Pub Date : 2022-11-30DOI: 10.12957/demetra.2022.65079
Luna Rezende Machado de Sousa, Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker, Rafael Gomes Ditterich
Introdução: Com o aumento da prevalência de doenças crônicas e da expectativa de vida, tem crescido o número de pessoas que precisam se alimentar por sondas, fazendo uso da nutrição enteral (NE), muitas vezes em domicílio (NED). Objetivo: Analisar a efetivação do direito humano à alimentação adequada (DHAA) aos usuários do Sistema Único de Saúde em NED. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura e análise documental sobre a construção de políticas públicas neste campo. Foram buscados artigos completos publicados a qualquer período em periódicos indexados e, após a análise de 154 publicações, 15 artigos foram selecionados e organizados em três categorias quanto à natureza de suas contribuições: Falta de organização da Rede de Atenção à Saúde; Judicialização do acesso às fórmulas nutricionais; e Experiências exitosas de políticas públicas estaduais e municipais. Para a análise documental, buscou-se publicações oficiais referentes às políticas públicas federais e estaduais nesta matéria. Resultados: Esta pesquisa mostrou que, apesar da inciativa do Ministério da Saúde em subsidiar as discussões sobre os protocolos de atenção nutricional para os usuários em NED e de experiências exitosas em alguns estados e municípios, ainda não há uma política nacional que garanta o acesso às fórmulas alimentares enterais e à assistência nutricional para esses usuários. Conclusões: Devido à ausência de políticas públicas que garantam a realização do DHAA aos usuários em NED, as ações judiciais continuam sendo um dos principais meios para a realização deste direito.
{"title":"Direito à alimentação adequada para usuários em nutrição enteral domiciliar","authors":"Luna Rezende Machado de Sousa, Maria Eliana Madalozzo Schieferdecker, Rafael Gomes Ditterich","doi":"10.12957/demetra.2022.65079","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.65079","url":null,"abstract":"Introdução: Com o aumento da prevalência de doenças crônicas e da expectativa de vida, tem crescido o número de pessoas que precisam se alimentar por sondas, fazendo uso da nutrição enteral (NE), muitas vezes em domicílio (NED). Objetivo: Analisar a efetivação do direito humano à alimentação adequada (DHAA) aos usuários do Sistema Único de Saúde em NED. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura e análise documental sobre a construção de políticas públicas neste campo. Foram buscados artigos completos publicados a qualquer período em periódicos indexados e, após a análise de 154 publicações, 15 artigos foram selecionados e organizados em três categorias quanto à natureza de suas contribuições: Falta de organização da Rede de Atenção à Saúde; Judicialização do acesso às fórmulas nutricionais; e Experiências exitosas de políticas públicas estaduais e municipais. Para a análise documental, buscou-se publicações oficiais referentes às políticas públicas federais e estaduais nesta matéria. Resultados: Esta pesquisa mostrou que, apesar da inciativa do Ministério da Saúde em subsidiar as discussões sobre os protocolos de atenção nutricional para os usuários em NED e de experiências exitosas em alguns estados e municípios, ainda não há uma política nacional que garanta o acesso às fórmulas alimentares enterais e à assistência nutricional para esses usuários. Conclusões: Devido à ausência de políticas públicas que garantam a realização do DHAA aos usuários em NED, as ações judiciais continuam sendo um dos principais meios para a realização deste direito.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126779313","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-30DOI: 10.12957/demetra.2022.65278
Ana Lia Salbego Rutkankis, Élister Lílian Brum Balestrin Fanin, Camila Elizandra Rossi
Objetivo: Caracterizar a ocorrência de ações de bullying em escolares dos quintos anos da rede municipal de ensino de Capitão Leônidas Marques-PR e associá-la a fatores sociais, antropométricos e relativos à escola e ao agressor. Métodos: Estudo transversal realizado com 173 escolares, com idades entre 9-13 anos. Foi aplicado um questionário, adaptado de Páscoa (2013), que buscou identificar se os escolares sofriam bullying e de que forma o sofriam. Foram realizados testes de hipóteses (Qui-Quadrado de Pearson) para verificar a associação entre as variáveis qualitativas: sofrer bullying e ocorrência de sobrepeso/obesidade; sofrer bullying e pertencer ao Programa Bolsa Família; frequência semanal de sofrimento de bullying, quem pratica bullying (se um único agressor ou grupo), local da escola em que sofre bullying e tipo de bullying (agressão física ou verbal); e associação entre o local em que os indivíduos sofrem bullying no ambiente escolar e sobrepeso/obesidade. Resultados: A maioria das associações supracitadas não apresentaram significância estatística. Porém, quando avaliada a associação entre tipo de bullying (físico ou verbal) e a ocorrência de sobrepeso/obesidade, encontrou-se que escolares com sobrepeso/obesidade sofrem frequentemente mais bullying na forma verbal, enquanto a agressão física é mais sofrida pelos escolares sem sobrepeso/obesidade (p=0,042). Conclusão: Recomenda-se que sejam feitas ações que previnam a prática de bullying dentro das escolas, atentando-se especialmente para as agressões verbais praticadas contra os escolares com sobrepeso/obesidade.
{"title":"Tipificação do bullying sofrido por escolares dos quintos anos do município de Capitão Leônidas Marques (PR) e fatores associados","authors":"Ana Lia Salbego Rutkankis, Élister Lílian Brum Balestrin Fanin, Camila Elizandra Rossi","doi":"10.12957/demetra.2022.65278","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.65278","url":null,"abstract":"Objetivo: Caracterizar a ocorrência de ações de bullying em escolares dos quintos anos da rede municipal de ensino de Capitão Leônidas Marques-PR e associá-la a fatores sociais, antropométricos e relativos à escola e ao agressor. Métodos: Estudo transversal realizado com 173 escolares, com idades entre 9-13 anos. Foi aplicado um questionário, adaptado de Páscoa (2013), que buscou identificar se os escolares sofriam bullying e de que forma o sofriam. Foram realizados testes de hipóteses (Qui-Quadrado de Pearson) para verificar a associação entre as variáveis qualitativas: sofrer bullying e ocorrência de sobrepeso/obesidade; sofrer bullying e pertencer ao Programa Bolsa Família; frequência semanal de sofrimento de bullying, quem pratica bullying (se um único agressor ou grupo), local da escola em que sofre bullying e tipo de bullying (agressão física ou verbal); e associação entre o local em que os indivíduos sofrem bullying no ambiente escolar e sobrepeso/obesidade. Resultados: A maioria das associações supracitadas não apresentaram significância estatística. Porém, quando avaliada a associação entre tipo de bullying (físico ou verbal) e a ocorrência de sobrepeso/obesidade, encontrou-se que escolares com sobrepeso/obesidade sofrem frequentemente mais bullying na forma verbal, enquanto a agressão física é mais sofrida pelos escolares sem sobrepeso/obesidade (p=0,042). Conclusão: Recomenda-se que sejam feitas ações que previnam a prática de bullying dentro das escolas, atentando-se especialmente para as agressões verbais praticadas contra os escolares com sobrepeso/obesidade.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"83 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134371417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-23DOI: 10.12957/demetra.2022.65032
Milton Alves Danziato Neto, A. Carioca, Karina Pedroza De Oliveira, Luana Orlando Antunes
Objetivo: O propósito deste estudo foi avaliar os índices de cocção e as temperaturas da superfície de carnes grelhadas na parrilla de um restaurante comercial de Fortaleza. Métodos: Caracterizou-se como uma pesquisa descritivo-exploratória e quantitativa. Os cortes de carne bovina selecionados foram chorizo (contrafilé), lombo (filé mignon) e tira (picanha) nos seguintes pontos de cozimento: malpassado, ao ponto e bem-passado. Foram coletadas 38 amostras entre os meses de setembro e novembro de 2020. Aferiram-se os pesos líquidos, pesos dos alimentos cozidos, índices de cocção (IC) e temperaturas médias, além de avaliação da temperatura média da grelha da parrilla. A análise estatística foi constituída dos testes de Shapiro-Wilk e ANOVA. Resultados: Os ICs resultantes variaram de 0,76 a 0,92 para o chorizo, 0,69 a 0,92 para o lombo e 0,66 a 0,85 para a tira. Houve redução do peso do lombo malpassado para ao ponto. O intervalo de IC de 0,65 a 0,90 do estudo de Ornelas convergiu com o presente estudo. O chorizo malpassado se enquadrou como possivelmente seguro pela classificação da OMS e a tira, classificada como malpassada pelo modelo de Prill et al. O chorizo seguiu uma tendência decrescente de temperatura, contrariando o padrão prévio. Conclusão: É fundamental haver um controle de temperatura apropriado na busca por uma temperatura compatível às exigências para se chegar a um modelo ideal. Além disso, a investigação detalhada tornou o estudo uma importante referência para a utilização dos ICs descritos.
{"title":"Temperaturas e índices de cocção de carnes grelhadas na parrilla de um restaurante comercial","authors":"Milton Alves Danziato Neto, A. Carioca, Karina Pedroza De Oliveira, Luana Orlando Antunes","doi":"10.12957/demetra.2022.65032","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.65032","url":null,"abstract":"Objetivo: O propósito deste estudo foi avaliar os índices de cocção e as temperaturas da superfície de carnes grelhadas na parrilla de um restaurante comercial de Fortaleza. Métodos: Caracterizou-se como uma pesquisa descritivo-exploratória e quantitativa. Os cortes de carne bovina selecionados foram chorizo (contrafilé), lombo (filé mignon) e tira (picanha) nos seguintes pontos de cozimento: malpassado, ao ponto e bem-passado. Foram coletadas 38 amostras entre os meses de setembro e novembro de 2020. Aferiram-se os pesos líquidos, pesos dos alimentos cozidos, índices de cocção (IC) e temperaturas médias, além de avaliação da temperatura média da grelha da parrilla. A análise estatística foi constituída dos testes de Shapiro-Wilk e ANOVA. Resultados: Os ICs resultantes variaram de 0,76 a 0,92 para o chorizo, 0,69 a 0,92 para o lombo e 0,66 a 0,85 para a tira. Houve redução do peso do lombo malpassado para ao ponto. O intervalo de IC de 0,65 a 0,90 do estudo de Ornelas convergiu com o presente estudo. O chorizo malpassado se enquadrou como possivelmente seguro pela classificação da OMS e a tira, classificada como malpassada pelo modelo de Prill et al. O chorizo seguiu uma tendência decrescente de temperatura, contrariando o padrão prévio. Conclusão: É fundamental haver um controle de temperatura apropriado na busca por uma temperatura compatível às exigências para se chegar a um modelo ideal. Além disso, a investigação detalhada tornou o estudo uma importante referência para a utilização dos ICs descritos.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"356 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133599728","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-23DOI: 10.12957/demetra.2022.66149
A. F. Lopes, Maria José Laurentina do Nascimento Carvalho, Nathalia Barbosa De Aquino, Maria de Lourdes Araújo Soares, Sonia Christina da Cunha Carvalho, F. B. Barros
Introdução: A literatura tem retratado a vulnerabilidade à insegurança alimentar (IA) enfrentada por povos e comunidades tradicionais (PCTs). No Brasil, a Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA) é tida como o principal instrumento para avaliação da IA, mas seu enfoque centrado na renda para acesso aos alimentos não contempla os PCTs, que são grupos culturalmente diferenciados. Objetivo: Este artigo tem como objetivos desenvolver uma análise crítico-reflexiva sobre a aplicabilidade da EBIA e propor uma versão adaptada da EBIA reduzida para avaliação da IA em PCTs. Métodos: Estudo exploratório a partir de uma análise empírica e crítico-reflexiva. Foi proposta uma adaptação da EBIA reduzida para atender às singularidades dos PCTs. A versão proposta leva em conta características relativas à forma de aquisição dos alimentos por esses grupos sociais e desprende-se do enfoque teórico-metodológico da EBIA, em que há necessidade da renda para obtenção dos alimentos. Resultados: Foi elaborada uma adaptação da EBIA reduzida que levasse em consideração os costumes e necessidades dos PCTs. Obteve-se um instrumento conciso, de fácil aplicação e terminologias apropriadas ao público estudado. Termos que associavam a ausência de realização de refeições e/ou de aquisição de alimentos, como “comprar” e “dinheiro”, foram substituídos por outros, que fossem mais familiares aos PCTs. Considerações finais: Preconiza-se a elaboração de um instrumento específico para avaliação da IA de PCTs ou até mesmo a reformulação da EBIA, com o propósito de contemplar as particularidades desses grupos e trazer resultados de IA mais fidedignos, que possam subsidiar políticas públicas adequadas para atender as necessidades de saúde desse seguimento da sociedade.
{"title":"Escala brasileira de insegurança alimentar: proposta adaptada para povos e comunidades tradicionais","authors":"A. F. Lopes, Maria José Laurentina do Nascimento Carvalho, Nathalia Barbosa De Aquino, Maria de Lourdes Araújo Soares, Sonia Christina da Cunha Carvalho, F. B. Barros","doi":"10.12957/demetra.2022.66149","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.66149","url":null,"abstract":"Introdução: A literatura tem retratado a vulnerabilidade à insegurança alimentar (IA) enfrentada por povos e comunidades tradicionais (PCTs). No Brasil, a Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA) é tida como o principal instrumento para avaliação da IA, mas seu enfoque centrado na renda para acesso aos alimentos não contempla os PCTs, que são grupos culturalmente diferenciados. Objetivo: Este artigo tem como objetivos desenvolver uma análise crítico-reflexiva sobre a aplicabilidade da EBIA e propor uma versão adaptada da EBIA reduzida para avaliação da IA em PCTs. Métodos: Estudo exploratório a partir de uma análise empírica e crítico-reflexiva. Foi proposta uma adaptação da EBIA reduzida para atender às singularidades dos PCTs. A versão proposta leva em conta características relativas à forma de aquisição dos alimentos por esses grupos sociais e desprende-se do enfoque teórico-metodológico da EBIA, em que há necessidade da renda para obtenção dos alimentos. Resultados: Foi elaborada uma adaptação da EBIA reduzida que levasse em consideração os costumes e necessidades dos PCTs. Obteve-se um instrumento conciso, de fácil aplicação e terminologias apropriadas ao público estudado. Termos que associavam a ausência de realização de refeições e/ou de aquisição de alimentos, como “comprar” e “dinheiro”, foram substituídos por outros, que fossem mais familiares aos PCTs. Considerações finais: Preconiza-se a elaboração de um instrumento específico para avaliação da IA de PCTs ou até mesmo a reformulação da EBIA, com o propósito de contemplar as particularidades desses grupos e trazer resultados de IA mais fidedignos, que possam subsidiar políticas públicas adequadas para atender as necessidades de saúde desse seguimento da sociedade.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"163 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116029982","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-23DOI: 10.12957/demetra.2022.66672
Olivia Souza Honório, Larissa Loures Mendes, Heminelly Souza Barroso De Holanda, Melissa Luciana de Araújo, M. Pessoa
Objetivo: Descrever o ambiente alimentar de varejo no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Método: Estudo ecológico realizado em três cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Foram utilizados dados secundários, da Secretaria Estadual da Fazenda de 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais. Avaliaram-se as seguintes variáveis: abertura e fechamento de estabelecimentos que comercializavam alimentos segundo o tipo e categorias de estabelecimentos. Foi realizada análise descritiva (frequência relativa) com o auxílio do software Stata 14.0 e mapas com o uso do software QGIS 2.10.1. Resultados: Dentre os estabelecimentos que fecharam durante o primeiro ano de pandemia, a maioria comercializa alimentos para consumo imediato (Belo Horizonte 76,53%; Betim 69,95% e Contagem 70,87). Apesar disso, as características gerais do ambiente alimentar de varejo se mantiveram inalteradas nas três cidades, com alta disponibilidade dos estabelecimentos que comercializavam predominantemente alimentos ultraprocessados. Conclusão: A pandemia de Covid-19 impactou mais os estabelecimentos que comercializam alimentos para consumo imediato. Contudo, ainda não é possível afirmar a dimensão do impacto gerado pela pandemia, para isso é necessário um acompanhamento a longo prazo para identificar se ocorre remodelação do ambiente alimentar.
{"title":"Pandemia da Covid-19: efeitos no ambiente alimentar de varejo em três cidades da região metropolitana de Belo Horizonte","authors":"Olivia Souza Honório, Larissa Loures Mendes, Heminelly Souza Barroso De Holanda, Melissa Luciana de Araújo, M. Pessoa","doi":"10.12957/demetra.2022.66672","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.66672","url":null,"abstract":"Objetivo: Descrever o ambiente alimentar de varejo no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Método: Estudo ecológico realizado em três cidades da região metropolitana de Belo Horizonte. Foram utilizados dados secundários, da Secretaria Estadual da Fazenda de 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais. Avaliaram-se as seguintes variáveis: abertura e fechamento de estabelecimentos que comercializavam alimentos segundo o tipo e categorias de estabelecimentos. Foi realizada análise descritiva (frequência relativa) com o auxílio do software Stata 14.0 e mapas com o uso do software QGIS 2.10.1. Resultados: Dentre os estabelecimentos que fecharam durante o primeiro ano de pandemia, a maioria comercializa alimentos para consumo imediato (Belo Horizonte 76,53%; Betim 69,95% e Contagem 70,87). Apesar disso, as características gerais do ambiente alimentar de varejo se mantiveram inalteradas nas três cidades, com alta disponibilidade dos estabelecimentos que comercializavam predominantemente alimentos ultraprocessados. Conclusão: A pandemia de Covid-19 impactou mais os estabelecimentos que comercializam alimentos para consumo imediato. Contudo, ainda não é possível afirmar a dimensão do impacto gerado pela pandemia, para isso é necessário um acompanhamento a longo prazo para identificar se ocorre remodelação do ambiente alimentar.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132502411","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-01DOI: 10.12957/demetra.2022.65611
G. A. Bortolini, Ana Maria Cavalcante De Lima, Paloma Abelin Saldanha Marinho, G. C. D. De Andrade, A. Pires, Milena Serenini Bernardes, Lilian Ânima Bressan
Introdução: A Política Nacional de Alimentação e Nutrição é marcada por crescente implementação de ações, programas e iniciativas que buscam atender às necessidades e particularidades impostas pela conjuntura do país, contexto alimentar e nutricional da população, e respondem às oportunidades de construção da agenda de trabalho. A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde é responsável, enquanto gestão federal em saúde, pelo estabelecimento das orientações referentes à implementação da Política, das prioridades em prol da saúde e nutrição da população, além de apoiar estados e municípios na efetivação das ações, programas e iniciativas em sua esfera de atuação. Objetivo: Descrever os principais avanços da agenda de A&N, no contexto da pandemia de Covid-19, a partir dos dispositivos legais homologados em âmbito da gestão federal e apontar perspectivas futuras. Desenvolvimento: A partir da descrição do contexto e avanços das ações, programas e agendas impulsionadas pela gestão federal da Política nos últimos dois anos, são apresentadas as perspectivas da política e seus avanços, bem como os desafios e oportunidades para os próximos anos, no contexto do Sistema Único de Saúde. Considerações finais: Os anos de 2020 e 2021 foram fortemente marcados pela pandemia de Covid-19, trazendo impactos para a saúde da população e desafios para a gestão pública em saúde. No contexto da agenda de alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde, foi preciso vislumbrar janelas de oportunidade política para fortalecimento da agenda.
{"title":"Perspectivas atuais da Política Nacional de Alimentação e Nutrição: no contexto da pandemia de COVID-19","authors":"G. A. Bortolini, Ana Maria Cavalcante De Lima, Paloma Abelin Saldanha Marinho, G. C. D. De Andrade, A. Pires, Milena Serenini Bernardes, Lilian Ânima Bressan","doi":"10.12957/demetra.2022.65611","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.65611","url":null,"abstract":"Introdução: A Política Nacional de Alimentação e Nutrição é marcada por crescente implementação de ações, programas e iniciativas que buscam atender às necessidades e particularidades impostas pela conjuntura do país, contexto alimentar e nutricional da população, e respondem às oportunidades de construção da agenda de trabalho. A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde é responsável, enquanto gestão federal em saúde, pelo estabelecimento das orientações referentes à implementação da Política, das prioridades em prol da saúde e nutrição da população, além de apoiar estados e municípios na efetivação das ações, programas e iniciativas em sua esfera de atuação. Objetivo: Descrever os principais avanços da agenda de A&N, no contexto da pandemia de Covid-19, a partir dos dispositivos legais homologados em âmbito da gestão federal e apontar perspectivas futuras. Desenvolvimento: A partir da descrição do contexto e avanços das ações, programas e agendas impulsionadas pela gestão federal da Política nos últimos dois anos, são apresentadas as perspectivas da política e seus avanços, bem como os desafios e oportunidades para os próximos anos, no contexto do Sistema Único de Saúde. Considerações finais: Os anos de 2020 e 2021 foram fortemente marcados pela pandemia de Covid-19, trazendo impactos para a saúde da população e desafios para a gestão pública em saúde. No contexto da agenda de alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde, foi preciso vislumbrar janelas de oportunidade política para fortalecimento da agenda.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122767454","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-01DOI: 10.12957/demetra.2022.66168
A. R. Silva, Mariana Souza Lopes, Nathália Luíza Ferreira, Patrícia Pinheiro de Freitas, A. Lopes
Introdução: Ações de promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) vêm ganhando espaço nas agendas das políticas públicas devido à urgência do cuidado das condições crônicas não transmissíveis. Para implementação dessas ações no cotidiano de trabalho, é fundamental que os profissionais de saúde sejam qualificados visando o seu empoderamento e autonomia. Objetivo: Avaliar atividade de qualificação profissional para o desenvolvimento de ações coletivas de PAAS na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo prospectivo e descritivo conduzido para avaliar qualificação profissional ofertada à distância, com carga horária de 30 horas. Foram ofertadas três turmas para profissionais da APS de todas as macrorregiões brasileiras. Foram utilizados questionários quantitativos on-line, aplicados imediatamente após a conclusão do curso e após três meses. Os resultados foram estratificados por macrorregião do país e conclusão do curso. Resultados: Dos 3.957 inscritos, cerca de mil profissionais concluíram o curso (taxa de conclusão: 25,3%), a maioria mulheres e nutricionistas. A qualificação profissional foi considerada como muito relevante para a prática profissional (99,2%) e com adequada qualidade metodológica (99,6%). O principal obstáculo para a não conclusão do curso foi a falta de tempo (78,1%), sendo os não concluintes mais velhos, enfermeiros, com maior tempo de atuação no SUS, aqueles que acessaram o curso pelo celular e com participação prévia em qualificação profissional sobre o tema. Conclusões: A qualificação profissional foi capaz de desenvolver competências e habilidades para a condução de ações coletivas de PAAS entre os profissionais de saúde. Entretanto, estratégias precisam ser propostas para ampliar a taxa de conclusão.
{"title":"Qualificação à distância para promoção da alimentação adequada e saudável no Sistema Único de Saúde","authors":"A. R. Silva, Mariana Souza Lopes, Nathália Luíza Ferreira, Patrícia Pinheiro de Freitas, A. Lopes","doi":"10.12957/demetra.2022.66168","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.66168","url":null,"abstract":"Introdução: Ações de promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) vêm ganhando espaço nas agendas das políticas públicas devido à urgência do cuidado das condições crônicas não transmissíveis. Para implementação dessas ações no cotidiano de trabalho, é fundamental que os profissionais de saúde sejam qualificados visando o seu empoderamento e autonomia. Objetivo: Avaliar atividade de qualificação profissional para o desenvolvimento de ações coletivas de PAAS na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo prospectivo e descritivo conduzido para avaliar qualificação profissional ofertada à distância, com carga horária de 30 horas. Foram ofertadas três turmas para profissionais da APS de todas as macrorregiões brasileiras. Foram utilizados questionários quantitativos on-line, aplicados imediatamente após a conclusão do curso e após três meses. Os resultados foram estratificados por macrorregião do país e conclusão do curso. Resultados: Dos 3.957 inscritos, cerca de mil profissionais concluíram o curso (taxa de conclusão: 25,3%), a maioria mulheres e nutricionistas. A qualificação profissional foi considerada como muito relevante para a prática profissional (99,2%) e com adequada qualidade metodológica (99,6%). O principal obstáculo para a não conclusão do curso foi a falta de tempo (78,1%), sendo os não concluintes mais velhos, enfermeiros, com maior tempo de atuação no SUS, aqueles que acessaram o curso pelo celular e com participação prévia em qualificação profissional sobre o tema. Conclusões: A qualificação profissional foi capaz de desenvolver competências e habilidades para a condução de ações coletivas de PAAS entre os profissionais de saúde. Entretanto, estratégias precisam ser propostas para ampliar a taxa de conclusão.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126104117","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-01DOI: 10.12957/demetra.2022.63393
Sarah Liduário Rocha Silva, R. Mendonça, A. C. Lopes
Introdução: O consumo inadequado de frutas e hortaliças (FH) pode derivar de questões individuais, culturais, socioeconômicas e ambientais. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar os fatores associados ao consumo inadequado de frutas e hortaliças entre homens e mulheres na Atenção Primária à Saúde brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra representativa do Programa Academia da Saúde - PAS. O consumo de FH foi avaliado por um questionário validado, incluindo a frequência e o número de porções consumidas. O consumo inadequado foi classificado como frutas <3 porções/dia; hortaliças<2 porções/dia. Foram investigados o perfil sociodemográfico, de saúde, antropométrico, erelacionado à compra de frutas e hortaliças. Resultados: O consumo inadequado de frutas (mulheres: 61,4%; homens: 68,1%) e hortaliças (mulheres: 40,6%; homens: 51,1%) foi elevado. Entre as mulheres, os fatores associados ao consumo inadequado de FH foram: ser idosa, considerar a sua qualidade de vida como boa e ter conhecimento sobre a safra dos alimentos; e para frutas, ter diabetes. Para os homens, os fatores associados ao consumo inadequado de frutas foram: ser idoso e tentativa atual de emagrecer; e para hortaliças, qualidade de vida boa e risco de complicações metabólicas. Conclusão: Foram identificados fatores iguais e diferentes para mulheres e homens associados ao consumo inadequado de FH. Esses resultados mostram a importância de ações de promoção da alimentação saudável que considerem as diferenças no consumo desses alimentos de acordo com o sexo dos participantes.
{"title":"Factors associated with inadequate consumption of fruit and vegetables among users of Primary Health Care in Brazil","authors":"Sarah Liduário Rocha Silva, R. Mendonça, A. C. Lopes","doi":"10.12957/demetra.2022.63393","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.63393","url":null,"abstract":"Introdução: O consumo inadequado de frutas e hortaliças (FH) pode derivar de questões individuais, culturais, socioeconômicas e ambientais. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar os fatores associados ao consumo inadequado de frutas e hortaliças entre homens e mulheres na Atenção Primária à Saúde brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra representativa do Programa Academia da Saúde - PAS. O consumo de FH foi avaliado por um questionário validado, incluindo a frequência e o número de porções consumidas. O consumo inadequado foi classificado como frutas <3 porções/dia; hortaliças<2 porções/dia. Foram investigados o perfil sociodemográfico, de saúde, antropométrico, erelacionado à compra de frutas e hortaliças. Resultados: O consumo inadequado de frutas (mulheres: 61,4%; homens: 68,1%) e hortaliças (mulheres: 40,6%; homens: 51,1%) foi elevado. Entre as mulheres, os fatores associados ao consumo inadequado de FH foram: ser idosa, considerar a sua qualidade de vida como boa e ter conhecimento sobre a safra dos alimentos; e para frutas, ter diabetes. Para os homens, os fatores associados ao consumo inadequado de frutas foram: ser idoso e tentativa atual de emagrecer; e para hortaliças, qualidade de vida boa e risco de complicações metabólicas. Conclusão: Foram identificados fatores iguais e diferentes para mulheres e homens associados ao consumo inadequado de FH. Esses resultados mostram a importância de ações de promoção da alimentação saudável que considerem as diferenças no consumo desses alimentos de acordo com o sexo dos participantes.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"189 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114044880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-30DOI: 10.12957/demetra.2022.63954
Erika Cardoso dos Reis, C. M. O. Aprelini, Tatielle Rocha de Jesus, C. P. Faria, Oscar Geovanny Enríquez-Martinez, Maria del Carmem Bisi Molina
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial com proporções epidêmicas que tem sido frequentemente descrita como fator de risco para outras comorbidades. Portanto, é importante identificar que condições e ações estão sendo realizadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) para o cuidado dos indivíduos com a doença. Objetivo: Descrever e discutir as condições e ações de prevenção e cuidado da obesidade disponíveis na APS do estado do Espírito Santo (ES). Métodos: Estudo observacional descritivo baseado no PMAQ-AB - 3º ciclo. Foram avaliados os módulos I, II e IV, considerando as variáveis relacionadas ao número de profissionais e equipamentos, desenvolvimento de ações de cuidado da obesidade e de atenção nutricional. Foram realizados testes de qui-quadrado para verificar diferenças entre as regiões. Resultados: 93,6% dos municípios participaram do estudo. Observou-se carência de nutricionistas e educadores físicos em toda a rede. Na Região Norte, o nutricionista está presente em 21% das unidades e não há educadores físicos. Foi baixo o quantitativo de equipamentos e materiais disponíveis. Quase metade das unidades de saúde do estado não tinha balança (200 kg) e caderneta do adolescente. Na Região Sul, 54% das unidades não apresentavam aparelho de pressão com braçadeira para pessoas adultas obesas. Apenas 10% dos profissionais referiram ofertar práticas integrativas e complementares (10%) e a metade não tinha conhecimento do Programa Academia da Saúde. Conclusão: As ações desenvolvidas pelas equipes da APS relacionadas a promoção da saúde, atenção nutricional, prevenção e cuidado da obesidade, além dos equipamentos e estruturas disponíveis, não são suficientes para o enfrentamento da obesidade no ES.
{"title":"Condições para ações de cuidado da obesidade na atenção primária à saúde no estado do Espírito Santo","authors":"Erika Cardoso dos Reis, C. M. O. Aprelini, Tatielle Rocha de Jesus, C. P. Faria, Oscar Geovanny Enríquez-Martinez, Maria del Carmem Bisi Molina","doi":"10.12957/demetra.2022.63954","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.63954","url":null,"abstract":"Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial com proporções epidêmicas que tem sido frequentemente descrita como fator de risco para outras comorbidades. Portanto, é importante identificar que condições e ações estão sendo realizadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) para o cuidado dos indivíduos com a doença. Objetivo: Descrever e discutir as condições e ações de prevenção e cuidado da obesidade disponíveis na APS do estado do Espírito Santo (ES). Métodos: Estudo observacional descritivo baseado no PMAQ-AB - 3º ciclo. Foram avaliados os módulos I, II e IV, considerando as variáveis relacionadas ao número de profissionais e equipamentos, desenvolvimento de ações de cuidado da obesidade e de atenção nutricional. Foram realizados testes de qui-quadrado para verificar diferenças entre as regiões. Resultados: 93,6% dos municípios participaram do estudo. Observou-se carência de nutricionistas e educadores físicos em toda a rede. Na Região Norte, o nutricionista está presente em 21% das unidades e não há educadores físicos. Foi baixo o quantitativo de equipamentos e materiais disponíveis. Quase metade das unidades de saúde do estado não tinha balança (200 kg) e caderneta do adolescente. Na Região Sul, 54% das unidades não apresentavam aparelho de pressão com braçadeira para pessoas adultas obesas. Apenas 10% dos profissionais referiram ofertar práticas integrativas e complementares (10%) e a metade não tinha conhecimento do Programa Academia da Saúde. Conclusão: As ações desenvolvidas pelas equipes da APS relacionadas a promoção da saúde, atenção nutricional, prevenção e cuidado da obesidade, além dos equipamentos e estruturas disponíveis, não são suficientes para o enfrentamento da obesidade no ES.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"91 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127560412","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-30DOI: 10.12957/demetra.2022.62874
P. Presti, L. C. Martin, J. Corrente
Introdução: O aconselhamento nutricional é um componente-chave no tratamento da doença renal crônica (DRC). A ingestão alimentar adequada às recomendações auxilia no controle de sódio, proteínas, líquidos e eletrólitos na dieta e previne complicações adicionais da doença. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da orientação nutricional nos pacientes em tratamento conservador da DRC. Métodos: Estudo quase-experimental controlado e em dois momentos, incluindo indivíduos nos estadios 3 e 4 da doença, divididos em dois grupos: controle e aconselhamento, sendo este composto por indivíduos que receberam a orientação nutricional e foram acompanhados por 90 dias. Os dados de antropometria e avaliação clínica e nutricional foram coletados por meio da aplicação do recordatório de 24 horas (R24h). A avaliação do consumo alimentar foi obtida por meio do programa Nutrition Data System for Research (NDSR). A análise de dados foi realizada por meio do modelo de medidas repetidas ao avaliar a interação entre grupos versus momentos. O nível de significância de 95% foi fixado para todos os testes. Resultados: 51 pacientes foram incluídos, sendo 24 controles e 27 aconselhamentos. A análise inicial mostrou que os grupos eram homogêneos. A avaliação do consumo alimentar após aconselhamento resultou em resposta favorável ao controle proteico e restrição de minerais: fósforo, sódio e potássio. Não houve menor ingestão de cálcio e vitamina D, fatores que poderiam agravar alterações no metabolismo ósseo e mineral, e não houve efeitos adversos na antropometria. Conclusão: O aconselhamento nutricional é eficaz e proporciona consumo alimentar adequado às recomendações propostas na DRC.
{"title":"Assessment of food consumption in patients with chronic kidney disease after nutritional counseling","authors":"P. Presti, L. C. Martin, J. Corrente","doi":"10.12957/demetra.2022.62874","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/demetra.2022.62874","url":null,"abstract":"Introdução: O aconselhamento nutricional é um componente-chave no tratamento da doença renal crônica (DRC). A ingestão alimentar adequada às recomendações auxilia no controle de sódio, proteínas, líquidos e eletrólitos na dieta e previne complicações adicionais da doença. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da orientação nutricional nos pacientes em tratamento conservador da DRC. Métodos: Estudo quase-experimental controlado e em dois momentos, incluindo indivíduos nos estadios 3 e 4 da doença, divididos em dois grupos: controle e aconselhamento, sendo este composto por indivíduos que receberam a orientação nutricional e foram acompanhados por 90 dias. Os dados de antropometria e avaliação clínica e nutricional foram coletados por meio da aplicação do recordatório de 24 horas (R24h). A avaliação do consumo alimentar foi obtida por meio do programa Nutrition Data System for Research (NDSR). A análise de dados foi realizada por meio do modelo de medidas repetidas ao avaliar a interação entre grupos versus momentos. O nível de significância de 95% foi fixado para todos os testes. Resultados: 51 pacientes foram incluídos, sendo 24 controles e 27 aconselhamentos. A análise inicial mostrou que os grupos eram homogêneos. A avaliação do consumo alimentar após aconselhamento resultou em resposta favorável ao controle proteico e restrição de minerais: fósforo, sódio e potássio. Não houve menor ingestão de cálcio e vitamina D, fatores que poderiam agravar alterações no metabolismo ósseo e mineral, e não houve efeitos adversos na antropometria. Conclusão: O aconselhamento nutricional é eficaz e proporciona consumo alimentar adequado às recomendações propostas na DRC.","PeriodicalId":330845,"journal":{"name":"DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133994600","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}