Manuel Ricardo Medellin Rincon, Oscar Fernando Gomez-Ricaurte, Hermann Alfredo Riveros-Riveros, Andrea Sambri
Um paciente do sexo masculino, de 33 anos, apresentou osteomielite crônica do fêmur distal com perda óssea maciça após fratura exposta de grau 3b. Após vários tratamentos ineficazes para erradicar a infecção, foi realizado um procedimento de aumento da tíbia para proporcionar um coto estável e funcional. Para evitar problemas neurovasculares, os vasos poplíteos e o nervo ciático foram movidos em sentido medial e o retalho foi rotacionado externamente para diminuição do colapso. A evolução após a cirurgia foi satisfatória; não houve claudicação vascular ou neurológica, e o paciente pôde usar prótese externa após a cicatrização do retalho. A plastia tibial é uma técnica reconstrutiva raramente descrita, que pode aumentar o comprimento dos cotos. A liberação e medialização dos vasos poplíteos, com rotação axial do retalho, pode prevenir o desenvolvimento de impacto neurovascular.
{"title":"Medialização do feixe neurovascular poplíteo e rotação axial do retalho para evitar o impacto ósseo na plastia de inversão tibial: Relato de caso","authors":"Manuel Ricardo Medellin Rincon, Oscar Fernando Gomez-Ricaurte, Hermann Alfredo Riveros-Riveros, Andrea Sambri","doi":"10.1055/s-0044-1779308","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1779308","url":null,"abstract":"Um paciente do sexo masculino, de 33 anos, apresentou osteomielite crônica do fêmur distal com perda óssea maciça após fratura exposta de grau 3b. Após vários tratamentos ineficazes para erradicar a infecção, foi realizado um procedimento de aumento da tíbia para proporcionar um coto estável e funcional. Para evitar problemas neurovasculares, os vasos poplíteos e o nervo ciático foram movidos em sentido medial e o retalho foi rotacionado externamente para diminuição do colapso. A evolução após a cirurgia foi satisfatória; não houve claudicação vascular ou neurológica, e o paciente pôde usar prótese externa após a cicatrização do retalho. A plastia tibial é uma técnica reconstrutiva raramente descrita, que pode aumentar o comprimento dos cotos. A liberação e medialização dos vasos poplíteos, com rotação axial do retalho, pode prevenir o desenvolvimento de impacto neurovascular.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"44 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141107833","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Paulo César Faiad Piluski, J. A. Bonadiman, Eduardo Necher Moreira, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Osvandré Lech
A ruptura do músculo peitoral maior é extremamente rara em adolescentes. Na literatura atual, existem apenas 5 relatos em pacientes com menos de 20 anos, sendo 2 em pacientes com menos de 16 anos de idade. Neste artigo, relatamos o caso de uma jogadora de vôlei de 15 anos que sofreu uma ruptura traumática do peitoral maior em uma partida durante o movimento de saque. Após a exclusão de causas endocrinológicas – que poderiam ter provocado o enfraquecimento tendíneo –, o tratamento cirúrgico foi escolhido devido à retração muscular, ao déficit de força, à alta demanda e às preocupações estéticas. O diagnóstico precoce é crucial para que se obtenham bons resultados, e a intervenção cirúrgica propiciou a reabilitação precoce e uma maior probabilidade de retorno ao esporte de competição em alto nível.
{"title":"Ruptura do peitoral maior em adolescente de 15 anos: Relato de caso","authors":"Paulo César Faiad Piluski, J. A. Bonadiman, Eduardo Necher Moreira, Carlos Humberto Castillo Rodriguez, Osvandré Lech","doi":"10.1055/s-0044-1785448","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1785448","url":null,"abstract":"A ruptura do músculo peitoral maior é extremamente rara em adolescentes. Na literatura atual, existem apenas 5 relatos em pacientes com menos de 20 anos, sendo 2 em pacientes com menos de 16 anos de idade. Neste artigo, relatamos o caso de uma jogadora de vôlei de 15 anos que sofreu uma ruptura traumática do peitoral maior em uma partida durante o movimento de saque. Após a exclusão de causas endocrinológicas – que poderiam ter provocado o enfraquecimento tendíneo –, o tratamento cirúrgico foi escolhido devido à retração muscular, ao déficit de força, à alta demanda e às preocupações estéticas. O diagnóstico precoce é crucial para que se obtenham bons resultados, e a intervenção cirúrgica propiciou a reabilitação precoce e uma maior probabilidade de retorno ao esporte de competição em alto nível.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"110 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141124781","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Objetivo A neuropatia compressiva mais comum dos membros superiores é a síndrome do túnel do carpo (STC). Historicamente, houve uma tendência à aplicação de imobilização no pós-operatório, prática que tem diminuído nos últimos anos. O objetivo desta revisão é avaliar se existem evidências científicas que justifiquem o uso da imobilização nos cuidados pós-operatórios de descompressão da STC. Métodos Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed National Library of Medicine (NLM), Cochrane Library, Scientific Electronic Library Online (SciELO), e EMBASE. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: 1) discussão do pós-operatório de cirurgias de descompressão do nervo mediano na STC; 2) comparação dos resultados, após descompressão cirúrgica, na STC entre imobilização do punho ou apenas curativo local; 3) todos os idiomas, independentemente do ano de publicação; e 4) todos os tipos de publicações. Foram utilizados os seguintes critérios de exclusão: 1) estudos que não avaliaram o pós-operatório de descompressão da STC; 2) falta de avaliação do resultado relacionado à conduta de aplicação de curativo local e/ou alguma forma de imobilização do punho após o procedimento cirúrgico de descompressão; e 3) publicações repetidas Resultados A busca bibliográfica resultou em 336 publicações relevantes. Ao final, foram escolhidas 18 publicações. Foram encontradas revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos transversais. Conclusões Devido à escassez de evidências que apoiem o uso da imobilização, associada aos custos mais elevados relacionados com a prática, nas últimas décadas, essa tem se tornado cada vez menos frequente. Relevância clínica Na literatura há descrições de duas abordagens nos cuidados pós-operatórios de descompressão da STC: imobilização ou apenas curativo local. Vale a pena avaliar qual é a melhor entre as duas de acordo com as evidências científicas disponíveis.
{"title":"Imobilização do punho após a descompressão cirúrgica do nervo mediano na síndrome do túnel do carpo: Uma revisão sistemática","authors":"T. D. S. Barbosa, Ítalo Carvalho Ferraz","doi":"10.1055/s-0044-1785665","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1785665","url":null,"abstract":"\u0000 Objetivo A neuropatia compressiva mais comum dos membros superiores é a síndrome do túnel do carpo (STC). Historicamente, houve uma tendência à aplicação de imobilização no pós-operatório, prática que tem diminuído nos últimos anos. O objetivo desta revisão é avaliar se existem evidências científicas que justifiquem o uso da imobilização nos cuidados pós-operatórios de descompressão da STC.\u0000 Métodos Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed National Library of Medicine (NLM), Cochrane Library, Scientific Electronic Library Online (SciELO), e EMBASE. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: 1) discussão do pós-operatório de cirurgias de descompressão do nervo mediano na STC; 2) comparação dos resultados, após descompressão cirúrgica, na STC entre imobilização do punho ou apenas curativo local; 3) todos os idiomas, independentemente do ano de publicação; e 4) todos os tipos de publicações. Foram utilizados os seguintes critérios de exclusão: 1) estudos que não avaliaram o pós-operatório de descompressão da STC; 2) falta de avaliação do resultado relacionado à conduta de aplicação de curativo local e/ou alguma forma de imobilização do punho após o procedimento cirúrgico de descompressão; e 3) publicações repetidas\u0000 Resultados A busca bibliográfica resultou em 336 publicações relevantes. Ao final, foram escolhidas 18 publicações. Foram encontradas revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos transversais.\u0000 Conclusões Devido à escassez de evidências que apoiem o uso da imobilização, associada aos custos mais elevados relacionados com a prática, nas últimas décadas, essa tem se tornado cada vez menos frequente.\u0000 Relevância clínica Na literatura há descrições de duas abordagens nos cuidados pós-operatórios de descompressão da STC: imobilização ou apenas curativo local. Vale a pena avaliar qual é a melhor entre as duas de acordo com as evidências científicas disponíveis.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"2 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141123928","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Luzete Costa Cavalcante, Renata Clazzer, Camilo Partezani Helito, Rodrigo Nogueira de Codes, Lana Lacerda de Lima, Diego Ariel de Lima
Objetivo Descrever e testar biomecanicamente uma configuração, num modelo animal que simula o enxerto triplo de isquiotibiais para a reconstrução combinada do ligamento cruzado anterior (LCA) e do ligamento anterolateral (LAL), com apenas um túnel femoral e somente uma “perna” para a reconstrução do LAL. Métodos Tendões flexores profundos de suínos foram utilizados como enxerto e fixados com parafusos de interferência de titânio num bloco de poliuretano. As amostras foram divididas em 3 grupos: grupo 1 (controle) – com enxerto quádruplo; grupo 2–com enxerto triplo simples; e grupo 3–com enxerto triplo trançado. Os testes foram realizados com uma máquina universal de ensaios eletromecânica EMIC DL 10000 (Instron Brasil Equipamentos Científicos Ltda., São José dos Pinhais, PR, Brasil). Resultados As amostras dos grupos 1, 2 e 3 alcançaram forças de pico médias de 816,28 ± 78,78 N, 506,95 ± 151,30 N e 723,16 ± 316,15 N, respetivamente. No Grupo 3, o trançado aumentou o diâmetro do enxerto entre 9% e 14%, e causou um encurtamento de 4% a 8% em comparação ao grupo 1, com um aumento médio da força de pico de ∼ 200 N (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 e 3 com relação às forças de pico, o que indica que os enxertos quádruplos e triplos trançados apresentaram resultados de força semelhantes. Conclusão A configuração do enxerto de isquiotibiais com trança tripla para a reconstrução combinada do LCA e do LAL com um só túnel femoral e uma só “perna” para a reconstrução do LAL pode se tornar uma solução biomecanicamente viável, com potencial aplicação clínica.
{"title":"Análise do comportamento biomecânico de um modelo animal de configuração de enxerto de trança tripla de isquiotibiais para reconstrução combinada de LCA e LAL para túnel único femoral","authors":"Maria Luzete Costa Cavalcante, Renata Clazzer, Camilo Partezani Helito, Rodrigo Nogueira de Codes, Lana Lacerda de Lima, Diego Ariel de Lima","doi":"10.1055/s-0044-1785664","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1785664","url":null,"abstract":"\u0000 Objetivo Descrever e testar biomecanicamente uma configuração, num modelo animal que simula o enxerto triplo de isquiotibiais para a reconstrução combinada do ligamento cruzado anterior (LCA) e do ligamento anterolateral (LAL), com apenas um túnel femoral e somente uma “perna” para a reconstrução do LAL.\u0000 Métodos Tendões flexores profundos de suínos foram utilizados como enxerto e fixados com parafusos de interferência de titânio num bloco de poliuretano. As amostras foram divididas em 3 grupos: grupo 1 (controle) – com enxerto quádruplo; grupo 2–com enxerto triplo simples; e grupo 3–com enxerto triplo trançado. Os testes foram realizados com uma máquina universal de ensaios eletromecânica EMIC DL 10000 (Instron Brasil Equipamentos Científicos Ltda., São José dos Pinhais, PR, Brasil).\u0000 Resultados As amostras dos grupos 1, 2 e 3 alcançaram forças de pico médias de 816,28 ± 78,78 N, 506,95 ± 151,30 N e 723,16 ± 316,15 N, respetivamente. No Grupo 3, o trançado aumentou o diâmetro do enxerto entre 9% e 14%, e causou um encurtamento de 4% a 8% em comparação ao grupo 1, com um aumento médio da força de pico de ∼ 200 N (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 e 3 com relação às forças de pico, o que indica que os enxertos quádruplos e triplos trançados apresentaram resultados de força semelhantes.\u0000 Conclusão A configuração do enxerto de isquiotibiais com trança tripla para a reconstrução combinada do LCA e do LAL com um só túnel femoral e uma só “perna” para a reconstrução do LAL pode se tornar uma solução biomecanicamente viável, com potencial aplicação clínica.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"22 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141123722","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Manuel Ricardo Medellin Rincon, Diana Camila Navarro Pimiento, Edwin Nicolas Ortegon Candela, Camila Muñoz Vanegas, Raul Ernesto Gonzalez Chavez
O cotovelo flutuante é um quadro complexo e raro, causado por trauma de alta energia. Neste artigo, apresentamos o caso de um paciente que sofreu um acidente de trânsito com trauma craniano grave, cotovelo flutuante (fratura diafisária do úmero, fratura diafisária proximal do rádio e fratura segmentar da ulna) e lesão no nervo radial. Foram realizadas fixações com uma placa umeral e pregos intramedulares no antebraço. Embora o resultado tenha sido satisfatório, a sinostose radioulnar foi identificada nos controles pós-operatórios. Devido ao comprometimento neurológico, ao tipo de fraturas e à estabilização selecionada, acreditamos que o uso de pregos intramedulares no antebraço para casos semelhantes deve ser cuidadosamente avaliado.
{"title":"Sinostose radioulnar após fixação endomedular do rádio e ulna em paciente com cotovelo flutuante: Relato de caso","authors":"Manuel Ricardo Medellin Rincon, Diana Camila Navarro Pimiento, Edwin Nicolas Ortegon Candela, Camila Muñoz Vanegas, Raul Ernesto Gonzalez Chavez","doi":"10.1055/s-0044-1779333","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1779333","url":null,"abstract":"O cotovelo flutuante é um quadro complexo e raro, causado por trauma de alta energia. Neste artigo, apresentamos o caso de um paciente que sofreu um acidente de trânsito com trauma craniano grave, cotovelo flutuante (fratura diafisária do úmero, fratura diafisária proximal do rádio e fratura segmentar da ulna) e lesão no nervo radial. Foram realizadas fixações com uma placa umeral e pregos intramedulares no antebraço. Embora o resultado tenha sido satisfatório, a sinostose radioulnar foi identificada nos controles pós-operatórios. Devido ao comprometimento neurológico, ao tipo de fraturas e à estabilização selecionada, acreditamos que o uso de pregos intramedulares no antebraço para casos semelhantes deve ser cuidadosamente avaliado.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"65 43","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140972399","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Yago de Andrade Fonseca Felix, Vitor Henrique de Lima Pistilli, Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende, Filipe Jun Shimaoka, Luiz Garcia Mandarano-Filho, Nilton Mazzer
Objetivo Este é um estudo retrospectivo acerca da persistência da artéria mediana associada à síndrome do túnel do carpo (STC). Métodos Este é um estudo retrospectivo da persistência da artéria mediana e STC. Os critérios de exclusão foram pacientes que não apresentavam artéria mediana persistente, aqueles que eram diabéticos ou reumatoides e os que decidiram não realizar a cirurgia. Apenas 25 pacientes foram elegíveis para este estudo retrospectivo. Resultados A trombose da artéria mediana apresentou diferenças estatísticas considerando as variáveis sexo (p = 0,009), achados eletroneuromiográficos (p = 0,021), profissão (p = 0,066) e “duração total desde o início dos sintomas” (p = 0,055). A atrofia da musculatura tenar não apresentou diferenças estatísticas à comparação das variáveis. O nervo mediano bífido apresentou diferenças estatísticas em comparação aos testes provocativos (p = 0,013), frequência dos sintomas (p = 0,001) e idade (p = 0,028). Conclusão Embora incomum, a persistência da artéria mediana deve ser considerada um diagnóstico diferencial da STC. A ultrassonografia é um método confiável para prever a anatomia do túnel do carpo. O início tardio e os sintomas podem influenciar a trombose arterial e piorar os sintomas.
{"title":"Artéria mediana persistente e síndrome do túnel do carpo: Um estudo retrospectivo","authors":"Yago de Andrade Fonseca Felix, Vitor Henrique de Lima Pistilli, Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende, Filipe Jun Shimaoka, Luiz Garcia Mandarano-Filho, Nilton Mazzer","doi":"10.1055/s-0044-1785657","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1785657","url":null,"abstract":"\u0000 Objetivo Este é um estudo retrospectivo acerca da persistência da artéria mediana associada à síndrome do túnel do carpo (STC).\u0000 Métodos Este é um estudo retrospectivo da persistência da artéria mediana e STC. Os critérios de exclusão foram pacientes que não apresentavam artéria mediana persistente, aqueles que eram diabéticos ou reumatoides e os que decidiram não realizar a cirurgia. Apenas 25 pacientes foram elegíveis para este estudo retrospectivo.\u0000 Resultados A trombose da artéria mediana apresentou diferenças estatísticas considerando as variáveis sexo (p = 0,009), achados eletroneuromiográficos (p = 0,021), profissão (p = 0,066) e “duração total desde o início dos sintomas” (p = 0,055). A atrofia da musculatura tenar não apresentou diferenças estatísticas à comparação das variáveis. O nervo mediano bífido apresentou diferenças estatísticas em comparação aos testes provocativos (p = 0,013), frequência dos sintomas (p = 0,001) e idade (p = 0,028).\u0000 Conclusão Embora incomum, a persistência da artéria mediana deve ser considerada um diagnóstico diferencial da STC. A ultrassonografia é um método confiável para prever a anatomia do túnel do carpo. O início tardio e os sintomas podem influenciar a trombose arterial e piorar os sintomas.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"44 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140983829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Matheus Martins Godoy, L. Gonçalves, Thiago da Mata Martins, R. Ventura
Objetivo Esta é uma revisão sistemática que objetivou investigar a influência da alta demanda física no aumento de lesões musculares e ligamentares em atletas profissionais de futebol. Métodos Tratou-se de buscar, por meio da análise de publicações em meios científicos, as incidências das principais lesões, abordando suas causas e mecanismos bem como sua relação com a alta demanda física. Comparamos jogadores amadores (categorias de base) com jogadores profissionais e avaliamos a eficácia do FIFA11+ como alternativa de prevenção. As buscas foram realizadas nas plataformas Scielo, Pubmed e Google Scholar. Os filtros foram de acordo com o tema, data de publicação (últimos 5 anos) e relevância para o estudo. Foram utilizados os seguintes termos de indexação: Overuse, Calendar, Injuries, Muscular, Ligament, Athletes, Soccer, Football. Os principais dados obtidos foram descritos, objetivando a comparação e análise dos resultados. Foram aderidas as recomendações da declaração de Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Metanálises (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, PRISMA). Resultados A pesquisa resultou em 24 artigos, publicados entre 2019 e 2023. Quanto à influência da alta demanda física, observou-se o aumento do risco de lesões. Em relação à incidência, constatou-se a prevalência de lesões nos membros inferiores. Quanto aos tipos de lesões, nota-se que as mais comuns são estiramento, entorse, contratura e rompimento ligamentar. Quanto ao FIFA11 + , apresentou-se como alternativa viável de prevenção. Conclusão Concluiu-se que a alta demanda física aumenta a ocorrência das lesões musculares e ligamentares mais frequentes em futebolistas profissionais, que são estiramento, entorse, contratura e rompimento ligamentar, sugerindo-se o programa FIFA11+ como prevenção.
{"title":"A influência da alta demanda física na ocorrência das principais lesões musculares e ligamentares em atletas profissionais de futebol: Uma revisão sistemática","authors":"Matheus Martins Godoy, L. Gonçalves, Thiago da Mata Martins, R. Ventura","doi":"10.1055/s-0044-1786171","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1786171","url":null,"abstract":"\u0000 Objetivo Esta é uma revisão sistemática que objetivou investigar a influência da alta demanda física no aumento de lesões musculares e ligamentares em atletas profissionais de futebol.\u0000 Métodos Tratou-se de buscar, por meio da análise de publicações em meios científicos, as incidências das principais lesões, abordando suas causas e mecanismos bem como sua relação com a alta demanda física. Comparamos jogadores amadores (categorias de base) com jogadores profissionais e avaliamos a eficácia do FIFA11+ como alternativa de prevenção. As buscas foram realizadas nas plataformas Scielo, Pubmed e Google Scholar. Os filtros foram de acordo com o tema, data de publicação (últimos 5 anos) e relevância para o estudo. Foram utilizados os seguintes termos de indexação: Overuse, Calendar, Injuries, Muscular, Ligament, Athletes, Soccer, Football. Os principais dados obtidos foram descritos, objetivando a comparação e análise dos resultados. Foram aderidas as recomendações da declaração de Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Metanálises (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, PRISMA).\u0000 Resultados A pesquisa resultou em 24 artigos, publicados entre 2019 e 2023. Quanto à influência da alta demanda física, observou-se o aumento do risco de lesões. Em relação à incidência, constatou-se a prevalência de lesões nos membros inferiores. Quanto aos tipos de lesões, nota-se que as mais comuns são estiramento, entorse, contratura e rompimento ligamentar. Quanto ao FIFA11 + , apresentou-se como alternativa viável de prevenção.\u0000 Conclusão Concluiu-se que a alta demanda física aumenta a ocorrência das lesões musculares e ligamentares mais frequentes em futebolistas profissionais, que são estiramento, entorse, contratura e rompimento ligamentar, sugerindo-se o programa FIFA11+ como prevenção.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"94 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140984120","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ewerton Borges de Souza Lima, G. Salgado, Eduardo Patrício Mello, P. H. Lara, Gustavo Gonçalves Arliani, Moisés Cohen
Objetivo Realizar análise epidemiológica das entorses de tornozelo em jogadores profissionais de futebol no Brasil. Métodos Estudo epidemiológico prospectivo das entorses de tornozelo em atletas profissionais de futebol masculino ocorridas no Campeonato Brasileiro e no Campeonato Paulista de Futebol, entre 2016 e 2019. Foram registrados todos os atendimentos médicos em campo realizados durante partidas oficiais. As variáveis avaliadas foram: idade e posição do jogador, diagnóstico da lesão, lateralidade, local em campo onde ocorreu a lesão, tempo de jogo, exames de imagem realizados, realização de tratamento cirúrgico, tempo de afastamento e recorrência da lesão. A incidência das lesões foi avaliada de acordo com a fórmula de incidência da Federation Internationale de Football Association (FIFA). Resultados As entorses de tornozelo representaram 10,17% do total de lesões, com índice FIFA = 2.002. As lesões ligamentares laterais representaram 53,75% do total das entorses. Os atacantes foram os mais lesionados, com 86 lesões. O meio de campo foi o local com maior número de entorses (75,50%). Nos 15 minutos finais de cada tempo, ocorreram 47,04% das entorses. As lesões foram reincidentes em 31,22% dos casos, e 7,11% das lesões foram tratadas cirurgicamente. O tempo médio de afastamento foi de 13,95 dias. Conclusões As entorses de tornozelo são lesões frequentes no futebol. Apesar do tempo médio para retorno ao esporte ser breve, essas lesões apresentam grande taxa de reincidência e são potencialmente cirúrgicas, o que está associado a maior tempo de afastamento.
{"title":"Entorses do tornozelo no futebol profissional brasileiro: Análise epidemiológica de 126.357 horas de jogo","authors":"Ewerton Borges de Souza Lima, G. Salgado, Eduardo Patrício Mello, P. H. Lara, Gustavo Gonçalves Arliani, Moisés Cohen","doi":"10.1055/s-0044-1785660","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1785660","url":null,"abstract":"\u0000 Objetivo Realizar análise epidemiológica das entorses de tornozelo em jogadores profissionais de futebol no Brasil.\u0000 Métodos Estudo epidemiológico prospectivo das entorses de tornozelo em atletas profissionais de futebol masculino ocorridas no Campeonato Brasileiro e no Campeonato Paulista de Futebol, entre 2016 e 2019. Foram registrados todos os atendimentos médicos em campo realizados durante partidas oficiais. As variáveis avaliadas foram: idade e posição do jogador, diagnóstico da lesão, lateralidade, local em campo onde ocorreu a lesão, tempo de jogo, exames de imagem realizados, realização de tratamento cirúrgico, tempo de afastamento e recorrência da lesão. A incidência das lesões foi avaliada de acordo com a fórmula de incidência da Federation Internationale de Football Association (FIFA).\u0000 Resultados As entorses de tornozelo representaram 10,17% do total de lesões, com índice FIFA = 2.002. As lesões ligamentares laterais representaram 53,75% do total das entorses. Os atacantes foram os mais lesionados, com 86 lesões. O meio de campo foi o local com maior número de entorses (75,50%). Nos 15 minutos finais de cada tempo, ocorreram 47,04% das entorses. As lesões foram reincidentes em 31,22% dos casos, e 7,11% das lesões foram tratadas cirurgicamente. O tempo médio de afastamento foi de 13,95 dias.\u0000 Conclusões As entorses de tornozelo são lesões frequentes no futebol. Apesar do tempo médio para retorno ao esporte ser breve, essas lesões apresentam grande taxa de reincidência e são potencialmente cirúrgicas, o que está associado a maior tempo de afastamento.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"17 20","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140982751","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Antuny Rodrigues Rosa, Hamilton Santos Cé, A. Marchini, Anna Katarina Menegon Lopetegui, Anna Luiza Lunardelli Padilha, Gustavo Rosa Bianchini
A síndrome do aprisionamento da artéria poplítea possui causas congênitas e funcionais, acometendo, em grande parte, a população mais jovem. Existem seis tipos de síndrome, sendo o caso relatado classificado como tipo III, isto é, o músculo gastrocnêmio apresenta variação anatômica, com banda acessória que se insere lateralmente no côndilo femoral, comprimindo a artéria poplítea. A paciente apresentou sintomatologia característica, com claudicação intermitente, parestesia e ausência de fluxo sanguíneo nas artérias tibiais posteriores e pediosas quando submetida à dorsiflexão e flexão plantar do pé direito, além de dor em face posterior do joelho durante a realização do exame físico. O diagnóstico foi complementado por exames de imagem, sendo o método de escolha a ressonância magnética, capaz de identificar alterações vasculares nas estruturas adjacentes à vasculatura na fossa poplítea. O tratamento é cirúrgico e visa tanto o alívio dos sintomas quanto a prevenção de complicações, pois, a ressecção da banda acessória do músculo gastrocnêmio permitiu boa evolução do quadro da paciente. Há que se pontuar que a literatura existente sobre o tema é escassa, mas a conduta adotada no caso em questão converge com as demais publicações encontradas. O relato apresentado é importante para a compreensão da síndrome como diagnóstico diferencial da dor no joelho.
{"title":"Síndrome de aprisionamento da artéria poplítea como diagnóstico diferencial de dor no joelho: Um relato de caso","authors":"Antuny Rodrigues Rosa, Hamilton Santos Cé, A. Marchini, Anna Katarina Menegon Lopetegui, Anna Luiza Lunardelli Padilha, Gustavo Rosa Bianchini","doi":"10.1055/s-0044-1779307","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1779307","url":null,"abstract":"A síndrome do aprisionamento da artéria poplítea possui causas congênitas e funcionais, acometendo, em grande parte, a população mais jovem. Existem seis tipos de síndrome, sendo o caso relatado classificado como tipo III, isto é, o músculo gastrocnêmio apresenta variação anatômica, com banda acessória que se insere lateralmente no côndilo femoral, comprimindo a artéria poplítea. A paciente apresentou sintomatologia característica, com claudicação intermitente, parestesia e ausência de fluxo sanguíneo nas artérias tibiais posteriores e pediosas quando submetida à dorsiflexão e flexão plantar do pé direito, além de dor em face posterior do joelho durante a realização do exame físico. O diagnóstico foi complementado por exames de imagem, sendo o método de escolha a ressonância magnética, capaz de identificar alterações vasculares nas estruturas adjacentes à vasculatura na fossa poplítea. O tratamento é cirúrgico e visa tanto o alívio dos sintomas quanto a prevenção de complicações, pois, a ressecção da banda acessória do músculo gastrocnêmio permitiu boa evolução do quadro da paciente. Há que se pontuar que a literatura existente sobre o tema é escassa, mas a conduta adotada no caso em questão converge com as demais publicações encontradas. O relato apresentado é importante para a compreensão da síndrome como diagnóstico diferencial da dor no joelho.","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"37 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140664680","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Andreas Rehm, Ramy Shehata, Rachael Clegg, Sherif Elerian, Elizabeth Ashby
{"title":"Carta ao Editor sobre: “Comparação entre fixação de fio de Kirschner liso e de parafusos canulados em fraturas deslocadas do côndilo lateral do úmero em crianças” – Vergara ADN, Fretes AN. Rev Bras Ortop 2023;58(1):149–156","authors":"Andreas Rehm, Ramy Shehata, Rachael Clegg, Sherif Elerian, Elizabeth Ashby","doi":"10.1055/s-0044-1779324","DOIUrl":"https://doi.org/10.1055/s-0044-1779324","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":21536,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ortopedia","volume":"21 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140661587","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}