Pub Date : 2020-07-29DOI: 10.21680/2316-5235.2020v9n1id21566
Rejane Gomes Carvalho
Neste artigo discute-se o processo de flexibilização do trabalho e as novas formas de submissão e exploração que reproduzem trabalhadores livres, precários e passivos. O avanço da tecnologia e do sistema de informação vem reforçar a individualização e racionalização do trabalho humano, recriando e ressignificando o lugar do trabalho na vida social. O aumento das ocupações por conta própria, a informalidade do trabalho e o crescimento dos microempreendedores individuais, expressam as condições estruturais de um ambiente econômico em transformação que tende a desenvolver atividades com características de trabalho precário, gerando baixas remunerações e ausência de direitos pelo trabalho, fatores que contribuem para a preservação e reprodução da pobreza e das desigualdades.
{"title":"A REINVENÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM TEMPOS DE CRISE: AUTONOMIA E PRECARIEDADE","authors":"Rejane Gomes Carvalho","doi":"10.21680/2316-5235.2020v9n1id21566","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2020v9n1id21566","url":null,"abstract":"Neste artigo discute-se o processo de flexibilização do trabalho e as novas formas de submissão e exploração que reproduzem trabalhadores livres, precários e passivos. O avanço da tecnologia e do sistema de informação vem reforçar a individualização e racionalização do trabalho humano, recriando e ressignificando o lugar do trabalho na vida social. O aumento das ocupações por conta própria, a informalidade do trabalho e o crescimento dos microempreendedores individuais, expressam as condições estruturais de um ambiente econômico em transformação que tende a desenvolver atividades com características de trabalho precário, gerando baixas remunerações e ausência de direitos pelo trabalho, fatores que contribuem para a preservação e reprodução da pobreza e das desigualdades.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115414642","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-07DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356
Éder de Souza Beirão, Darcy Ramos da Silva Neto, Sibele Vasconcelos de Oliveira
Desde a instituição da Nova República, o Brasil experenciou a ascensão de equipes de gestão macroeconômica orientadas pelas diferentes vertentes teórico-partidárias. Em síntese, na década de 1990, os governos do Brasil adotaram as políticas neoliberais, que priorizaram a contenção dos gastos públicos sociais, privatizações e a descentralização na política social. Já na década de 2000, com o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e início da gestão de Luís Inácio Lula da Silva, houve um movimento de ruptura política. Com o segundo mandato do ex-presidente Lula, iniciado em 2006, surgiu o fenômeno político do lulismo, que reuniu uma série de políticas que tornaram possível a redução da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a ativação do mercado interno brasileiro, mantendo-se estabilizados os interesses neoliberais já adotados pela política econômica do governo FHC. Destarte, o presente estudo visa ao debate sobre as diferenças e semelhanças da abordagem das questões sociais na política neoliberal e no lulismo. Para tal fim, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Dentre os principais descompassos entre as políticas neoliberais e o lulismo, cita-se que o primeiro modelo não priorizou o investimento às questões sociais (como em saúde e educação), enquanto o lulismo ampliou investimentos em políticas sociais redistributivas e em educação. O foco no alcance das metas da inflação, a adoção do sistema de câmbio flutuante e superávit primário nas contas públicas são observados em ambos os perfis de governo, em um compromisso com a estabilidade macroeconômica.
自新共和国成立以来,巴西经历了宏观经济管理团队的崛起,由不同的理论和政党方向指导。总而言之,在20世纪90年代,巴西政府采取了新自由主义政策,优先控制社会公共支出、私有化和社会政策的权力下放。在21世纪初,随着费尔南多·恩里克·卡多索(FHC)任期的结束和luis inacio卢拉·达席尔瓦(luis inacio Lula da Silva)政府的开始,出现了一场政治分裂运动。的第二个任期前总统卢拉,2006年开始出现了lulismo的政治现象,组织了一系列可能的政策减少贫困和社会不平等,以及激活巴西国内市场保持稳定,新自由主义利益已经出政府所采取的经济政策。因此,本研究旨在探讨新自由主义政治与卢拉主义在社会问题上的异同。为此,进行了文献和文献研究。在新自由主义政策和卢卢主义之间的主要不匹配中,可以引用的是,第一种模式没有优先投资于社会问题(如卫生和教育),而卢卢主义扩大了对再分配社会政策和教育的投资。两国政府都致力于实现通货膨胀目标、采用浮动汇率制度和公共帐户的基本盈余。
{"title":"POLÍTICAS SOCIAIS E CONTROLE MACROECONÔMICO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS NEOLIBERAIS E NO LULISMO","authors":"Éder de Souza Beirão, Darcy Ramos da Silva Neto, Sibele Vasconcelos de Oliveira","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20356","url":null,"abstract":"Desde a instituição da Nova República, o Brasil experenciou a ascensão de equipes de gestão macroeconômica orientadas pelas diferentes vertentes teórico-partidárias. Em síntese, na década de 1990, os governos do Brasil adotaram as políticas neoliberais, que priorizaram a contenção dos gastos públicos sociais, privatizações e a descentralização na política social. Já na década de 2000, com o fim do mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e início da gestão de Luís Inácio Lula da Silva, houve um movimento de ruptura política. Com o segundo mandato do ex-presidente Lula, iniciado em 2006, surgiu o fenômeno político do lulismo, que reuniu uma série de políticas que tornaram possível a redução da pobreza e das desigualdades sociais, bem como a ativação do mercado interno brasileiro, mantendo-se estabilizados os interesses neoliberais já adotados pela política econômica do governo FHC. Destarte, o presente estudo visa ao debate sobre as diferenças e semelhanças da abordagem das questões sociais na política neoliberal e no lulismo. Para tal fim, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais. Dentre os principais descompassos entre as políticas neoliberais e o lulismo, cita-se que o primeiro modelo não priorizou o investimento às questões sociais (como em saúde e educação), enquanto o lulismo ampliou investimentos em políticas sociais redistributivas e em educação. O foco no alcance das metas da inflação, a adoção do sistema de câmbio flutuante e superávit primário nas contas públicas são observados em ambos os perfis de governo, em um compromisso com a estabilidade macroeconômica.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116072271","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-07DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n2id16721
N. Colombo, C. Ferreira
Este estudo objetiva analisar o comportamento da distribuição do rendimento domiciliar per capita na região Nordeste e compará-lo com o Brasil, a fim de observar disparidades. Para isso, utiliza-se a metodologia de decomposição do índice de Gini que consiste em determinar a contribuição de cada parcela do rendimento para a desigualdade total, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2004 a 2015. Observou-se que a região Nordeste, comparada ao Brasil, evidenciou na maioria das parcelas do rendimento domiciliar per capita predomínio de maiores razões de concentração, com exceção da parcela 9, que inclui benefícios de programas sociais, ressaltando a existência de uma tendência concentradora de rendimento na região
{"title":"ESTRUTURA E DESIGUALDADE DA RENDA NA REGIÃO NORDESTE, DE 2004 A 2015","authors":"N. Colombo, C. Ferreira","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id16721","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id16721","url":null,"abstract":"Este estudo objetiva analisar o comportamento da distribuição do rendimento domiciliar per capita na região Nordeste e compará-lo com o Brasil, a fim de observar disparidades. Para isso, utiliza-se a metodologia de decomposição do índice de Gini que consiste em determinar a contribuição de cada parcela do rendimento para a desigualdade total, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2004 a 2015. Observou-se que a região Nordeste, comparada ao Brasil, evidenciou na maioria das parcelas do rendimento domiciliar per capita predomínio de maiores razões de concentração, com exceção da parcela 9, que inclui benefícios de programas sociais, ressaltando a existência de uma tendência concentradora de rendimento na região","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116135882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-07DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n2id20355
Marconi Gomes da Silva, Márcia Maria Bezerra, Denílson Da Silva Araújo
O artigo tem como objetivo central analisar a gênese e o desenvolvimento do setor terciário sob a luz da teoria marxista. Como ferramentas analíticas foram utilizados os conceitos de divisão do trabalho no âmbito da manufatura e no âmbito da sociedade, dando especial relevo ao movimento interativo e complementar de ambos os conceitos, entendidos como instrumentos essenciais para a compreensão do movimento do capital em direção ao setor terciário. A análise proposta levou a algumas sugestões de conclusão: o setor terciário deve ser analisado com rigorosa observância das condições concretas de organização do capital em seu interior; nos países desenvolvidos, o setor terciário manifesta maior atratividade ao capital, maior autonomia para o crescimento e modernização quando comparado com o setor terciário da periferia, dependente do capital internacional e do Estado nacional para a produção e oferta de produtos e serviços; apesar da incipiência econômico-estrutural do terciário na periferia do sistema capitalista, foi possível concluir que nesses espaços sociais o terciário foi e é de fundamental importância para a acumulação do capital em geral e que vem se transformando, mesmo que de forma relativa, em importante locus de valorização do capital, de criação de receita para os entes federativos e, dentre outros pontos positivos, da criação de empregos formais e informais que em boa mediada amortecem as clássicas crises de reprodução do sistema.
{"title":"O TERCIÁRIO EM PROCESSO OU SUAS DIFERENTES FORMAS HISTÓRICAS DE MANIFESTAÇÃO","authors":"Marconi Gomes da Silva, Márcia Maria Bezerra, Denílson Da Silva Araújo","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20355","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20355","url":null,"abstract":"O artigo tem como objetivo central analisar a gênese e o desenvolvimento do setor terciário sob a luz da teoria marxista. Como ferramentas analíticas foram utilizados os conceitos de divisão do trabalho no âmbito da manufatura e no âmbito da sociedade, dando especial relevo ao movimento interativo e complementar de ambos os conceitos, entendidos como instrumentos essenciais para a compreensão do movimento do capital em direção ao setor terciário. A análise proposta levou a algumas sugestões de conclusão: o setor terciário deve ser analisado com rigorosa observância das condições concretas de organização do capital em seu interior; nos países desenvolvidos, o setor terciário manifesta maior atratividade ao capital, maior autonomia para o crescimento e modernização quando comparado com o setor terciário da periferia, dependente do capital internacional e do Estado nacional para a produção e oferta de produtos e serviços; apesar da incipiência econômico-estrutural do terciário na periferia do sistema capitalista, foi possível concluir que nesses espaços sociais o terciário foi e é de fundamental importância para a acumulação do capital em geral e que vem se transformando, mesmo que de forma relativa, em importante locus de valorização do capital, de criação de receita para os entes federativos e, dentre outros pontos positivos, da criação de empregos formais e informais que em boa mediada amortecem as clássicas crises de reprodução do sistema.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116735453","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-07DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n2id20380
Carolina Rocha Batista, Í. Mendonça
A evolução da mecanização no setor produtor da cana-de-açúcar vem crescendo de maneira significativa nos estados brasileiros. O presente trabalho pretende avaliar como essa mecanização afetou na evolução do número de empregados em dois períodos distintos: 2004-2008 e 2014-2018, assim como o perfil dos trabalhadores. Utilizou-se dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios como fonte de dados neste trabalho. Evidenciou-se que os trabalhadores, em sua maioria, possuíam as seguintes características: homens, brancos ou pardos, com ensino fundamental ou médio, adultos, concentrados na grande região Centro-Sul. Com a evolução da mecanização em todas as regiões do país – destaque para a região Norte, que alcançou um percentual de 100% de colheita mecanizada - observou-se que houve uma significativa redução no número de ocupados nas lavouras da cana-de-açúcar entre os dois períodos – queda de 58% de 2008 a 2018 – e também que ocorreu aumento no número de trabalhadores mais qualificados e uma leve redução na quantidade de trabalhadores elementares.
{"title":"AVALIAÇÃO DA MECANIZAÇÃO SOBRE O MERCADO DE TRABALHO NA LAVOURA DA CANA-DE-AÇÚCAR","authors":"Carolina Rocha Batista, Í. Mendonça","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20380","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20380","url":null,"abstract":"A evolução da mecanização no setor produtor da cana-de-açúcar vem crescendo de maneira significativa nos estados brasileiros. O presente trabalho pretende avaliar como essa mecanização afetou na evolução do número de empregados em dois períodos distintos: 2004-2008 e 2014-2018, assim como o perfil dos trabalhadores. Utilizou-se dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios como fonte de dados neste trabalho. Evidenciou-se que os trabalhadores, em sua maioria, possuíam as seguintes características: homens, brancos ou pardos, com ensino fundamental ou médio, adultos, concentrados na grande região Centro-Sul. Com a evolução da mecanização em todas as regiões do país – destaque para a região Norte, que alcançou um percentual de 100% de colheita mecanizada - observou-se que houve uma significativa redução no número de ocupados nas lavouras da cana-de-açúcar entre os dois períodos – queda de 58% de 2008 a 2018 – e também que ocorreu aumento no número de trabalhadores mais qualificados e uma leve redução na quantidade de trabalhadores elementares.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116367997","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-06-07DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n2id20357
Evandro Camargos Teixeira, Gabriel Henrique Rodrigues Corrêa
O objetivo do presente trabalho é analisar a relação entre gastos públicos em infraestrutura e o nível de pobreza nos municípios do estado de Minas Gerais. Para a análise dessa relação, foi utilizado um modelo de dados em painel estático estimado por efeitos fixos. A proxy utilizada para representar a pobreza nesta pesquisa foi a taxa de famílias cadastradas no Cadastro Único com renda per capita até 1/2 salário mínimo por 100.000 habitantes durante o período 2015-2017. Os resultados denotam relação inversa entre gastos públicos em infraestrutura e nível de pobreza nos municípios do estado de Minas Gerais no período supracitado, ou seja, para cada real destinado em gastos públicos em infraestrutura, há uma redução de 0,000407 na taxa de pobreza desses municípios.
{"title":"GASTOS PÚBLICOS EM INFRAESTRUTURA E POBREZA: UMA ANÁLISE PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS","authors":"Evandro Camargos Teixeira, Gabriel Henrique Rodrigues Corrêa","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n2id20357","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n2id20357","url":null,"abstract":"O objetivo do presente trabalho é analisar a relação entre gastos públicos em infraestrutura e o nível de pobreza nos municípios do estado de Minas Gerais. Para a análise dessa relação, foi utilizado um modelo de dados em painel estático estimado por efeitos fixos. A proxy utilizada para representar a pobreza nesta pesquisa foi a taxa de famílias cadastradas no Cadastro Único com renda per capita até 1/2 salário mínimo por 100.000 habitantes durante o período 2015-2017. Os resultados denotam relação inversa entre gastos públicos em infraestrutura e nível de pobreza nos municípios do estado de Minas Gerais no período supracitado, ou seja, para cada real destinado em gastos públicos em infraestrutura, há uma redução de 0,000407 na taxa de pobreza desses municípios.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116509131","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-27DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n1id20339
J. Trindade, Ewerton Uchoa Fiel
Este artigo analisa as principais características das relações informais de trabalho, enfocando um perfil muito especifico de trabalhador (a): o (a) feirante. A Feira é um lugar de burburinho, sendo que as cidades modernas sãos espaços de aglomeração, constituindo as feiras espaços não somente de comercialização, mas também de interação e sociabilidade diversa. Nestes mercados se combinam características de economia mercantil simples (EMS) e economia mercantil capitalista (EMC), onde se encontram uma grande variedade de mercadorias e serviços. As hipóteses admitidas são duas, a primeira discorre sobre a afirmação de que as relações de trabalho informal nas feiras do município de Ananindeua influem positivamente no mercado de trabalho local ao gerar empregos, renda, consumo de subsistência. A segunda trata de que, para o feirante de Ananindeua que trabalha por conta própria, migrar do setor informal para o setor formal não é uma opção vantajosa, devido a precariedade do emprego formal aliada à dificuldade de inserção destes no mercado por motivos diversos, idade, escolaridade, baixa rentabilidade do negócio, além dele possuir o sentimento de propriedade como forte fator subjetivo, dentre outros. O artigo encontra-se dividido em três seções. Inicialmente faz-se uma descrição e caracterização do trabalho do feirante, assim como sua interatividade com os processos de reprodução social; na seção seguinte trata-se da informalidade como um padrão regular de ocupação e geração de renda; por fim, aborda-se e se problematiza a precariedade das relações de trabalho do feirante e como ela se engendra aos mecanismos de superexploração e aviltamento das relações de trabalho próprias do mundo periférico brasileiro.
{"title":"EMPREGO, RENDA E INFORMALIDADE: UM ESTUDO DA FEIRA DA CIDADE EM ANANINDEUA (PA)","authors":"J. Trindade, Ewerton Uchoa Fiel","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n1id20339","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n1id20339","url":null,"abstract":"Este artigo analisa as principais características das relações informais de trabalho, enfocando um perfil muito especifico de trabalhador (a): o (a) feirante. A Feira é um lugar de burburinho, sendo que as cidades modernas sãos espaços de aglomeração, constituindo as feiras espaços não somente de comercialização, mas também de interação e sociabilidade diversa. Nestes mercados se combinam características de economia mercantil simples (EMS) e economia mercantil capitalista (EMC), onde se encontram uma grande variedade de mercadorias e serviços. As hipóteses admitidas são duas, a primeira discorre sobre a afirmação de que as relações de trabalho informal nas feiras do município de Ananindeua influem positivamente no mercado de trabalho local ao gerar empregos, renda, consumo de subsistência. A segunda trata de que, para o feirante de Ananindeua que trabalha por conta própria, migrar do setor informal para o setor formal não é uma opção vantajosa, devido a precariedade do emprego formal aliada à dificuldade de inserção destes no mercado por motivos diversos, idade, escolaridade, baixa rentabilidade do negócio, além dele possuir o sentimento de propriedade como forte fator subjetivo, dentre outros. O artigo encontra-se dividido em três seções. Inicialmente faz-se uma descrição e caracterização do trabalho do feirante, assim como sua interatividade com os processos de reprodução social; na seção seguinte trata-se da informalidade como um padrão regular de ocupação e geração de renda; por fim, aborda-se e se problematiza a precariedade das relações de trabalho do feirante e como ela se engendra aos mecanismos de superexploração e aviltamento das relações de trabalho próprias do mundo periférico brasileiro.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126386328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-27DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n1id20334
Debora Daiane da Silva, Francisco Danilo Da Silva Ferreira, Hérica Gabriela Rodrigues de Araújo Ribeiro, Janduir Oliveira da Nóbrega, José Antônio Nunes de Souza
Este estudo teve como objetivo analisar os determinantes da alocação de trabalho pelas mulheres no Rio Grande do Norte. Para tanto, a base de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicilio (PNAD) e a metodologia econométrica empregada foi o modelo de dois estágios de Heckman (1979) para corrigir o viés de seleção presente em modelos tradicionais de escolha binária. De modo geral os dados estatísticos da mão de obra feminina mostraram uma alta escolaridade bem como uma alta taxa de ocupação das mulheres no mercado de trabalho e a renda média segue o mesmo padrão de crescimento nacional. Os resultados das estimações do modelo de Heckman (1979) apontaram que as mulheres com mais escolaridade tendem e chefes do domicílio tendem ofertar mais horas de trabalho. No entanto, a idade elevada e a falta de instrução reduzem a quantidade de horas trabalhadas, assim como a aposentadoria que apresentou efeitos negativos sobre a alocação de horas de trabalho.
{"title":"ALOCAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO DAS MULHERES NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE","authors":"Debora Daiane da Silva, Francisco Danilo Da Silva Ferreira, Hérica Gabriela Rodrigues de Araújo Ribeiro, Janduir Oliveira da Nóbrega, José Antônio Nunes de Souza","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n1id20334","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n1id20334","url":null,"abstract":"Este estudo teve como objetivo analisar os determinantes da alocação de trabalho pelas mulheres no Rio Grande do Norte. Para tanto, a base de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicilio (PNAD) e a metodologia econométrica empregada foi o modelo de dois estágios de Heckman (1979) para corrigir o viés de seleção presente em modelos tradicionais de escolha binária. De modo geral os dados estatísticos da mão de obra feminina mostraram uma alta escolaridade bem como uma alta taxa de ocupação das mulheres no mercado de trabalho e a renda média segue o mesmo padrão de crescimento nacional. Os resultados das estimações do modelo de Heckman (1979) apontaram que as mulheres com mais escolaridade tendem e chefes do domicílio tendem ofertar mais horas de trabalho. No entanto, a idade elevada e a falta de instrução reduzem a quantidade de horas trabalhadas, assim como a aposentadoria que apresentou efeitos negativos sobre a alocação de horas de trabalho.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130804162","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-26DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n1id20460
Marcos Bittar Haddad
A dinâmica econômica presente em Goiás, além de possuir tradições rurais/agrícolas, que impulsionam a prática do agronegócio, também é impulsionada por uma crescente industrialização, motivada, sobretudo, por ser Goiás, um dos estados mais agressivos na atração de investimentos privados, via os incentivos fiscais. O estado passa por uma ocupação produtiva que cria regiões dinâmicas e que, em hipótese, necessariamente não estejam influenciadas ou conectadas diretamente à sua capital, onde se localiza a única Região Metropolitana do estado. Pode-se tratar de uma dinâmica econômica conectada diretamente pelo capital externo, pois esta é a lógica presente no agronegócio. Entender a configuração da divisão regional goiana conforme o novo recorte proposto pelo IBGE, em 2017, que define regiões imediatas e regiões intermediarias, passa por uma investigação, se estas regiões intermediárias, criadas a partir desta nova metodologia, que define uma nova divisão regional, surgem de novas áreas dinâmicas independentes da RMG ou se estas regiões são áreas de extensão da capital. Este trabalho, que pode ser classificado como um ensaio, parte inicialmente, da reprodução da literatura já existente sobre os diversos conceitos e definições para local, regional, espaço, ou seja, das diferentes abordagens que definem a espacialização a fim de justificar que esta nova metodologia, proposta pelo IBGE, pode ser o que melhor explica a região como algo que não deve possuir barreiras, mas pode se expandir para além do que está formalmente delimitado.
{"title":"AS REGIÕES GOIANAS SOB O ASPECTO DA NOVA DIVISÃO GEOGRÁFICA DO IBGE: O FORMAL E O REAL, O IMEDIATO E O INTERMEDIÁRIO","authors":"Marcos Bittar Haddad","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n1id20460","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n1id20460","url":null,"abstract":"A dinâmica econômica presente em Goiás, além de possuir tradições rurais/agrícolas, que impulsionam a prática do agronegócio, também é impulsionada por uma crescente industrialização, motivada, sobretudo, por ser Goiás, um dos estados mais agressivos na atração de investimentos privados, via os incentivos fiscais. O estado passa por uma ocupação produtiva que cria regiões dinâmicas e que, em hipótese, necessariamente não estejam influenciadas ou conectadas diretamente à sua capital, onde se localiza a única Região Metropolitana do estado. Pode-se tratar de uma dinâmica econômica conectada diretamente pelo capital externo, pois esta é a lógica presente no agronegócio. Entender a configuração da divisão regional goiana conforme o novo recorte proposto pelo IBGE, em 2017, que define regiões imediatas e regiões intermediarias, passa por uma investigação, se estas regiões intermediárias, criadas a partir desta nova metodologia, que define uma nova divisão regional, surgem de novas áreas dinâmicas independentes da RMG ou se estas regiões são áreas de extensão da capital. Este trabalho, que pode ser classificado como um ensaio, parte inicialmente, da reprodução da literatura já existente sobre os diversos conceitos e definições para local, regional, espaço, ou seja, das diferentes abordagens que definem a espacialização a fim de justificar que esta nova metodologia, proposta pelo IBGE, pode ser o que melhor explica a região como algo que não deve possuir barreiras, mas pode se expandir para além do que está formalmente delimitado.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132919203","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-26DOI: 10.21680/2316-5235.2019v8n1id20337
Wiliam Gledson Silva
Este artigo teve o objetivo de analisar, comparativamente, os orçamentos programático e executado, respectivamente, a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Balanço Orçamentário (BO), do Rio Grande do Norte (RN) em torno da política social, no último trio de ciclos completos do Plano Plurianual (PPA) 2004/2015, cuja sistematização do exame parte dos conceitos de Consumo Social (CS) e Despesa Social (DS) do modelo de James O`Connor. Os resultados apontaram que o Consumo Social apresentou valores contundentemente superiores às Despesas Sociais no agregado, tanto na programação como na execução orçamentárias do RN, conservando seu caráter assimétrico.
{"title":"DIFERENCIAÇÃO DA POLÍTICA SOCIAL NA COMPOSIÇÃO ORÇAMENTÁRIA POTIGUAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DE JAMES O`CONNOR","authors":"Wiliam Gledson Silva","doi":"10.21680/2316-5235.2019v8n1id20337","DOIUrl":"https://doi.org/10.21680/2316-5235.2019v8n1id20337","url":null,"abstract":"Este artigo teve o objetivo de analisar, comparativamente, os orçamentos programático e executado, respectivamente, a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Balanço Orçamentário (BO), do Rio Grande do Norte (RN) em torno da política social, no último trio de ciclos completos do Plano Plurianual (PPA) 2004/2015, cuja sistematização do exame parte dos conceitos de Consumo Social (CS) e Despesa Social (DS) do modelo de James O`Connor. Os resultados apontaram que o Consumo Social apresentou valores contundentemente superiores às Despesas Sociais no agregado, tanto na programação como na execução orçamentárias do RN, conservando seu caráter assimétrico.","PeriodicalId":330492,"journal":{"name":"Revista de Economia Regional, Urbana e do Trabalho","volume":"2014 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128199380","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}