Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.456
Santuza Amorim da Silva, Flávia Paola Félix Meira
Este artigo tem como objetivo realizar um diálogo com as pesquisas, dissertações e teses, que por meio de uma análise de currículos propuseram identificar como a temática da educação das relações étnico-raciais se faz presente na formação inicial, especificamente nos cursos de Pedagogia, tendo como base legal a implementação da lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura AfroBrasileira na Educação Básica. No processo de análise das pesquisas procuramos identificar quais foram os maiores desafios e oportunidades encontrados para implementação do tema, seja por meio de disciplina obrigatória, seja optativa, transversal etc. Esse levantamento se faz relevante uma vez que, considerando o currículo como um campo de disputa, a compreensão desse movimento dentro da formação docente influencia consideravelmente as possibilidades de avaliação e estratégias para o sucesso na implementação da lei.
{"title":"A educação das relações étnicoraciais na formação inicial: um diálogo necessário no combate ao racismo","authors":"Santuza Amorim da Silva, Flávia Paola Félix Meira","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.456","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.456","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo realizar um diálogo com as pesquisas, dissertações e teses, que por meio de uma análise de currículos propuseram identificar como a temática da educação das relações étnico-raciais se faz presente na formação inicial, especificamente nos cursos de Pedagogia, tendo como base legal a implementação da lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura AfroBrasileira na Educação Básica. No processo de análise das pesquisas procuramos identificar quais foram os maiores desafios e oportunidades encontrados para implementação do tema, seja por meio de disciplina obrigatória, seja optativa, transversal etc. Esse levantamento se faz relevante uma vez que, considerando o currículo como um campo de disputa, a compreensão desse movimento dentro da formação docente influencia consideravelmente as possibilidades de avaliação e estratégias para o sucesso na implementação da lei.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116947720","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.459
A. Cruz
Este artigo apresenta algumas notas para uma discussão sobre a interpretação e narrativa histórica em torno da escrita da história da África contemporânea. A proposta se vincula a um debate no interior da proposição de uma “Africanidade global” apresentada por historiadores e historiadoras dedicadas ao estudo desse campo. Ainda como um conceito emergente, o que se configura como “Africanidade global” é uma espécie de genealogia da experiência das populações africanas e seus descendentes no espaço da diáspora. A proposta insere e articula as diferentes motivações, contextos e consequências das diásporas africanas na longa duração e em sua diversidade. Pretende-se contribuir com esse debate junto à introdução de aspectos teóricos e metodológicos que balizam o cenário contemporâneo da discussão historiográfica contemporânea da leitura de novos aportes à historiografia africana.
{"title":"O projeto de “Africanidade global” para uma escrita da história da diáspora africana","authors":"A. Cruz","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.459","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.459","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta algumas notas para uma discussão sobre a interpretação e narrativa histórica em torno da escrita da história da África contemporânea. A proposta se vincula a um debate no interior da proposição de uma “Africanidade global” apresentada por historiadores e historiadoras dedicadas ao estudo desse campo. Ainda como um conceito emergente, o que se configura como “Africanidade global” é uma espécie de genealogia da experiência das populações africanas e seus descendentes no espaço da diáspora. A proposta insere e articula as diferentes motivações, contextos e consequências das diásporas africanas na longa duração e em sua diversidade. Pretende-se contribuir com esse debate junto à introdução de aspectos teóricos e metodológicos que balizam o cenário contemporâneo da discussão historiográfica contemporânea da leitura de novos aportes à historiografia africana.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"52 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125495836","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.454
Esdras Soares da Silva
Nilma Lino Gomes é professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das maiores estudiosas das relações raciais no Brasil e autora de diversas obras sobre educação, com foco nas relações étnico-raciais e de gênero. Foi a primeira mulher negra brasileira a ocupar o posto de reitora de uma universidade federal, ao assumir o comando, entre 2013 e 2014, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Durante o governo Dilma, deixou o cargo para tomar posse, no início de 2015, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e, posteriormente, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMIRDH)1, em outubro de 2015, onde ficou até o ano seguinte.
尼尔玛·利诺·戈梅斯(Nilma Lino Gomes)是米纳斯吉拉斯联邦大学(UFMG)的教授,是巴西最伟大的种族关系学者之一,著有多本关于教育的著作,重点关注种族-民族关系和性别。2013年至2014年,她担任universidade da integracao international da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)的负责人,成为首位担任联邦大学校长的巴西黑人女性。在迪尔玛执政期间,她于2015年初离开该职位,担任促进种族平等政策秘书处(Seppir),随后于2015年10月担任妇女、种族平等和人权部(MMIRDH)1,并一直任职到次年。
{"title":"O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação","authors":"Esdras Soares da Silva","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.454","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.454","url":null,"abstract":"Nilma Lino Gomes é professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das maiores estudiosas das relações raciais no Brasil e autora de diversas obras sobre educação, com foco nas relações étnico-raciais e de gênero. Foi a primeira mulher negra brasileira a ocupar o posto de reitora de uma universidade federal, ao assumir o comando, entre 2013 e 2014, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Durante o governo Dilma, deixou o cargo para tomar posse, no início de 2015, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e, posteriormente, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMIRDH)1, em outubro de 2015, onde ficou até o ano seguinte.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"30 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125120921","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.458
Rute Ramos da Silva Costa, Debora Silva do Nascimento Lima, Giselle Maria da Silva, T. Rizzo, Thatiana de Jesus Pereira Pinto
A população negra, maioria na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), enfrenta importantes barreiras para efetivação de direitos básicos. Dessa forma, considerar o intercruzamento das diretrizes e políticas de educação, saúde, alimentação e relações étnico-raciais é primordial para orientar as práticas educativas no âmbito escolar. O objetivo do estudo foi caracterizar estudantes de uma escola municipal de Macaé quanto a características socioeconômicas e alimentares e apresentar as oficinas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas a esse público. Os estudantes apresentaram majoritariamente idade entre 20 e 59 anos (47,5%), seguido de 10 a 19 anos (46,7%). Cerca de 45% dos estudantes se autodeclarou preto. Observou-se o potencial da EAN para valorizar as refeições escolares e as práticas culinárias para a promoção da alimentação adequada e saudável.
{"title":"Culinária afro-brasileira: um sabor possível na Educação de Jovens e Adultos","authors":"Rute Ramos da Silva Costa, Debora Silva do Nascimento Lima, Giselle Maria da Silva, T. Rizzo, Thatiana de Jesus Pereira Pinto","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.458","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.458","url":null,"abstract":"A população negra, maioria na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), enfrenta importantes barreiras para efetivação de direitos básicos. Dessa forma, considerar o intercruzamento das diretrizes e políticas de educação, saúde, alimentação e relações étnico-raciais é primordial para orientar as práticas educativas no âmbito escolar. O objetivo do estudo foi caracterizar estudantes de uma escola municipal de Macaé quanto a características socioeconômicas e alimentares e apresentar as oficinas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas a esse público. Os estudantes apresentaram majoritariamente idade entre 20 e 59 anos (47,5%), seguido de 10 a 19 anos (46,7%). Cerca de 45% dos estudantes se autodeclarou preto. Observou-se o potencial da EAN para valorizar as refeições escolares e as práticas culinárias para a promoção da alimentação adequada e saudável.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"31 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132443836","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.451
Leila Luiza Gonzaga
A desigualdade racial tem sua origem no funcionamento da economia de plantação do período colonial e ainda pode ser percebida no mercado de trabalho atual. Na Região Metropolitana de São Paulo, as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) mostram que a taxa de desemprego dos negros, de 19,2% em 2018, é tradicionalmente mais elevada do que a dos não negros. Sua inserção ocupacional costuma ocorrer em postos com qualificação e rendimentos mais baixos do que os dos não negros. Apesar do importante aumento do nível de escolaridade, a proporção de ocupados negros com nível superior é equivalente a menos da metade da participação dos não negros e os diferenciais por raça/cor dos rendimentos de quem possui esse nível de ensino são os maiores.
{"title":"Os negros e as diferenças no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo: considerações sobre o nível de escolaridade dos ocupados","authors":"Leila Luiza Gonzaga","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.451","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.451","url":null,"abstract":"A desigualdade racial tem sua origem no funcionamento da economia de plantação do período colonial e ainda pode ser percebida no mercado de trabalho atual. Na Região Metropolitana de São Paulo, as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) mostram que a taxa de desemprego dos negros, de 19,2% em 2018, é tradicionalmente mais elevada do que a dos não negros. Sua inserção ocupacional costuma ocorrer em postos com qualificação e rendimentos mais baixos do que os dos não negros. Apesar do importante aumento do nível de escolaridade, a proporção de ocupados negros com nível superior é equivalente a menos da metade da participação dos não negros e os diferenciais por raça/cor dos rendimentos de quem possui esse nível de ensino são os maiores.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"91 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122605991","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.452
V. Castro
Qual é o lugar que os temas afro-brasileiros e/ ou africanos têm ocupado no campo da produção de conhecimentos científicos? No âmbito institucional, quem são os atores que têm fomentado a sua produção? Quais são os temas de pesquisas mais recorrentes em relação a essas questões e quais são as lacunas? Diante dessas perguntas, o presente trabalho examinou as dissertações e teses produzidas nos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora, desde a sua implantação até o ano de 2018, sobretudo aquelas relacionadas aos temas mencionados. Para compreender tal produção, foi utilizado o conceito de campo científico, entendido como espaço de concorrência estruturada, em que a ciência é produzida, o qual é ocupado pelas instituições e seus agentes, de acordo com o seu volume de capital científico político e simbólico, fator que interfere nos processos de produção da ciência, como os temas de pesquisa a serem privilegiados.
{"title":"Reflexões em torno da produção de conhecimentos científicos sobre temas afro-brasileiros e/ou africanos","authors":"V. Castro","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.452","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.452","url":null,"abstract":"Qual é o lugar que os temas afro-brasileiros e/ ou africanos têm ocupado no campo da produção de conhecimentos científicos? No âmbito institucional, quem são os atores que têm fomentado a sua produção? Quais são os temas de pesquisas mais recorrentes em relação a essas questões e quais são as lacunas? Diante dessas perguntas, o presente trabalho examinou as dissertações e teses produzidas nos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora, desde a sua implantação até o ano de 2018, sobretudo aquelas relacionadas aos temas mencionados. Para compreender tal produção, foi utilizado o conceito de campo científico, entendido como espaço de concorrência estruturada, em que a ciência é produzida, o qual é ocupado pelas instituições e seus agentes, de acordo com o seu volume de capital científico político e simbólico, fator que interfere nos processos de produção da ciência, como os temas de pesquisa a serem privilegiados.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131177328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.453
Márcia Cristina Américo, Luiz Marcos de França Dias
Os saberes e conhecimentos das comunidades tradicionais quilombolas do Vale do Ribeira (SP) tem como base a transmissão geracional por meio da tradição oral, mantida pela memória, história e etnicidade. Tais conhecimentos permitem uma releitura dos saberes, usos e práticas que estão interligados a uma cosmovisão étnico-territorial ancestral, enquanto propositores de uma práxis revolucionária, pela segurança e autonomia à vida em territórios coletivos. A compreensão sobre a temática quilombola implica não descontextualizar o processo de resistência histórico, socioeconômico, político, cultural, ambiental e epistêmico, da dominação colonial e capitalista global. Os conhecimentos das comunidades quilombolas propõem mudanças e reflexões críticas visando a emancipação humana.
{"title":"Conhecimentos tradicionais quilombolas: reflexões críticas em defesa da vida coletiva","authors":"Márcia Cristina Américo, Luiz Marcos de França Dias","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.453","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.453","url":null,"abstract":"Os saberes e conhecimentos das comunidades tradicionais quilombolas do Vale do Ribeira (SP) tem como base a transmissão geracional por meio da tradição oral, mantida pela memória, história e etnicidade. Tais conhecimentos permitem uma releitura dos saberes, usos e práticas que estão interligados a uma cosmovisão étnico-territorial ancestral, enquanto propositores de uma práxis revolucionária, pela segurança e autonomia à vida em territórios coletivos. A compreensão sobre a temática quilombola implica não descontextualizar o processo de resistência histórico, socioeconômico, político, cultural, ambiental e epistêmico, da dominação colonial e capitalista global. Os conhecimentos das comunidades quilombolas propõem mudanças e reflexões críticas visando a emancipação humana.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"46 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130728299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.461
Regina Estima
Com sensibilidade e firmeza, a autora nos conduz ao universo das pessoas de origem negra que, no Brasil, desde a tenra idade, experimentam situações dúbias de afirmação da identidade que ajudam a compor o racismo à brasileira.Portadora de uma linguagem ágil e visceral, a autora vai desvelando com lucidez as diferentes facetas do racismo que permeiam desde as relações familiares, principalmente nas famílias miscigenadas, em que há uma variedade de tonalidades de pele, tipos de cabelos e traços físicos, até as relações sociais mais amplas, coalhadas de estigmas, preconceitos e discriminações.
{"title":"SANTANA, Bianca. Quando me descobri negra. Ilustração Mateu Velasco. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2015. 96 p.","authors":"Regina Estima","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.461","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.461","url":null,"abstract":"Com sensibilidade e firmeza, a autora nos conduz ao universo das pessoas de origem negra que, no Brasil, desde a tenra idade, experimentam situações dúbias de afirmação da identidade que ajudam a compor o racismo à brasileira.Portadora de uma linguagem ágil e visceral, a autora vai desvelando com lucidez as diferentes facetas do racismo que permeiam desde as relações familiares, principalmente nas famílias miscigenadas, em que há uma variedade de tonalidades de pele, tipos de cabelos e traços físicos, até as relações sociais mais amplas, coalhadas de estigmas, preconceitos e discriminações.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129310029","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-08-25DOI: 10.18676/cadernoscenpec.v9i1.460
C. E. Nascimento
O artigo discute a história ignorada por Hannah Arendt no ensaio “Reflexões sobre Little Rock”. Após a determinação da Suprema Corte norte-americana para integrar crianças negras e brancas nas mesmas escolas, o governo e parte da população na cidade de Little Rock bloquearam violentamente o acesso dos negros a uma escola comum. Nesse contexto, uma jovem negra foi fotografada enquanto era hostilizada por uma horda de pessoas brancas e impedida de entrar na escola. A partir dessa fotografia, Arendt escreve um de seus primeiros textos em que aborda o tema da educação. Com base nas referências bibliográficas que analisam o período histórico em questão, objetiva-se narrar uma outra história, invisibilizada por Arendt. O texto problematiza se a pensadora, antes de analisar a dessegregação racial nas escolas, dialogou com a história dos negros norte-americanos. Por fim, conclui-se que a educação é um espaço de luta contra a invisibilidade, contra o perigo de contar uma única história às crianças e aos jovens.
{"title":"Invisibilidade dos negros em “Reflexões sobre Little Rock”, de Hannah Arendt: outra história na educação","authors":"C. E. Nascimento","doi":"10.18676/cadernoscenpec.v9i1.460","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v9i1.460","url":null,"abstract":"O artigo discute a história ignorada por Hannah Arendt no ensaio “Reflexões sobre Little Rock”. Após a determinação da Suprema Corte norte-americana para integrar crianças negras e brancas nas mesmas escolas, o governo e parte da população na cidade de Little Rock bloquearam violentamente o acesso dos negros a uma escola comum. Nesse contexto, uma jovem negra foi fotografada enquanto era hostilizada por uma horda de pessoas brancas e impedida de entrar na escola. A partir dessa fotografia, Arendt escreve um de seus primeiros textos em que aborda o tema da educação. Com base nas referências bibliográficas que analisam o período histórico em questão, objetiva-se narrar uma outra história, invisibilizada por Arendt. O texto problematiza se a pensadora, antes de analisar a dessegregação racial nas escolas, dialogou com a história dos negros norte-americanos. Por fim, conclui-se que a educação é um espaço de luta contra a invisibilidade, contra o perigo de contar uma única história às crianças e aos jovens.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-08-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123771727","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-05-21DOI: 10.18676/CADERNOSCENPEC.V8I2.440
Antônio Augusto Gomes Batista, Gabriela Thomazinho, P. Kasmirski, Hivy Damásio Araújo Mello, Fernando Guarnieri
Este artigo analisa como se dão as trocas de escola por alunos do Ensino Fundamental da rede municipal de São Paulo, a fim de dimensionar as relações de interdependência competitiva entre escolas — compreendidas como as trocas que realizam entre si de alunos originalmente nelas matriculadas. Dados de matrícula para os anos entre 2008 e 2013 foram submetidos a três procedimentos de análise: o exame de taxas de rotatividade de alunos; a estimação da probabilidade de discentes saírem de uma escola e irem para outra por meio de painel dinâmico; e a exploração de redes sociais de escolas, por meio de modelos de Poisson. Os resultados mostram que não se identificam, na escala intrarrede, relações de interdependência competitiva, e que a setorização da matrícula, em um contexto marcado pelas desigualdades socioespaciais, como o de São Paulo, pode estar acentuando a segregação escolar ao concentrar em suas unidades populações com características sociodemográficas que tendem à homogeneidade, uma vez que alunos que moram em regiões mais vulneráveis acabam por estudar em escolas localizadas em áreas também mais vulneráveis.
{"title":"Interdependência competitiva e movimentação de alunos entre escolas: o caso da rede municipal de São Paulo (2008-2013)","authors":"Antônio Augusto Gomes Batista, Gabriela Thomazinho, P. Kasmirski, Hivy Damásio Araújo Mello, Fernando Guarnieri","doi":"10.18676/CADERNOSCENPEC.V8I2.440","DOIUrl":"https://doi.org/10.18676/CADERNOSCENPEC.V8I2.440","url":null,"abstract":"Este artigo analisa como se dão as trocas de escola por alunos do Ensino Fundamental da rede municipal de São Paulo, a fim de dimensionar as relações de interdependência competitiva entre escolas — compreendidas como as trocas que realizam entre si de alunos originalmente nelas matriculadas. Dados de matrícula para os anos entre 2008 e 2013 foram submetidos a três procedimentos de análise: o exame de taxas de rotatividade de alunos; a estimação da probabilidade de discentes saírem de uma escola e irem para outra por meio de painel dinâmico; e a exploração de redes sociais de escolas, por meio de modelos de Poisson. Os resultados mostram que não se identificam, na escala intrarrede, relações de interdependência competitiva, e que a setorização da matrícula, em um contexto marcado pelas desigualdades socioespaciais, como o de São Paulo, pode estar acentuando a segregação escolar ao concentrar em suas unidades populações com características sociodemográficas que tendem à homogeneidade, uma vez que alunos que moram em regiões mais vulneráveis acabam por estudar em escolas localizadas em áreas também mais vulneráveis.","PeriodicalId":231242,"journal":{"name":"Cadernos Cenpec | Nova série","volume":"349 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132499799","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}