Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.084-085
Júlia Antunes de Souza, Júlia Bonissoni Laides, Luciana Bertão Liberati, L. Sanches, Jacqueline Godinho, U. C. U. Ingá
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo,sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas.O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida.
{"title":"PREVALÊNCIA E O PROGNÓSTICO DA SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO","authors":"Júlia Antunes de Souza, Júlia Bonissoni Laides, Luciana Bertão Liberati, L. Sanches, Jacqueline Godinho, U. C. U. Ingá","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.084-085","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.084-085","url":null,"abstract":"O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune e sistêmica, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, possuindo várias manifestações clínicas. Sua etiologia não é totalmente compreendida, contudo,sabe-se que fatores genéticos e ambientais influenciam seu desenvolvimento, afetando majoritariamente mulheres durante a idade reprodutiva. Entre as patologias associadas ao LES destaca-se a Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) caracterizada por tromboses recorrentes e perdas fetais repetitivas.O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão bibliográfica a fim de relacionar a prevalência e os mecanismos fisiopatológicos da SAF em pacientes com LES. Foi realizada uma revisão sobre a associação da SAF em pacientes lúpicos, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Google Acadêmico, Ebsco e DynaMed. Os descritores incluíram “systemic lupus erythematosus”, “antiphospholipid syndrome” e “SAF”. O LES é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e multissistêmica. Suas principais manifestações clínicas são manchas cutâneas e eritematosas; além de efeitos sistêmicos como fraqueza, febre, anorexia e emagrecimento. Ao acometer órgãos específicos, pode resultar em artrite, cardiopatias, neuropatias, nefrite e distúrbios hematológicos. Por sua vez, a SAF é detectada presença de anticorpos antifosfolipídeos (aPL) detectados por meio de marcadores laboratoriais. Os critérios clínicos para SAF são dados pela presença de trombose vascular e elevada morbidade gestacional. A SAF secundária é comumente associada ao LES com incidência de 50% em pacientes lúpicos, acarretando maiores riscos de desordens vasculares, como a doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, aterosclerose e trombose, podendo resultar em tromboembolismo. O prognóstico da SAF é condicionado a diversos fatores. Entre os critérios de mau prognóstico cita-se o próprio LES devido a piora clínica estar relacionada a lesões renais, neuropatias, comorbidades cardiovasculares e hematopoiéticas. A SAF, associada ao LES, pode provocar danos em órgãos que antes não eram acometidos. Assim, reduz a qualidade de vida do paciente uma vez que eleva a probabilidade de trombose, morbidades na gestação e disfunções valvares. Pacientes com lúpus que desenvolvem SAF, devido seu caráter trombofílico, apresentam piora em seu prognóstico. Embora, existam poucos estudos, conclui-se que a associação do lúpus com a SAF, gera complicações adicionais ao lúpus por acometer locais distintos as lesões originais, sendo um dos principais fatores de piora no prognóstico. Mais estudo com enfoque nessa área, são necessários para avaliar o estado do paciente lúpico com desenvolvimento da SAF, assim como sua prevenção, tratamento e qualidade de vida.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129084898","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.066-067
Anna Maria Andrade Barbosa, Bárbara de Oliveira Arantes, Yuri Borges Bitu de Freitas, Natan Augusto de Almeida Santana, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
As formas graves da tuberculose (TB), TB multirresistente (TB-MDR) e TB extensivamente resistente a medicamentos (TB-XDR),têm tratamento longo, difícil, de alto custo e está associado às sequelas pós-infecciosas crônicas e perda de função orgânica. As sequelas da TB,normalmente,causam comprometimento dos pulmões, morbimortalidade e reduzem a qualidade de vida, principalmente de adultos jovens. Assim, a cura bacteriológica da TB pode marcar o início de uma doença respiratória crônica e infecções recorrentes.Tendo em vista esse panorama tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico das internações por sequelas da tuberculose,no Brasil, considerando despesas e permanência hospitalares, região do país, faixa etária, sexo e óbito por meio de um estudo epidemiológico,do perfil das internações hospitalares,por sequelas da tuberculose, no período de 2010 a 2019,no Brasil,com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponibilizados pelo DATASUS.Sob a luz da análise de dados em relação à região,foi observado, no Nordeste, o maior valor total de gastos(R$ 6.881.786,51),por serviços hospitalares,em razão de sequelas de tuberculose,e em cada um de todos os anos avaliados. O maior valor foi gasto, no ano de 2015 (R$ 1.120.344,15), contabilizando 51,3% de todo o gasto do país. A região Norte apresentou situação contrária e, inclusive, em 2019, mostrou gasto de, apenas, R$ 166,95. O maior valor total (R$ 2.182.039,82), ocorreu em 2015. A faixa etária mais afetada,em todos os anos,foi a de indivíduos com 50 a 59 anos de idade,e a menos foi a de 20 a 29 anos. Verificou-se diminuição razoável na morbidade hospitalar na faixa etária de 20 a 29 anos, quando comparados os anos anteriores e atuais, e diminuição progressiva,na faixa etária de 60 a 69 anos. A morbidade hospitalar e a mortalidade,por sequelas de tuberculose,foram maiores no sexo masculino,em todos os anos avaliado. A mortalidade feminina não sofreu alteração importante, durante os anos, mas a masculina apresenta diminuição,desde 2016. A mortalidade,em razão dessas sequelas,apresentou diminuição progressiva e foi,predominante,na região Sudeste (n=30), seguida pelas regiões:Nordeste (n=28) e Sul (n=27). A região Norte teve menor mortalidade total (n=3). No que concerne às internações por sequelas, a região Norte apresentou o menor número total (n=57) e Nordeste, o maior (n=1.474), seguida pelo Sudeste (n=1.112). Logo,observou-se que os maiores valores gastos,por serviços hospitalares,em razão das sequelas por TB,durante todo o período analisado,foram na região Nordeste.Contudo,houve redução progressiva no número de internações,desde 2015, evidenciando que, desde então, a gestão em saúde passou a dar mais enfoque a esse setor, implementando projetos eficientes.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES ,GASTOS E MORTALIDADE INTRA-HOSPITALAR, POR SEQUELAS DA TUBERCULOSE, NO BRASIL","authors":"Anna Maria Andrade Barbosa, Bárbara de Oliveira Arantes, Yuri Borges Bitu de Freitas, Natan Augusto de Almeida Santana, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.066-067","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.066-067","url":null,"abstract":"As formas graves da tuberculose (TB), TB multirresistente (TB-MDR) e TB extensivamente resistente a medicamentos (TB-XDR),têm tratamento longo, difícil, de alto custo e está associado às sequelas pós-infecciosas crônicas e perda de função orgânica. As sequelas da TB,normalmente,causam comprometimento dos pulmões, morbimortalidade e reduzem a qualidade de vida, principalmente de adultos jovens. Assim, a cura bacteriológica da TB pode marcar o início de uma doença respiratória crônica e infecções recorrentes.Tendo em vista esse panorama tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico das internações por sequelas da tuberculose,no Brasil, considerando despesas e permanência hospitalares, região do país, faixa etária, sexo e óbito por meio de um estudo epidemiológico,do perfil das internações hospitalares,por sequelas da tuberculose, no período de 2010 a 2019,no Brasil,com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), disponibilizados pelo DATASUS.Sob a luz da análise de dados em relação à região,foi observado, no Nordeste, o maior valor total de gastos(R$ 6.881.786,51),por serviços hospitalares,em razão de sequelas de tuberculose,e em cada um de todos os anos avaliados. O maior valor foi gasto, no ano de 2015 (R$ 1.120.344,15), contabilizando 51,3% de todo o gasto do país. A região Norte apresentou situação contrária e, inclusive, em 2019, mostrou gasto de, apenas, R$ 166,95. O maior valor total (R$ 2.182.039,82), ocorreu em 2015. A faixa etária mais afetada,em todos os anos,foi a de indivíduos com 50 a 59 anos de idade,e a menos foi a de 20 a 29 anos. Verificou-se diminuição razoável na morbidade hospitalar na faixa etária de 20 a 29 anos, quando comparados os anos anteriores e atuais, e diminuição progressiva,na faixa etária de 60 a 69 anos. A morbidade hospitalar e a mortalidade,por sequelas de tuberculose,foram maiores no sexo masculino,em todos os anos avaliado. A mortalidade feminina não sofreu alteração importante, durante os anos, mas a masculina apresenta diminuição,desde 2016. A mortalidade,em razão dessas sequelas,apresentou diminuição progressiva e foi,predominante,na região Sudeste (n=30), seguida pelas regiões:Nordeste (n=28) e Sul (n=27). A região Norte teve menor mortalidade total (n=3). No que concerne às internações por sequelas, a região Norte apresentou o menor número total (n=57) e Nordeste, o maior (n=1.474), seguida pelo Sudeste (n=1.112). Logo,observou-se que os maiores valores gastos,por serviços hospitalares,em razão das sequelas por TB,durante todo o período analisado,foram na região Nordeste.Contudo,houve redução progressiva no número de internações,desde 2015, evidenciando que, desde então, a gestão em saúde passou a dar mais enfoque a esse setor, implementando projetos eficientes.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129902087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.070-071
T. D. S. E. Silva, C. D. Ciências, Gabriel Gonçalves Batista dos Reis, A. M. T. Medeiros
A sífilis é uma doença infectocontagiosa e sexualmente transmissível que quando ocorre no período gestacional,pode causar sérios riscos à saúde materno-fetal. Nesse contexto, traçar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis na gestação é importante para que políticas e ações públicas em saúde possam ser aprimoradas visando prevenir complicações, como a sífilis congênita. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes no município de Salvador-BA entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal e retrospectivo de caráter descritivo realizado através da coleta dos dados secundários disponibilizados pela Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. São informações de domínio público, sem possibilidade de identificação, estando isento da necessidade de registro e avaliação pelo sistema CEP/CONEP e de termo de consentimento livre e esclarecido. Através da análise dos dados coletados, verificou-se a ocorrência de 625 casos em 2015, 954 em 2016, 892 em 2017, 1371 em 2018 e 1303 em 2019. No total, foram notificados 5.145 casos de sífilis gestacional em Salvador no período estudado, sendo que 4.845 correspondiam a gestantes residentes no município e 32,9% dos registros ocorreram fora da assistência pré-natal. A análise mostra que 51,7% das gestantes possuem pele parda e que 51.5% foram diagnosticadas na faixa etária de 20-29 anos. Verifica-se que das 3018 que relataram algum grau de escolaridade, 41,3% não haviam concluído o ensino fundamental e 37,7% tiveram esse dado ignorado. O tratamento do parceiro foi realizado em 45,49% das vezes e não houve registro dessa informação em 1566 casos. Das gestantes com sífilis, 1402 foram diagnosticadas no estágio de sífilis latente. Analisando os dados, pode-se inferir que houve um aumento crescente de casos notificados, mostrando a importância dessa patologia como um problema de saúde pública. Estes resultados mostram a importância do desenvolvimento de ações voltadas para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e planejamento familiar. O elevado número de casos diagnosticados fora da assistência pré-natal reforça a necessidade de melhorias na captação e acompanhamento das gestantes pela atenção primária em saúde, para garantir a saúde materno-fetal através da realização de um pré-natal adequado. A importância do diagnóstico laboratorial é notada devido à prevalência de sífilis latente, a qual é assintomática,não sendo possível o diagnóstico clínico. Além disso, o pequeno número de parceiros tratados pode ser resultado da falta de planejamento familiar ou abandono da mulher grávida, além da baixa adesão masculina aos sistemas de saúde, gerando riscos sociais como reinfecção e aumento no número de casos de sífilis congênita.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE SALVADOR, BAHIA, DE 2015 A 2019","authors":"T. D. S. E. Silva, C. D. Ciências, Gabriel Gonçalves Batista dos Reis, A. M. T. Medeiros","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.070-071","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.070-071","url":null,"abstract":"A sífilis é uma doença infectocontagiosa e sexualmente transmissível que quando ocorre no período gestacional,pode causar sérios riscos à saúde materno-fetal. Nesse contexto, traçar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis na gestação é importante para que políticas e ações públicas em saúde possam ser aprimoradas visando prevenir complicações, como a sífilis congênita. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes no município de Salvador-BA entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, transversal e retrospectivo de caráter descritivo realizado através da coleta dos dados secundários disponibilizados pela Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. São informações de domínio público, sem possibilidade de identificação, estando isento da necessidade de registro e avaliação pelo sistema CEP/CONEP e de termo de consentimento livre e esclarecido. Através da análise dos dados coletados, verificou-se a ocorrência de 625 casos em 2015, 954 em 2016, 892 em 2017, 1371 em 2018 e 1303 em 2019. No total, foram notificados 5.145 casos de sífilis gestacional em Salvador no período estudado, sendo que 4.845 correspondiam a gestantes residentes no município e 32,9% dos registros ocorreram fora da assistência pré-natal. A análise mostra que 51,7% das gestantes possuem pele parda e que 51.5% foram diagnosticadas na faixa etária de 20-29 anos. Verifica-se que das 3018 que relataram algum grau de escolaridade, 41,3% não haviam concluído o ensino fundamental e 37,7% tiveram esse dado ignorado. O tratamento do parceiro foi realizado em 45,49% das vezes e não houve registro dessa informação em 1566 casos. Das gestantes com sífilis, 1402 foram diagnosticadas no estágio de sífilis latente. Analisando os dados, pode-se inferir que houve um aumento crescente de casos notificados, mostrando a importância dessa patologia como um problema de saúde pública. Estes resultados mostram a importância do desenvolvimento de ações voltadas para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e planejamento familiar. O elevado número de casos diagnosticados fora da assistência pré-natal reforça a necessidade de melhorias na captação e acompanhamento das gestantes pela atenção primária em saúde, para garantir a saúde materno-fetal através da realização de um pré-natal adequado. A importância do diagnóstico laboratorial é notada devido à prevalência de sífilis latente, a qual é assintomática,não sendo possível o diagnóstico clínico. Além disso, o pequeno número de parceiros tratados pode ser resultado da falta de planejamento familiar ou abandono da mulher grávida, além da baixa adesão masculina aos sistemas de saúde, gerando riscos sociais como reinfecção e aumento no número de casos de sífilis congênita.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"263 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123105976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.094-094
Luana Hantequestt de Lima, U. C. U. Ingá, Emanoelle Aparecida Palangani, Letícia Santos Trad, João Pedro Wizniewsky Amaral
O trauma abdominal é um dos mais prevalentes no contexto do politrauma. Devido ao seu potencial lesivo, está relacionado aos múltiplos quadros que elevam as taxas de morbidade e a mortalidade, assim, o trauma é a causa mais comum de morte em pessoas com menos de 45 anos de idade, representando mais de 10% das lesões traumáticas. Além disso, o baço é o órgão mais comumente lesado em traumas abdominais contusos, onde o trauma esplênico é o mecanismo de trauma que causa as lesões mais graves, sendo a lesão grauIII a mais comum. 80% dos pacientes com lesão esplênica grau III, IV ou V descreveram apenas dor abdominal em seus prontuários e nestes casos pode ser aderido o tratamento conservador, o qual constitui o tratamento de escolha no trauma contuso em pacientes hemodinamicamente estáveis, na ausência de lesões de vísceras ocas.Este trabalho tem como objetivo enaltecer os benefícios do tratamento conservador em pacientes com trauma esplênico, estáveis e lúcidos, desde que haja uma boa condição hospitalar para atendê-los.Paciente chega ao hospital estável, orientado em tempo e espaço, com dor em região de face à esquerda, tórax à esquerda (durante a palpação de região de arcos costais, sem sinais hematomas ou de enfisema subcutâneo). Além disso, relata dor leve à palpação de região periumbilical à esquerda e não apresenta dor à palpação de coluna cervical, dorsal ou lombar. A ecografia mostrou líquido livre em cavidade, disperso, em grande quantidade, suspeitando de sangue na cavidade. Foi solicitada tomografia computadorizada de abdome que mostrou lesão esplênica grau III (AAST) e hematoma parenquimatoso contido, além de, presença de líquido livre peri-hepático em cavidade abdominal e baço heterogêneo com contornos irregulares e material hiperdenso de permeio, sugerindo hematoma capsular. Optou-se por um tratamento conservador, com tomografia de abdome e exames laboratoriais diários. Com isso, o paciente apresentou boa evolução e após 7 dias de internamento, realizou-se a alta hospitalar.O tratamento não-operatório de lesões esplênicas grau III, no trauma abdominal contuso, é uma opção segura desde que o hospital esteja adequadamente equipado e o paciente se encontre hemodinamicamente estável. É necessário que o hospital tenha uma equipe cirúrgica em tempo integral e recursos materiais, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.
{"title":"TRATAMENTO CONSERVADOR DO TRAUMA ESPLÊNICO GRAU III","authors":"Luana Hantequestt de Lima, U. C. U. Ingá, Emanoelle Aparecida Palangani, Letícia Santos Trad, João Pedro Wizniewsky Amaral","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.094-094","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.094-094","url":null,"abstract":"O trauma abdominal é um dos mais prevalentes no contexto do politrauma. Devido ao seu potencial lesivo, está relacionado aos múltiplos quadros que elevam as taxas de morbidade e a mortalidade, assim, o trauma é a causa mais comum de morte em pessoas com menos de 45 anos de idade, representando mais de 10% das lesões traumáticas. Além disso, o baço é o órgão mais comumente lesado em traumas abdominais contusos, onde o trauma esplênico é o mecanismo de trauma que causa as lesões mais graves, sendo a lesão grauIII a mais comum. 80% dos pacientes com lesão esplênica grau III, IV ou V descreveram apenas dor abdominal em seus prontuários e nestes casos pode ser aderido o tratamento conservador, o qual constitui o tratamento de escolha no trauma contuso em pacientes hemodinamicamente estáveis, na ausência de lesões de vísceras ocas.Este trabalho tem como objetivo enaltecer os benefícios do tratamento conservador em pacientes com trauma esplênico, estáveis e lúcidos, desde que haja uma boa condição hospitalar para atendê-los.Paciente chega ao hospital estável, orientado em tempo e espaço, com dor em região de face à esquerda, tórax à esquerda (durante a palpação de região de arcos costais, sem sinais hematomas ou de enfisema subcutâneo). Além disso, relata dor leve à palpação de região periumbilical à esquerda e não apresenta dor à palpação de coluna cervical, dorsal ou lombar. A ecografia mostrou líquido livre em cavidade, disperso, em grande quantidade, suspeitando de sangue na cavidade. Foi solicitada tomografia computadorizada de abdome que mostrou lesão esplênica grau III (AAST) e hematoma parenquimatoso contido, além de, presença de líquido livre peri-hepático em cavidade abdominal e baço heterogêneo com contornos irregulares e material hiperdenso de permeio, sugerindo hematoma capsular. Optou-se por um tratamento conservador, com tomografia de abdome e exames laboratoriais diários. Com isso, o paciente apresentou boa evolução e após 7 dias de internamento, realizou-se a alta hospitalar.O tratamento não-operatório de lesões esplênicas grau III, no trauma abdominal contuso, é uma opção segura desde que o hospital esteja adequadamente equipado e o paciente se encontre hemodinamicamente estável. É necessário que o hospital tenha uma equipe cirúrgica em tempo integral e recursos materiais, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114898088","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.064-065
Taís Lorrane Mendes Silva, U. C. U. Ingá, Eloyne Sartor Holanda Moraes, Júlia Maria Orsini Zava, Marina Barbosa da Silva, Rebecca Carolina Sanches Rodrigues, Roberta Ayres Ferreira Volpe
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e de notificação compulsória em todo território nacional, causada pelo Mycobacterium leprae. Seus principais locais de acometimento são a pele e nervos periféricos, mas pode se manifestar de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. No momento do diagnóstico classifica-se de acordo com acometimento, sendo dividida em paucibacilar (até 5 lesões de pele e/ou até 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia negativa) e Multibacilar (pessoas com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia positiva). Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade e seu tratamento ambulatorial tem base no esquema poliquimioterápico. O Brasil é, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o segundo país com maior número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia, sendo assim, um importante problema de saúde pública no país. O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da população do estado do Paraná infectada pela bactéria Mycobacterium leprae, causadora da Hanseníase, e comparar o número de casos no Estado com os demais da região sul.Esse artigo trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, à partir de fontes de dados extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo são residentes no estado do Paraná, no período de Janeiro de 2018 a Agosto de 2020, com a faixa etária de 0 a 80 anos de idade, de ambos os sexos. No período mencionado, foram registrados 604 casos de hanseníase no estado do Paraná, representando 64.4% dos casos na região sul do Brasil. O número de notificações(n) foi maior em pacientes do sexo masculino, correspondendo a 58,77% dos casos(n: 355), seguido do sexo feminino com 41,22%(n: 249). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, totalizando 130 casos, desses, 69 eram do sexo masculino e 61 do sexo feminino. Seguido da faixa etária de 60 a 69 anos com 126 casos, apresentando 80 casos do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Conclui-se assim, que os aspectos aqui analisados evidenciam que, no período referido, houve uma prevalência de notificações no Paraná quando se comparada a outros estados da região sul.Assim, nota-se que a Hanseníase é, ainda, um dos principais desafios de saúde pública do Estado, uma hipótese que justifique, pode ser o fato de que os pacientes, muitas vezes, não são devidamente informados de que as sequelas deixadas pela doença, se diagnosticada tardiamente, permanecem mesmo depois da cura, isso favorece o estigma da doença e afeta de forma negativa os resultados das políticas de vigilância.Dessa forma, é necessária uma série de ações que levem a um diagnóstico precoce,bem como uma vigilância epidemiológica mais rígida e uma assistência ao doente eficaz, tanto no tratamento quanto na seguridade social desse paciente.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO INFECTADA COM HANSENÍASE NO ESTADO DO PARANÁ","authors":"Taís Lorrane Mendes Silva, U. C. U. Ingá, Eloyne Sartor Holanda Moraes, Júlia Maria Orsini Zava, Marina Barbosa da Silva, Rebecca Carolina Sanches Rodrigues, Roberta Ayres Ferreira Volpe","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.064-065","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.064-065","url":null,"abstract":"A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e de notificação compulsória em todo território nacional, causada pelo Mycobacterium leprae. Seus principais locais de acometimento são a pele e nervos periféricos, mas pode se manifestar de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. No momento do diagnóstico classifica-se de acordo com acometimento, sendo dividida em paucibacilar (até 5 lesões de pele e/ou até 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia negativa) e Multibacilar (pessoas com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia positiva). Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade e seu tratamento ambulatorial tem base no esquema poliquimioterápico. O Brasil é, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o segundo país com maior número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia, sendo assim, um importante problema de saúde pública no país. O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da população do estado do Paraná infectada pela bactéria Mycobacterium leprae, causadora da Hanseníase, e comparar o número de casos no Estado com os demais da região sul.Esse artigo trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, à partir de fontes de dados extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo são residentes no estado do Paraná, no período de Janeiro de 2018 a Agosto de 2020, com a faixa etária de 0 a 80 anos de idade, de ambos os sexos. No período mencionado, foram registrados 604 casos de hanseníase no estado do Paraná, representando 64.4% dos casos na região sul do Brasil. O número de notificações(n) foi maior em pacientes do sexo masculino, correspondendo a 58,77% dos casos(n: 355), seguido do sexo feminino com 41,22%(n: 249). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, totalizando 130 casos, desses, 69 eram do sexo masculino e 61 do sexo feminino. Seguido da faixa etária de 60 a 69 anos com 126 casos, apresentando 80 casos do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Conclui-se assim, que os aspectos aqui analisados evidenciam que, no período referido, houve uma prevalência de notificações no Paraná quando se comparada a outros estados da região sul.Assim, nota-se que a Hanseníase é, ainda, um dos principais desafios de saúde pública do Estado, uma hipótese que justifique, pode ser o fato de que os pacientes, muitas vezes, não são devidamente informados de que as sequelas deixadas pela doença, se diagnosticada tardiamente, permanecem mesmo depois da cura, isso favorece o estigma da doença e afeta de forma negativa os resultados das políticas de vigilância.Dessa forma, é necessária uma série de ações que levem a um diagnóstico precoce,bem como uma vigilância epidemiológica mais rígida e uma assistência ao doente eficaz, tanto no tratamento quanto na seguridade social desse paciente.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126379150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.090-091
Laura Zabisky Floresta, U. C. U. Ingá, Isabela Zabisky Floresta, Luis Eduardo Quintão Guerra, Unicesumar Centro Universitário Cesumar, Faculdade de Medicina de Rio Verde
A pielonefrite é uma infecção do trato urinário superior que envolve os rins, na qual a maioria dos episódios são considerados não complicados em adultos saudáveis. Diferentes fatores de risco estão associados como, diabetes, obstrução do trato urinário, presença de cateter uretral por período prolongado, nefrostomia, anormalidades funcionais ou anatômicas do trato urinário, transplante renal, terapia imunossupressora e gravidez. As manifestações clínicas mais frequentes são febre, calafrios, dor na região de flanco e enjoo. Em pacientes idosos as manifestações clínicas podem ser atípicas. O objetivo é relatar o atendimento de paciente idosa com suspeita de pielonefrite aguda posterior a realização de litotripsia renal. Paciente do sexo feminino, 76 anos, viúva, aposentada, procurou atendimento com queixa de dor lombar, calafrios, febre intermitente, disúria, polaciúria e náuseas há 4 dias. Apresentava dor lombar de forte intensidade e dor leve em abdome inferior, sem fatores de melhora ou piora, de caráter contínuo com irradiação para fossa ilíaca esquerda. História mórbida pregressa de infecção do trato urinário de repetição, nefrolitíase à esquerda, hidronefrose moderada à esquerda e leve à direita. Realizou litotripsia renal a laser aproximadamente há um mês. Ao exame físico se encontrava em estado geral regular, lúcida e orientada. Temperatura axilar: 38° C. PA:100 x 70 mmHg. FC: 85 bpm. SAT O2 96% ar ambiente. FR: 18 irpm. Aparelho respiratório sem anormalidades. ABD: sem dor à palpação superficial ou profunda. Apresentava sinal de Giordano positivo bilateral.A hipótese diagnóstica principal foi pielonefrite aguda. Para confirmação foram solicitados exames laboratoriais. Hemograma: leucócitos: 11.320/ mm3. Hb 10,6 g/dL. Plaquetas: 179 mil/mm3. Urina 1: Leucocitúria. Hematúria. Proteinúria. Nitrito positivo. Urocultura: indicava presença de Klebsiella spp sensível a Imipenem e Meropenem. O diagnóstico diferencial mais provável considerado foi cistite complicada, entretanto, a presença de sinal de Giordano positivo bilateral, febre e rebaixamento no estado geral da paciente são indicativos de pielonefrite aguda. Confirmado o diagnóstico, o tratamento inicial foi efetuado por meio do uso de Cloridrato de Ondansetrona, Butilbrometo de Escopolamina e Dipirona Sódica em caso de dor abdominal ou febre.Ao receber os resultados da urocultura foi iniciado o tratamento com Imipenem. A paciente evoluiu sem complicações, se manteve estável e recebeu alta após 7 dias com recomendação de acompanhamento por serviço de nefrologia. Conclui-se, desse modo, que o diagnóstico foi correto e o tratamento foi efetivo sendo baseado na urocultura indicativa de sensibilidade da Klebsiella spp.ao Imipenem.
{"title":"RELATO DE CASO: ABORDAGEM DE PIELONEFRITE AGUDA EM PACIENTE IDOSO NO PRONTO SOCORRO","authors":"Laura Zabisky Floresta, U. C. U. Ingá, Isabela Zabisky Floresta, Luis Eduardo Quintão Guerra, Unicesumar Centro Universitário Cesumar, Faculdade de Medicina de Rio Verde","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.090-091","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.090-091","url":null,"abstract":"A pielonefrite é uma infecção do trato urinário superior que envolve os rins, na qual a maioria dos episódios são considerados não complicados em adultos saudáveis. Diferentes fatores de risco estão associados como, diabetes, obstrução do trato urinário, presença de cateter uretral por período prolongado, nefrostomia, anormalidades funcionais ou anatômicas do trato urinário, transplante renal, terapia imunossupressora e gravidez. As manifestações clínicas mais frequentes são febre, calafrios, dor na região de flanco e enjoo. Em pacientes idosos as manifestações clínicas podem ser atípicas. O objetivo é relatar o atendimento de paciente idosa com suspeita de pielonefrite aguda posterior a realização de litotripsia renal. Paciente do sexo feminino, 76 anos, viúva, aposentada, procurou atendimento com queixa de dor lombar, calafrios, febre intermitente, disúria, polaciúria e náuseas há 4 dias. Apresentava dor lombar de forte intensidade e dor leve em abdome inferior, sem fatores de melhora ou piora, de caráter contínuo com irradiação para fossa ilíaca esquerda. História mórbida pregressa de infecção do trato urinário de repetição, nefrolitíase à esquerda, hidronefrose moderada à esquerda e leve à direita. Realizou litotripsia renal a laser aproximadamente há um mês. Ao exame físico se encontrava em estado geral regular, lúcida e orientada. Temperatura axilar: 38° C. PA:100 x 70 mmHg. FC: 85 bpm. SAT O2 96% ar ambiente. FR: 18 irpm. Aparelho respiratório sem anormalidades. ABD: sem dor à palpação superficial ou profunda. Apresentava sinal de Giordano positivo bilateral.A hipótese diagnóstica principal foi pielonefrite aguda. Para confirmação foram solicitados exames laboratoriais. Hemograma: leucócitos: 11.320/ mm3. Hb 10,6 g/dL. Plaquetas: 179 mil/mm3. Urina 1: Leucocitúria. Hematúria. Proteinúria. Nitrito positivo. Urocultura: indicava presença de Klebsiella spp sensível a Imipenem e Meropenem. O diagnóstico diferencial mais provável considerado foi cistite complicada, entretanto, a presença de sinal de Giordano positivo bilateral, febre e rebaixamento no estado geral da paciente são indicativos de pielonefrite aguda. Confirmado o diagnóstico, o tratamento inicial foi efetuado por meio do uso de Cloridrato de Ondansetrona, Butilbrometo de Escopolamina e Dipirona Sódica em caso de dor abdominal ou febre.Ao receber os resultados da urocultura foi iniciado o tratamento com Imipenem. A paciente evoluiu sem complicações, se manteve estável e recebeu alta após 7 dias com recomendação de acompanhamento por serviço de nefrologia. Conclui-se, desse modo, que o diagnóstico foi correto e o tratamento foi efetivo sendo baseado na urocultura indicativa de sensibilidade da Klebsiella spp.ao Imipenem.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116790078","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.095-096
Fellipe Roncholeta dos Santos, U. C. U. Ingá, M. Lima, Nathan Medeiros Fresneda, Renan Ferreira da Silva, Ênio Teixeira Molina Filho, HospitalMetropolitano
A Síndrome de Klinefelter (SK) é definido geneticamente pela duplicação do cromossomo X, sendo a causa mais comum de hipogonadismo masculino. Cursa com alterações tardias que se tornam perceptíveis após a puberdade, sendo uma delas a infertilidade. Representa uma das principais causas de infertilidade masculina e hipogonadismo hipergonadotrófico, azoospermia e hipodesenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O objetivo deste relato é motivado pela apresentação clínica e diagnóstico tardios com síndrome rara de infertilidade, feminização e implicações biopsicossociais associado ao diagnóstico incidental de tumor de estroma gonadal. JCO, 41 anos, masculino, foi encaminhado ao endocrinologista para avaliação de ginecomastia. Queixava-se de dor em região mamária, com piora progressiva há 1 ano, acompanhado de aumento do volume mamário bilateral e diminuição de libido. Sem antecedentes pessoais de relevância clínica ou uso de medicação contínua. Ao exame físico: Altura de 1,82m, peso de 77kg e IMC de 23,2kg/m2. PA: 120x80 mmHg, FC: 80 bpm, FR: 20 irpm, Temperatura axilar: 36,4ºC. Acianótico, anictérico, normocorado, ginecomastia bilateral, ausência de galactorréia à expressão mamilar, distribuição de pelos normal e volume testicular reduzido. Exames laboratoriais: FSH 36,0 UI/L; LH 17,0 UI/L; PRL 12,0 ug/L; Testosterona total 214; Testosterona livre 6,0; Espermograma com oligospermia. USG testicular com dimensões reduzidas (testículo direito com 1,9 cm3 e testículo esquerdo 1,4 cm3), nódulos testiculares bilaterais e microlitíase testicular bilateral. Solicitado cariótipo com pesquisa de banda G, o qual teve como resultado 47, XXY (forma clássica), confirmando o diagnóstico de SK. Encaminhado ao urologista, onde o tratamento realizado foi orquiectomia bilateral com colocação de prótese, com diagnóstico de tumor de células de Leydig. O tratamento consistiu na reposição hormonal utilizando Undecilato de Testosterona intramuscular. Após o início do tratamento o paciente apresentou melhora significativa da libido e disposição geral, além de maior estabilidade emocional. A partir do presente relato, conclui-se que a SK tem como quadro clínico clássico: ginecomastia com dor e aumento bilateralmente e atrofia testicular. A redução dos níveis plasmáticos de testosterona são indutores da ginecomastia. Apesar de não ser totalmente conhecido o mecanismo de deficiência androgênica que ocorrem pela evolução da SK, o curso da patologia inclui imaturidade das células de Sertoli e hiperplasia das células de Leydig e do interstício, favorecendo o aparecimento de tumores testiculares. A degeneração dos túbulos seminíferos tem característica progressiva com o aumento da idade. Os tumores de células de Leydig são a variante mais frequente dos tumores não germinativos do testículo, que são bastante raro.
{"title":"TUMOR DE CÉLULAS DE LEYDIG SECUNDÁRIO A SÍNDROME DE KLINEFELTER- RELATO DE CASO","authors":"Fellipe Roncholeta dos Santos, U. C. U. Ingá, M. Lima, Nathan Medeiros Fresneda, Renan Ferreira da Silva, Ênio Teixeira Molina Filho, HospitalMetropolitano","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.095-096","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.095-096","url":null,"abstract":"A Síndrome de Klinefelter (SK) é definido geneticamente pela duplicação do cromossomo X, sendo a causa mais comum de hipogonadismo masculino. Cursa com alterações tardias que se tornam perceptíveis após a puberdade, sendo uma delas a infertilidade. Representa uma das principais causas de infertilidade masculina e hipogonadismo hipergonadotrófico, azoospermia e hipodesenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. O objetivo deste relato é motivado pela apresentação clínica e diagnóstico tardios com síndrome rara de infertilidade, feminização e implicações biopsicossociais associado ao diagnóstico incidental de tumor de estroma gonadal. JCO, 41 anos, masculino, foi encaminhado ao endocrinologista para avaliação de ginecomastia. Queixava-se de dor em região mamária, com piora progressiva há 1 ano, acompanhado de aumento do volume mamário bilateral e diminuição de libido. Sem antecedentes pessoais de relevância clínica ou uso de medicação contínua. Ao exame físico: Altura de 1,82m, peso de 77kg e IMC de 23,2kg/m2. PA: 120x80 mmHg, FC: 80 bpm, FR: 20 irpm, Temperatura axilar: 36,4ºC. Acianótico, anictérico, normocorado, ginecomastia bilateral, ausência de galactorréia à expressão mamilar, distribuição de pelos normal e volume testicular reduzido. Exames laboratoriais: FSH 36,0 UI/L; LH 17,0 UI/L; PRL 12,0 ug/L; Testosterona total 214; Testosterona livre 6,0; Espermograma com oligospermia. USG testicular com dimensões reduzidas (testículo direito com 1,9 cm3 e testículo esquerdo 1,4 cm3), nódulos testiculares bilaterais e microlitíase testicular bilateral. Solicitado cariótipo com pesquisa de banda G, o qual teve como resultado 47, XXY (forma clássica), confirmando o diagnóstico de SK. Encaminhado ao urologista, onde o tratamento realizado foi orquiectomia bilateral com colocação de prótese, com diagnóstico de tumor de células de Leydig. O tratamento consistiu na reposição hormonal utilizando Undecilato de Testosterona intramuscular. Após o início do tratamento o paciente apresentou melhora significativa da libido e disposição geral, além de maior estabilidade emocional. A partir do presente relato, conclui-se que a SK tem como quadro clínico clássico: ginecomastia com dor e aumento bilateralmente e atrofia testicular. A redução dos níveis plasmáticos de testosterona são indutores da ginecomastia. Apesar de não ser totalmente conhecido o mecanismo de deficiência androgênica que ocorrem pela evolução da SK, o curso da patologia inclui imaturidade das células de Sertoli e hiperplasia das células de Leydig e do interstício, favorecendo o aparecimento de tumores testiculares. A degeneração dos túbulos seminíferos tem característica progressiva com o aumento da idade. Os tumores de células de Leydig são a variante mais frequente dos tumores não germinativos do testículo, que são bastante raro.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"180 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126070294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A tuberculose é uma doença infecciosa transmitida predominantemente por via aérea, de evolução crônica, que compromete principalmente os pulmões, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium tuberculosis(MT). Apesar de já existirem recursos tecnológicos para seu tratamento, permanece na atualidade como um importante problema de saúde pública mundial, em virtude da ampla dispersão geográfica e a emergência de casos multirresistentes. Destacam-se como fatores de risco a tuberculose em idosos: diabetes, tabagismo, alcoolismo, AIDS, doenças mentais e drogas ilícitas. O trabalho tem como propósito verificar a prevalência dos fatores de risco para tuberculose em idosos a partir de 65 anos de idade em São Paulo.Foi realizado um estudo transversal descritivo epidemiológico, sobre a prevalência da tuberculose e dos seus principais fatores de risco em idosos, por meio do Portal do Ministério da Saúde, DATASUS, através de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Os critérios de inclusão avaliados foram os fatores de risco, a faixa etária e o período de notificação. Foram observados 13548 casos de tuberculose em idosos no período avaliado. A maior prevalência esteve no ano de 2019, com 1623 doentes. O ano de 2010 marcou a menor prevalência, com 1236 casos. De acordo com os dados, dentro dos fatores de risco, houve uma prevalência de diabetes com 2400 casos, seguido do tabagismo com 1823, alcoolismo 1353, AIDS 273, doenças mentais 255 e drogas ilícitas 111. A frequência relativa do fator de risco mais predominante é de 17,71% de diabetes, enquanto a menor é de 0,82% referente a drogas ilícitas. Visto que, a frequência relativa dos fatores como o tabagismo, alcoolismo, AIDS e doenças mentais, constam respectivamente com 13,45%, 9,99%, 2,0% e 1,88%. Portanto, observou-se que os casos de tuberculose aumentaram significativamente em idosos no Estado de São Paulo. Além disso, a diabetes foi o fator de risco mais associado com a tuberculose, representando 17,71% dos casos notificados. Dessa forma, é necessário investir em políticas públicas destinadas a prevenção da tuberculose e dos fatores de risco para essa doença, principalmente a diabetes que obteve maior impacto nos casos avaliados. Vale ressaltar que apesar da imunização ativa para a tuberculose ser obrigatória ao recém-nascido, medidas de incentivo a prevenção dos fatores de risco como a alimentação saudável, a prática de exercícios físicos, uso de preservativo e o não uso drogas lícitas e ilícitas, devem ser tomadas.
{"title":"PREVALÊNCIA DOS FATORES DE RISCO DA TUBERCULOSE EM IDOSOS NO ANO DE 2010 A 2019, NO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"Tainara Págio Chagas, Paloma Lima Borôto, Iago Esquerdo Norte, Letícia Gomes Alves","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.082-083","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.082-083","url":null,"abstract":"A tuberculose é uma doença infecciosa transmitida predominantemente por via aérea, de evolução crônica, que compromete principalmente os pulmões, cujo agente etiológico é a bactéria Mycobacterium tuberculosis(MT). Apesar de já existirem recursos tecnológicos para seu tratamento, permanece na atualidade como um importante problema de saúde pública mundial, em virtude da ampla dispersão geográfica e a emergência de casos multirresistentes. Destacam-se como fatores de risco a tuberculose em idosos: diabetes, tabagismo, alcoolismo, AIDS, doenças mentais e drogas ilícitas. O trabalho tem como propósito verificar a prevalência dos fatores de risco para tuberculose em idosos a partir de 65 anos de idade em São Paulo.Foi realizado um estudo transversal descritivo epidemiológico, sobre a prevalência da tuberculose e dos seus principais fatores de risco em idosos, por meio do Portal do Ministério da Saúde, DATASUS, através de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Os critérios de inclusão avaliados foram os fatores de risco, a faixa etária e o período de notificação. Foram observados 13548 casos de tuberculose em idosos no período avaliado. A maior prevalência esteve no ano de 2019, com 1623 doentes. O ano de 2010 marcou a menor prevalência, com 1236 casos. De acordo com os dados, dentro dos fatores de risco, houve uma prevalência de diabetes com 2400 casos, seguido do tabagismo com 1823, alcoolismo 1353, AIDS 273, doenças mentais 255 e drogas ilícitas 111. A frequência relativa do fator de risco mais predominante é de 17,71% de diabetes, enquanto a menor é de 0,82% referente a drogas ilícitas. Visto que, a frequência relativa dos fatores como o tabagismo, alcoolismo, AIDS e doenças mentais, constam respectivamente com 13,45%, 9,99%, 2,0% e 1,88%. Portanto, observou-se que os casos de tuberculose aumentaram significativamente em idosos no Estado de São Paulo. Além disso, a diabetes foi o fator de risco mais associado com a tuberculose, representando 17,71% dos casos notificados. Dessa forma, é necessário investir em políticas públicas destinadas a prevenção da tuberculose e dos fatores de risco para essa doença, principalmente a diabetes que obteve maior impacto nos casos avaliados. Vale ressaltar que apesar da imunização ativa para a tuberculose ser obrigatória ao recém-nascido, medidas de incentivo a prevenção dos fatores de risco como a alimentação saudável, a prática de exercícios físicos, uso de preservativo e o não uso drogas lícitas e ilícitas, devem ser tomadas.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130638884","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.076-077
Lara Vargas Longui, Bárbara Ferraz Barbosa, Magna Cristina Rocha Barros, Cosme Andrade de Almeida
A intoxicação exógena é representada por um conjunto de alterações clínicas decorrentes do envenenamento provocado pela exposição à substancias químicas em altas doses. Mediante o estudo objetivou-se verificar a prevalência da intoxicação exógena em adolescentes e adultos no estado do Espírito Santo, analisando os fatores de risco associados à macrorregião de saúde Metropolitana. Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, descritivo com base na coleta de dados secundários, por meio do Sistema de Agravos de Notificação disponibilizados no banco de dados DATASUS -TABNET sobre a prevalência da intoxicação exógena no estado do Espirito Santo. Os dados coletados do estado do Espirito Santo foram filtrados para a macrorregião de saúde Metropolitana, onde foi possível observar os municípios de maior notificação, faixa etária (15 a 59 anos), agente tóxico e a circunstância de uso no período de 2014 a 2020. Foram registrados 21.681 casos de intoxicação exógena em adolescentes e adultos no estado do Espírito Santo, notificados no período de 2014 a 2020. Por meio da coleta de dados referente à macrorregião de saúde Metropolitana, observa-se um valor total de 12.480 casos notificados, com maior incidência nas cidades de Vitória com 4.649 casos, Serra com 2236 casos e de Vila Velha com 1486 casos. Realizou-se um levantamento dos agentes tóxicos, onde o grupo de medicamentos ocupa a posição de maior risco com 6569 notificações, seguido por drogas de abuso com 1386 casos. A faixa etária mais acometida foi composta pelos adultos, representando 80,6% do total. Na parcela populacional dos adolescentes (19,3%) há um predomínio aproximado de cinco vezes mais intoxicações por medicamento em relação a drogas de abuso, sendo este um grupo com valor percentual aproximado ao de alimentos e bebidas nessa faixa etária. Em relação ao sexo, a prevalência da intoxicação em mulheres é cerca de quatro vezes maior do que em homens, tendo como principal circunstancia a tentativa de suicídio. Constatou-se que as intoxicações exógenas da macrorregião Metropolitana de saúde, quando comparadas a todo o estado do Espírito Santo, possuem valores significativos, acometendo, predominantemente, mulheres por meio da ingestão descontrolada de fármacos, tendo uso principal a tentativa de suicídio, mostrando a necessidade de campanhas relacionadas ao cuidado com a automedicação e abuso medicamentoso.
{"title":"PREVALÊNCIA DA INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM ADOLESCENTES E ADULTOS: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO PERÍODO DE 2014 A 2020","authors":"Lara Vargas Longui, Bárbara Ferraz Barbosa, Magna Cristina Rocha Barros, Cosme Andrade de Almeida","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.076-077","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.076-077","url":null,"abstract":"A intoxicação exógena é representada por um conjunto de alterações clínicas decorrentes do envenenamento provocado pela exposição à substancias químicas em altas doses. Mediante o estudo objetivou-se verificar a prevalência da intoxicação exógena em adolescentes e adultos no estado do Espírito Santo, analisando os fatores de risco associados à macrorregião de saúde Metropolitana. Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal, descritivo com base na coleta de dados secundários, por meio do Sistema de Agravos de Notificação disponibilizados no banco de dados DATASUS -TABNET sobre a prevalência da intoxicação exógena no estado do Espirito Santo. Os dados coletados do estado do Espirito Santo foram filtrados para a macrorregião de saúde Metropolitana, onde foi possível observar os municípios de maior notificação, faixa etária (15 a 59 anos), agente tóxico e a circunstância de uso no período de 2014 a 2020. Foram registrados 21.681 casos de intoxicação exógena em adolescentes e adultos no estado do Espírito Santo, notificados no período de 2014 a 2020. Por meio da coleta de dados referente à macrorregião de saúde Metropolitana, observa-se um valor total de 12.480 casos notificados, com maior incidência nas cidades de Vitória com 4.649 casos, Serra com 2236 casos e de Vila Velha com 1486 casos. Realizou-se um levantamento dos agentes tóxicos, onde o grupo de medicamentos ocupa a posição de maior risco com 6569 notificações, seguido por drogas de abuso com 1386 casos. A faixa etária mais acometida foi composta pelos adultos, representando 80,6% do total. Na parcela populacional dos adolescentes (19,3%) há um predomínio aproximado de cinco vezes mais intoxicações por medicamento em relação a drogas de abuso, sendo este um grupo com valor percentual aproximado ao de alimentos e bebidas nessa faixa etária. Em relação ao sexo, a prevalência da intoxicação em mulheres é cerca de quatro vezes maior do que em homens, tendo como principal circunstancia a tentativa de suicídio. Constatou-se que as intoxicações exógenas da macrorregião Metropolitana de saúde, quando comparadas a todo o estado do Espírito Santo, possuem valores significativos, acometendo, predominantemente, mulheres por meio da ingestão descontrolada de fármacos, tendo uso principal a tentativa de suicídio, mostrando a necessidade de campanhas relacionadas ao cuidado com a automedicação e abuso medicamentoso.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134039403","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-01-25DOI: 10.46311/2318-0579.57.S1.080-081
Bárbara Ferraz Barbosa, Natanael Rodrigues de Souza, Edmy Soza Figueroa
Doenças exantemáticas são um grupo de infecções sistêmicas contagiosas, que possuem manifestações cutâneas como característica principal, sendo o Sarampo e a Rubéola enfermidades de grande incidência no Brasil. Denota-se grande preocupação quanto à primeira por sua alta transmissão, destacando-se no passado por ser uma das principais causas de morbimortalidade infantil.O objetivo do estudo foi verificar a prevalência das enfermidades exantemáticas em crianças e pré-adolescentes do Brasil, no período de 2007 a 2014, analisando particularmente a prevalência do Sarampo no Norte e Nordeste.Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo realizado por meio dedados secundários do Departamento de Informação em Saúde (DATASUS-TABNET), a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre doenças exantemáticas (Sarampo e Rubéola) no período de 2007 a 2014. Primeiro, foi selecionado todo o Brasil, com filtros para o ano e faixa etária,depois foi analisada a região Norte e Nordeste em relação às notificações de Sarampo em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, analisando faixa etária de maior prevalência e critério de confirmação.Foram registrados 1.833 casos confirmados de doenças exantemáticas: Sarampo e Rubéola, em crianças e pré-adolescentes de todo o Brasil no período de 2007 a 2014. Sendo o Rio de Janeiro (299), São Paulo (288) e Rio Grande do Sul (233) os estados com maior índice de notificações. Analisando a região Norte e Nordeste do país,quanto à mesma faixa etária e período de tempo, há um total de 759 casos, com alta prevalência nos estados de Paraíba, Pernambuco e Ceará que juntos totalizam 73,6% do total. Em relação ao Sarampo, no Brasil inteiro houve um total de 431 casos, com maior prevalência no Norte e Nordeste com 389 casos confirmados, sendo a região Nordeste responsável por 99,4% do total, os estado de Pernambuco com 46%, seguido do Ceará com 41%.Menores índices foram observados no estado de Roraima com 2 casos, Sergipe e Bahia (1 caso/ano cada). No período indicado, as crianças menores de um ano foram as mais afetadas representando 56%, seguidos de 1-4 anos com 29,5%, a faixa etária de menor afetação compreende 5-9 anos com aproximadamente 6%casos. Segundo o critério de confirmação, o método laboratorial foi o mais utilizado representando 91%, clinico epidemiológico e clinico juntos compreendem a parcela de aproximadamente 7,5%. Conclui-se que há um predomínio nos casos de Rubéola em todo o Brasil, porém quando analisada apenas as regiões Norte e Nordeste, há um aumento nos casos de Sarampo, o que deve-se a diversos fatores, sendo necessário um olhar critico relacionado à uma variação na cobertura vacinal, preconizada e distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde, adjunto a migração de indivíduos não vacinados para o país, assim como aumento do turismo na região de estudo.
皮疹病是一组以皮肤表现为主要特征的全身性传染病,麻疹和风疹是巴西发病率较高的疾病。由于第一种疾病的高传播,人们对它表示了极大的关注,过去它是儿童发病和死亡的主要原因之一。这项研究的目的是确定2007年至2014年期间巴西儿童和青少年皮肤病的流行情况,特别是分析北部和东北部的麻疹流行情况。这是一项流行病学、横断面、描述性研究,使用卫生信息部(DATASUS-TABNET)的二级数据,来自法定疾病信息系统(思南)关于2007年至2014年期间的皮疹疾病(麻疹和风疹)。首先,选择整个巴西,按年份和年龄进行过滤,然后分析北部和东北部地区0 - 14岁儿童和青少年麻疹通报情况,分析流行率较高的年龄组和确认标准。2007年至2014年期间,在巴西各地的儿童和青少年中登记了1 833例确诊的麻疹和风疹疹疾病病例。里约热内卢de Janeiro (299), sao Paulo(288)和里约热内卢Grande do Sul(233)是报告率最高的州。分析该国北部和东北部地区,在同一年龄组和时期,共有759例病例,paraiba、伯南布哥和ceara州的患病率较高,合计占总数的73.6%。关于麻疹,巴西共有431例,北部和东北部的流行率最高,确诊病例389例,东北部地区占总数的99.4%,伯南布哥州占46%,其次是ceara州,占41%。罗赖马州、塞吉佩州和巴伊亚州的发病率较低,分别为2例(每年1例)。在指定期间,1岁以下儿童受影响最大,占56%,其次是1-4岁的儿童,占29.5%,5 -9岁的儿童受影响最小,约占6%。根据确认标准,实验室方法使用最多,占91%,临床流行病学和临床加在一起约占7.5%。淡,我们在风疹病例有优势,在整个巴西,但分析时的北部和东北部,有麻疹病例的增加是由于各种因素,需要一个关键看一个差异有关疫苗接种覆盖率,假设和免费分发由卫生部,未接种疫苗的人迁移到这个国家,就像增加在该地区旅游的研究。
{"title":"PREVALÊNCIA DO SARAMPO EM CRIANÇAS E PRÉ-ADOLESCENTES NA REGIÃO NORTE E NORDESTE DO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2014","authors":"Bárbara Ferraz Barbosa, Natanael Rodrigues de Souza, Edmy Soza Figueroa","doi":"10.46311/2318-0579.57.S1.080-081","DOIUrl":"https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.S1.080-081","url":null,"abstract":"Doenças exantemáticas são um grupo de infecções sistêmicas contagiosas, que possuem manifestações cutâneas como característica principal, sendo o Sarampo e a Rubéola enfermidades de grande incidência no Brasil. Denota-se grande preocupação quanto à primeira por sua alta transmissão, destacando-se no passado por ser uma das principais causas de morbimortalidade infantil.O objetivo do estudo foi verificar a prevalência das enfermidades exantemáticas em crianças e pré-adolescentes do Brasil, no período de 2007 a 2014, analisando particularmente a prevalência do Sarampo no Norte e Nordeste.Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo realizado por meio dedados secundários do Departamento de Informação em Saúde (DATASUS-TABNET), a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre doenças exantemáticas (Sarampo e Rubéola) no período de 2007 a 2014. Primeiro, foi selecionado todo o Brasil, com filtros para o ano e faixa etária,depois foi analisada a região Norte e Nordeste em relação às notificações de Sarampo em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, analisando faixa etária de maior prevalência e critério de confirmação.Foram registrados 1.833 casos confirmados de doenças exantemáticas: Sarampo e Rubéola, em crianças e pré-adolescentes de todo o Brasil no período de 2007 a 2014. Sendo o Rio de Janeiro (299), São Paulo (288) e Rio Grande do Sul (233) os estados com maior índice de notificações. Analisando a região Norte e Nordeste do país,quanto à mesma faixa etária e período de tempo, há um total de 759 casos, com alta prevalência nos estados de Paraíba, Pernambuco e Ceará que juntos totalizam 73,6% do total. Em relação ao Sarampo, no Brasil inteiro houve um total de 431 casos, com maior prevalência no Norte e Nordeste com 389 casos confirmados, sendo a região Nordeste responsável por 99,4% do total, os estado de Pernambuco com 46%, seguido do Ceará com 41%.Menores índices foram observados no estado de Roraima com 2 casos, Sergipe e Bahia (1 caso/ano cada). No período indicado, as crianças menores de um ano foram as mais afetadas representando 56%, seguidos de 1-4 anos com 29,5%, a faixa etária de menor afetação compreende 5-9 anos com aproximadamente 6%casos. Segundo o critério de confirmação, o método laboratorial foi o mais utilizado representando 91%, clinico epidemiológico e clinico juntos compreendem a parcela de aproximadamente 7,5%. Conclui-se que há um predomínio nos casos de Rubéola em todo o Brasil, porém quando analisada apenas as regiões Norte e Nordeste, há um aumento nos casos de Sarampo, o que deve-se a diversos fatores, sendo necessário um olhar critico relacionado à uma variação na cobertura vacinal, preconizada e distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde, adjunto a migração de indivíduos não vacinados para o país, assim como aumento do turismo na região de estudo.","PeriodicalId":137157,"journal":{"name":"Revista Uningá","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-01-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130391456","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}