exatas dos óleos. Com o objetivo de testar a ferramenta δ13C em compostos individuais na análise biogeoquímica, o presente estudo apresenta a avaliação integrada de biomarcadores, análise isotópica de óleo total e de compostos individuais em óleos oriundos de cinco bacias brasileiras: Bacia do Recôncavo, Bacia do Paraná, Bacia de Santos, Bacia do Solimões e Bacia de Sergipe-Alagoas. Os dados isotópicos e geoquímicos obtidos corroboram a interpretação atual proposta para seus ambientes geradores. As análises dos compostos individuais pristano e fitano, cuja razão é amplamente utilizada como uma ferramenta de paleoredox, mostrou que esses compostos apresentaram valores isotópicos diferenciados. Tal resultado demonstra que, na maioria dos casos, esses compostos tiveram fontes distintas, o que impõe certa cautela na aplicabilidade da razão P/F como uma ferramenta paleoredox. Adicionalmente, óleos associados a rochas geradoras com ambientes deposicionais semelhantes apresentaram valores isotópicos distintos tanto para composição total quanto para compostos individuais. Tal resultado sugere que a técnica é promissora na definição de identidades de óleos que podem ser utilizadas em estudos de correlação e identificação da origem de petróleo, quando esses são poluentes em desastres ambientais.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"53 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83423177","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-10DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-189990
Derick Giordano Feitosa Guerra, M. Nascimento, F. Vilalva, A. Costa, Alexandre Ranier Dantas
O magmatismo Paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. Nesse contexto, este trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para o augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), de idade riaciana, localizado no centro urbano de Lajes (RN). Essas rochas mostram dois eventos metamórficos, M2 e M3, com o desenvolvimento de gerações distintas de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio (três gerações), além de biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos (duas gerações). Allanita, zircão e apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultado de alterações hidrotermais. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. O quimismo de zircão e titanita (em MEV-EDS) é indicativo de protólito granítico de crosta continental, enquanto a biotita, rica na molécula de annita, é compatível com assinatura cálcioalcalina. Os anfibólios são classificados como pargasita e magnésio-hornblenda, de natureza subalcalina a alcalina, já os plagioclásios correspondem à andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e apresenta assinaturas metaluminosas e cálcioalcalinas de alto-K (subalcalina), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos, a geoquímica sugere ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba. Assim, os dados compilados e apresentados no estudo corroboram a classificação mais recente para o AGRS, imerso na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.
{"title":"Petrografia, química mineral e litoquímica do augen gnaisse Riacho Salgado (Lajes/RN), extremo nordeste da Província Borborema","authors":"Derick Giordano Feitosa Guerra, M. Nascimento, F. Vilalva, A. Costa, Alexandre Ranier Dantas","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-189990","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-189990","url":null,"abstract":"O magmatismo Paleoproterozoico na Província Borborema vem sendo estudado para melhor compreensão do período mais importante na formação de crosta terrestre. Nesse contexto, este trabalho apresenta dados de petrografia, química mineral e litoquímica para o augen gnaisse Riacho Salgado (AGRS), de idade riaciana, localizado no centro urbano de Lajes (RN). Essas rochas mostram dois eventos metamórficos, M2 e M3, com o desenvolvimento de gerações distintas de minerais, como quartzo, K-feldspato e plagioclásio (três gerações), além de biotita, anfibólio, titanita e minerais opacos (duas gerações). Allanita, zircão e apatita são considerados cristais do protólito. Epidoto, clorita, muscovita e carbonatos ocorrem como resultado de alterações hidrotermais. Os minerais opacos são classificados como magnetita, pirita e ilmenita. O quimismo de zircão e titanita (em MEV-EDS) é indicativo de protólito granítico de crosta continental, enquanto a biotita, rica na molécula de annita, é compatível com assinatura cálcioalcalina. Os anfibólios são classificados como pargasita e magnésio-hornblenda, de natureza subalcalina a alcalina, já os plagioclásios correspondem à andesina. Na litoquímica, o AGRS corrobora o protólito ígneo e apresenta assinaturas metaluminosas e cálcioalcalinas de alto-K (subalcalina), com anomalia positiva de Eu. Em termos geotectônicos, a geoquímica sugere ambiente de arco continental sin-subducção, com altos teores de Sr e Ba. Assim, os dados compilados e apresentados no estudo corroboram a classificação mais recente para o AGRS, imerso na unidade metaplutônica do Complexo Caicó.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81897644","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-01DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-190337
Saulo Aparecido da Silva Correa, A. Silva, Samuel Aparecido da Silva Correa, A. Ferrari
Basicamente, a perfilagem de poços é um conjunto de medidas geofísicas executado em poços abertos ou revestidos, que fornece informações essenciais sobre as propriedades das formações geológicas em subsuperfície necessárias para a exploração e produção de importantes recursos minerais e energéticos. Como método geofísico propriamente dito, esse conjunto de técnicas desenvolveu-se na indústria do petróleo e constitui-se na base principal da avaliação de formação, que é a ferramenta básica para a caracterização de rochas e sua viabilidade explotatória, pois fornece as melhores relações causais entre as medidas geofísicas e as propriedades geológicas e petrofísicas das rochas. No fluxo ordinário da indústria, a prática é a aplicação de suítes comerciais para realizar a tarefa. Neste trabalho, propomos uma alternativa usando uma plataforma livre (R e RStudio), em que o fluxo de avaliação é transparente, reproduzível e facilmente documentado pelo analista de perfis. Este artigo apresenta um fluxo analítico robusto e consistente para um poço-exemplo de um importante reservatório siliciclástico brasileiro, usando exclusivamente ferramentas e linguagem de domínio livre adaptável a outros cenários geológicos e distintos trabalhos de equipe, elegante e totalmente documentável. Como principal resultado, demonstra-se que, tendo por base a estatística descritiva, esse fluxo é uma ferramenta auxiliar sólida para a avaliação de formação, em que os experimentos de parametrização que aplicam ferramentas comuns como histogramas e densidade de probabilidade 1D e 2D e diagramas de dispersão (crossplots) concorrem para o reconhecimento de padrões consistentes, que resultam num modelo realístico de eletrofácies para o reservatório, com uma variedade de classes adequada à escala de inferência e à geologia.
{"title":"Avaliação de formação de um sistema turbidítico do Campo de Albacora: uma abordagem estatística utilizando R","authors":"Saulo Aparecido da Silva Correa, A. Silva, Samuel Aparecido da Silva Correa, A. Ferrari","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-190337","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-190337","url":null,"abstract":"Basicamente, a perfilagem de poços é um conjunto de medidas geofísicas executado em poços abertos ou revestidos, que fornece informações essenciais sobre as propriedades das formações geológicas em subsuperfície necessárias para a exploração e produção de importantes recursos minerais e energéticos. Como método geofísico propriamente dito, esse conjunto de técnicas desenvolveu-se na indústria do petróleo e constitui-se na base principal da avaliação de formação, que é a ferramenta básica para a caracterização de rochas e sua viabilidade explotatória, pois fornece as melhores relações causais entre as medidas geofísicas e as propriedades geológicas e petrofísicas das rochas. No fluxo ordinário da indústria, a prática é a aplicação de suítes comerciais para realizar a tarefa. Neste trabalho, propomos uma alternativa usando uma plataforma livre (R e RStudio), em que o fluxo de avaliação é transparente, reproduzível e facilmente documentado pelo analista de perfis. Este artigo apresenta um fluxo analítico robusto e consistente para um poço-exemplo de um importante reservatório siliciclástico brasileiro, usando exclusivamente ferramentas e linguagem de domínio livre adaptável a outros cenários geológicos e distintos trabalhos de equipe, elegante e totalmente documentável. Como principal resultado, demonstra-se que, tendo por base a estatística descritiva, esse fluxo é uma ferramenta auxiliar sólida para a avaliação de formação, em que os experimentos de parametrização que aplicam ferramentas comuns como histogramas e densidade de probabilidade 1D e 2D e diagramas de dispersão (crossplots) concorrem para o reconhecimento de padrões consistentes, que resultam num modelo realístico de eletrofácies para o reservatório, com uma variedade de classes adequada à escala de inferência e à geologia.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"62 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77787860","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-26DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-185118
Antonio Carlos de Siqueira Neto, Flávia Regina Pereira Santos de Siqueira
O município de Cuiabá é recortado por redes de drenagem superficiais e várias nascentes preservadas e soterradas. A cobertura pedológica é majoritariamente composta por neossolos litólicos e afloramentos de rochas metapelíticas de baixo grau metamórfico do Grupo Cuiabá. Nesse contexto, executou-se estudo hidrogeológico aplicando-se método geofísico para o estudo de surgência hídrica observada durante a execução das obras de um condomínio residencial horizontal. Reconheceram-se as formações pedológicas e geológicas presentes na área, estimou-se o contato solo/rocha ao longo de perfis geofísicos, avaliou-se a extensão das zonas de aquíferos e identificaram-se as possíveis nascentes. Aplicou-se o método da eletrorresistividade, usando-se as técnicas de sondagem elétrica vertical e caminhamento elétrico. Coletaram-se também dados diretos, como amostras do solo, e realizou-se o teste de permeabilidade e mapeamento estrutural da área. O padrão de fraturas e foliações obtido é responsável pelo fluxo da água subterrânea, tendo como direção preferencial a área das surgências, indicando que fluxo segue essas estruturas, das mais altas para as mais baixas. Concluiu-se que há uma possível nascente aterrada, cuja ocorrência foi constatada pela abertura de trincheiras e surgência de água, evidenciando-se a existência de zonas aquíferas dentro da área do condomínio.
{"title":"Delimitação de nascente soterrada utilizando método da eletrorresistividade na cidade de Cuiabá, MT","authors":"Antonio Carlos de Siqueira Neto, Flávia Regina Pereira Santos de Siqueira","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-185118","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-185118","url":null,"abstract":"O município de Cuiabá é recortado por redes de drenagem superficiais e várias nascentes preservadas e soterradas. A cobertura pedológica é majoritariamente composta por neossolos litólicos e afloramentos de rochas metapelíticas de baixo grau metamórfico do Grupo Cuiabá. Nesse contexto, executou-se estudo hidrogeológico aplicando-se método geofísico para o estudo de surgência hídrica observada durante a execução das obras de um condomínio residencial horizontal. Reconheceram-se as formações pedológicas e geológicas presentes na área, estimou-se o contato solo/rocha ao longo de perfis geofísicos, avaliou-se a extensão das zonas de aquíferos e identificaram-se as possíveis nascentes. Aplicou-se o método da eletrorresistividade, usando-se as técnicas de sondagem elétrica vertical e caminhamento elétrico. Coletaram-se também dados diretos, como amostras do solo, e realizou-se o teste de permeabilidade e mapeamento estrutural da área. O padrão de fraturas e foliações obtido é responsável pelo fluxo da água subterrânea, tendo como direção preferencial a área das surgências, indicando que fluxo segue essas estruturas, das mais altas para as mais baixas. Concluiu-se que há uma possível nascente aterrada, cuja ocorrência foi constatada pela abertura de trincheiras e surgência de água, evidenciando-se a existência de zonas aquíferas dentro da área do condomínio.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"404 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76620615","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-18DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-184311
Daniela Menin, D. L. C. Bacci
Ante as atuais discussões em torno da necessidade de projetos que promovam a conservação de cavernas brasileiras, este artigo apresenta uma avaliação dos mecanismos de inventário e qualificação de cavernas disponíveis e destaca as adequações necessárias para o uso das informações em projetos educativos e de divulgação científica. Os dados foram levantados por meio de análise documental de 24 estudos produzidos por pesquisadores e instituições de pesquisa, disponíveis em bases de dados nacionais e internacionais. Como parâmetros de análise qualitativa, foram estabelecidas cinco categorias que agruparam os estudos com características similares em: inventários, metodologia de qualificação, técnicas de caracterização e diagnóstico ambiental, teses e publicações técnico-científicas, e outras avaliações sobre o patrimônio espeleológico. Cada estudo foi submetido também a uma análise quantitativa, com a determinação de uma escala numérica representativa da usabilidade para projetos educativos. Os critérios utilizados basearam-se nos conteúdos presentes e nas características de adequação dos estudos para projetos educativos. Os resultados apontam que há grande variação nos dados dos inventários de qualificação, elaborados com base em objetivos específicos. Para o uso educativo e de divulgação científica, o plano de manejo é o que melhor contempla as informações que podem ser utilizadas, mas apresenta ainda uma linguagem técnica e está limitado a algumas regiões. A análise comparativa indicou que, para a elaboração de estratégias pedagógicas e materiais didáticos, é necessária a combinação de informações dos vários mecanismos. Conclui-se pela necessidade de um mecanismo avaliativo que possa responder de forma clara e objetiva às demandas da inserção do tema das cavernas de forma interdisciplinar na educação básica e que possibilite a apropriação dos conhecimentos do patrimônio espeleológico por professores...
{"title":"Avaliação de inventários e mecanismos de qualificação de cavernas pela perspectiva do uso educativo e da divulgação científica","authors":"Daniela Menin, D. L. C. Bacci","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-184311","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-184311","url":null,"abstract":"Ante as atuais discussões em torno da necessidade de projetos que promovam a conservação de cavernas brasileiras, este artigo apresenta uma avaliação dos mecanismos de inventário e qualificação de cavernas disponíveis e destaca as adequações necessárias para o uso das informações em projetos educativos e de divulgação científica. Os dados foram levantados por meio de análise documental de 24 estudos produzidos por pesquisadores e instituições de pesquisa, disponíveis em bases de dados nacionais e internacionais. Como parâmetros de análise qualitativa, foram estabelecidas cinco categorias que agruparam os estudos com características similares em: inventários, metodologia de qualificação, técnicas de caracterização e diagnóstico ambiental, teses e publicações técnico-científicas, e outras avaliações sobre o patrimônio espeleológico. Cada estudo foi submetido também a uma análise quantitativa, com a determinação de uma escala numérica representativa da usabilidade para projetos educativos. Os critérios utilizados basearam-se nos conteúdos presentes e nas características de adequação dos estudos para projetos educativos. Os resultados apontam que há grande variação nos dados dos inventários de qualificação, elaborados com base em objetivos específicos. Para o uso educativo e de divulgação científica, o plano de manejo é o que melhor contempla as informações que podem ser utilizadas, mas apresenta ainda uma linguagem técnica e está limitado a algumas regiões. A análise comparativa indicou que, para a elaboração de estratégias pedagógicas e materiais didáticos, é necessária a combinação de informações dos vários mecanismos. Conclui-se pela necessidade de um mecanismo avaliativo que possa responder de forma clara e objetiva às demandas da inserção do tema das cavernas de forma interdisciplinar na educação básica e que possibilite a apropriação dos conhecimentos do patrimônio espeleológico por professores... ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"114 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85238760","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-20DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-191048
B. B. B. Neves
A Teoria dos Supercontinentes teve como seu instaurador principal Alfred Wegener, nos seus clássicos trabalhos nas primeiras décadas do século XX. Deve ser destacada a frente de contestação que lhe foi imposta de geocientistas dos dois mundos (então, todos “geossinclinalistas”). A retomada (e o crédito) só veio com Harry Hess, em 1962, quando este mostrou que os grandes empecilhos (fatores desconhecidos da deriva continental, não explicados devidamente), inibidores da teoria, passaram a ser cientificamente demonstráveis. Isso com suas pesquisas, com o conceito de convecção mantélica e mais ainda com proveito do ímpeto do surgimento da Tectônica de Placas (e o combate ao fixismo sensu lato). Seguindo Hess, alguns trabalhos foram acrescentados, com novas proposições, adendos, revisões, principalmente entre 1992 e 2005. Desde então, instalou-se fase notável de contribuições, publicações, livros e capítulos, todos com novos dados científicos. Temos que admitir que esse ramo das geociências ainda está em estágio de fluxo. A aplicação desses conceitos e conhecimentos, merecedora de um projeto internacional específico, foi estendida do Arqueano (no caso mais problemático de todos erátemas) até o fim do Mesoproterozoico (e.g. projetos “Gondwana”, “Rodínia” etc.). Concomitantemente a esses trabalhos e dados, já surgiram várias questões pendentes, para todos os casos de supercontinentes. Catalogamos uma série de problemas que queremos expor e as soluções que são demandadas. O conclusivo hoje é que o supercontinente Pangea, pelos seus dados geológicos gerais, geocronológicos e paleomagnéticos, é o único que pode ser colocado no status de fato científico. Todas as demais configurações propostas anteriores à Pangea são boas hipóteses de trabalho, a serem investigadas/exploradas de forma multidisciplinar.
{"title":"A Teoria dos Supercontinentes: discussão e crítica construtiva","authors":"B. B. B. Neves","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-191048","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-191048","url":null,"abstract":"A Teoria dos Supercontinentes teve como seu instaurador principal Alfred Wegener, nos seus clássicos trabalhos nas primeiras décadas do século XX. Deve ser destacada a frente de contestação que lhe foi imposta de geocientistas dos dois mundos (então, todos “geossinclinalistas”). A retomada (e o crédito) só veio com Harry Hess, em 1962, quando este mostrou que os grandes empecilhos (fatores desconhecidos da deriva continental, não explicados devidamente), inibidores da teoria, passaram a ser cientificamente demonstráveis. Isso com suas pesquisas, com o conceito de convecção mantélica e mais ainda com proveito do ímpeto do surgimento da Tectônica de Placas (e o combate ao fixismo sensu lato). Seguindo Hess, alguns trabalhos foram acrescentados, com novas proposições, adendos, revisões, principalmente entre 1992 e 2005. Desde então, instalou-se fase notável de contribuições, publicações, livros e capítulos, todos com novos dados científicos. Temos que admitir que esse ramo das geociências ainda está em estágio de fluxo. A aplicação desses conceitos e conhecimentos, merecedora de um projeto internacional específico, foi estendida do Arqueano (no caso mais problemático de todos erátemas) até o fim do Mesoproterozoico (e.g. projetos “Gondwana”, “Rodínia” etc.). Concomitantemente a esses trabalhos e dados, já surgiram várias questões pendentes, para todos os casos de supercontinentes. Catalogamos uma série de problemas que queremos expor e as soluções que são demandadas. O conclusivo hoje é que o supercontinente Pangea, pelos seus dados geológicos gerais, geocronológicos e paleomagnéticos, é o único que pode ser colocado no status de fato científico. Todas as demais configurações propostas anteriores à Pangea são boas hipóteses de trabalho, a serem investigadas/exploradas de forma multidisciplinar.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"90 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90359109","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-12DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-189476
Joyce Lorena Oliveira, Z. S. Souza, F. Vilalva
No nordeste brasileiro, sistemas vulcânicos de pequena escala constituem uma ampla província cenozoica tectono-magmática, o Alinhamento Macau-Queimadas, composto de rochas vulcânicas máficas alcalinas. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar a petrogênese e o mecanismo de colocação de uma dessas ocorrências, localizada na borda sul da Bacia Potiguar. Para isso, são apresentados dados de mapeamento geológico, petrográficos e geoquímicos de rocha total. Na área estudada, três corpos vulcânicos ocorrem com diferentes geometrias. O mais expressivo tem alojamento magmático controlado tectonicamente, gerando um sistema de diques nas direções NNW-SSE e NE-SW. Petrograficamente, o conjunto mostra feições vulcânicas e intrusivas rasas, constituídas de olivina basaltos e nefelina microgabros. As fácies texturais observadas indicam resfriamento final em nível crustal raso de magmas alcalinos insaturados em sílica, gerando basanitos, melanefelinitos e olivina basaltos. Em termos litoquímicos, são rochas relativamente primitivas (#mg = 65–79), com baixo SiO2 (39–43%) e elevados MgO (12–19%) e Ni (> 200 ppm). Apresentam enriquecimento em terras raras leves (LaN/YbN ~ 35–17) e em elementos incompatíveis, destacando-se anomalias negativas de Rb, K e Hf. Modelamento geoquímico de óxidos com base em equações de balanço de massa e simulações com MELTS mostra taxa de cristalização de ~64% e cumulato composto de olivina, melilita, nefelina, magnetita, apatita e perovskita. Modelamento geoquímico de elementos traço para fusão parcial em equilíbrio sugere taxa de fusão menor que 5% de fonte do tipo granada-lherzolito enriquecido em elementos incompatíveis e contendo anfibólio e/ou flogopita. O mecanismo de colocação é associado à instabilidade do campo de tensões local no Mioceno, que reativou estruturas das unidades encaixantes favorecendo abertura de canais para escoamento de magmas de origem mantélica...
{"title":"Geologia e geoquímica do vulcanismo miocênico da região de Serra Preta, Pedro Avelino/RN, NE do Brasil","authors":"Joyce Lorena Oliveira, Z. S. Souza, F. Vilalva","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-189476","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-189476","url":null,"abstract":"No nordeste brasileiro, sistemas vulcânicos de pequena escala constituem uma ampla província cenozoica tectono-magmática, o Alinhamento Macau-Queimadas, composto de rochas vulcânicas máficas alcalinas. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar a petrogênese e o mecanismo de colocação de uma dessas ocorrências, localizada na borda sul da Bacia Potiguar. Para isso, são apresentados dados de mapeamento geológico, petrográficos e geoquímicos de rocha total. Na área estudada, três corpos vulcânicos ocorrem com diferentes geometrias. O mais expressivo tem alojamento magmático controlado tectonicamente, gerando um sistema de diques nas direções NNW-SSE e NE-SW. Petrograficamente, o conjunto mostra feições vulcânicas e intrusivas rasas, constituídas de olivina basaltos e nefelina microgabros. As fácies texturais observadas indicam resfriamento final em nível crustal raso de magmas alcalinos insaturados em sílica, gerando basanitos, melanefelinitos e olivina basaltos. Em termos litoquímicos, são rochas relativamente primitivas (#mg = 65–79), com baixo SiO2 (39–43%) e elevados MgO (12–19%) e Ni (> 200 ppm). Apresentam enriquecimento em terras raras leves (LaN/YbN ~ 35–17) e em elementos incompatíveis, destacando-se anomalias negativas de Rb, K e Hf. Modelamento geoquímico de óxidos com base em equações de balanço de massa e simulações com MELTS mostra taxa de cristalização de ~64% e cumulato composto de olivina, melilita, nefelina, magnetita, apatita e perovskita. Modelamento geoquímico de elementos traço para fusão parcial em equilíbrio sugere taxa de fusão menor que 5% de fonte do tipo granada-lherzolito enriquecido em elementos incompatíveis e contendo anfibólio e/ou flogopita. O mecanismo de colocação é associado à instabilidade do campo de tensões local no Mioceno, que reativou estruturas das unidades encaixantes favorecendo abertura de canais para escoamento de magmas de origem mantélica...","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"31 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82478509","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-07-12DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-187403
Catherine Vargas Goulart, Claudia Robbi Sluter, C. W. Mendes Júnior
As imagens de sensores remotos permitem visualizar toda a superfície do terreno e os elementos que o compõem. Entre as feições relacionadas a esses elementos, e visíveis nas imagens aéreas e orbitais, estão os lineamentos morfoestruturais, os quais registram na superfície a ocorrência de atividade tectônica. Em subsuperfície, essas feições geológicas podem estender-se até grandes profundidades crustais, sendo visíveis em dados magnéticos e, portanto, denominados de lineamentos magnéticos. A extração dos lineamentos morfoestruturais e magnéticos pode ser realizada de forma manual, semiautomática e automática, e a possibilidade de utilização de diversas fontes de dados e diferentes algoritmos computacionais, encontrada nos métodos automáticos, permite a identificação de elementos e formas distintas associados aos lineamentos, promovendo sua extração adequada. O objetivo deste trabalho foi a extração dos lineamentos morfoestruturais e magnéticos a partir de dados de sensores remotos e dados aerogeofísicos, de forma semelhante ao obtido pelos métodos manuais, por meio da testagem dos parâmetros presentes nos algoritmos de detecção de limites, por limiares e segmentação, e verificar a complementaridade da extração de lineamentos mapeados automaticamente nessas diferentes fontes de dados.
{"title":"Avaliação de métodos de extração automática de lineamentos morfoestruturais e magnéticos a partir de imagens de sensores remotos e dados aerogeofísicos","authors":"Catherine Vargas Goulart, Claudia Robbi Sluter, C. W. Mendes Júnior","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-187403","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-187403","url":null,"abstract":"As imagens de sensores remotos permitem visualizar toda a superfície do terreno e os elementos que o compõem. Entre as feições relacionadas a esses elementos, e visíveis nas imagens aéreas e orbitais, estão os lineamentos morfoestruturais, os quais registram na superfície a ocorrência de atividade tectônica. Em subsuperfície, essas feições geológicas podem estender-se até grandes profundidades crustais, sendo visíveis em dados magnéticos e, portanto, denominados de lineamentos magnéticos. A extração dos lineamentos morfoestruturais e magnéticos pode ser realizada de forma manual, semiautomática e automática, e a possibilidade de utilização de diversas fontes de dados e diferentes algoritmos computacionais, encontrada nos métodos automáticos, permite a identificação de elementos e formas distintas associados aos lineamentos, promovendo sua extração adequada. O objetivo deste trabalho foi a extração dos lineamentos morfoestruturais e magnéticos a partir de dados de sensores remotos e dados aerogeofísicos, de forma semelhante ao obtido pelos métodos manuais, por meio da testagem dos parâmetros presentes nos algoritmos de detecção de limites, por limiares e segmentação, e verificar a complementaridade da extração de lineamentos mapeados automaticamente nessas diferentes fontes de dados.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87130186","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-29DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v22-194316
M. E. Hartwig, João Pedro Inacio Alves
Water erosion of soil slopes causes several environmental, economic, and social losses worldwide every year, particularly, when it reaches more advanced stages, leading to the formation of gullies. The municipality of Alegre, in the state of Espírito Santo (southeastern Brazil), has numerous gullies, which stand out in the landscape by their impressive proportions and environmental impacts. Nevertheless, very few studies have been published on the subject and most focus on specific erosion features. Therefore, this study aimed at mapping out the gullies to create an inventory and at qualitatively evaluatingthe environmental factors controlling gully development from 2009 to 2019. Terrain elevation, slope angle, aspect, surface curvature, lithology, soil types, rainfall erosivity, and land cover were considered gully causative factors. Google Earth Pro imagery and classical Geographic Information System (GIS) techniques were used to locate the gullies and to process/evaluate the environmental factors. The number of gullies in the study area remained approximately constant over the past ten years. Results revealed that the gullies may have started at different periods and are still active and evolving. Finally, the spatial distribution of the gullies is not random, but controlled by geomorphological, geological, and land cover factors.
{"title":"Spatiotemporal analysis of gullies and environmental controlling factors in the municipality of Alegre (state of Espírito Santo, southeastern Brazil)","authors":"M. E. Hartwig, João Pedro Inacio Alves","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v22-194316","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v22-194316","url":null,"abstract":"Water erosion of soil slopes causes several environmental, economic, and social losses worldwide every year, particularly, when it reaches more advanced stages, leading to the formation of gullies. The municipality of Alegre, in the state of Espírito Santo (southeastern Brazil), has numerous gullies, which stand out in the landscape by their impressive proportions and environmental impacts. Nevertheless, very few studies have been published on the subject and most focus on specific erosion features. Therefore, this study aimed at mapping out the gullies to create an inventory and at qualitatively evaluatingthe environmental factors controlling gully development from 2009 to 2019. Terrain elevation, slope angle, aspect, surface curvature, lithology, soil types, rainfall erosivity, and land cover were considered gully causative factors. Google Earth Pro imagery and classical Geographic Information System (GIS) techniques were used to locate the gullies and to process/evaluate the environmental factors. The number of gullies in the study area remained approximately constant over the past ten years. Results revealed that the gullies may have started at different periods and are still active and evolving. Finally, the spatial distribution of the gullies is not random, but controlled by geomorphological, geological, and land cover factors. ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"7 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78437220","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}