Pub Date : 2020-12-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032201
Ericka Amorim, Ramírez Melo, Eduardo Luiz Longui, F. M. Yamaji
O conhecimento científco de espécies nativas em diferentes plantios é importante para o incentivo de políticas de manejo forestal sustentável, especifcamente se uma determinada espécie possui risco de extinção, como Balfourodendron riedelianum. Nesse contexto, estudos sobre as características energéticas da madeira nativa são escassos. Desta forma, objetivamos avaliar o Poder Calorífco Superior - PCS e a Densidade da Madeira - DE de Balfourodendron riedelianum aos 30 anos e Peltophorum dubium aos 32 anos de idade de diferentes procedências. B. riedelianum: Alvorada do Sul, Bauru and Gália. P. dubium: Alvorada do Sul e Bauru. Selecionamos essas espécies por pertencerem a diferentes grupos sucessionais, sendo B. riedelianum, uma secundária tardia e P. dubium, uma pioneira, determinando o potencial dessas espécies como matéria prima para bioenergia. Observamos média densidade básica para a espécie P. dubium e alta densidade para B. riedelianum. A densidade foi maior para ambas espécies na procedência de Alvorada do Sul. A correlação entre PCS e DE mostrou relação signifcativa positiva apenas na procedência de Bauru. Apesar de haver diferenças entre as propriedades analisadas, em síntese, ambas espécies apresentam valores favoráveis para serem empregadas para fns energéticos.
不同人工林本地物种的科学知识对于鼓励可持续森林管理政策非常重要,特别是如果某一特定物种有灭绝的风险,如Balfourodendron riedelianum。在此背景下,对天然木材能量特性的研究很少。因此,我们的目的是评估不同来源的Balfourodendron riedelianum在30岁时和Peltophorum dubium在32岁时的优越热值和木材密度。B. riedelianum:南黎明,巴鲁和高卢。P. dubium:南日出和巴鲁。我们选择这些物种是因为它们属于不同的演替类群,其中晚次生的riedelianum和先驱者的P. dubium,确定了这些物种作为生物能源原料的潜力。我们观察到dubium的基本密度为中等,riedelianum的基本密度为高密度。在Alvorada do Sul的起源中,两种物种的密度都较高。PCS与DE之间的相关性仅在Bauru的起源上显示出显著正相关。虽然分析的性质之间存在差异,但在合成中,这两个物种都有有利的值用于能量snf。
{"title":"POTENCIAL BIOENERGÉTICO DAS MADEIRAS DE Balfourodendron riedellianum (Engl.) Engl. AOS 30 ANOS E Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. AOS 32 ANOS PROVENIENTES DE PLANTIOS HOMOGÊNEOS","authors":"Ericka Amorim, Ramírez Melo, Eduardo Luiz Longui, F. M. Yamaji","doi":"10.24278/2178-5031.202032201","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032201","url":null,"abstract":"O conhecimento científco de espécies nativas em diferentes plantios é importante para o incentivo de políticas de manejo forestal sustentável, especifcamente se uma determinada espécie possui risco de extinção, como Balfourodendron riedelianum. Nesse contexto, estudos sobre as características energéticas da madeira nativa são escassos. Desta forma, objetivamos avaliar o Poder Calorífco Superior - PCS e a Densidade da Madeira - DE de Balfourodendron riedelianum aos 30 anos e Peltophorum dubium aos 32 anos de idade de diferentes procedências. B. riedelianum: Alvorada do Sul, Bauru and Gália. P. dubium: Alvorada do Sul e Bauru. Selecionamos essas espécies por pertencerem a diferentes grupos sucessionais, sendo B. riedelianum, uma secundária tardia e P. dubium, uma pioneira, determinando o potencial dessas espécies como matéria prima para bioenergia. Observamos média densidade básica para a espécie P. dubium e alta densidade para B. riedelianum. A densidade foi maior para ambas espécies na procedência de Alvorada do Sul. A correlação entre PCS e DE mostrou relação signifcativa positiva apenas na procedência de Bauru. Apesar de haver diferenças entre as propriedades analisadas, em síntese, ambas espécies apresentam valores favoráveis para serem empregadas para fns energéticos.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45401256","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032101
A. Silva, Gabriel Venâncio Pereira Mariano, J. Furtado, M. Araújo, Winy Kelly Lima Pires
Objetivou-se analisar a viabilidade econômica da implantação de Tectona grandis L. f.. A área de plantio utilizada para o estudo foi de um hectare, com espaçamento de 3 x 2 m, contabilizando 1666 plantas/ha. Para análise econômica foram utilizados os seguintes parâmetros: Valor Presente Líquido - VPL, Relação Benefício/Custo - BC, o Payback, Análise de Sensibilidade e o TIR. O investimento para implantação em um hectare foi de R$ 19.031,60, apresentando VPL entre R$ 244.648,28 a R$ 176.924,99 ao decorrer dos cenários analisados pela sensibilidade abordada. A Taxa Interna de Retorno - TIR, apresentou valores entre 16% e 12%. A partir de um período estipulado de 21 anos, o plantio de Tectona grandis L. f. mostrou-se viável economicamente.
{"title":"ESTUDO ECONÔMICO DA IMPLANTAÇÃO DE Tectona grandis L.f.","authors":"A. Silva, Gabriel Venâncio Pereira Mariano, J. Furtado, M. Araújo, Winy Kelly Lima Pires","doi":"10.24278/2178-5031.202032101","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032101","url":null,"abstract":"Objetivou-se analisar a viabilidade econômica da implantação de Tectona grandis L. f.. A área de plantio utilizada para o estudo foi de um hectare, com espaçamento de 3 x 2 m, contabilizando 1666 plantas/ha. Para análise econômica foram utilizados os seguintes parâmetros: Valor Presente Líquido - VPL, Relação Benefício/Custo - BC, o Payback, Análise de Sensibilidade e o TIR. O investimento para implantação em um hectare foi de R$ 19.031,60, apresentando VPL entre R$ 244.648,28 a R$ 176.924,99 ao decorrer dos cenários analisados pela sensibilidade abordada. A Taxa Interna de Retorno - TIR, apresentou valores entre 16% e 12%. A partir de um período estipulado de 21 anos, o plantio de Tectona grandis L. f. mostrou-se viável economicamente.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44078647","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032102
Maria Luísa Bonazzi Palmieri, V. G. Massabni
O uso público, uma das funções das áreas protegidas, tem um papel importante nas relações sociedade-natureza e grande potencial educativo, especialmente por meio das visitas escolares. Assim, o objetivo deste artigo é mapear quais áreas protegidas do Estado de São Paulo realizam visitas escolares monitoradas e outras atividades de uso público. Entre 2014 e 2015, gestores responderam questionários que permitiram mapear áreas protegidas do Instituto Florestal e da Fundação Florestal que desenvolvem atividades de uso público. Em 73% das 68 áreas protegidas pesquisadas são realizadas atividades de uso público e em 66% há visitas escolares. Foram confeccionados mapas indicando quais são estas áreas, que consistem em sua maioria em Parques Estaduais e estão localizadas principalmente no litoral, sendo que a região noroeste do Estado de São Paulo é a que possui a menor incidência destas atividades. Conclui-se que as atividades educativas de uso público são expressivas no estado de São Paulo. Desse modo, programas de visitação têm sido mantidos por boa parte das áreas protegidas do Estado e devem ser valorizados, pois podem ser um meio relevante para que a população, inclusive estudantes, tenha acesso e reconheça a existência das mesmas.
{"title":"MAPEAMENTO DAS VISITAS ESCOLARES E OUTRAS ATIVIDADES DE USO PÚBLICO NAS ÁREAS PROTEGIDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO","authors":"Maria Luísa Bonazzi Palmieri, V. G. Massabni","doi":"10.24278/2178-5031.202032102","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032102","url":null,"abstract":"O uso público, uma das funções das áreas protegidas, tem um papel importante nas relações sociedade-natureza e grande potencial educativo, especialmente por meio das visitas escolares. Assim, o objetivo deste artigo é mapear quais áreas protegidas do Estado de São Paulo realizam visitas escolares monitoradas e outras atividades de uso público. Entre 2014 e 2015, gestores responderam questionários que permitiram mapear áreas protegidas do Instituto Florestal e da Fundação Florestal que desenvolvem atividades de uso público. Em 73% das 68 áreas protegidas pesquisadas são realizadas atividades de uso público e em 66% há visitas escolares. Foram confeccionados mapas indicando quais são estas áreas, que consistem em sua maioria em Parques Estaduais e estão localizadas principalmente no litoral, sendo que a região noroeste do Estado de São Paulo é a que possui a menor incidência destas atividades. Conclui-se que as atividades educativas de uso público são expressivas no estado de São Paulo. Desse modo, programas de visitação têm sido mantidos por boa parte das áreas protegidas do Estado e devem ser valorizados, pois podem ser um meio relevante para que a população, inclusive estudantes, tenha acesso e reconheça a existência das mesmas.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45383871","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032107
Vera Sabatini, Ernesto Pedro Dickfeldt, Sonia Aparecida de Souza Evangelista, Paulo Roberto de Oliveira
O javali europeu (Sus scrofa) está entre as 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo, tendo facilidade de adaptação a novos hábitats, provocando impactos negativos ao meio ambiente e danifcando culturas agrícolas. As ocorrências em vida livre, juntamente com os variados graus de cruzamento com o porco doméstico, vêm crescendo na zona rural do Brasil, sendo constatadas dentro de algumas Unidades de Conservação. O objetivo deste trabalho é relatar as primeiras observações da presença de javalis no entorno dos seis fragmentos que formam o Parque Estadual de Vassununga, unidade de conservação de proteção integral. Em 2016, os aceiros foram percorridos totalizando 120 km. Todas as constatações da presença de javalis nos aceiros foram de forma indireta. Pegadas de animais adultos solitários ou de grupos contendo flhotes foram encontradas em 13 locais no entorno de três fragmentos. Entretanto, a primeira constatação de javali no Parque foi em 2014 quando um macho adulto foi atropelado na rodovia Anhanguera entre dois fragmentos. De acordo com alguns proprietários de fazendas vizinhas ao Parque, os javalis costumam destruir suas culturas de mandioca, milho e frutas. Para que medidas de controle efetivo dessa espécie possam ser viabilizadas dentro do Parque de Vassununga, é necessário, em caráter urgente, um levantamento sistemático da distribuição espacial da população de javalis nos fragmentos de mata inseridos na zona de amortecimento desta Unidade de Conservação.
{"title":"REGISTROS DE JAVALIS EUROPEUS (Sus scrofa LINNAEUS, 1758) NO ENTORNO DO PARQUE ESTADUAL DE VASSUNUNGA, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL","authors":"Vera Sabatini, Ernesto Pedro Dickfeldt, Sonia Aparecida de Souza Evangelista, Paulo Roberto de Oliveira","doi":"10.24278/2178-5031.202032107","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032107","url":null,"abstract":"O javali europeu (Sus scrofa) está entre as 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo, tendo facilidade de adaptação a novos hábitats, provocando impactos negativos ao meio ambiente e danifcando culturas agrícolas. As ocorrências em vida livre, juntamente com os variados graus de cruzamento com o porco doméstico, vêm crescendo na zona rural do Brasil, sendo constatadas dentro de algumas Unidades de Conservação. O objetivo deste trabalho é relatar as primeiras observações da presença de javalis no entorno dos seis fragmentos que formam o Parque Estadual de Vassununga, unidade de conservação de proteção integral. Em 2016, os aceiros foram percorridos totalizando 120 km. Todas as constatações da presença de javalis nos aceiros foram de forma indireta. Pegadas de animais adultos solitários ou de grupos contendo flhotes foram encontradas em 13 locais no entorno de três fragmentos. Entretanto, a primeira constatação de javali no Parque foi em 2014 quando um macho adulto foi atropelado na rodovia Anhanguera entre dois fragmentos. De acordo com alguns proprietários de fazendas vizinhas ao Parque, os javalis costumam destruir suas culturas de mandioca, milho e frutas. Para que medidas de controle efetivo dessa espécie possam ser viabilizadas dentro do Parque de Vassununga, é necessário, em caráter urgente, um levantamento sistemático da distribuição espacial da população de javalis nos fragmentos de mata inseridos na zona de amortecimento desta Unidade de Conservação.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48294564","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032104
F. Guilherme, Gustavo Luz Ferreira, N. Nascimento, James Dean Leal Rocha, G. Silva, Steffan Eduardo Silva Carneiro
Pouco se sabe sobre a estrutura e funcionamento de ecossistemas ripários no estado de Goiás, tão ameaçados pela ação antrópica atualmente. Por isso, o estudo teve o objetivo de avaliar relações do gradiente edáfco com a forística, a estrutura e a distribuição de espécies arbóreas em um remanescente forestal, com ocorrência de foresta ciliar ao longo do rio Corrente, no sul do estado de Goiás. Todos os indivíduos lenhosos com DAP ≥ 5 cm foram registrados em 25 parcelas permanentes de 20 × 20 m (400 m2 ), agrupadas em um bloco de 1 ha. Foram realizadas análises das propriedades químicas e texturais dos solos (0-20 cm de profundidade) para 13 parcelas. Considerando o gradiente edáfco e de umidade desde a margem do rio em direção ao interior da foresta o bloco amostral foi subdivido em cinco transectos para análise diferencial da vegetação. Foram registrados 1.070 indivíduos, 94 espécies e alta diversidade de Shannon (H’=3,76 nat.ind-1), sendo Fabaceae a família mais abundante. Myrcia tomentosa e Garcinia gardneriana foram as espécies mais importantes no levantamento. Várias espécies responderam ao gradiente edáfco, com padrões de distribuição diferencial ao longo do bloco, como mostrado pelo teste de qui-quadrado, assim como foi constatada dissimilaridade forística ao longo dos transectos. Da mesma forma, a área basal e a densidade de indivíduos também foi diferente entre os transectos. Atributos do solo também mostraram variação entre os transectos, sugerindo que propriedades físico-químicas dos solos infuenciam a distribuição de algumas espécies.
{"title":"ESTRUTURA E DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS AO LONGO DE UM GRADIENTE EDÁFICO EM FLORESTA CILIAR NO SUL GOIANO","authors":"F. Guilherme, Gustavo Luz Ferreira, N. Nascimento, James Dean Leal Rocha, G. Silva, Steffan Eduardo Silva Carneiro","doi":"10.24278/2178-5031.202032104","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032104","url":null,"abstract":"Pouco se sabe sobre a estrutura e funcionamento de ecossistemas ripários no estado de Goiás, tão ameaçados pela ação antrópica atualmente. Por isso, o estudo teve o objetivo de avaliar relações do gradiente edáfco com a forística, a estrutura e a distribuição de espécies arbóreas em um remanescente forestal, com ocorrência de foresta ciliar ao longo do rio Corrente, no sul do estado de Goiás. Todos os indivíduos lenhosos com DAP ≥ 5 cm foram registrados em 25 parcelas permanentes de 20 × 20 m (400 m2 ), agrupadas em um bloco de 1 ha. Foram realizadas análises das propriedades químicas e texturais dos solos (0-20 cm de profundidade) para 13 parcelas. Considerando o gradiente edáfco e de umidade desde a margem do rio em direção ao interior da foresta o bloco amostral foi subdivido em cinco transectos para análise diferencial da vegetação. Foram registrados 1.070 indivíduos, 94 espécies e alta diversidade de Shannon (H’=3,76 nat.ind-1), sendo Fabaceae a família mais abundante. Myrcia tomentosa e Garcinia gardneriana foram as espécies mais importantes no levantamento. Várias espécies responderam ao gradiente edáfco, com padrões de distribuição diferencial ao longo do bloco, como mostrado pelo teste de qui-quadrado, assim como foi constatada dissimilaridade forística ao longo dos transectos. Da mesma forma, a área basal e a densidade de indivíduos também foi diferente entre os transectos. Atributos do solo também mostraram variação entre os transectos, sugerindo que propriedades físico-químicas dos solos infuenciam a distribuição de algumas espécies.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41626471","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032105
C. Moura, W. Mantovani
A Floresta Ombrófla Densa Atlântica é um dos biomas brasileiros com maior biodiversidade, endemicidade e ameaçado por intervenções antrópicas do planeta, sendo, portanto, considerado um “hotspot”, tornando relevante sua conservação. Por situar-se em região montanhosa de grande extensão latitudinal apresenta variações forísticas e estruturais, por infuências de clima e de solo. Este trabalho objetivou caracterizar forística e estruturalmente a vegetação secundária de uma Floresta Ombrófla Densa, com histórico de uso agrícola. O levantamento foi realizado em cinco parcelas de 10 x 25 m, onde as plantas de porte arbustivo-arbóreo, de altura ≥ 1 m, foram coletadas, sendo mensurado o perímetro do caule e estimada a altura. As espécies foram classifcadas em síndromes de dispersão e grupos sucessionais. A estrutura forestal foi analisada pelos parâmetros ftossociológicos: Valor de Cobertura - VC, Índice de Diversidade de Shannon - H’ e Equabilidade - J’. Foram levantadas 172 espécies e 56 famílias, sendo as de maior riqueza: Myrtaceae (29), Piperaceae (19), Fabaceae (18), Melastomataceae (13) e Rubiaceae (11). Predominaram espécies secundárias iniciais (30,23%) e tardias (29,65%) e zoocóricas (77,91%). Euterpe edulis, Tibouchina pulchra e Hyeronima alchorneoides apresentaram os maiores valores de VC, perfazendo 44,7% do total. A espécie com maiores densidades absoluta (1.696 ind./ha) e relativa (22,18%) foi E. edulis. E T. pulchra apresentou as maiores dominâncias absoluta (9,54 m²/ha) e relativa (27,89%). A diversidade (H’= 3,919 nat. ind-1) e a equabilidade (J’ = 0,761) obtidas estão no padrão esperado para áreas de vegetação secundária. A foresta estudada possui estrutura complexa e fora similar a outros estudos comparados.
{"title":"VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA DE UM TRECHO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS, PERUÍBE, SÃO PAULO","authors":"C. Moura, W. Mantovani","doi":"10.24278/2178-5031.202032105","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032105","url":null,"abstract":"A Floresta Ombrófla Densa Atlântica é um dos biomas brasileiros com maior biodiversidade, endemicidade e ameaçado por intervenções antrópicas do planeta, sendo, portanto, considerado um “hotspot”, tornando relevante sua conservação. Por situar-se em região montanhosa de grande extensão latitudinal apresenta variações forísticas e estruturais, por infuências de clima e de solo. Este trabalho objetivou caracterizar forística e estruturalmente a vegetação secundária de uma Floresta Ombrófla Densa, com histórico de uso agrícola. O levantamento foi realizado em cinco parcelas de 10 x 25 m, onde as plantas de porte arbustivo-arbóreo, de altura ≥ 1 m, foram coletadas, sendo mensurado o perímetro do caule e estimada a altura. As espécies foram classifcadas em síndromes de dispersão e grupos sucessionais. A estrutura forestal foi analisada pelos parâmetros ftossociológicos: Valor de Cobertura - VC, Índice de Diversidade de Shannon - H’ e Equabilidade - J’. Foram levantadas 172 espécies e 56 famílias, sendo as de maior riqueza: Myrtaceae (29), Piperaceae (19), Fabaceae (18), Melastomataceae (13) e Rubiaceae (11). Predominaram espécies secundárias iniciais (30,23%) e tardias (29,65%) e zoocóricas (77,91%). Euterpe edulis, Tibouchina pulchra e Hyeronima alchorneoides apresentaram os maiores valores de VC, perfazendo 44,7% do total. A espécie com maiores densidades absoluta (1.696 ind./ha) e relativa (22,18%) foi E. edulis. E T. pulchra apresentou as maiores dominâncias absoluta (9,54 m²/ha) e relativa (27,89%). A diversidade (H’= 3,919 nat. ind-1) e a equabilidade (J’ = 0,761) obtidas estão no padrão esperado para áreas de vegetação secundária. A foresta estudada possui estrutura complexa e fora similar a outros estudos comparados.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45342706","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032103
Débora Luana Pasa, Mariani Carrion Ximendes, Rafael da Silva Rech, Camila Santiago dos Santos, J. Farias
Entende-se por setor forestal o conjunto de atividades produtivas primárias e secundárias, que exploram, conservam, manejam e renovam e ou implantam forestas, bem como utilizam a madeira como principal insumo na transformação industrial. A cadeia produtiva do setor forestal desencadeia mudanças na economia regional devido ao processo de produção e transformação da matéria-prima. Dessa forma, objetivou-se esclarecer e apontar a dinâmica socioeconômica do municipio de Encruzilhada do Sul, relacionando estas informações com o desenvolvimento do setor forestal, baseado principamente no Valor Bruto da Produção Florestal e Indicadores Socioeconomicos. O levantamento de dados foi realizado por meio de pesquisa em literatura especializada, assim como em plataformas de instituições de pesquisa, objetivando obter informações com agentes restritos à região de estudo. Foi possível observar um incremento na produção de madeira, excetuando-se os anos de 2008/2009, devido à crise mundial que afetou especialmente o âmbito das exportações. O setor forestal é responsável por grande parte dos estabelecimentos e vínculos empregatícios locais. Os índices socioeconômicos de Encruzilhada do Sul foram impactados positivamente ao longo do período estudado, como resultado da absorção de mão de obra, geração de empregos e aumento do poder aquisitivo, oriundos do setor forestal, o que infuenciou positivamente na qualidade de vida dos moradores do município, tornando o setor forestal um importante vetor de desenvolvimento local/regional.
{"title":"O SETOR FLORESTAL COMO BASE PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO REGIONAL: UM ESTUDO DE CASO EM ENCRUZILHADA DO SUL, RS","authors":"Débora Luana Pasa, Mariani Carrion Ximendes, Rafael da Silva Rech, Camila Santiago dos Santos, J. Farias","doi":"10.24278/2178-5031.202032103","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032103","url":null,"abstract":"Entende-se por setor forestal o conjunto de atividades produtivas primárias e secundárias, que exploram, conservam, manejam e renovam e ou implantam forestas, bem como utilizam a madeira como principal insumo na transformação industrial. A cadeia produtiva do setor forestal desencadeia mudanças na economia regional devido ao processo de produção e transformação da matéria-prima. Dessa forma, objetivou-se esclarecer e apontar a dinâmica socioeconômica do municipio de Encruzilhada do Sul, relacionando estas informações com o desenvolvimento do setor forestal, baseado principamente no Valor Bruto da Produção Florestal e Indicadores Socioeconomicos. O levantamento de dados foi realizado por meio de pesquisa em literatura especializada, assim como em plataformas de instituições de pesquisa, objetivando obter informações com agentes restritos à região de estudo. Foi possível observar um incremento na produção de madeira, excetuando-se os anos de 2008/2009, devido à crise mundial que afetou especialmente o âmbito das exportações. O setor forestal é responsável por grande parte dos estabelecimentos e vínculos empregatícios locais. Os índices socioeconômicos de Encruzilhada do Sul foram impactados positivamente ao longo do período estudado, como resultado da absorção de mão de obra, geração de empregos e aumento do poder aquisitivo, oriundos do setor forestal, o que infuenciou positivamente na qualidade de vida dos moradores do município, tornando o setor forestal um importante vetor de desenvolvimento local/regional.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47892640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-02DOI: 10.24278/2178-5031.202032106
Elaine Rodrigues, Lenita Lima, Aldo José Gonçalves
A gestão do conhecimento em Instituições de Pesquisa abarca uma ampla área de atuação, que inclui a sua produção, a disponibilização dessas investigações e a interação de seus pesquisadores e suas instituições com a sociedade. No território paulista, os 19 Institutos de Pesquisa - IP do governo do Estado, constituem uma comunidade científca com 1.808 Pesquisadores Científcos - PqC, abrangidos pela Lei Complementar nº 125/1975, que também instituiu a Comissão Permanente de Tempo Integral - CPRTI. Para avaliar a produção científca dessa comunidade e divulgar as informações das atividades desenvolvidas, a CPRTI utiliza a Plataforma “Portal do Pesquisador Científco”. A partir de uma análise histórica da institucionalização da ciência no Brasil e no estado de São Paulo, este estudo apresenta a trajetória da pesquisa e da constituição dos Institutos de Pesquisa paulistas. Para os três Institutos de Pesquisa vinculados ao Sistema Ambiental Paulista (Instituto de Botânica, Instituto Florestal e Instituto Geológico), foi avaliado o Portal do Pesquisador Científco do Estado de São Paulo enquanto plataforma para comunicação e gerenciamento do capital intelectual dos seus pesquisadores.
{"title":"A GESTÃO DO CONHECIMENTO EM INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DO SISTEMA AMBIENTAL PAULISTA: QUANDO FALTA A INFORMAÇÃO","authors":"Elaine Rodrigues, Lenita Lima, Aldo José Gonçalves","doi":"10.24278/2178-5031.202032106","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.202032106","url":null,"abstract":"A gestão do conhecimento em Instituições de Pesquisa abarca uma ampla área de atuação, que inclui a sua produção, a disponibilização dessas investigações e a interação de seus pesquisadores e suas instituições com a sociedade. No território paulista, os 19 Institutos de Pesquisa - IP do governo do Estado, constituem uma comunidade científca com 1.808 Pesquisadores Científcos - PqC, abrangidos pela Lei Complementar nº 125/1975, que também instituiu a Comissão Permanente de Tempo Integral - CPRTI. Para avaliar a produção científca dessa comunidade e divulgar as informações das atividades desenvolvidas, a CPRTI utiliza a Plataforma “Portal do Pesquisador Científco”. A partir de uma análise histórica da institucionalização da ciência no Brasil e no estado de São Paulo, este estudo apresenta a trajetória da pesquisa e da constituição dos Institutos de Pesquisa paulistas. Para os três Institutos de Pesquisa vinculados ao Sistema Ambiental Paulista (Instituto de Botânica, Instituto Florestal e Instituto Geológico), foi avaliado o Portal do Pesquisador Científco do Estado de São Paulo enquanto plataforma para comunicação e gerenciamento do capital intelectual dos seus pesquisadores.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45153749","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-12-20DOI: 10.24278/2178-5031.201931203
Olívia Pereira Lopes, A. G. Carvalho, A. J. V. Zanuncio, Márcio Medeiros Alves, Eunice Gonçalves Macedo
The fshing activity in the Northern region of Brazil is important for the sustenance of several families; to perform this activity, small boats are used, produced in small yards that have native wood as the main raw material. This study aimed to identify and characterize macroscopically the wood of the species used in boat production in three Brazilian municipalities of the State of Pará: Abaetetuba, Colares and Vigia. For wood identifcation and study, macroscopic anatomy techniques were used, and at the end, the collected samples were compared with those in the collection of the IAN/EMBRAPA Xylotheque. 19 species were identifed, distributed into 13 families and 18 genera. There is a large number of species used in boat production; however, the commonly used species are Caryocar villosum and Lecythis pisonis.
{"title":"WOOD SPECIES USED IN CRAFT BOATS IN PARÁ STATE – BRAZIL","authors":"Olívia Pereira Lopes, A. G. Carvalho, A. J. V. Zanuncio, Márcio Medeiros Alves, Eunice Gonçalves Macedo","doi":"10.24278/2178-5031.201931203","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.201931203","url":null,"abstract":"The fshing activity in the Northern region of Brazil is important for the sustenance of several families; to perform this activity, small boats are used, produced in small yards that have native wood as the main raw material. This study aimed to identify and characterize macroscopically the wood of the species used in boat production in three Brazilian municipalities of the State of Pará: Abaetetuba, Colares and Vigia. For wood identifcation and study, macroscopic anatomy techniques were used, and at the end, the collected samples were compared with those in the collection of the IAN/EMBRAPA Xylotheque. 19 species were identifed, distributed into 13 families and 18 genera. There is a large number of species used in boat production; however, the commonly used species are Caryocar villosum and Lecythis pisonis.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48193589","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-12-20DOI: 10.24278/2178-5031.201931201
Jozângelo Fernandes da Cruz, E. B. D. Souza, Maria Vânia Vidal de Souza, J. M. A. D. Azevedo, Renato Epifânio de Souza
O objetivo desse trabalho foi avaliar a composição e o arranjo espacial de um quintal agroforestal no Município de Cruzeiro do Sul, AC. O estudo foi realizado na propriedade rural Colônia Assis Brasil, localizado em Cruzeiro do Sul, AC. Para o levantamento da biodiversidade foi feito o inventário 100% no perímetro do quintal agroforestal. Para cada indivíduo foram coletadas as seguintes informações: 1) nome popular; 2) idade correspondente ao ano de plantio; 3) sistema de implantação (fleira simples, fleira dupla, em sistema de aléia, aleatório); 4) espaçamento. Os dados coletados foram tabulados e organizados por espécies, idade e sistema de plantio. Os gráfcos foram gerados em planilha eletrônica. O sistema agroforestal da Colônia Assis Brasil pode ser classifcado como quintal agroforestal e apresenta expressiva riqueza e alta diversidade de espécies, ocupando uma área de 3,3428 ha, maior que comumente encontrada para esse tipo de Sistema Agroforestal - SAF, mesmo assim, tem uma considerável densidade de plantas. As espécies mais abundantes são o açaí (Euterpe precatoria), inhame (Dioscorea sp.), ingá (Inga edulis), abacate (Persea americana), coco (Cocos nucifera) e graviola (Annona muricata). O SAF é predominantemente composto por espécies frutíferas de uso alimentar. O quintal agroforestal Colônia Assis Brasil passa um processo de renovação, com aumento da abundância de um menor número de espécies de valor comercial regional, sendo o açaí a espécie mais plantada nos últimos dois anos. Esse comportamento pode diminuir a riqueza e equitabilidade do SAF, deixando-o com menor diversidade e mais próximo de um sistema multiestratifcado.
{"title":"CARACTERIZAÇÃO DE UM QUINTAL AGROFLORESTAL NO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL, AC","authors":"Jozângelo Fernandes da Cruz, E. B. D. Souza, Maria Vânia Vidal de Souza, J. M. A. D. Azevedo, Renato Epifânio de Souza","doi":"10.24278/2178-5031.201931201","DOIUrl":"https://doi.org/10.24278/2178-5031.201931201","url":null,"abstract":"O objetivo desse trabalho foi avaliar a composição e o arranjo espacial de um quintal agroforestal no Município de Cruzeiro do Sul, AC. O estudo foi realizado na propriedade rural Colônia Assis Brasil, localizado em Cruzeiro do Sul, AC. Para o levantamento da biodiversidade foi feito o inventário 100% no perímetro do quintal agroforestal. Para cada indivíduo foram coletadas as seguintes informações: 1) nome popular; 2) idade correspondente ao ano de plantio; 3) sistema de implantação (fleira simples, fleira dupla, em sistema de aléia, aleatório); 4) espaçamento. Os dados coletados foram tabulados e organizados por espécies, idade e sistema de plantio. Os gráfcos foram gerados em planilha eletrônica. O sistema agroforestal da Colônia Assis Brasil pode ser classifcado como quintal agroforestal e apresenta expressiva riqueza e alta diversidade de espécies, ocupando uma área de 3,3428 ha, maior que comumente encontrada para esse tipo de Sistema Agroforestal - SAF, mesmo assim, tem uma considerável densidade de plantas. As espécies mais abundantes são o açaí (Euterpe precatoria), inhame (Dioscorea sp.), ingá (Inga edulis), abacate (Persea americana), coco (Cocos nucifera) e graviola (Annona muricata). O SAF é predominantemente composto por espécies frutíferas de uso alimentar. O quintal agroforestal Colônia Assis Brasil passa um processo de renovação, com aumento da abundância de um menor número de espécies de valor comercial regional, sendo o açaí a espécie mais plantada nos últimos dois anos. Esse comportamento pode diminuir a riqueza e equitabilidade do SAF, deixando-o com menor diversidade e mais próximo de um sistema multiestratifcado.","PeriodicalId":30226,"journal":{"name":"Revista do Instituto Florestal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44578165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}