Pub Date : 2023-08-04DOI: 10.12957/demetra.2023.70592
Carolina Gusmão Magalhães, V. C. Machado, Lígia Amparo da Silva Santos, Poliana Cardoso Martins, Mônica Leila Portela De Santana
Introdução: A compreensão do que seja obesidade vai influenciar a maneira como estruturamos as políticas públicas, o processo formativo dos profissionais de saúde e, principalmente, as práticas de cuidado. Objetivo: Analisar as representações sociais sobre obesidade para profissionais de saúde da Atenção Primária do estado da Bahia, Brasil. Método: Esta comunicação breve refere-se a uma pesquisa qualitativa, ancorada na Teoria das Representações Sociais, desenvolvida no contexto de um curso sobre a qualificação do cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade. Para a produção dos dados, utilizaram-se um questionário semiestruturado on-line e a Técnica de Associação Livre de Palavras, a partir do estímulo “Escreva as três primeiras palavras que vêm a sua mente quando você pensa em obesidade”. A análise prototípica foi realizada com a ajuda do software OpenEvoc. Resultados: Os resultados indicam que o núcleo central das representações sociais sobre obesidade foi formado pelos elementos doença, alimentação, sobrepeso e gordura, enquanto os vocábulos saúde mental, qualidade de vida, atividade física, estigma, saúde e multifatorialidade compõem o sistema periférico. Revelaram que há predominância da perspectiva patológica e individualizada, em que pesem a ampliação do conhecimento científico moderno e das orientações institucionais sobre a obesidade; a assunção dos fatores psicoemocionais no desenvolvimento da obesidade; assim como a incipiência da abordagem multifatorial, ecológica e/ou sindêmica da obesidade. Conclusão: Este estudo sugere que pesquisas aprofundem o estudo de tais representações sociais, suas motivações no campo formativo, laboral e social, bem como a análise do que consolida e provoca as novas narrativas anunciadas.
{"title":"Uma análise das representações sociais da obesidade por profissionais de saúde na atenção primária à saúde","authors":"Carolina Gusmão Magalhães, V. C. Machado, Lígia Amparo da Silva Santos, Poliana Cardoso Martins, Mônica Leila Portela De Santana","doi":"10.12957/demetra.2023.70592","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.70592","url":null,"abstract":"Introdução: A compreensão do que seja obesidade vai influenciar a maneira como estruturamos as políticas públicas, o processo formativo dos profissionais de saúde e, principalmente, as práticas de cuidado. Objetivo: Analisar as representações sociais sobre obesidade para profissionais de saúde da Atenção Primária do estado da Bahia, Brasil. Método: Esta comunicação breve refere-se a uma pesquisa qualitativa, ancorada na Teoria das Representações Sociais, desenvolvida no contexto de um curso sobre a qualificação do cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade. Para a produção dos dados, utilizaram-se um questionário semiestruturado on-line e a Técnica de Associação Livre de Palavras, a partir do estímulo “Escreva as três primeiras palavras que vêm a sua mente quando você pensa em obesidade”. A análise prototípica foi realizada com a ajuda do software OpenEvoc. Resultados: Os resultados indicam que o núcleo central das representações sociais sobre obesidade foi formado pelos elementos doença, alimentação, sobrepeso e gordura, enquanto os vocábulos saúde mental, qualidade de vida, atividade física, estigma, saúde e multifatorialidade compõem o sistema periférico. Revelaram que há predominância da perspectiva patológica e individualizada, em que pesem a ampliação do conhecimento científico moderno e das orientações institucionais sobre a obesidade; a assunção dos fatores psicoemocionais no desenvolvimento da obesidade; assim como a incipiência da abordagem multifatorial, ecológica e/ou sindêmica da obesidade. Conclusão: Este estudo sugere que pesquisas aprofundem o estudo de tais representações sociais, suas motivações no campo formativo, laboral e social, bem como a análise do que consolida e provoca as novas narrativas anunciadas.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139351790","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-04DOI: 10.12957/demetra.2023.67882
Paula Ruffoni Moreira, Leandro Meirelles Nunes, Bruna Oliveira de Vargas, Erissandra Gomes, Juliana Rombaldi Bernardi
Objective: To evaluate food consumption markers and minimum dietary diversity in 12-month-old infants exposed to different methods of food introduction. Methods: A randomized clinical trial with mother-infant pairs undergoing intervention on food introduction in three methods: Parent-Led Weaning (PLW), Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS), and mixed (combination of the two techniques). Food consumption markers were evaluated by an online questionnaire at 12 months based on food consumed the previous day, using food consumption markers for children under 2 years of the Food and Nutrition Surveillance System. The study was approved by the ethics committee. Results: At 12 months, 136 children were evaluated: 45 allocated to PLW, 48 to BLISS, and 43 to mixed. The foods with the highest prevalence of consumption were breast milk 103 (75.7%), vegetables 122 (89.7%), meat 135 (99.3%), beans 115 (84.6%), rice, potatoes, or yam 135 (99.3%). Ultra-processed foods were present in the diet of infants, including hamburgers or sausages 3 (2.2%), sweetened beverages 2 (1.5%), instant noodles 4 (2.9%), and sandwich cookies 2 (1.5 %). No differences were found between the methods of introducing complementary feeding. The minimum dietary diversity was present in the diet of 22 infants (16.2%), being: 6 (13.3%) in the PLW, 8 (16.7%) in the BLISS, and 8 (18.6%) in the mixed (p=0.793). Conclusion: Breast milk, vegetables, meat, beans, and rice were present in the diet of most infants; however, the prevalence of minimal dietary diversity was low. The consumption of ultra-processed foods was also present in the diet of infants. Brazilian Registry of Clinical Trials (ReBEC) identification RBR-229scm.
{"title":"Food consumption markers and minimum dietary diversity in different complementary feeding methods: a randomized clinical trial","authors":"Paula Ruffoni Moreira, Leandro Meirelles Nunes, Bruna Oliveira de Vargas, Erissandra Gomes, Juliana Rombaldi Bernardi","doi":"10.12957/demetra.2023.67882","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.67882","url":null,"abstract":"Objective: To evaluate food consumption markers and minimum dietary diversity in 12-month-old infants exposed to different methods of food introduction. Methods: A randomized clinical trial with mother-infant pairs undergoing intervention on food introduction in three methods: Parent-Led Weaning (PLW), Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS), and mixed (combination of the two techniques). Food consumption markers were evaluated by an online questionnaire at 12 months based on food consumed the previous day, using food consumption markers for children under 2 years of the Food and Nutrition Surveillance System. The study was approved by the ethics committee. Results: At 12 months, 136 children were evaluated: 45 allocated to PLW, 48 to BLISS, and 43 to mixed. The foods with the highest prevalence of consumption were breast milk 103 (75.7%), vegetables 122 (89.7%), meat 135 (99.3%), beans 115 (84.6%), rice, potatoes, or yam 135 (99.3%). Ultra-processed foods were present in the diet of infants, including hamburgers or sausages 3 (2.2%), sweetened beverages 2 (1.5%), instant noodles 4 (2.9%), and sandwich cookies 2 (1.5 %). No differences were found between the methods of introducing complementary feeding. The minimum dietary diversity was present in the diet of 22 infants (16.2%), being: 6 (13.3%) in the PLW, 8 (16.7%) in the BLISS, and 8 (18.6%) in the mixed (p=0.793). Conclusion: Breast milk, vegetables, meat, beans, and rice were present in the diet of most infants; however, the prevalence of minimal dietary diversity was low. The consumption of ultra-processed foods was also present in the diet of infants. Brazilian Registry of Clinical Trials (ReBEC) identification RBR-229scm.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139351754","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-04DOI: 10.12957/demetra.2023.72319
Thaís Santos Da Silva, Veridiana Vera De Rosso, P. Speridião
Introdução: Os cereais sãoamplamente utilizados na alimentação das crianças. Objetivo: avaliar a composição nutricional e a rotulagem de alimentos infantis à base de cereais, em relação à legislação vigente. Material e Métodos: Estudo transversal, analítico e descritivo que avaliou alimentos à base de cereais, bem como a conformidade da rotulagem em relação à legislação brasileira vigente. Resultados: Avaliaram-se 72 amostras de alimentos: cereal para alimentação infantil; mistura para o preparo de mingaus e farinha de cereais; 100% das amostras apresentaram alguma não conformidade em relação à legislação, incluindo a presença de falso conceito de vantagem e segurança, ilustrações não permitidas, ausência de advertências obrigatórias e ausência da idade mínima para consumo do produto. Nas análises bromatológicas e de rotulagem, o teor de carboidratos de todas as categorias ultrapassou 80% do valor energético total do produto. Os teores de proteínas, lipídios, carboidratos e energia da categoria cereal para alimentação infantil mostraram diferenças significativas, sendo, respectivamente, p=0,015, p<0,001, p=0,013 e p<0,001. A categoria “mistura para preparo de mingaus” também mostrou diferenças significativas para proteínas, lipídios, carboidratos e energia (p<0,001). Na categoria de farinhas de cereais, somente o teor de proteínas apresentou diferença (p=0,05). Conclusão: Considerando o universo amostral do estudo, é possível concluir que mesmo na vigência de legislações específicas, ainda encontramos não conformidades legais na rotulagem de alimentos à base de cereais destinados à alimentação infantil, sendo que esses alimentos apresentam composição nutricional diferente das informações apresentadas em seus rótulos, impactando negativamente a segurança alimentar de crianças.
{"title":"(In)segurança da rotulagem de alimentos infantis à base de cereais em relação à legislação brasileira vigente","authors":"Thaís Santos Da Silva, Veridiana Vera De Rosso, P. Speridião","doi":"10.12957/demetra.2023.72319","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.72319","url":null,"abstract":"Introdução: Os cereais sãoamplamente utilizados na alimentação das crianças. Objetivo: avaliar a composição nutricional e a rotulagem de alimentos infantis à base de cereais, em relação à legislação vigente. Material e Métodos: Estudo transversal, analítico e descritivo que avaliou alimentos à base de cereais, bem como a conformidade da rotulagem em relação à legislação brasileira vigente. Resultados: Avaliaram-se 72 amostras de alimentos: cereal para alimentação infantil; mistura para o preparo de mingaus e farinha de cereais; 100% das amostras apresentaram alguma não conformidade em relação à legislação, incluindo a presença de falso conceito de vantagem e segurança, ilustrações não permitidas, ausência de advertências obrigatórias e ausência da idade mínima para consumo do produto. Nas análises bromatológicas e de rotulagem, o teor de carboidratos de todas as categorias ultrapassou 80% do valor energético total do produto. Os teores de proteínas, lipídios, carboidratos e energia da categoria cereal para alimentação infantil mostraram diferenças significativas, sendo, respectivamente, p=0,015, p<0,001, p=0,013 e p<0,001. A categoria “mistura para preparo de mingaus” também mostrou diferenças significativas para proteínas, lipídios, carboidratos e energia (p<0,001). Na categoria de farinhas de cereais, somente o teor de proteínas apresentou diferença (p=0,05). Conclusão: Considerando o universo amostral do estudo, é possível concluir que mesmo na vigência de legislações específicas, ainda encontramos não conformidades legais na rotulagem de alimentos à base de cereais destinados à alimentação infantil, sendo que esses alimentos apresentam composição nutricional diferente das informações apresentadas em seus rótulos, impactando negativamente a segurança alimentar de crianças.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139351738","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.12957/demetra.2023.69103
Eduarda Luísa Rech, Bruna Bellincanta Nicoletto
Introdução: Conhecimento nutricional é a noção de conceitos e processos relacionados à nutrição e saúde, incluindo associações de conhecimentos sobre dieta e saúde, dieta e doenças, fontes de nutrientes e recomendações dietéticas. Objetivo: Avaliar o conhecimento nutricional da população de Caxias do Sul e investigar suas associações com variáveis sociodemográficas e dados antropométricos. Métodos: Estudo transversal incluindo moradores do município de Caxias do Sul, entre 18 e 80 anos. Através de questionário on-line, foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos dos participantes. Para avaliar o conhecimento nutricional, foram utilizadas as seções 2 e 4 do questionário GNKQ (General NutritionKnowledgeQuestionnaire for Adults). As 26 questões possuíam diversos itens e cada item assinalado corretamente recebeu 1 ponto, totalizando 57 pontos possíveis. O conhecimento nutricional foi classificado em baixo (até 19 pontos), médio (entre 20 e 38 pontos) e alto (acima de 39 pontos). Resultados: O conhecimento nutricional médio da amostra foi 39,9 ± 6,1 pontos. A maioria dos participantes foi classificada como detentores de alto conhecimento nutricional (n=184; 61,1%, média 43,8 ± 3,6 pontos). Houve diferença estatística entre gêneros (p<0,001), renda (p=0,009), escolaridade (p=0,015) e profissionais e estudantes de Nutrição (p<0,001). Mulheres, pessoas com renda mais elevada e grau de escolaridade maior, bem como estudantes e profissionais de Nutrição apresentaram maior conhecimento nutricional. Conclusão: A amostra de adultos e idosos de Caxias do Sul-RS possui um bom conhecimento nutricional, com maiores pontuações entre as participantes do sexo feminino, maior renda, maior escolaridade e profissionais ou estudantes de Nutrição.
{"title":"Conhecimento Nutricional de Adultos e Idosos do Município de Caxias do Sul-RS","authors":"Eduarda Luísa Rech, Bruna Bellincanta Nicoletto","doi":"10.12957/demetra.2023.69103","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.69103","url":null,"abstract":"Introdução: Conhecimento nutricional é a noção de conceitos e processos relacionados à nutrição e saúde, incluindo associações de conhecimentos sobre dieta e saúde, dieta e doenças, fontes de nutrientes e recomendações dietéticas. Objetivo: Avaliar o conhecimento nutricional da população de Caxias do Sul e investigar suas associações com variáveis sociodemográficas e dados antropométricos. Métodos: Estudo transversal incluindo moradores do município de Caxias do Sul, entre 18 e 80 anos. Através de questionário on-line, foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos dos participantes. Para avaliar o conhecimento nutricional, foram utilizadas as seções 2 e 4 do questionário GNKQ (General NutritionKnowledgeQuestionnaire for Adults). As 26 questões possuíam diversos itens e cada item assinalado corretamente recebeu 1 ponto, totalizando 57 pontos possíveis. O conhecimento nutricional foi classificado em baixo (até 19 pontos), médio (entre 20 e 38 pontos) e alto (acima de 39 pontos). Resultados: O conhecimento nutricional médio da amostra foi 39,9 ± 6,1 pontos. A maioria dos participantes foi classificada como detentores de alto conhecimento nutricional (n=184; 61,1%, média 43,8 ± 3,6 pontos). Houve diferença estatística entre gêneros (p<0,001), renda (p=0,009), escolaridade (p=0,015) e profissionais e estudantes de Nutrição (p<0,001). Mulheres, pessoas com renda mais elevada e grau de escolaridade maior, bem como estudantes e profissionais de Nutrição apresentaram maior conhecimento nutricional. Conclusão: A amostra de adultos e idosos de Caxias do Sul-RS possui um bom conhecimento nutricional, com maiores pontuações entre as participantes do sexo feminino, maior renda, maior escolaridade e profissionais ou estudantes de Nutrição.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139362909","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.12957/demetra.2023.69325
Ana Eliza Port Lourenço, L. Monteiro, Juliana Tonetto Viganor, Naiara Sperandio, P. Pontes, Paulo Rogério Melo Rodrigues
Objetivo: Este estudo visou avaliar o desempenho da razão cintura-estatura (RCE) como indicador complementar do estado nutricional na primeira fase da adolescência. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 148 adolescentes (10 a 13 anos de idade) de duas escolas de Macaé, RJ, realizado em 2016/2017. Foram coletadas informações de maturação sexual, peso, estatura e perímetro da cintura (PC). Para verificar como as classificações do índice de massa corporal-para-idade (IMC/I), PC e RCE dialogam em termos de triagem de risco em saúde, foi feito o teste Kappa. Os limites máximos de sensibilidade e especificidade da RCE segundo o IMC/I foram analisados pela curva ROC (Receiver Operating Characteristics). Resultados: Dentre os avaliados, 51,4% eram meninas e mais de 60% encontravam-se nos dois primeiros estágios de maturação sexual. A prevalência de excesso de peso (sobrepeso+obesidade) foi 31,8%, obesidade 17,6% e RCE elevada 20,3%, sem diferença segundo sexo e maturação sexual. A RCE apresentou boa concordância com excesso de peso (Kappa=0,707) e obesidade (Kappa=0,780). Já a concordância entre IMC/I e PC foi pobre. O valor de 0,45 da RCE foi o ponto de corte mais adequado para identificar os adolescentes com excesso de peso. Conclusões: Este trabalho sugere que a RCE apresenta melhor desempenho que o PC como indicador complementar do estado nutricional no início da adolescência. A RCE agrega informação sobre a gordura central ponderada pela estatura, não requer curva de comparação e apresenta ponto de corte, o que facilita ações de triagem nos serviços de saúde e em estudos epidemiológicos.
{"title":"Utilização da Razão Cintura-Estatura na avaliação nutricional na primeira fase da adolescência","authors":"Ana Eliza Port Lourenço, L. Monteiro, Juliana Tonetto Viganor, Naiara Sperandio, P. Pontes, Paulo Rogério Melo Rodrigues","doi":"10.12957/demetra.2023.69325","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.69325","url":null,"abstract":"Objetivo: Este estudo visou avaliar o desempenho da razão cintura-estatura (RCE) como indicador complementar do estado nutricional na primeira fase da adolescência. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 148 adolescentes (10 a 13 anos de idade) de duas escolas de Macaé, RJ, realizado em 2016/2017. Foram coletadas informações de maturação sexual, peso, estatura e perímetro da cintura (PC). Para verificar como as classificações do índice de massa corporal-para-idade (IMC/I), PC e RCE dialogam em termos de triagem de risco em saúde, foi feito o teste Kappa. Os limites máximos de sensibilidade e especificidade da RCE segundo o IMC/I foram analisados pela curva ROC (Receiver Operating Characteristics). Resultados: Dentre os avaliados, 51,4% eram meninas e mais de 60% encontravam-se nos dois primeiros estágios de maturação sexual. A prevalência de excesso de peso (sobrepeso+obesidade) foi 31,8%, obesidade 17,6% e RCE elevada 20,3%, sem diferença segundo sexo e maturação sexual. A RCE apresentou boa concordância com excesso de peso (Kappa=0,707) e obesidade (Kappa=0,780). Já a concordância entre IMC/I e PC foi pobre. O valor de 0,45 da RCE foi o ponto de corte mais adequado para identificar os adolescentes com excesso de peso. Conclusões: Este trabalho sugere que a RCE apresenta melhor desempenho que o PC como indicador complementar do estado nutricional no início da adolescência. A RCE agrega informação sobre a gordura central ponderada pela estatura, não requer curva de comparação e apresenta ponto de corte, o que facilita ações de triagem nos serviços de saúde e em estudos epidemiológicos.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"2015 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139363324","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.12957/demetra.2023.68409
Daniele Marano, I. Joia, Caroline Maria da Costa Morgado, Francisco de Assis Guedes De Vasconcellos
Introdução: O I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (PLAMSAN) é uma ferramenta de planejamento, gestão e implementação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional. Em Duque de Caxias, RJ, o I PLAMSAN foi sancionado em 2016. Objetivo: Realizar avaliação do I PLAMSAN-DC (2017-2020), utilizando como procedimentos metodológicos uma aproximação do “Ciclo de Políticas Públicas”. Métodos: Estudo de avaliação usando elementos da ferramenta “ciclo de políticas públicas” com base nos seguintes procedimentos metodológicos: 1) Análise documental; 2) Revisão de literatura; 3) Avaliação do cumprimento das metas com base nas respostas advindas das Secretarias que compõem a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional. Resultados: Verificou-se que, dentre as 42 metas do Plano, 14,7% foram cumpridas, 34,1% foram parcialmente cumpridas, e 51,2% não foram cumpridas. Conclusões: Observou-se que ainda não há acentuado papel por parte do nível municipal para a concretude de inúmeras ações que necessitam de recursos financeiros. Além disso, verifica-se a necessidade de superação de entraves, sobretudo em relação ao alcance da intersetorialidade e fortalecimento das estruturas componentes do sistema de segurança alimentar e nutricional.
{"title":"I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias (2017-2020): uma avaliação com base no ciclo das políticas públicas","authors":"Daniele Marano, I. Joia, Caroline Maria da Costa Morgado, Francisco de Assis Guedes De Vasconcellos","doi":"10.12957/demetra.2023.68409","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.68409","url":null,"abstract":"Introdução: O I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (PLAMSAN) é uma ferramenta de planejamento, gestão e implementação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional. Em Duque de Caxias, RJ, o I PLAMSAN foi sancionado em 2016. Objetivo: Realizar avaliação do I PLAMSAN-DC (2017-2020), utilizando como procedimentos metodológicos uma aproximação do “Ciclo de Políticas Públicas”. Métodos: Estudo de avaliação usando elementos da ferramenta “ciclo de políticas públicas” com base nos seguintes procedimentos metodológicos: 1) Análise documental; 2) Revisão de literatura; 3) Avaliação do cumprimento das metas com base nas respostas advindas das Secretarias que compõem a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional. Resultados: Verificou-se que, dentre as 42 metas do Plano, 14,7% foram cumpridas, 34,1% foram parcialmente cumpridas, e 51,2% não foram cumpridas. Conclusões: Observou-se que ainda não há acentuado papel por parte do nível municipal para a concretude de inúmeras ações que necessitam de recursos financeiros. Além disso, verifica-se a necessidade de superação de entraves, sobretudo em relação ao alcance da intersetorialidade e fortalecimento das estruturas componentes do sistema de segurança alimentar e nutricional.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139362846","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.12957/demetra.2023.67192
Francielle Veloso Pinto Pereira, Gabriela Tassoni Da Silva, Ilaine Schuch
Introdução: Frente às recomendações de distanciamento social adotadas durante a pandemia de Covid-19, a assistência nutricional passou a incluir a modalidade de telenutrição na rotina da Atenção Primária à Saúde. Objetivo: Avaliar o teleatendimento de nutrição realizado na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de Covid-19, nas dimensões das orientações de cuidado e manejo de tecnologias. Métodos: Estudo descritivo com usuários adultos e idosos em teleatendimento nutricional de uma Unidade Básica de Saúde no Sul do Brasil, no período entre março de 2020 e março de 2021. Os dados foram coletados dos registros de prontuários eletrônicos e de entrevistas por chamada telefônica. Foram analisadas as características socioeconômicas dos participantes, bem como a avaliação da teleconsulta de nutrição e mudanças alimentares e de estilo de vida resultantes do acompanhamento nutricional, sendo os dados antropométricos obtidos por autorrelato. Utilizou-se estatística descritiva com cálculo de frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Resultados: Total de 100 usuários entrevistados, sendo 53,0% adultos, a maioria mulheres (72,0%), de cor da pele branca (85,9%) e ensino médio completo (44,0%). O excesso de peso atingiu 78,6% das pessoas. A maioria negou dificuldades para compreender as orientações nutricionais (91,0%) ou necessitar de ajuda para utilizar as tecnologias (81,0%). A avaliação do usuário acerca do atendimento por meio remoto foi positiva, apontando melhora da qualidade da alimentação (79,7%),nos aspectos comportamentais (46,8%) e na prática de atividade física (53,2%). Conclusão: Usuários apresentaram avaliação positiva e boa adaptação ao método de atendimento remoto.
{"title":"Telenutrição no atendimento de adultos e idosos na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de Covid-19","authors":"Francielle Veloso Pinto Pereira, Gabriela Tassoni Da Silva, Ilaine Schuch","doi":"10.12957/demetra.2023.67192","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.67192","url":null,"abstract":"Introdução: Frente às recomendações de distanciamento social adotadas durante a pandemia de Covid-19, a assistência nutricional passou a incluir a modalidade de telenutrição na rotina da Atenção Primária à Saúde. Objetivo: Avaliar o teleatendimento de nutrição realizado na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de Covid-19, nas dimensões das orientações de cuidado e manejo de tecnologias. Métodos: Estudo descritivo com usuários adultos e idosos em teleatendimento nutricional de uma Unidade Básica de Saúde no Sul do Brasil, no período entre março de 2020 e março de 2021. Os dados foram coletados dos registros de prontuários eletrônicos e de entrevistas por chamada telefônica. Foram analisadas as características socioeconômicas dos participantes, bem como a avaliação da teleconsulta de nutrição e mudanças alimentares e de estilo de vida resultantes do acompanhamento nutricional, sendo os dados antropométricos obtidos por autorrelato. Utilizou-se estatística descritiva com cálculo de frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Resultados: Total de 100 usuários entrevistados, sendo 53,0% adultos, a maioria mulheres (72,0%), de cor da pele branca (85,9%) e ensino médio completo (44,0%). O excesso de peso atingiu 78,6% das pessoas. A maioria negou dificuldades para compreender as orientações nutricionais (91,0%) ou necessitar de ajuda para utilizar as tecnologias (81,0%). A avaliação do usuário acerca do atendimento por meio remoto foi positiva, apontando melhora da qualidade da alimentação (79,7%),nos aspectos comportamentais (46,8%) e na prática de atividade física (53,2%). Conclusão: Usuários apresentaram avaliação positiva e boa adaptação ao método de atendimento remoto.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139362897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-07-04DOI: 10.12957/demetra.2023.71919
Jesus Faraulo De Oliveira, José Anael Neves, Gabriela Milhassi Vedovato, Lia Thieme Oikawa Zangirolani, Maria Angélica Tavares de Medeiros
Introdução: A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional teve no Programa Bolsa Família (PBF) uma de suas principais expressões para combater a miséria e a fome. Objetivo: Identificar percepções e conhecimentos de titulares do PBF acerca das dimensões de Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e de alimentação saudável. Métodos: Estudo qualitativo com amostra representativa de mulheres titulares do PBF da região dos Morros de Santos-SP (n=190). Entrevistas semiestruturadas foram registradas em áudio e transcritas literalmente, para análise temática de conteúdo. Núcleos temáticos e categorias foram produzidos em cada uma das dimensões de interesse. Resultados: As participantes, com média de idade de 33 anos e consideradas de baixa renda, demonstraram desconhecimento sobre DHAA. Poucos discursos destacaram o combate à fome e a busca por cidadania, mas desvelaram ceticismo em relação às garantias consolidadas. A rotina nos serviços de saúde para o acompanhamento das condicionalidades do PBF emergiu na dimensão de direitos. A definição de alimentação saudável pelas participantes enfatizou a importância dos alimentos in natura e minimamente processados, mas revelou os produtos ultraprocessados como alternativa diante das dificuldades financeiras para acessar alimentos saudáveis. Conclusões: Os achados explicitam a necessidade de viabilizar políticas públicas e ações para emancipação e fortalecimento das famílias titulares do PBF, na perspectiva cidadã de defesa da exigibilidade do DHAA.
{"title":"Direito humano à alimentação adequada: percepções de participantes do Programa Bolsa Família","authors":"Jesus Faraulo De Oliveira, José Anael Neves, Gabriela Milhassi Vedovato, Lia Thieme Oikawa Zangirolani, Maria Angélica Tavares de Medeiros","doi":"10.12957/demetra.2023.71919","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.71919","url":null,"abstract":"Introdução: A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional teve no Programa Bolsa Família (PBF) uma de suas principais expressões para combater a miséria e a fome. Objetivo: Identificar percepções e conhecimentos de titulares do PBF acerca das dimensões de Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e de alimentação saudável. Métodos: Estudo qualitativo com amostra representativa de mulheres titulares do PBF da região dos Morros de Santos-SP (n=190). Entrevistas semiestruturadas foram registradas em áudio e transcritas literalmente, para análise temática de conteúdo. Núcleos temáticos e categorias foram produzidos em cada uma das dimensões de interesse. Resultados: As participantes, com média de idade de 33 anos e consideradas de baixa renda, demonstraram desconhecimento sobre DHAA. Poucos discursos destacaram o combate à fome e a busca por cidadania, mas desvelaram ceticismo em relação às garantias consolidadas. A rotina nos serviços de saúde para o acompanhamento das condicionalidades do PBF emergiu na dimensão de direitos. A definição de alimentação saudável pelas participantes enfatizou a importância dos alimentos in natura e minimamente processados, mas revelou os produtos ultraprocessados como alternativa diante das dificuldades financeiras para acessar alimentos saudáveis. Conclusões: Os achados explicitam a necessidade de viabilizar políticas públicas e ações para emancipação e fortalecimento das famílias titulares do PBF, na perspectiva cidadã de defesa da exigibilidade do DHAA.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139363147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-29DOI: 10.12957/demetra.2023.72182
Adrielle de Souza Santos, Amanda Brito Moreira, Marcio Leandro Ribeiro de Souza
Introdução: Muitas mulheres sofrem com sintomas associados à menopausa, que podem apresentar diferentes graus de intensidade e afetar sua qualidade de vida. Objetivo: Identificar a prevalência e severidade dos principais sintomas nas diferentes fases do climatério. Métodos: Foram selecionadas mulheres com idades entre 40 e 65 anos, que responderam a um questionário on-line com dados sociodemográficos, de saúde, alimentação e características menstruais e de menopausa. Para avaliar os sintomas da menopausa e sua intensidade, foi aplicado o questionário internacional validado Menopause Rating Scale (MRS). Resultados: Foram incluídas 283 mulheres (36,8% na pré-menopausa, 24% na perimenopausa e 39,2% na pós-menopausa). Excesso de peso foi mais prevalente na perimenopausa do que na pré-menopausa (P=0,012). Sintomas como diminuição da libido, secura vaginal, incontinência urinária, dores musculares e articulares, alterações lipídicas e ondas de calor, calorões, foram mais prevalentes em valores absolutos nas mulheres pós-menopausa. As mulheres no período de perimenopausa apresentaram maior prevalência, em valores absolutos, de estresse, irritabilidade, dor de cabeça, problemas na pele, falta de concentração/memória, distúrbios do sono e fadiga. De acordo com o MRS, não houve diferença no domínio psicossocial (P=0,265) e os sintomas somato-vegetativos e urogenitais são mais intensos nas mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, quando comparadas com as mulheres na pré-menopausa (P<0,001). O escore global do questionário também demonstra essa intensidade menor no grupo pré-menopausa (P=0,001). Conclusões: Este estudo demonstrou uma prevalência e severidade maior de sintomas em mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, o que pode prejudicar a qualidade de vida dessas mulheres nessa fase da vida.
{"title":"Prevalência e severidade de sintomas em mulheres na menopausa: um estudo descritivo","authors":"Adrielle de Souza Santos, Amanda Brito Moreira, Marcio Leandro Ribeiro de Souza","doi":"10.12957/demetra.2023.72182","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.72182","url":null,"abstract":"Introdução: Muitas mulheres sofrem com sintomas associados à menopausa, que podem apresentar diferentes graus de intensidade e afetar sua qualidade de vida. Objetivo: Identificar a prevalência e severidade dos principais sintomas nas diferentes fases do climatério. Métodos: Foram selecionadas mulheres com idades entre 40 e 65 anos, que responderam a um questionário on-line com dados sociodemográficos, de saúde, alimentação e características menstruais e de menopausa. Para avaliar os sintomas da menopausa e sua intensidade, foi aplicado o questionário internacional validado Menopause Rating Scale (MRS). Resultados: Foram incluídas 283 mulheres (36,8% na pré-menopausa, 24% na perimenopausa e 39,2% na pós-menopausa). Excesso de peso foi mais prevalente na perimenopausa do que na pré-menopausa (P=0,012). Sintomas como diminuição da libido, secura vaginal, incontinência urinária, dores musculares e articulares, alterações lipídicas e ondas de calor, calorões, foram mais prevalentes em valores absolutos nas mulheres pós-menopausa. As mulheres no período de perimenopausa apresentaram maior prevalência, em valores absolutos, de estresse, irritabilidade, dor de cabeça, problemas na pele, falta de concentração/memória, distúrbios do sono e fadiga. De acordo com o MRS, não houve diferença no domínio psicossocial (P=0,265) e os sintomas somato-vegetativos e urogenitais são mais intensos nas mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, quando comparadas com as mulheres na pré-menopausa (P<0,001). O escore global do questionário também demonstra essa intensidade menor no grupo pré-menopausa (P=0,001). Conclusões: Este estudo demonstrou uma prevalência e severidade maior de sintomas em mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, o que pode prejudicar a qualidade de vida dessas mulheres nessa fase da vida.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"733 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122942267","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-29DOI: 10.12957/demetra.2023.69961
Anice Milbratz de Camargo, A. C. Mazzonetto, Isabelle Schroeder Le Bourlegat, M. Dean, G. Fiates
Introdução: Cozinhar em casa pode promover uma alimentação mais saudável. Porém, uma possível redução na transmissão de conhecimentos e habilidades culinárias parece prejudicar a confiança e a autonomia dos jovens para preparar as refeições. Para informar o desenvolvimento de iniciativas que apoiem os adultos jovens a superar as barreiras para cozinhar e melhorar a qualidade da dieta, é importante investigar o processo de socialização culinária no contexto de seu próprio curso de vida. Objetivo: Este estudo qualitativo teve como objetivo explorar como adultos jovens que têm o hábito de cozinhar percebem seu envolvimento com essa prática e identificar quais agentes socializadores culinários fizeram parte de seu processo de aprendizagem. Método: Entrevistas abertas baseadas na abordagem da perspectiva do curso de vida foram realizadas com adultos jovens brasileiros de 19 a 24 anos de ambos os sexos e analisadas tematicamente. Resultados: As percepções sobre cozinhar e sobre aprender a cozinhar levaram à criação de seis temas: (1) “Cuidar de mim”; (2) “Sentimentos (des)agradáveis”; (3) “Promover o convívio”; (4) “Preocupação com os resultados”; (5) “Habilidades necessárias”; e (6) “Agentes de socialização”. Conclusões: As iniciativas para permitir que os adultos jovens superem as barreiras para cozinhar e potencialmente melhorar a qualidade da dieta precisam se concentrar não apenas no desenvolvimento prático de habilidades culinárias, mas também em habilidades alimentares, como planejamento. Também é importante fomentar mensagens positivas envolvendo autocuidado, prazer e convívio. Formas de usar a internet e as mídias sociais para engajar essa população a cozinhar mais merecem ser mais bem exploradas.
{"title":"Perceptions of Brazilian young adults about cooking","authors":"Anice Milbratz de Camargo, A. C. Mazzonetto, Isabelle Schroeder Le Bourlegat, M. Dean, G. Fiates","doi":"10.12957/demetra.2023.69961","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2023.69961","url":null,"abstract":"Introdução: Cozinhar em casa pode promover uma alimentação mais saudável. Porém, uma possível redução na transmissão de conhecimentos e habilidades culinárias parece prejudicar a confiança e a autonomia dos jovens para preparar as refeições. Para informar o desenvolvimento de iniciativas que apoiem os adultos jovens a superar as barreiras para cozinhar e melhorar a qualidade da dieta, é importante investigar o processo de socialização culinária no contexto de seu próprio curso de vida. Objetivo: Este estudo qualitativo teve como objetivo explorar como adultos jovens que têm o hábito de cozinhar percebem seu envolvimento com essa prática e identificar quais agentes socializadores culinários fizeram parte de seu processo de aprendizagem. Método: Entrevistas abertas baseadas na abordagem da perspectiva do curso de vida foram realizadas com adultos jovens brasileiros de 19 a 24 anos de ambos os sexos e analisadas tematicamente. Resultados: As percepções sobre cozinhar e sobre aprender a cozinhar levaram à criação de seis temas: (1) “Cuidar de mim”; (2) “Sentimentos (des)agradáveis”; (3) “Promover o convívio”; (4) “Preocupação com os resultados”; (5) “Habilidades necessárias”; e (6) “Agentes de socialização”. Conclusões: As iniciativas para permitir que os adultos jovens superem as barreiras para cozinhar e potencialmente melhorar a qualidade da dieta precisam se concentrar não apenas no desenvolvimento prático de habilidades culinárias, mas também em habilidades alimentares, como planejamento. Também é importante fomentar mensagens positivas envolvendo autocuidado, prazer e convívio. Formas de usar a internet e as mídias sociais para engajar essa população a cozinhar mais merecem ser mais bem exploradas.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134023077","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}