Pub Date : 2019-05-22DOI: 10.33148/CETROPICO-V.43N.1(2019)_1829
Dalson Britto Figueiredo Filho
Este artigo analisa a relação entre desigualdade de renda e vulnerabilidade social em Pernambuco. Em particular, testamos a hipótese de que quanto maior a assimetria de recursos, maior o Índice de Vulnerabilidade Social. O desenho de pesquisa combina análise espacial e estatística descritiva para examinar dados secundários agrupados em três níveis: estadual, municipal e unidade de desenvolvimento humano. As principais evidências indicam que a vulnerabilidade social em Pernambuco se estabilizou a partir de 2011 e aumentou 11,88% entre 2014 e 2015. Comparativamente, Sertão do Moxotó, Agreste Meridional e Mata Sul são as regiões de desenvolvimento mais frágeis. A correlação entre desigualdade de rendimentos e vulnerabilidade social apenas se sustenta no nível estadual, não sendo possível defender a associação entre essas variáveis a partir dos dados desagregados por município e por unidade de desenvolvimento humano. Acreditamos que esses resultados sejam úteis para fundamentar estudos sobre o impacto da desigualdade de renda sobre a vulnerabilidade social e para orientar a formulação de políticas públicas especialmente desenhadas para lidar com as particularidades de cada problema.PALAVRAS-CHAVE: Desigualdade de renda. Vulnerabilidade social. Pernambuco.
本文分析了伯南布哥地区收入不平等与社会脆弱性之间的关系。特别地，我们检验了资源不对称越大，社会脆弱性指数越高的假设。研究设计结合了空间分析和描述性统计，以检查二级数据分为三个层次:州、市和人类发展单位。主要证据表明，伯南布哥的社会脆弱性从2011年开始稳定下来，2014年至2015年增加了11.88%。相比之下，sertao do moxoto、Agreste Meridional和Mata Sul是最脆弱的发展地区。收入不平等和社会脆弱性之间的相关性只存在于州一级，不可能从按城市和人类发展单位分类的数据中为这些变量之间的关联辩护。我们认为，这些结果有助于支持关于收入不平等对社会脆弱性影响的研究，并指导专门设计的公共政策的制定，以处理每个问题的特殊性。关键词:收入不平等。社会保障。伯南布哥。
{"title":"DESIGUALDADE DE RENDA E VULNERABILIDADE SOCIAL EM PERNAMBUCO: uma análise exploratória","authors":"Dalson Britto Figueiredo Filho","doi":"10.33148/CETROPICO-V.43N.1(2019)_1829","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO-V.43N.1(2019)_1829","url":null,"abstract":"Este artigo analisa a relação entre desigualdade de renda e vulnerabilidade social em Pernambuco. Em particular, testamos a hipótese de que quanto maior a assimetria de recursos, maior o Índice de Vulnerabilidade Social. O desenho de pesquisa combina análise espacial e estatística descritiva para examinar dados secundários agrupados em três níveis: estadual, municipal e unidade de desenvolvimento humano. As principais evidências indicam que a vulnerabilidade social em Pernambuco se estabilizou a partir de 2011 e aumentou 11,88% entre 2014 e 2015. Comparativamente, Sertão do Moxotó, Agreste Meridional e Mata Sul são as regiões de desenvolvimento mais frágeis. A correlação entre desigualdade de rendimentos e vulnerabilidade social apenas se sustenta no nível estadual, não sendo possível defender a associação entre essas variáveis a partir dos dados desagregados por município e por unidade de desenvolvimento humano. Acreditamos que esses resultados sejam úteis para fundamentar estudos sobre o impacto da desigualdade de renda sobre a vulnerabilidade social e para orientar a formulação de políticas públicas especialmente desenhadas para lidar com as particularidades de cada problema.PALAVRAS-CHAVE: Desigualdade de renda. Vulnerabilidade social. Pernambuco. ","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44766327","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-05-22DOI: 10.33148/cetropico-v.43n.1(2019)_1834
Micaella Raíssa Falcão De Moura
O surgimento do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) permitiu uma sinalização mais direta acerca do acesso, da ausência ou da insuficiência de determinados “ativos” nos territórios nacionais. Sabe-se, contudo, que anteriormente à elaboração de índices, as manifestações artísticas têm sido grandes responsáveis pela criação dos mais diversos retratos que possibilitam análises acerca dos contrastes da sociedade brasileira. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a cena musical, marcada por artistas como Chico Science & Nação Zumbi, tem historicamente trazido à tona elementos da diversidade cultural e socioeconômica da cidade. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo contribuir para a popularização do conhecimento em torno do Atlas da Vulnerabilidade Social por meio da correlação das informações apontadas pelo IVS da RMR (anos de 2000 e 2010) com obras de artistas do cenário musical local. Espera-se que as reflexões desenvolvidas neste artigo estimulem trabalhos similares na esfera do desenvolvimento humano.PALAVRAS-CHAVE: IVS. Vulnerabilidade Social. Recife. RMR. Cena musical. Desenvolvimento humano.
{"title":"RIOS, PONTES E VULNERABILIDADES: o contraste social no Recife sob as óticas do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e das manifestações artísticas locais","authors":"Micaella Raíssa Falcão De Moura","doi":"10.33148/cetropico-v.43n.1(2019)_1834","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/cetropico-v.43n.1(2019)_1834","url":null,"abstract":"O surgimento do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) permitiu uma sinalização mais direta acerca do acesso, da ausência ou da insuficiência de determinados “ativos” nos territórios nacionais. Sabe-se, contudo, que anteriormente à elaboração de índices, as manifestações artísticas têm sido grandes responsáveis pela criação dos mais diversos retratos que possibilitam análises acerca dos contrastes da sociedade brasileira. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a cena musical, marcada por artistas como Chico Science & Nação Zumbi, tem historicamente trazido à tona elementos da diversidade cultural e socioeconômica da cidade. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo contribuir para a popularização do conhecimento em torno do Atlas da Vulnerabilidade Social por meio da correlação das informações apontadas pelo IVS da RMR (anos de 2000 e 2010) com obras de artistas do cenário musical local. Espera-se que as reflexões desenvolvidas neste artigo estimulem trabalhos similares na esfera do desenvolvimento humano.PALAVRAS-CHAVE: IVS. Vulnerabilidade Social. Recife. RMR. Cena musical. Desenvolvimento humano.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43375202","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-05-22DOI: 10.33148/CETROPICO-V.43,N.1(2019)_1833
J. P. D. S. Xavier, John Kennedy Ribeiro De Santana, C. Bispo, Fabrizio de Luiz Rosito Listo
O município do Recife apresenta várias localidades propícias a desastres ambientais. A ocupação de áreas impróprias (tabuleiros, colinas), principalmente por populações socialmente vulneráveis é uma situação preocupante. Este artigo tem como objetivo aprimorar uma metodologia de identificação de risco a escorregamentos associada ao Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). A metodologia foi baseada na análise heurística, utiliza-se fatores relativos a geologia, geomorfologia, solos, declividade, forma do terreno, uso e ocupação da terra. A análise espacial foi realizada por meio do método multicritérios e álgebra de mapas, a ponderação das variáveis através do método Fuzzy. Gerou-se mapas de Perigo, IVS e Risco. Na associação do mapa de perigo com o IVS na modelagem de risco a escorregamentos conseguiu-se resultados satisfatórios na identificação espacial de áreas com risco (11,8%), porém insuficiente para questão da intensidade do risco. PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Risco. Vulnerabilidade.
{"title":"METODOLOGIAS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCO A ESCORREGAMENTOS DE TERRA ASSOCIADAS AO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL (IVS), APLICADOS AO MUNICÍPIO DO RECIFE","authors":"J. P. D. S. Xavier, John Kennedy Ribeiro De Santana, C. Bispo, Fabrizio de Luiz Rosito Listo","doi":"10.33148/CETROPICO-V.43,N.1(2019)_1833","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO-V.43,N.1(2019)_1833","url":null,"abstract":"O município do Recife apresenta várias localidades propícias a desastres ambientais. A ocupação de áreas impróprias (tabuleiros, colinas), principalmente por populações socialmente vulneráveis é uma situação preocupante. Este artigo tem como objetivo aprimorar uma metodologia de identificação de risco a escorregamentos associada ao Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). A metodologia foi baseada na análise heurística, utiliza-se fatores relativos a geologia, geomorfologia, solos, declividade, forma do terreno, uso e ocupação da terra. A análise espacial foi realizada por meio do método multicritérios e álgebra de mapas, a ponderação das variáveis através do método Fuzzy. Gerou-se mapas de Perigo, IVS e Risco. Na associação do mapa de perigo com o IVS na modelagem de risco a escorregamentos conseguiu-se resultados satisfatórios na identificação espacial de áreas com risco (11,8%), porém insuficiente para questão da intensidade do risco. PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Risco. Vulnerabilidade.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41466523","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-05-22DOI: 10.33148/cetropicov.43n.1(2019)_1842_nota_editorial
Alexandrina Sobreira De Moura, Luis Henrique Lopes da Silva, Carlos Vinícius da Silva Pinto
Um dos maiores desafios enfrentados por quem se propõe a estudar e avaliar políticas públicas é a definição dos métodos e conceitos que irão fornecer os melhores subsídios para o monitoramento e a avaliação da sua execução. Indicadores sociais são instrumentos que possibilitam compreender a realidade e permitem mensurar avanços ou retrocessos nas condições de vida da população, podendo contribuir para reflexões sobre os limites e as potencialidades no alcance das políticas públicas.Com esse propósito, em 2015 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por meio do projeto de pesquisa Mapeamento da Vulnerabilidade Social, apresentou o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). Concebido como um instrumento de análise que permite dimensionar as situações de exclusão, vulnerabilidade e pobreza multidimensional em diferentes escalas do território brasileiro, a elaboração do IVS passou por um processo de análise e debates que, inicialmente, tomou como referência os resultados dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos 2000 e 2010.
{"title":"NOTA EDITORIAL","authors":"Alexandrina Sobreira De Moura, Luis Henrique Lopes da Silva, Carlos Vinícius da Silva Pinto","doi":"10.33148/cetropicov.43n.1(2019)_1842_nota_editorial","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/cetropicov.43n.1(2019)_1842_nota_editorial","url":null,"abstract":"Um dos maiores desafios enfrentados por quem se propõe a estudar e avaliar políticas públicas é a definição dos métodos e conceitos que irão fornecer os melhores subsídios para o monitoramento e a avaliação da sua execução. Indicadores sociais são instrumentos que possibilitam compreender a realidade e permitem mensurar avanços ou retrocessos nas condições de vida da população, podendo contribuir para reflexões sobre os limites e as potencialidades no alcance das políticas públicas.Com esse propósito, em 2015 o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por meio do projeto de pesquisa Mapeamento da Vulnerabilidade Social, apresentou o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS). Concebido como um instrumento de análise que permite dimensionar as situações de exclusão, vulnerabilidade e pobreza multidimensional em diferentes escalas do território brasileiro, a elaboração do IVS passou por um processo de análise e debates que, inicialmente, tomou como referência os resultados dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos 2000 e 2010.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49536669","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-22DOI: 10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1707)29-52P
Aldem Bourscheit Cezarino, Rualdo Menegat
Reservas da Biosfera são um instrumento desenhado pelas Nações Unidas para servir como palco de uma articulação política multi-setorial voltada ao estabelecimento do Desenvolvimento Sustentável e de meios mais eficazes para a conservação da Diversidade Biológica, medidas essas ainda carentes de uma equalização conceitual que determine maior efetividade a suas práticas. Desta maneira, neste artigo descrevemos sucintamente sobre a evolução do conceito e da práxis do Desenvolvimento Sustentável frente ao modelo de crescimento econômico vigente, quanto ao histórico e funções das chamadas Unidades de Conservação da Natureza - tidas como principal instrumento para a manutenção da diversidade biológica -, e, por fim, sobre como as Reservas da Biosfera poderiam ser mais bem implantadas a partir de uma abordagem complementar a seu zoneamento clássico. O modelo é proposto a partir de experiência realizada no Distrito Federal (DF) em apoio a mestrado em Desenvolvimento Sustentável junto ao Fórum Latino-Americano de Ciências Ambientais – FLACAM (La Plata, Argentina).
{"title":"RESERVA DA BIOSFERA DO CERRADO NO DISTRITO FEDERAL: zona de ação pela sustentabilidade","authors":"Aldem Bourscheit Cezarino, Rualdo Menegat","doi":"10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1707)29-52P","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1707)29-52P","url":null,"abstract":"Reservas da Biosfera são um instrumento desenhado pelas Nações Unidas para servir como palco de uma articulação política multi-setorial voltada ao estabelecimento do Desenvolvimento Sustentável e de meios mais eficazes para a conservação da Diversidade Biológica, medidas essas ainda carentes de uma equalização conceitual que determine maior efetividade a suas práticas. Desta maneira, neste artigo descrevemos sucintamente sobre a evolução do conceito e da práxis do Desenvolvimento Sustentável frente ao modelo de crescimento econômico vigente, quanto ao histórico e funções das chamadas Unidades de Conservação da Natureza - tidas como principal instrumento para a manutenção da diversidade biológica -, e, por fim, sobre como as Reservas da Biosfera poderiam ser mais bem implantadas a partir de uma abordagem complementar a seu zoneamento clássico. O modelo é proposto a partir de experiência realizada no Distrito Federal (DF) em apoio a mestrado em Desenvolvimento Sustentável junto ao Fórum Latino-Americano de Ciências Ambientais – FLACAM (La Plata, Argentina).","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48733290","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-22DOI: 10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1745)115-146P
H. F. Dutra, S. Mello, Ana Carmen Palhares
Esse artigo se propõe a discutir a produção visual de grafiteiros no Recife Antigo, bairro histórico da capital pernambucana, com o intuito de identificar como o grafite dialoga com questões de pertencimento territorial, legitimidade e identidade. Tem-se, como pano de fundo, a contenda do poder público entre a promoção do bem estar social e o atendimento dos interesses do capital no planejamento urbano das cidades. Para isso, foram apresentadas proposições sobre o direito à cidade contempladas por David Harvey, Henri Lefebvre, Jean Lojkine entre outros. Como método, a pesquisa se inspirou nas diretrizes do método cartográfico rizomático descrito pelos filósofos franceses Gilles Deleuze e Felix Guattari. De 47 grafites identificados, 11 foram selecionados e organizados em 4 mapas que contemplam a estética da grafitagem, o anticapitalismo, a insustentabilidade da exploração de recursos naturais e a exploração sexual de menores. Ao término, abre-se a possibilidade para novos e inesgotáveis entendimentos dos mapas apresentados, numa compreensão de que, a cada novo olhar, a arte da grafitagem evoca diferentes questões nas lutas de classe de base urbana.
{"title":"GRAFITAGEM REBELDE: traços de uma análise cartográfica no Recife Antigo","authors":"H. F. Dutra, S. Mello, Ana Carmen Palhares","doi":"10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1745)115-146P","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1745)115-146P","url":null,"abstract":"Esse artigo se propõe a discutir a produção visual de grafiteiros no Recife Antigo, bairro histórico da capital pernambucana, com o intuito de identificar como o grafite dialoga com questões de pertencimento territorial, legitimidade e identidade. Tem-se, como pano de fundo, a contenda do poder público entre a promoção do bem estar social e o atendimento dos interesses do capital no planejamento urbano das cidades. Para isso, foram apresentadas proposições sobre o direito à cidade contempladas por David Harvey, Henri Lefebvre, Jean Lojkine entre outros. Como método, a pesquisa se inspirou nas diretrizes do método cartográfico rizomático descrito pelos filósofos franceses Gilles Deleuze e Felix Guattari. De 47 grafites identificados, 11 foram selecionados e organizados em 4 mapas que contemplam a estética da grafitagem, o anticapitalismo, a insustentabilidade da exploração de recursos naturais e a exploração sexual de menores. Ao término, abre-se a possibilidade para novos e inesgotáveis entendimentos dos mapas apresentados, numa compreensão de que, a cada novo olhar, a arte da grafitagem evoca diferentes questões nas lutas de classe de base urbana.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46040788","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-22DOI: 10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1703)13-28P
D. Gonçalves
The purpose of this article is to deconstruct the narrative of Sunshine sketches of a little town (LEACOCK, 1912) as to make out what might be hidden in-between the jokes told by its narrator. Stories do not only tell us things objectively nor linearly, but are successively asking us to reflect upon what they are not effectively saying. This is what allows our reconsideration about our relationship with meanings external to us – the meanings “we have not seen coming”. Translating would be, thereby, analogous to some sort of reverse time travel: the journey from my nowhere to the direction of the nowhere of the other. If the local colour of Leacock’s (1912) fictional town, Mariposa, is what makes it unique, to generalise its features would be a mistake; regardless of his narrator's assertions, Mariposa is not synonymic to every Canadian town. I am not trying to argue here nonetheless that the local has no relevance to the global, or vice versa; my point is that one does not need to imply the absence of the other, it is their correlation that must be restored.
{"title":"TIME, LITERATURE AND TRANSLATION: a shared cosmopolitanism","authors":"D. Gonçalves","doi":"10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1703)13-28P","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1703)13-28P","url":null,"abstract":"The purpose of this article is to deconstruct the narrative of Sunshine sketches of a little town (LEACOCK, 1912) as to make out what might be hidden in-between the jokes told by its narrator. Stories do not only tell us things objectively nor linearly, but are successively asking us to reflect upon what they are not effectively saying. This is what allows our reconsideration about our relationship with meanings external to us – the meanings “we have not seen coming”. Translating would be, thereby, analogous to some sort of reverse time travel: the journey from my nowhere to the direction of the nowhere of the other. If the local colour of Leacock’s (1912) fictional town, Mariposa, is what makes it unique, to generalise its features would be a mistake; regardless of his narrator's assertions, Mariposa is not synonymic to every Canadian town. I am not trying to argue here nonetheless that the local has no relevance to the global, or vice versa; my point is that one does not need to imply the absence of the other, it is their correlation that must be restored.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48293935","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-22DOI: 10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1734)71-98P
Paulo Schmidt, J. Gass
Desde o início de sua existência, a Contabilidade seguiu os passos evolutivos da sociedade. Inicialmente tudo era registrado de modo precário, mas, a partir do surgimento da escrita e dos números, os registros contábeis tornaram-se mais desenvolvidos e complexos. Esse processo evolutivo fez com que escolas de pensamentos contábeis se sucedessem através da história, especialmente com visões tradicionais, seguindo os preceitos sociais e políticos de sua época. Porém, a partir de 1929, surgiu uma nova perspectiva histórica para a contabilidade com o aparecimento da chamada Nova História da Contabilidade ou História Crítica, liderada por uma nova corrente de pensadores com ideias contrárias as apresentadas pelos tradicionalistas. A partir desse novo momento, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de apresentar quais as características que distinguem a Nova História da Contabilidade (NHC) da História Tradicional da Contabilidade (HTC). Para tanto, foi realizada uma análise descritiva e documental sobre a NHC e a THC, aplicando-se uma abordagem qualitativa. O resultado indica que não existe consenso sobre esse processo evolutivo e que, ainda existem divergências significativas entre os defensores de cada corrente histórica. As principais contribuições do estudo estão relacionadas com o entendimento de que essa nova concepção sobre a história pode influenciar significativamente o foco de pesquisas sobre Contabilidade.
{"title":"ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE TRADICIONAL E A SUA NOVA HISTÓRIA","authors":"Paulo Schmidt, J. Gass","doi":"10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1734)71-98P","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1734)71-98P","url":null,"abstract":"Desde o início de sua existência, a Contabilidade seguiu os passos evolutivos da sociedade. Inicialmente tudo era registrado de modo precário, mas, a partir do surgimento da escrita e dos números, os registros contábeis tornaram-se mais desenvolvidos e complexos. Esse processo evolutivo fez com que escolas de pensamentos contábeis se sucedessem através da história, especialmente com visões tradicionais, seguindo os preceitos sociais e políticos de sua época. Porém, a partir de 1929, surgiu uma nova perspectiva histórica para a contabilidade com o aparecimento da chamada Nova História da Contabilidade ou História Crítica, liderada por uma nova corrente de pensadores com ideias contrárias as apresentadas pelos tradicionalistas. A partir desse novo momento, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de apresentar quais as características que distinguem a Nova História da Contabilidade (NHC) da História Tradicional da Contabilidade (HTC). Para tanto, foi realizada uma análise descritiva e documental sobre a NHC e a THC, aplicando-se uma abordagem qualitativa. O resultado indica que não existe consenso sobre esse processo evolutivo e que, ainda existem divergências significativas entre os defensores de cada corrente histórica. As principais contribuições do estudo estão relacionadas com o entendimento de que essa nova concepção sobre a história pode influenciar significativamente o foco de pesquisas sobre Contabilidade.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44141204","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-22DOI: 10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1657)99-114P
Marcelo Nassif de Magalhães
Esta pesquisa tem o caráter exploratório e bibliográfico em formato de ensaio e busca estudar como a Governança de Tecnologia da Informação (TI) pode auxiliar as organizações na obtenção de Vantagem Competitiva. Para isto, foram estudados diversos artigos publicados sobre o assunto. Conclui-se que, se adotado os critérios de Governança de TI para a obtenção de vantagem competitiva na organização, a possibilidade de sucesso é grande, desde que os gestores realizem uma boa gestão financeira, empregando adequadamente os critérios de Governança de TI e sejam efetivos no emprego adequado da governança corporativa. Para que a Governança de TI atenda aos preceitos da obtenção de vantagem competitiva deve: a) Agregar valor; b) Ajudar a empresa na proteção de integridade de um produto raro, que ela venha a elaborar, lançar e comercializar; c) Auxiliar a empresa na proteção da integridade das informações necessárias para a elaboração, criação e comercialização de um produto difícil de ser imitado; e d) Auxiliar a empresa na proteção da integridade das informações necessárias para elaborar e lançar e comercializar um produto insubstituível.
{"title":"GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE OBTENÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES","authors":"Marcelo Nassif de Magalhães","doi":"10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1657)99-114P","DOIUrl":"https://doi.org/10.33148/CETROPICO2526-9372.2018V42N2(1657)99-114P","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem o caráter exploratório e bibliográfico em formato de ensaio e busca estudar como a Governança de Tecnologia da Informação (TI) pode auxiliar as organizações na obtenção de Vantagem Competitiva. Para isto, foram estudados diversos artigos publicados sobre o assunto. Conclui-se que, se adotado os critérios de Governança de TI para a obtenção de vantagem competitiva na organização, a possibilidade de sucesso é grande, desde que os gestores realizem uma boa gestão financeira, empregando adequadamente os critérios de Governança de TI e sejam efetivos no emprego adequado da governança corporativa. Para que a Governança de TI atenda aos preceitos da obtenção de vantagem competitiva deve: a) Agregar valor; b) Ajudar a empresa na proteção de integridade de um produto raro, que ela venha a elaborar, lançar e comercializar; c) Auxiliar a empresa na proteção da integridade das informações necessárias para a elaboração, criação e comercialização de um produto difícil de ser imitado; e d) Auxiliar a empresa na proteção da integridade das informações necessárias para elaborar e lançar e comercializar um produto insubstituível.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43025914","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A contribuição da Revista Ciência & Trópico como periódico semestral desde que substituiu o Boletim do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, pela Resolução 267 de outubro de 1972, tem sido multidisciplinar, contando com artigos internacionais, tendo em vista a parceria dos seus profissionais com diversas instituições de ensino e pesquisa da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina. Vale salientar que o projeto de nº 2960 de 1961 da Câmara dos Deputados previu, em suas disposições gerais e transitórias, que o antigo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais deveria contar com uma revista científica para publicações de pesquisadores da Instituição ou estrangeiros. Ao concluir mais um número, resultado de fluxo contínuo, além de cumprir uma missão institucional, estamos ampliando horizontes temáticos, fortalecendo debates de todos os matizes e garantindo a liberdade de expressão de todos os que submetem seus artigos à apreciação dos inúmeros pareceristas que merecem nossos agradecimentos pelo trabalho sério que garante a continuidade e a renovação da Ciência & Trópico. Na qualidade de Editora-chefe e pesquisadora da Fundaj, agradeço o trabalho do Editor assistente, Luis Henrique Lopes, aos colegas da Iconografia, em nome de Albertina Malta, que está sempre pronta a promover o acervo artístico da Fundaj, à Editora Massangana e a todos que compartilham ideias, cores e a força do compromisso de seguir adiante.
{"title":"Nota Editorial","authors":"Alexandrina Saldanha Sobreira de Moura","doi":"10.13043/dys.81.0","DOIUrl":"https://doi.org/10.13043/dys.81.0","url":null,"abstract":"A contribuição da Revista Ciência & Trópico como periódico semestral desde que substituiu o Boletim do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, pela Resolução 267 de outubro de 1972, tem sido multidisciplinar, contando com artigos internacionais, tendo em vista a parceria dos seus profissionais com diversas instituições de ensino e pesquisa da Europa, dos Estados Unidos e da América Latina. Vale salientar que o projeto de nº 2960 de 1961 da Câmara dos Deputados previu, em suas disposições gerais e transitórias, que o antigo Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais deveria contar com uma revista científica para publicações de pesquisadores da Instituição ou estrangeiros. \u0000Ao concluir mais um número, resultado de fluxo contínuo, além de cumprir uma missão institucional, estamos ampliando horizontes temáticos, fortalecendo debates de todos os matizes e garantindo a liberdade de expressão de todos os que submetem seus artigos à apreciação dos inúmeros pareceristas que merecem nossos agradecimentos pelo trabalho sério que garante a continuidade e a renovação da Ciência & Trópico. \u0000Na qualidade de Editora-chefe e pesquisadora da Fundaj, agradeço o trabalho do Editor assistente, Luis Henrique Lopes, aos colegas da Iconografia, em nome de Albertina Malta, que está sempre pronta a promover o acervo artístico da Fundaj, à Editora Massangana e a todos que compartilham ideias, cores e a força do compromisso de seguir adiante.","PeriodicalId":33230,"journal":{"name":"Ciencia Tropico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"1983-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"66113490","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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