Pub Date : 2023-03-15DOI: 10.15687/rec.v16i1.65425
J. D. T. Rocha, L. Bassalo, Jardinélio Reis da Silva
Este artigo discute o currículo como espaço de construção da equidade de gênero junto a professoras/es, gestoras/es e comunidade em geral, frente a atitudes discriminatórias e homofóbicas. Nesse sentido, analisa propostas didáticas anti-discriminatórias de um Guia curricular sugerido a professoras/es de um município paraense. Situada no campo do Currículo, trata-se de uma investigação qualitativa do tipo documental que utiliza a hermenêutica objetiva para a análise dos dados. O corpus é o Guia Pedagógico elaborado pela Secretaria Municipal de Ensino de Castanhal - Pará (SEMED/Castanhal). Os resultados da análise sinalizam que as orientações curriculares são caminhos para um planejamento didático e de ensino para conduzir enfrentamentos à homofobia, mesmo que essas orientações não façam parte da “Base Comum” obrigatória do currículo da rede municipal de ensino. A partir desse pressuposto, o Guia Pedagógico, ao respaldar o trabalho docente na abordagem da homofobia e do bullying homofóbico objetificado no ambiente escolar, se constitui elemento nuclear como “Parte Diversificada” do currículo que faça justiça curricular.
{"title":"POR UM CURRÍCULO PARAENSE OUTRO QUE FAÇA JUSTIÇA CURRICULAR","authors":"J. D. T. Rocha, L. Bassalo, Jardinélio Reis da Silva","doi":"10.15687/rec.v16i1.65425","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.65425","url":null,"abstract":"Este artigo discute o currículo como espaço de construção da equidade de gênero junto a professoras/es, gestoras/es e comunidade em geral, frente a atitudes discriminatórias e homofóbicas. Nesse sentido, analisa propostas didáticas anti-discriminatórias de um Guia curricular sugerido a professoras/es de um município paraense. Situada no campo do Currículo, trata-se de uma investigação qualitativa do tipo documental que utiliza a hermenêutica objetiva para a análise dos dados. O corpus é o Guia Pedagógico elaborado pela Secretaria Municipal de Ensino de Castanhal - Pará (SEMED/Castanhal). Os resultados da análise sinalizam que as orientações curriculares são caminhos para um planejamento didático e de ensino para conduzir enfrentamentos à homofobia, mesmo que essas orientações não façam parte da “Base Comum” obrigatória do currículo da rede municipal de ensino. A partir desse pressuposto, o Guia Pedagógico, ao respaldar o trabalho docente na abordagem da homofobia e do bullying homofóbico objetificado no ambiente escolar, se constitui elemento nuclear como “Parte Diversificada” do currículo que faça justiça curricular.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67143180","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-15DOI: 10.15687/rec.v16i1.65544
M. Paim, Danielle Ferreira Gonçalves
Esse artigo, inscrito no campo das políticas educacionais, aborda, sobretudo, questões voltadas para a implementação e adesão à Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2017) e ao Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (CBTC/2019), apontando a entrada do neoliberalismo nas políticas educacionais como destituinte de um currículo específico para a educação infantil. Fundamentalmente, discutimos o contexto de implementação da BNCC/2017 e do CBTC/2019 das redes municipais de ensino da região metropolitana de Florianópolis que atendem a educação infantil, buscando identificar quais os municípios realizaram a elaboração de novas propostas curriculares, de forma a esboçar as especificidades adotadas por cada um dos nove municípios abordados. Porém, foram analisados os seis municípios que elaboraram suas novas propostas, observando, os dados documentais disponíveis em meio público digital – websites das referidas redes. Essa discussão a respeito da construção curricular significa, no limite, que as dinâmicas de políticas públicas educacionais deveriam se concentrar menos na automatização do sujeito, evitando que o neoliberalismo e práticas privatistas tornem-os alienados e voltados apenas ao mercado de trabalho.
{"title":"A BNCC E O CURRÍCULO BASE DO TERRITÓRIO CATARINENSE","authors":"M. Paim, Danielle Ferreira Gonçalves","doi":"10.15687/rec.v16i1.65544","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.65544","url":null,"abstract":"Esse artigo, inscrito no campo das políticas educacionais, aborda, sobretudo, questões voltadas para a implementação e adesão à Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2017) e ao Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (CBTC/2019), apontando a entrada do neoliberalismo nas políticas educacionais como destituinte de um currículo específico para a educação infantil. Fundamentalmente, discutimos o contexto de implementação da BNCC/2017 e do CBTC/2019 das redes municipais de ensino da região metropolitana de Florianópolis que atendem a educação infantil, buscando identificar quais os municípios realizaram a elaboração de novas propostas curriculares, de forma a esboçar as especificidades adotadas por cada um dos nove municípios abordados. Porém, foram analisados os seis municípios que elaboraram suas novas propostas, observando, os dados documentais disponíveis em meio público digital – websites das referidas redes. Essa discussão a respeito da construção curricular significa, no limite, que as dinâmicas de políticas públicas educacionais deveriam se concentrar menos na automatização do sujeito, evitando que o neoliberalismo e práticas privatistas tornem-os alienados e voltados apenas ao mercado de trabalho. \u0000 \u0000 ","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48530203","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-15DOI: 10.15687/rec.v16i1.64786
Adelaide Alves Dias, Ivanilda Dantas de Oliveira
Neste artigo objetivamos analisar o papel assumido pelo Comitê Nacional de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na construção da Proposta Curricular da Paraíba. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do papel do referido Comitê, no intuito de compreender o processo de formulação da referida Proposta. Com tal propósito,desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, conjugando com a documental e a empírica. Nesta última, elegemos como sujeitos um representante do comitê gestor e quatro da assessoria técnica que atuaram na elaboração da Proposta, especificamente, da parte que trata da educação infantil. Constata-se, pois, que todos os passos de como proceder a reestruturação curricular já havia sido pactuado pelo Comitê Nacional, representado por integrantes do Ministério da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, materializando-o no Guia de Implementação da BNCC. Desse modo, pretendeu-se realizar uma regulação de todo o processo de formulação para garantir o alinhamento à BNCC, limitando às ações e decisões da Comissão Estadual. Destacamos que há a resistência, por parte de diversas entidades educacionais, a tais documentos curriculares que objetivam alinhar à educação à lógica do mercado, além de que a complexidade das práticas pedagógicas revela que não são as determinações via decretos que modificam o fazer docente, embora possam influenciá-lo.
{"title":"O PAPEL REGULADOR DO COMITÊ GESTOR DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR NA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DA PARAÍBA","authors":"Adelaide Alves Dias, Ivanilda Dantas de Oliveira","doi":"10.15687/rec.v16i1.64786","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.64786","url":null,"abstract":"Neste artigo objetivamos analisar o papel assumido pelo Comitê Nacional de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na construção da Proposta Curricular da Paraíba. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do papel do referido Comitê, no intuito de compreender o processo de formulação da referida Proposta. Com tal propósito,desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, conjugando com a documental e a empírica. Nesta última, elegemos como sujeitos um representante do comitê gestor e quatro da assessoria técnica que atuaram na elaboração da Proposta, especificamente, da parte que trata da educação infantil. Constata-se, pois, que todos os passos de como proceder a reestruturação curricular já havia sido pactuado pelo Comitê Nacional, representado por integrantes do Ministério da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, materializando-o no Guia de Implementação da BNCC. Desse modo, pretendeu-se realizar uma regulação de todo o processo de formulação para garantir o alinhamento à BNCC, limitando às ações e decisões da Comissão Estadual. Destacamos que há a resistência, por parte de diversas entidades educacionais, a tais documentos curriculares que objetivam alinhar à educação à lógica do mercado, além de que a complexidade das práticas pedagógicas revela que não são as determinações via decretos que modificam o fazer docente, embora possam influenciá-lo.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67142976","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-14DOI: 10.15687/rec.v16i1.65625
Núria Carrete-Marín, Francesc Buscà
El valor de la didáctica multigrado y su consideración por parte de los docentes en las escuelas rurales cada vez toma más peso en los procesos educativos actuales. Esto implica tener en cuenta no tan sólo estrategias didácticas activas y participativas; materiales adaptados al entorno rural y a la diversidad inherente a la realidad multigrado o cambios en los tiempos y la organización escolar de los centros sinó también una reconsideración de los espacios como elementos relevantes para contribuir, como un todo, al éxito educativo. En el caso de los modelos curriculares basados en competencias, la didáctica multigrado puede ser el medio ideal para lograrlo de forma significativa. En concreto contribuye a que este éxito educativo se fundamente tanto en la adquisición de resultados académicos basados en saberes o conocimientos, como en la capacidad del alumnado para movilizarlos y aplicarlos, resolviendo problemas situados en su contexto y realidad próxima. El presente artículo se centra en los antecedentes y el estado actual en relación a la consideración de los espacios educativos en base a los cambios de los currículums competenciales. Todo ello para remarcar los nuevos requerimientos y consideraciones referentes al espacio como un recurso más para el aprendizaje para favorecer el desarrollo de experiencias de aprendizaje significativas en la escuela rural.
{"title":"REPLANTEANDO LOS ESPACIOS EDUCATIVOS EN LAS ESCUELAS RURALES EN EL CURRÍCULUM COMPETENCIAL","authors":"Núria Carrete-Marín, Francesc Buscà","doi":"10.15687/rec.v16i1.65625","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.65625","url":null,"abstract":"El valor de la didáctica multigrado y su consideración por parte de los docentes en las escuelas rurales cada vez toma más peso en los procesos educativos actuales. Esto implica tener en cuenta no tan sólo estrategias didácticas activas y participativas; materiales adaptados al entorno rural y a la diversidad inherente a la realidad multigrado o cambios en los tiempos y la organización escolar de los centros sinó también una reconsideración de los espacios como elementos relevantes para contribuir, como un todo, al éxito educativo. En el caso de los modelos curriculares basados en competencias, la didáctica multigrado puede ser el medio ideal para lograrlo de forma significativa. En concreto contribuye a que este éxito educativo se fundamente tanto en la adquisición de resultados académicos basados en saberes o conocimientos, como en la capacidad del alumnado para movilizarlos y aplicarlos, resolviendo problemas situados en su contexto y realidad próxima. El presente artículo se centra en los antecedentes y el estado actual en relación a la consideración de los espacios educativos en base a los cambios de los currículums competenciales. Todo ello para remarcar los nuevos requerimientos y consideraciones referentes al espacio como un recurso más para el aprendizaje para favorecer el desarrollo de experiencias de aprendizaje significativas en la escuela rural. ","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67143433","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-05DOI: 10.15687/rec.v16i1.64261
R. C. Alves, Marilia da Silva Rangel
Este artigo discute a problemática da vulnerabilidade das práticas de exercício da docência e, consequentemente, do ensino-aprendizagem de adolescentes e jovens diante do regime de precarização da educação no Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro, cujo processo histórico chamamos de “favelização”. A favelização da educação pública estadual, bem como as dificuldades enfrentadas pelos docentes para o exercício da prática pedagógica fazem parte um projeto institucionalizado de precarização do papel do Estado junto ao Ensino Médio público ofertado às camadas mais carentes da população do estado do Rio de Janeiro. Favelização do Ensino Médio é um “projeto” que tem suas raízes históricas no desenvolvimento desigual da educação, cujos seres mais afetados são as populações negras e as camadas populares; por esta razão precisa ser discutido e combatido na sua essência original – que é a educação básica. O artigo tem como metodologia de análise a pesquisa bibliográfica em fontes que tratam da experiência educacional e seus marcadores das desigualdades. Dados quantitativos públicos oferecidos por instituições pesquisa, teóricas e teóricos dos campos da Educação, Sociologia e Estudos Urbanos ajudam-nos a explicar este processo. Propomos que a resposta para o combate à favelização do Ensino Médio está no desenvolvimento de disciplinas e competências complementares desde a educação básica, visando a uma escola pública de qualidade que proporcione capacitação aos professores, equidade e integralidade de formação para todos e todas.
{"title":"O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA DIANTE DO PROCESSO DE \"FAVELIZAÇÃO\" DO ENSINO MÉDIO ESTADUAL NO RIO DE JANEIRO","authors":"R. C. Alves, Marilia da Silva Rangel","doi":"10.15687/rec.v16i1.64261","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.64261","url":null,"abstract":"Este artigo discute a problemática da vulnerabilidade das práticas de exercício da docência e, consequentemente, do ensino-aprendizagem de adolescentes e jovens diante do regime de precarização da educação no Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro, cujo processo histórico chamamos de “favelização”. A favelização da educação pública estadual, bem como as dificuldades enfrentadas pelos docentes para o exercício da prática pedagógica fazem parte um projeto institucionalizado de precarização do papel do Estado junto ao Ensino Médio público ofertado às camadas mais carentes da população do estado do Rio de Janeiro. Favelização do Ensino Médio é um “projeto” que tem suas raízes históricas no desenvolvimento desigual da educação, cujos seres mais afetados são as populações negras e as camadas populares; por esta razão precisa ser discutido e combatido na sua essência original – que é a educação básica. O artigo tem como metodologia de análise a pesquisa bibliográfica em fontes que tratam da experiência educacional e seus marcadores das desigualdades. Dados quantitativos públicos oferecidos por instituições pesquisa, teóricas e teóricos dos campos da Educação, Sociologia e Estudos Urbanos ajudam-nos a explicar este processo. Propomos que a resposta para o combate à favelização do Ensino Médio está no desenvolvimento de disciplinas e competências complementares desde a educação básica, visando a uma escola pública de qualidade que proporcione capacitação aos professores, equidade e integralidade de formação para todos e todas.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67142990","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-01DOI: 10.15687/rec.v16i2.62580
L. Cruz, Mônica Oliveira Pinheiro da Silva
O artigo tem como objetivo analisar o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC/EM), com foco nas continuidades e rupturas identificadas nesse processo. O percurso metodológico foi desenvolvido a partir de um duplo movimento. De um lado, buscou-se compreender as influências que operaram sobre a elaboração do texto entre 2015 e 2018, considerando três pontos principais: os sujeitos individuais e coletivos que aturam direta ou indiretamente na elaboração do documento, a dinâmica de elaboração e o cenário político nacional. Concomitantemente, foi realizada uma análise comparativa das três versões (2015, 2016 e 2018). O resultado apontou para disputas, rupturas e diferenças entre os textos, sendo a versão final a expressão de um processo mais centralizado de elaboração e de maior distanciamento em relação aos anteriores.
{"title":"VERSÕES DE UMA BASE","authors":"L. Cruz, Mônica Oliveira Pinheiro da Silva","doi":"10.15687/rec.v16i2.62580","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.62580","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo analisar o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC/EM), com foco nas continuidades e rupturas identificadas nesse processo. O percurso metodológico foi desenvolvido a partir de um duplo movimento. De um lado, buscou-se compreender as influências que operaram sobre a elaboração do texto entre 2015 e 2018, considerando três pontos principais: os sujeitos individuais e coletivos que aturam direta ou indiretamente na elaboração do documento, a dinâmica de elaboração e o cenário político nacional. Concomitantemente, foi realizada uma análise comparativa das três versões (2015, 2016 e 2018). O resultado apontou para disputas, rupturas e diferenças entre os textos, sendo a versão final a expressão de um processo mais centralizado de elaboração e de maior distanciamento em relação aos anteriores.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67143508","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-15DOI: 10.15687/rec.v16i1.62951
J. Neves, Mary Gonçalves Fonseca, Cristovão Teixeira Abrantes
O artigo tem a finalidade de disponibilizar conhecimentos historiográficos sobre o povo indígena Karipuna. Trata de uma possível resposta à política educacional decorrente da Lei 11.645/2008 que estabeleceu a obrigatoriedade do estudo das histórias e culturas indígenas no currículo. Foi elaborado a partir da abordagem qualitativa tendo como procedimento central de fonte dos dados a pesquisa bibliográfica digital. Os interesses teóricos levaram em conta os estudos sobre a política pedagógica intercultural desencadeada pela referida normativa, as contribuições do pensamento de Paulo Freire em interface com leituras que problematizam as lógicas da opressão colonial-capitalista, além de publicações que tratam deste povo indígena. Foi possível verificar por meio de 10 (dez) ocorrências localizadas entre 1749 e 1889 que os Karipuna possuíam formas de viver de acordo com sua tradição cultural com a inserção de alguns costumes ocidentais. Foram representados pelos narradores de forma pendular: ora prestativos, ora “mal selvagens”, elementos que ainda repercutem na atualidade. No decorrer destas “situações-limites” elaboraram diferentes estratégias de resistência ou “inéditos-viáveis” por meio de embates, fugas, encontros amistosos, isolamentos, para assegurar o direito à existência na contemporaneidade. A expectativa é que este trabalho possa contribuir como recurso de conhecimento, problematização e valorização das histórias e culturas indígenas no espaço escolar.
{"title":"PRODUZIR CURRÍCULOS INTERCULTURAIS NA PERSPECTIVA DA LEI 11.645/2008","authors":"J. Neves, Mary Gonçalves Fonseca, Cristovão Teixeira Abrantes","doi":"10.15687/rec.v16i1.62951","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i1.62951","url":null,"abstract":"O artigo tem a finalidade de disponibilizar conhecimentos historiográficos sobre o povo indígena Karipuna. Trata de uma possível resposta à política educacional decorrente da Lei 11.645/2008 que estabeleceu a obrigatoriedade do estudo das histórias e culturas indígenas no currículo. Foi elaborado a partir da abordagem qualitativa tendo como procedimento central de fonte dos dados a pesquisa bibliográfica digital. Os interesses teóricos levaram em conta os estudos sobre a política pedagógica intercultural desencadeada pela referida normativa, as contribuições do pensamento de Paulo Freire em interface com leituras que problematizam as lógicas da opressão colonial-capitalista, além de publicações que tratam deste povo indígena. Foi possível verificar por meio de 10 (dez) ocorrências localizadas entre 1749 e 1889 que os Karipuna possuíam formas de viver de acordo com sua tradição cultural com a inserção de alguns costumes ocidentais. Foram representados pelos narradores de forma pendular: ora prestativos, ora “mal selvagens”, elementos que ainda repercutem na atualidade. No decorrer destas “situações-limites” elaboraram diferentes estratégias de resistência ou “inéditos-viáveis” por meio de embates, fugas, encontros amistosos, isolamentos, para assegurar o direito à existência na contemporaneidade. A expectativa é que este trabalho possa contribuir como recurso de conhecimento, problematização e valorização das histórias e culturas indígenas no espaço escolar.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47123544","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-10DOI: 10.15687/rec.v16i2.63883
S. Barbosa, Marcio Santos
A proposta de formação humana integral, defendida pelo ensino médio integrado, a partir da construção do currículo integrado, tem como objetivo superar a fragmentação ente ensino propedêutico e técnico. Tal lógica se entendeu para o componente curricular educação física, que inserida na referida proposta curricular deveria suplantar a perspectiva dualista. No entanto, o mergulho na história revela que essas integrações têm acontecido alicerçadas a perspectivas tradicionais, tecnicistas e utilitarista de currículo. Aflorando os questionamentos sobre esse cenário. O presente estudo tem por objetivo analisar os projetos pedagógicos de curso do ensino médio integrado no IFPA campus Itaituba, para trazer à tona a concepção curricular defendida pelo componente curricular educação física. Para tal, utilizamos a pesquisa documental, de caráter qualitativo, interrogando os PPC’s dos cursos técnicos integrados em Agroecologia, Edificações e Informática, através da análise de conteúdo. Os resultados apontam a educação física abrigada em uma perspectiva curricular com fortes traços tecnicistas e tradicionais, que se pretende superar, mas que na verdade são reeditados. Acreditamos que as impressões analíticas refletem determinadas perspectivas teóricas, que não são estanques, e sim passíveis de articulações, ampliações e hibridizações.
{"title":"EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO","authors":"S. Barbosa, Marcio Santos","doi":"10.15687/rec.v16i2.63883","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.63883","url":null,"abstract":"A proposta de formação humana integral, defendida pelo ensino médio integrado, a partir da construção do currículo integrado, tem como objetivo superar a fragmentação ente ensino propedêutico e técnico. Tal lógica se entendeu para o componente curricular educação física, que inserida na referida proposta curricular deveria suplantar a perspectiva dualista. No entanto, o mergulho na história revela que essas integrações têm acontecido alicerçadas a perspectivas tradicionais, tecnicistas e utilitarista de currículo. Aflorando os questionamentos sobre esse cenário. O presente estudo tem por objetivo analisar os projetos pedagógicos de curso do ensino médio integrado no IFPA campus Itaituba, para trazer à tona a concepção curricular defendida pelo componente curricular educação física. Para tal, utilizamos a pesquisa documental, de caráter qualitativo, interrogando os PPC’s dos cursos técnicos integrados em Agroecologia, Edificações e Informática, através da análise de conteúdo. Os resultados apontam a educação física abrigada em uma perspectiva curricular com fortes traços tecnicistas e tradicionais, que se pretende superar, mas que na verdade são reeditados. Acreditamos que as impressões analíticas refletem determinadas perspectivas teóricas, que não são estanques, e sim passíveis de articulações, ampliações e hibridizações.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47593097","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-10DOI: 10.15687/rec.v16i2.64669
A. Moura, Midian Lena Pereira Pressato, Isabela Pereira Bráz
O presente trabalho tem como foco o desenvolvimento de ação de Extensão Universitária realizada na forma remota, durante a pandemia. O objetivo é apresentar elementos para reflexão sobre as práticas curriculares neste período, destacando os limites e as possibilidades dos recursos tecnológicos. Como objeto de reflexão, foram utilizados os “Círculos de Cultura”, que buscaram aprofundar conceitos desenvolvidos por Paulo Freire. Nos registros de caderno de campo, em formulários e atas, buscou-se identificar elementos para o desenvolvimento dessa produção reflexiva. Destacamos como obstáculos a desigualdade social existente em nosso país, que impediu o acesso de parcela da população aos recursos digitais. Por outro lado, destacamos como possibilidade a interlocução com sujeitos de diferentes partes do país, a partilha de experiências e materiais. Consideramos que essa ação remota pode se integrar como atividade complementar a ações extensionistas presenciais.
{"title":"CÍRCULOS DE CULTURA NO RETÂNGULO DA TELA DO COMPUTADOR","authors":"A. Moura, Midian Lena Pereira Pressato, Isabela Pereira Bráz","doi":"10.15687/rec.v16i2.64669","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.64669","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como foco o desenvolvimento de ação de Extensão Universitária realizada na forma remota, durante a pandemia. O objetivo é apresentar elementos para reflexão sobre as práticas curriculares neste período, destacando os limites e as possibilidades dos recursos tecnológicos. Como objeto de reflexão, foram utilizados os “Círculos de Cultura”, que buscaram aprofundar conceitos desenvolvidos por Paulo Freire. Nos registros de caderno de campo, em formulários e atas, buscou-se identificar elementos para o desenvolvimento dessa produção reflexiva. Destacamos como obstáculos a desigualdade social existente em nosso país, que impediu o acesso de parcela da população aos recursos digitais. Por outro lado, destacamos como possibilidade a interlocução com sujeitos de diferentes partes do país, a partilha de experiências e materiais. Consideramos que essa ação remota pode se integrar como atividade complementar a ações extensionistas presenciais.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67144242","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-10DOI: 10.15687/rec.v16i2.63350
Lilian Pereira Palácio
Os modelos de universidade que se concebe hoje produzem efeitos diretamente na conformação dos currículos de ensino superior, o que gera tensão nos modos como se relacionam: se integram, se excluem, se aproximam, se distanciam, conforme as diferentes configurações históricas nas quais estão inseridos. Dessa tensão resultam: i) o que se entende por universidade, que responde à concepção de universidade moderna, traduzida pela indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão, e ii) o que se entende por ensino superior, que prepara para atender ao mercado e que, também, pode se filiar a uma concepção mercadológica. Assim, este artigo tem como objetivo observar de que modo determinada concepção de universidade se relaciona a uma concepção de currículo. As proximidades nos modos como se constituem evidenciaram efeitos diversos para a construção de uma concepção moderna de universidade e para a eclosão de uma universidade prestadora de serviços (CHAUÍ, 2001). A universidade prestadora de serviços desconstrói a universidade como instituição social com ensino, pesquisa e extensão indissociável. Na relação de aproximação entre modelos de universidade e teorias de currículo, evidenciou-se também um modelo de universidade pública que restringe, em grande parte, à sua função tradicional de formar profissionais polivalentes para o mercado de trabalho. Essa função da universidade pública está em correlação com a concepção de universidade prestadora de serviço.
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