G. Lessa, Adrielli Ribeiro Araújo, Bianca Souza Araújo Adão, Fernanda Morais Côrtes, Flávio Augusto Silva Coelho, G. S. T. Garbino, M. Brandão, Pollyanna Alves Barros
O professor João Moojen iniciou uma importante coleção de vertebrados na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do estado de Minas Gerais, em Viçosa em 1933. Essa coleção foi o embrião do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV), inaugurado oficialmente em 1993. Atualmente, o MZUFV possui coleções científicas, didática e de exposição, com dados digitalizados de aproximadamente 36 mil exemplares, incluindo fósseis e viventes de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. O objetivo deste estudo foi descrever o histórico da Coleção de Mamíferos do MZUFV, evidenciar sua diversidade taxonômica e abrangência geográfica. Com essa finalidade, a identidade taxonômica dos espécimes foi examinada e atualizada, e um mapa de procedência foi produzido. Foram contabilizados 4878 espécimes tombados pertencentes a 218 espécies distribuídas em 11 ordens, 35 famílias e 142 gêneros. As espécies do acervo representam 25,5 % da diversidade de mamíferos no Brasil. A maioria dos exemplares é oriundo da Mata Atlântica de Minas Gerais, havendo também representantes dos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia. As ordens mais representadas tanto em espécimes quanto espécies são Rodentia, Chiroptera, Didelphimorphia, Carnivora e Primates. Na coleção estão depositados parátipos dos roedores Calassomys apicalis e Rhipidomys tribei. A contratação de mastozoólogos desde a década de 1990 aumentou o número de exemplares na coleção através de projetos e parcerias nacionais e internacionais. Desde sua criação, o acervo tem sido utilizado em inúmeras publicações científicas, enfatizando sua relevância regional e nacional.
{"title":"Coleção de Mamíferos do Museu de Zoologia João Moojen, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, Brasil","authors":"G. Lessa, Adrielli Ribeiro Araújo, Bianca Souza Araújo Adão, Fernanda Morais Côrtes, Flávio Augusto Silva Coelho, G. S. T. Garbino, M. Brandão, Pollyanna Alves Barros","doi":"10.32673/bjm.vie90.23","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vie90.23","url":null,"abstract":"O professor João Moojen iniciou uma importante coleção de vertebrados na Escola Superior de Agricultura e Veterinária do estado de Minas Gerais, em Viçosa em 1933. Essa coleção foi o embrião do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV), inaugurado oficialmente em 1993. Atualmente, o MZUFV possui coleções científicas, didática e de exposição, com dados digitalizados de aproximadamente 36 mil exemplares, incluindo fósseis e viventes de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. O objetivo deste estudo foi descrever o histórico da Coleção de Mamíferos do MZUFV, evidenciar sua diversidade taxonômica e abrangência geográfica. Com essa finalidade, a identidade taxonômica dos espécimes foi examinada e atualizada, e um mapa de procedência foi produzido. Foram contabilizados 4878 espécimes tombados pertencentes a 218 espécies distribuídas em 11 ordens, 35 famílias e 142 gêneros. As espécies do acervo representam 25,5 % da diversidade de mamíferos no Brasil. A maioria dos exemplares é oriundo da Mata Atlântica de Minas Gerais, havendo também representantes dos biomas Cerrado, Pantanal e Amazônia. As ordens mais representadas tanto em espécimes quanto espécies são Rodentia, Chiroptera, Didelphimorphia, Carnivora e Primates. Na coleção estão depositados parátipos dos roedores Calassomys apicalis e Rhipidomys tribei. A contratação de mastozoólogos desde a década de 1990 aumentou o número de exemplares na coleção através de projetos e parcerias nacionais e internacionais. Desde sua criação, o acervo tem sido utilizado em inúmeras publicações científicas, enfatizando sua relevância regional e nacional.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124625505","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. Scherer, Leonardo Souza Lobo, Letícia Francielle Moreira Pales
A Coleção de Paleontologia de Vertebrados do Museu de Zoologia e Paleontologia (MURB) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) foi criada em 01 de março de 2010 e está localizada no campus da UFRB, em Cruz das Almas, Bahia. Ela conta, atualmente, com 4.928 espécimes tombados, sendo, aproximadamente, 40% fósseis de mamíferos quaternários de várias regiões do Estado da Bahia. O objetivo deste trabalho é apresentar o acervo de mamíferos fósseis da Coleção de Paleontologia de Vertebrados do MURB, sua importância para a comunidade científica e em atividades de valorização e preservação do patrimônio fossilífero. O acervo reflete a diversidade fossilífera do Quaternário da Bahia, incluindo espécimes pertence às ordens Didelphimorphia, Cingulata, Pilosa, Proboscidea, Rodentia, Chiroptera, Carnivora, Perissodactyla, Notoungulata, Litopterna e Cetartiodactyla. O material provém de 11 localidades de tanques e 3 cavernas de diferentes regiões do estado. Desde sua criação, a coleção vem contribuindo para a pesquisa sobre a paleomastofauna do Quaternário, não somente no âmbito da UFRB, mas também junto a pesquisadores de outras instituições, tendo assim um importante papel na pesquisa sobre mamíferos fósseis, no Nordeste do Brasil. O acervo da coleção também tem contribuído, desde o início, para finalidade didáticas e extensionistas, através de aulas práticas, exposições pontuais, cursos para professores da educação básica e visitas técnicas de estudantes de outras instituições.
{"title":"Coleção de Paleontologia de Vertebrados e sua importância para o estudo da Paleomastozoologia na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Cruz das Almas, Bahia, Brasil)","authors":"C. Scherer, Leonardo Souza Lobo, Letícia Francielle Moreira Pales","doi":"10.32673/bjm.vie90.14","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vie90.14","url":null,"abstract":"A Coleção de Paleontologia de Vertebrados do Museu de Zoologia e Paleontologia (MURB) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) foi criada em 01 de março de 2010 e está localizada no campus da UFRB, em Cruz das Almas, Bahia. Ela conta, atualmente, com 4.928 espécimes tombados, sendo, aproximadamente, 40% fósseis de mamíferos quaternários de várias regiões do Estado da Bahia. O objetivo deste trabalho é apresentar o acervo de mamíferos fósseis da Coleção de Paleontologia de Vertebrados do MURB, sua importância para a comunidade científica e em atividades de valorização e preservação do patrimônio fossilífero. O acervo reflete a diversidade fossilífera do Quaternário da Bahia, incluindo espécimes pertence às ordens Didelphimorphia, Cingulata, Pilosa, Proboscidea, Rodentia, Chiroptera, Carnivora, Perissodactyla, Notoungulata, Litopterna e Cetartiodactyla. O material provém de 11 localidades de tanques e 3 cavernas de diferentes regiões do estado. Desde sua criação, a coleção vem contribuindo para a pesquisa sobre a paleomastofauna do Quaternário, não somente no âmbito da UFRB, mas também junto a pesquisadores de outras instituições, tendo assim um importante papel na pesquisa sobre mamíferos fósseis, no Nordeste do Brasil. O acervo da coleção também tem contribuído, desde o início, para finalidade didáticas e extensionistas, através de aulas práticas, exposições pontuais, cursos para professores da educação básica e visitas técnicas de estudantes de outras instituições.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"6 4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129625255","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
G. Sobral, Gabby Guilhon, Filipe S Gudinho, S. Siciliano, L. Fuzessy
Brazil experienced the largest socioenvironmental catastrophe of its history, caused by a tailings dam failure, known as “Mariana disaster”. The wave of iron-mining waste buried villages, contaminated the Doce River, and left an immense ocean plume. The Doce River watershed is the largest in southeast Brazil, and located in the Atlantic Forest domain, presenting an outstanding economic, social, and biological relevance. Although the effects of such tragic events are usually assessed through fish assemblage changes, mammals have important effects on environment structure and regeneration. Inventories are of prime importance for adequate conservation efforts as well as for evaluating impacts of any disaster. Therefore, the aim of this paper was to present an updated assessment of mammalian list collected in the affected portion of Doce River before the dam failure therefore contributing to future conservation efforts. Data collection comprised specimens deposited in Museu Nacional/UFRJ, the oldest mammal collection of Brazil, and literature review. The two surveys together retrieved 157 species from 31 families and 11 orders, representing around 60% of the known mammalian diversity in the Atlantic Forest, including some in critical conservation condition, such as the Franciscana dolphin, the northern muriqui and the giant otter. Mining is a byproduct of present society, with dam breaches as a recurring problem. Facing the importance of Doce River to both Brazilian biodiversity and society, the chain of events must be taken into account in environmental rehabilitation strategies, and taxa less commonly assessed, like mammals, should be included.
{"title":"Dam failure and mammals","authors":"G. Sobral, Gabby Guilhon, Filipe S Gudinho, S. Siciliano, L. Fuzessy","doi":"10.32673/bjm.vi90.48","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.48","url":null,"abstract":"Brazil experienced the largest socioenvironmental catastrophe of its history, caused by a tailings dam failure, known as “Mariana disaster”. The wave of iron-mining waste buried villages, contaminated the Doce River, and left an immense ocean plume. The Doce River watershed is the largest in southeast Brazil, and located in the Atlantic Forest domain, presenting an outstanding economic, social, and biological relevance. Although the effects of such tragic events are usually assessed through fish assemblage changes, mammals have important effects on environment structure and regeneration. Inventories are of prime importance for adequate conservation efforts as well as for evaluating impacts of any disaster. Therefore, the aim of this paper was to present an updated assessment of mammalian list collected in the affected portion of Doce River before the dam failure therefore contributing to future conservation efforts. Data collection comprised specimens deposited in Museu Nacional/UFRJ, the oldest mammal collection of Brazil, and literature review. The two surveys together retrieved 157 species from 31 families and 11 orders, representing around 60% of the known mammalian diversity in the Atlantic Forest, including some in critical conservation condition, such as the Franciscana dolphin, the northern muriqui and the giant otter. Mining is a byproduct of present society, with dam breaches as a recurring problem. Facing the importance of Doce River to both Brazilian biodiversity and society, the chain of events must be taken into account in environmental rehabilitation strategies, and taxa less commonly assessed, like mammals, should be included.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114263258","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jéssica Viviane Amorim Ferreira, Iardley Cícero Gomes Varjão, Leandro Rodrigues da Costa Oliveira, M. A. Souza, P. Nicola, P. Santos
A Coleção de Mamíferos do Museu de Fauna da Caatinga (MFCM) abriga cerca de 1000 espécimes. Os estados do nordeste brasileiro, Ceará, Paraíba e Pernambuco foram objeto de inúmeras incursões conduzidas por pesquisadores do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (CEMAFAUNA), tornando-os os mais representativos em termos de quantidade de espécimes e riqueza de espécies na coleção. Apresentamos uma lista de roedores depositados na coleção, acompanhado de dados de distribuição geográfica e indicação de novos registros. Listamos 469 espécimes, representando 16 espécies e 13 gêneros das famílias Caviidae, Echimyidae, Cricetidae e Muridae. Entre estas, duas espécies encontram-se atualmente ameaçadas no Brasil e 14 espécies possuem novos registros de distribuição. Com base em dados disponibilizados na literatura a distribuição geográfica de Holochilus oxe Prado, Knowles & Percequillo, 2021, foi ampliada para a Paraíba. Adicionalmente, observamos em Pernambuco algumas das áreas com maior número de coletas, tais como os municípios de Salgueiro, Floresta e Cabrobó. O presente catálogo desempenha papel importante ao apresentar a biodiversidade de roedores da Caatinga, como uma fonte primária para a pesquisa científica e conservação.
{"title":"Catálogo de roedores (Rodentia) depositados na Coleção de Mastozoologia do Museu de Fauna da Caatinga","authors":"Jéssica Viviane Amorim Ferreira, Iardley Cícero Gomes Varjão, Leandro Rodrigues da Costa Oliveira, M. A. Souza, P. Nicola, P. Santos","doi":"10.32673/bjm.vie90.29","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vie90.29","url":null,"abstract":"A Coleção de Mamíferos do Museu de Fauna da Caatinga (MFCM) abriga cerca de 1000 espécimes. Os estados do nordeste brasileiro, Ceará, Paraíba e Pernambuco foram objeto de inúmeras incursões conduzidas por pesquisadores do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (CEMAFAUNA), tornando-os os mais representativos em termos de quantidade de espécimes e riqueza de espécies na coleção. Apresentamos uma lista de roedores depositados na coleção, acompanhado de dados de distribuição geográfica e indicação de novos registros. Listamos 469 espécimes, representando 16 espécies e 13 gêneros das famílias Caviidae, Echimyidae, Cricetidae e Muridae. Entre estas, duas espécies encontram-se atualmente ameaçadas no Brasil e 14 espécies possuem novos registros de distribuição. Com base em dados disponibilizados na literatura a distribuição geográfica de Holochilus oxe Prado, Knowles & Percequillo, 2021, foi ampliada para a Paraíba. Adicionalmente, observamos em Pernambuco algumas das áreas com maior número de coletas, tais como os municípios de Salgueiro, Floresta e Cabrobó. O presente catálogo desempenha papel importante ao apresentar a biodiversidade de roedores da Caatinga, como uma fonte primária para a pesquisa científica e conservação.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130466024","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. R. Percequillo, Katia Mpmb Ferraz, Marcelo Magioli, A. C. Loss, F. P. Tirelli, J. A. Bogoni, Mariella Butti
{"title":"O legado de quatro décadas do periódico da Sociedade Brasileira de Mastozoologia","authors":"A. R. Percequillo, Katia Mpmb Ferraz, Marcelo Magioli, A. C. Loss, F. P. Tirelli, J. A. Bogoni, Mariella Butti","doi":"10.32673/bjm.vi90.65","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.65","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129553449","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A reprodução sazonal é um aspecto comum na história de vida dos marsupiais americanos e australianos e já foi relacionada à variação na temperatura, disponibilidade de recursos no ambiente e fotoperíodo. Didelphis aurita é um marsupial neotropical que possui reprodução sazonal em que os indivíduos podem apresentar até dois estros durante a estação reprodutiva, produzindo duas coortes de indivíduos que irão desmamar aproximadamente 100 dias após o nascimento. Nestes ambientes sazonais, a disponibilidade de recursos no ambiente é heterogênea ao longo do ano, sendo maior na estação chuvosa. Dessa forma, as condições ambientais ao longo do ano podem diferir entre o primeiro e segundo pico de nascimento dos filhotes, refletindo na sobrevivência dos filhotes desmamados. Neste estudo foi avaliada a sobrevivência diferencial entre filhotes de D. aurita nascidos no primeiro (julho a outubro) e segundo (novembro a fevereiro) eventos reprodutivos. O estudo foi desenvolvido ao longo de 22 anos, na localidade Garrafão, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, estado do Rio de Janeiro. Fêmeas capturadas com filhotes no marsúpio foram pesadas e os filhotes foram identificados com corte de falange distal. A sobrevivência aparente e a taxa de recaptura foram estimadas no programa MARK. Foram criados 16 modelos que variavam entre sexo, coorte e massa materna (8 - probabilidade de recaptura e 8 - sobrevivência). Foram marcados 1.082 filhotes, totalizando 160 ninhadas. A sobrevivência variou entre sexos, coortes e massa materna, apresentando maiores taxas para fêmeas e coorte 1 (F1 = 0,702 ± 0,041; F2 = 0,592 ± 0,042; M1 = 0,630 ± 0,051; M2 =0,428±0,051) e efeito positivo da massa materna (β = 0,120; IC = 0,00; 0,279). A taxa de recaptura foi três vezes maior na coorte 2 (0,262 ± 0,040), comparada à coorte 1 (0,076 ± 0,015). Os resultados corroboraram com a hipótese de sobrevivência diferencial entre coortes e sexo. Filhotes nascidos na primeira coorte desmamam em um período com maior abundância de recursos e menor densidade populacional, favorecendo sua sobrevivência. Apesar de existirem estudos avaliando a sobrevivência de marsupiais, incluindo o gênero Didelphis, ainda não havia um que abordasse a sobrevivência diferencial das coortes nascidas em um mesmo evento reprodutivo.
{"title":"Sobrevivência diferencial das coortes do marsupial Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) nascidos em um mesmo evento reprodutivo","authors":"Renatha Cardoso da Silva","doi":"10.32673/bjm.vi90.60","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.60","url":null,"abstract":"A reprodução sazonal é um aspecto comum na história de vida dos marsupiais americanos e australianos e já foi relacionada à variação na temperatura, disponibilidade de recursos no ambiente e fotoperíodo. Didelphis aurita é um marsupial neotropical que possui reprodução sazonal em que os indivíduos podem apresentar até dois estros durante a estação reprodutiva, produzindo duas coortes de indivíduos que irão desmamar aproximadamente 100 dias após o nascimento. Nestes ambientes sazonais, a disponibilidade de recursos no ambiente é heterogênea ao longo do ano, sendo maior na estação chuvosa. Dessa forma, as condições ambientais ao longo do ano podem diferir entre o primeiro e segundo pico de nascimento dos filhotes, refletindo na sobrevivência dos filhotes desmamados. Neste estudo foi avaliada a sobrevivência diferencial entre filhotes de D. aurita nascidos no primeiro (julho a outubro) e segundo (novembro a fevereiro) eventos reprodutivos. O estudo foi desenvolvido ao longo de 22 anos, na localidade Garrafão, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, estado do Rio de Janeiro. Fêmeas capturadas com filhotes no marsúpio foram pesadas e os filhotes foram identificados com corte de falange distal. A sobrevivência aparente e a taxa de recaptura foram estimadas no programa MARK. Foram criados 16 modelos que variavam entre sexo, coorte e massa materna (8 - probabilidade de recaptura e 8 - sobrevivência). Foram marcados 1.082 filhotes, totalizando 160 ninhadas. A sobrevivência variou entre sexos, coortes e massa materna, apresentando maiores taxas para fêmeas e coorte 1 (F1 = 0,702 ± 0,041; F2 = 0,592 ± 0,042; M1 = 0,630 ± 0,051; M2 =0,428±0,051) e efeito positivo da massa materna (β = 0,120; IC = 0,00; 0,279). A taxa de recaptura foi três vezes maior na coorte 2 (0,262 ± 0,040), comparada à coorte 1 (0,076 ± 0,015). Os resultados corroboraram com a hipótese de sobrevivência diferencial entre coortes e sexo. Filhotes nascidos na primeira coorte desmamam em um período com maior abundância de recursos e menor densidade populacional, favorecendo sua sobrevivência. Apesar de existirem estudos avaliando a sobrevivência de marsupiais, incluindo o gênero Didelphis, ainda não havia um que abordasse a sobrevivência diferencial das coortes nascidas em um mesmo evento reprodutivo.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122621165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Clara Santos Ribeiro, Lizandra Regina Bigai, Michel Barros Faria, R. Costa
A coleção de mamíferos do Museu de Zoologia Newton Baião de Azevedo consiste em 601 espécimes de 95 espécies. A coleção é mantida em repositórios científicos com alguns exemplares disponíveis em sala de exposição aberta ao público. A origem geográfica dos espécimes da coleção cobre áreas da Floresta Atlântica e Amazônia, sendo a maioria provenientes da Floresta Atlântica de Minas Gerais. A maior parte das espécies representadas pertencem às classes Rodentia, seguidas de Didelphimorphia e Chiroptera. As espécies mais frequentes são Marmosops incanus (37) e Akodon montensis (32). A coleção contém espécies raras, endêmicas, exóticas e ameaçadas.
哺乳动物博物馆(museum of zooologia Newton baiao de Azevedo)的藏品包括95种601个标本。这些藏品被保存在科学仓库中,一些标本可以在向公众开放的展厅中找到。这些标本的地理来源包括大西洋森林和亚马逊地区,其中大部分来自米纳斯吉拉斯的大西洋森林。所代表的物种大多属于啮齿动物纲,其次是双翅目和手翅目。最常见的物种是Marmosops incanus(37)和Akodon montensis(32)。该收藏包括稀有、地方性、外来和濒危物种。
{"title":"Mamíferos do Museu de Zoologia Newton Baião de Azevedo da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Carangola","authors":"Maria Clara Santos Ribeiro, Lizandra Regina Bigai, Michel Barros Faria, R. Costa","doi":"10.32673/bjm.vie90.17","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vie90.17","url":null,"abstract":"A coleção de mamíferos do Museu de Zoologia Newton Baião de Azevedo consiste em 601 espécimes de 95 espécies. A coleção é mantida em repositórios científicos com alguns exemplares disponíveis em sala de exposição aberta ao público. A origem geográfica dos espécimes da coleção cobre áreas da Floresta Atlântica e Amazônia, sendo a maioria provenientes da Floresta Atlântica de Minas Gerais. A maior parte das espécies representadas pertencem às classes Rodentia, seguidas de Didelphimorphia e Chiroptera. As espécies mais frequentes são Marmosops incanus (37) e Akodon montensis (32). A coleção contém espécies raras, endêmicas, exóticas e ameaçadas.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121856922","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Callithrix é um gênero de primata Neotropical com seis espécies reconhecidas, C. jacchus, C. geoffroyi, C. penicillata, C. kuhlii, C. aurita e C. flaviceps, distribuídas na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Atualmente, espécimes com morfologia similar à de C. jacchus, C. penicillata ou de híbridos são encontrados no sudeste do país e regiões limítrofes. A ação antrópica tem grande responsabilidade por isso e hoje espécimes com a morfologia de híbridos estão amplamente distribuídos nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e arredores. Por terem um alto potencial adaptativo, o número de híbridos vem crescendo e causando impacto negativo na fauna local. Além disso, C. aurita, espécie endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção (classificada como vulnerável), pode estar sendo ameaçada pela presença dos híbridos, e inclusive acasalando com eles. Esse trabalho teve como objetivo detectar a diversidade genética e determinar a linhagem materna dos híbridos do sudeste brasileiro e regiões limítrofes através da análise do gene mitocondrial citocromo b (MT-Cytb). Nas análises filogenéticas de máxima verossimilhança foram incluídas as 78 sequências dos híbridos aqui geradas, além de 52 de outros híbridos previamente sequenciados, 18 de C. jacchus, 15 de C. penicillata, 12 de C. geoffroyi, 7 de C. kuhlii e uma amostra de C. aurita disponíveis no GenBank, usando como grupo externo Callimico goeldii. O gênero Callithrix apareceu monofilético, tendo C. aurita como a linhagem irmã do restante das espécies agrupadas em um único clado. Três dessas espécies, C. geoffroyi, C. jacchus e C. penicillata, aparecem como monofiléticas, enquanto C. kuhlii aparece como um grupo polifilético e estruturados de acordo com a origem geográfica, sugerindo em vários pontos da topologia a presença de linhagens evolutivas distintas. Os resultados mostraram que a linhagem materna dos híbridos é composta por C. kuhlii, C. penicillata ou C. geoffroyi, mas não por C. aurita e C. jacchus. Estes resultados mostram que mais de uma espécie de Callithrix está envolvida na linhagem materna dos híbridos analisados, o que é bastante preocupante sob o ponto de vista da conservação, porque mostra que diferentes espécies deste gênero estão se hibridizando no sudeste do Brasil. Este fato, junto com a grande adaptabilidade dos híbridos, inclusive no peridomicílio nas cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é uma ameaça tanto às espécies residentes, quanto pela possibilidade destes primatas possuírem e disseminarem zoonoses.
Callithrix是新热带灵长类动物的一个属,有6种已知的物种,C. jacchus, C. geoffroyi, C. penicillata, C. kuhlii, C. aurita和C. flaviceps,分布在大西洋森林,塞拉多和Caatinga。目前,在巴西东南部和周边地区发现了形态与jacchus、C. penicillata或杂种相似的标本。人类活动对此负有很大的责任,今天具有杂交形态的标本广泛分布在里约热内卢、米纳斯吉拉斯及其周边地区。由于它们具有很高的适应潜力,杂交品种的数量正在增加,并对当地野生动物造成负面影响。此外,大西洋森林特有的濒危物种aurita(被列为脆弱物种)可能受到杂交物种的威胁,甚至与它们交配。本研究旨在通过分析线粒体细胞色素b基因(MT-Cytb),检测巴西东南部及周边地区杂交种的遗传多样性,并确定其母系。系统发育分析的最大似然序列所包含的78杂交前面生成的混合动力车,除了52测序,c . c . penicillata jacchus, 15日,18日7日12 c geoffroyi c kuhlii和c aurita样本的基因,通过外部组Callimico goeldii。Callithrix属是单系的,而C. aurita是其他物种的姐妹谱系,被归为一个分支。其中3个物种,C. geoffroyi, C. jacchus和C. penicillata,是单系的,而C. kuhlii是一个多系的群体,根据地理来源的结构,表明在拓扑的不同点存在不同的进化谱系。结果表明,杂交种的母系由库氏C. kuhlii、青霉C. penicillata和C. geoffroyi组成,而不是由aurita和C. jacchus组成。这些结果表明,在分析的杂交种的母系中有不止一种萼藓属植物,从保护的角度来看,这是非常令人担忧的,因为它表明该属的不同物种在巴西东南部进行杂交。这一事实,加上杂交动物的巨大适应性,包括在里约热内卢和贝洛奥里藏特的郊区,对居民物种和这些灵长类动物拥有和传播人畜共患病的可能性都是一种威胁。
{"title":"Diversidade genética na população de Callithrix introduzida na Mata Atlântica do Sudeste brasileiro","authors":"Kariny de Araújo Teles","doi":"10.32673/bjm.vi90.59","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.59","url":null,"abstract":"Callithrix é um gênero de primata Neotropical com seis espécies reconhecidas, C. jacchus, C. geoffroyi, C. penicillata, C. kuhlii, C. aurita e C. flaviceps, distribuídas na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Atualmente, espécimes com morfologia similar à de C. jacchus, C. penicillata ou de híbridos são encontrados no sudeste do país e regiões limítrofes. A ação antrópica tem grande responsabilidade por isso e hoje espécimes com a morfologia de híbridos estão amplamente distribuídos nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e arredores. Por terem um alto potencial adaptativo, o número de híbridos vem crescendo e causando impacto negativo na fauna local. Além disso, C. aurita, espécie endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção (classificada como vulnerável), pode estar sendo ameaçada pela presença dos híbridos, e inclusive acasalando com eles. Esse trabalho teve como objetivo detectar a diversidade genética e determinar a linhagem materna dos híbridos do sudeste brasileiro e regiões limítrofes através da análise do gene mitocondrial citocromo b (MT-Cytb). Nas análises filogenéticas de máxima verossimilhança foram incluídas as 78 sequências dos híbridos aqui geradas, além de 52 de outros híbridos previamente sequenciados, 18 de C. jacchus, 15 de C. penicillata, 12 de C. geoffroyi, 7 de C. kuhlii e uma amostra de C. aurita disponíveis no GenBank, usando como grupo externo Callimico goeldii. O gênero Callithrix apareceu monofilético, tendo C. aurita como a linhagem irmã do restante das espécies agrupadas em um único clado. Três dessas espécies, C. geoffroyi, C. jacchus e C. penicillata, aparecem como monofiléticas, enquanto C. kuhlii aparece como um grupo polifilético e estruturados de acordo com a origem geográfica, sugerindo em vários pontos da topologia a presença de linhagens evolutivas distintas. Os resultados mostraram que a linhagem materna dos híbridos é composta por C. kuhlii, C. penicillata ou C. geoffroyi, mas não por C. aurita e C. jacchus. Estes resultados mostram que mais de uma espécie de Callithrix está envolvida na linhagem materna dos híbridos analisados, o que é bastante preocupante sob o ponto de vista da conservação, porque mostra que diferentes espécies deste gênero estão se hibridizando no sudeste do Brasil. Este fato, junto com a grande adaptabilidade dos híbridos, inclusive no peridomicílio nas cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, é uma ameaça tanto às espécies residentes, quanto pela possibilidade destes primatas possuírem e disseminarem zoonoses.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"68 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132693260","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
During our visits to the main Brazilian collections of echimyid rodents to conduct a study relating scapula and humerus morphometry with locomotor habits, we found a large number of specimens with absent postcranium or in a poor state of conservation, compromising our sampling and hindering our work. As a result, the scapulae accounted for only 35% and the humerus 32% of the total skulls present in mammalogy collections. We, therefore, alert all fellow mammalogists to the importance of preserving postcranial structures for deposit in zoological collections.
{"title":"Main zoological collections of Brazilian echimyid rodents and the importance of preserving postcranial structures","authors":"J. G. Carvalhaes, P. D’Andrea, R. V. Vilela","doi":"10.32673/bjm.vie90.25","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vie90.25","url":null,"abstract":"During our visits to the main Brazilian collections of echimyid rodents to conduct a study relating scapula and humerus morphometry with locomotor habits, we found a large number of specimens with absent postcranium or in a poor state of conservation, compromising our sampling and hindering our work. As a result, the scapulae accounted for only 35% and the humerus 32% of the total skulls present in mammalogy collections. We, therefore, alert all fellow mammalogists to the importance of preserving postcranial structures for deposit in zoological collections.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122027000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A mineração é a atividade econômica mais forte na região do Alto São Francisco, no centro-oeste mineiro. Fazem parte desta região os municípios de Arcos, Pains, Iguatama, Bambuí e Formiga. Esses municípios têm em comum as grandes reservas de calcário presentes em seus territórios, que despertam o interesse minerário nessa região. Algumas empresas desses municípios, possuem seus empreendimentos caracterizados para a apresentação do EIA/RIMA. O presente estudo visa então, analisar o conteúdo de uma amostragem de EIAs da região, analisando a concordância do diagnóstico do Meio Biótico dos estudos, frente a legislação referente e à técnica recomendada para a elaboração dos mesmos. Foi dado enfoque na avaliação da mastofauna levantada nos EIAs. A metodologia utilizada foi a aplicação de dois questionários na amostragem de 27 EIAs, o primeiro de Avaliação da Concordância dos EIAs com a Legislação e o segundo de Avaliação da Concordância dos EIAs com a Técnica. O resultado mostra que a qualidade da amostra de Estudos de Impacto Ambiental deferidos pelo órgão ambiental competente, de empreendimentos minerários da região do Alto São Francisco é inferior a esperada, e que torna falha a utilização primordial do Estudo de Impacto Ambiental como instrumento de tomada de decisões.
{"title":"Análise da abordagem do meio biótico dos estudos de impacto Ambiental de minerações na região do Alto São Francisco, Minas Gerais","authors":"Vitória Barros Ferreira","doi":"10.32673/bjm.vi90.62","DOIUrl":"https://doi.org/10.32673/bjm.vi90.62","url":null,"abstract":"A mineração é a atividade econômica mais forte na região do Alto São Francisco, no centro-oeste mineiro. Fazem parte desta região os municípios de Arcos, Pains, Iguatama, Bambuí e Formiga. Esses municípios têm em comum as grandes reservas de calcário presentes em seus territórios, que despertam o interesse minerário nessa região. Algumas empresas desses municípios, possuem seus empreendimentos caracterizados para a apresentação do EIA/RIMA. O presente estudo visa então, analisar o conteúdo de uma amostragem de EIAs da região, analisando a concordância do diagnóstico do Meio Biótico dos estudos, frente a legislação referente e à técnica recomendada para a elaboração dos mesmos. Foi dado enfoque na avaliação da mastofauna levantada nos EIAs. A metodologia utilizada foi a aplicação de dois questionários na amostragem de 27 EIAs, o primeiro de Avaliação da Concordância dos EIAs com a Legislação e o segundo de Avaliação da Concordância dos EIAs com a Técnica. O resultado mostra que a qualidade da amostra de Estudos de Impacto Ambiental deferidos pelo órgão ambiental competente, de empreendimentos minerários da região do Alto São Francisco é inferior a esperada, e que torna falha a utilização primordial do Estudo de Impacto Ambiental como instrumento de tomada de decisões.","PeriodicalId":204477,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Mammalogy","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124849523","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}