Daiane Maria Cordeiro, G. Pereira, Rafael Nunes Borges
Os antipsicóticos são a primeira linha de tratamento para os sintomas psicóticos e suas síndromes. A psicose pode se apresentar como: delírios, alucinações, desorganização do pensamento e alteração do comportamento. Estima-se que 13 a 23% da população os apresente em algum momento ao longo da vida. Esta revisão clínica pretende auxiliar na tomada de decisão sobre quando e como introduzir antipsicóticos na atenção primária à saúde, levando em conta sua eficácia, o perfil de efeitos colaterais e os principais cuidados com as comorbidades relevantes. Realizou-se revisão da literatura nas bases de dados eletrônicos United States National Library of Medicine (PubMed), BMJ Best Practice e UpToDate — sumarizadores de evidência — no período de outubro a novembro de 2020. Foram incluídos artigos que abordassem a introdução de antipsicóticos na atenção primária, em maiores de 18 anos, com publicação após 2010, em português, inglês, espanhol ou francês. Foram obtidos 76 artigos considerados elegíveis. Destes, 27 foram selecionados para leitura integral. O antipsicótico deve ser recomendado para qualquer pessoa que apresente um primeiro episódio de psicose. Preferencialmente, a escolha terapêutica deve fazer parte do plano conjunto, centrado na pessoa, levando em conta os efeitos colaterais. Não há superioridade na eficácia entre um antipsicótico ou outro, nem mesmo entre grupos. Analisou-se o perfil de eficácia, efeitos adversos, segurança e tolerabilidade dos principais fármacos disponíveis, facilitando a tomada de decisão perante a introdução dos antipsicóticos. Pela escassa literatura nacional, não foi possível analisar o perfil específico para a população brasileira.
{"title":"Revisão clínica","authors":"Daiane Maria Cordeiro, G. Pereira, Rafael Nunes Borges","doi":"10.5712/rbmfc18(45)2930","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)2930","url":null,"abstract":"Os antipsicóticos são a primeira linha de tratamento para os sintomas psicóticos e suas síndromes. A psicose pode se apresentar como: delírios, alucinações, desorganização do pensamento e alteração do comportamento. Estima-se que 13 a 23% da população os apresente em algum momento ao longo da vida. Esta revisão clínica pretende auxiliar na tomada de decisão sobre quando e como introduzir antipsicóticos na atenção primária à saúde, levando em conta sua eficácia, o perfil de efeitos colaterais e os principais cuidados com as comorbidades relevantes. Realizou-se revisão da literatura nas bases de dados eletrônicos United States National Library of Medicine (PubMed), BMJ Best Practice e UpToDate — sumarizadores de evidência — no período de outubro a novembro de 2020. Foram incluídos artigos que abordassem a introdução de antipsicóticos na atenção primária, em maiores de 18 anos, com publicação após 2010, em português, inglês, espanhol ou francês. Foram obtidos 76 artigos considerados elegíveis. Destes, 27 foram selecionados para leitura integral. O antipsicótico deve ser recomendado para qualquer pessoa que apresente um primeiro episódio de psicose. Preferencialmente, a escolha terapêutica deve fazer parte do plano conjunto, centrado na pessoa, levando em conta os efeitos colaterais. Não há superioridade na eficácia entre um antipsicótico ou outro, nem mesmo entre grupos. Analisou-se o perfil de eficácia, efeitos adversos, segurança e tolerabilidade dos principais fármacos disponíveis, facilitando a tomada de decisão perante a introdução dos antipsicóticos. Pela escassa literatura nacional, não foi possível analisar o perfil específico para a população brasileira.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70962729","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mayara Floss, Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz, Flora Prati Barbosa, Fernanda Miranda Seixas Einloft, Claunara Schilling Mendonça, Luiza Dias Corrêa, A. Rossetto
Problema: A Atenção Primária à Saúde, após a pandemia de COVID-19, necessitou diversas adaptações para garantir o acesso à saúde. Para manter uma aproximação da comunidade no início da pandemia, um grupo de residentes da área de saúde da Unidade de Saúde Costa e Silva, em Porto Alegre (RS), organizou um programa de rádio de transmissão via WhatsApp, o “Fica em Casa”. Este artigo reflete sobre a construção do programa e seus desdobramentos. Método: Trata-se de um relato de experiência de uma rádio criada com base no diário de campo dos envolvidos, com reflexões acerca dela. Resultados: O programa “Fica em Casa” é uma forma de rádio expandida que não se limita à transmissão hertziana, mas consiste em uma iniciativa de radiodifusão comunitária em sua essência social, participativa e cultural. As vozes da equipe sugerem segurança para a comunidade como um espaço de micropolítica e valorização da autonomia em resposta à desinformação. Conclusão: O “Fica em Casa” funcionou como forma de acesso à saúde, educação popular, direito, resistência, memória e arte.
问题:COVID-19大流行后,初级卫生保健需要进行几项调整,以确保获得卫生保健。为了在大流行开始时与社区保持密切联系,阿雷格里港(RS)科斯塔·席尔瓦卫生单位卫生地区的一群居民通过WhatsApp组织了一个广播节目“呆在家里”。本文对该计划的构建及其发展进行了反思。方法:这是一个电台的经验报告,建立在参与者的实地日记的基础上,并对它进行反思。结果:“Fica em Casa”节目是一种扩展的广播形式,不局限于赫兹广播,而是一种具有社会、参与和文化本质的社区广播倡议。该团队的声音建议社区安全作为一个微观政治空间,并重视对错误信息的自主权。结论:“呆在家里”是获得健康、大众教育、法律、抵抗、记忆和艺术的一种方式。
{"title":"pandemia da COVID-19 e o Programa “Fica em Casa”","authors":"Mayara Floss, Carlos Augusto Vieira Ilgenfritz, Flora Prati Barbosa, Fernanda Miranda Seixas Einloft, Claunara Schilling Mendonça, Luiza Dias Corrêa, A. Rossetto","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3129","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3129","url":null,"abstract":"Problema: A Atenção Primária à Saúde, após a pandemia de COVID-19, necessitou diversas adaptações para garantir o acesso à saúde. Para manter uma aproximação da comunidade no início da pandemia, um grupo de residentes da área de saúde da Unidade de Saúde Costa e Silva, em Porto Alegre (RS), organizou um programa de rádio de transmissão via WhatsApp, o “Fica em Casa”. Este artigo reflete sobre a construção do programa e seus desdobramentos. Método: Trata-se de um relato de experiência de uma rádio criada com base no diário de campo dos envolvidos, com reflexões acerca dela. Resultados: O programa “Fica em Casa” é uma forma de rádio expandida que não se limita à transmissão hertziana, mas consiste em uma iniciativa de radiodifusão comunitária em sua essência social, participativa e cultural. As vozes da equipe sugerem segurança para a comunidade como um espaço de micropolítica e valorização da autonomia em resposta à desinformação. Conclusão: O “Fica em Casa” funcionou como forma de acesso à saúde, educação popular, direito, resistência, memória e arte.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42945058","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) agradece aos Avaliadores listados abaixo que atuaram como revisores ad hoc durante o ano de 2022, dedicando horas voluntariamente para a emissão de pareceres técnicos sobre manuscritos submetidos a esta revista.
{"title":"Agradecimento aos Revisores da Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade em 2022","authors":"Thiago Dias Sarti, Claunara Schilling","doi":"10.5712/rbmfc17(44)3672","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3672","url":null,"abstract":"A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) agradece aos Avaliadores listados abaixo que atuaram como revisores ad hoc durante o ano de 2022, dedicando horas voluntariamente para a emissão de pareceres técnicos sobre manuscritos submetidos a esta revista.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41439055","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Clarice de Azevedo Sarmet Loureiro Smiderle, C. Favoreto
Introdução: No contexto do cuidado e dos desafios presentes no deslocamento da assistência a pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (PVHIV) para a Atenção Primária à Saúde, objetos, ações e sentidos estão envolvidos nas relações desenvolvidas neste cenário de práticas. Objetivo: Analisar diferentes relações de cuidado no desenvolvimento do sucesso prático e os impasses na atenção a essa população, nesse contexto. Métodos: Observação participante e entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde e pacientes em uma Clínica de Família no município do Rio de Janeiro, envolvendo o conceito de “praticalidades” de Annemarie Mol, que explora os arranjos operacionais, atitudinais e relacionais observados da perspectiva da lógica do cuidado e da lógica da escolha. Na lógica do cuidado, as “praticalidades” atuam como mediadores que buscam superar limites morais, técnicos e sociais, sem predeterminar ou transferir a responsabilidade dos resultados, como na lógica da escolha. Resultados: As questões envolvidas no arranjo assistencial às PVHIV na Atenção Primária à Saúde podem envolver barreiras ao acesso e adesão ao tratamento relacionadas ao sigilo, mas também podem viabilizar oportunidades de aprofundamento dessas questões. Conclusões: Diferentes elementos podem ser mediadores de novas relações de cuidado para com as pessoas que vivem com o HIV.
{"title":"Desafios das práticas de cuidado na Atenção Primária à Saúde a pessoas que vivem com HIV","authors":"Clarice de Azevedo Sarmet Loureiro Smiderle, C. Favoreto","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3218","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3218","url":null,"abstract":"Introdução: No contexto do cuidado e dos desafios presentes no deslocamento da assistência a pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (PVHIV) para a Atenção Primária à Saúde, objetos, ações e sentidos estão envolvidos nas relações desenvolvidas neste cenário de práticas. Objetivo: Analisar diferentes relações de cuidado no desenvolvimento do sucesso prático e os impasses na atenção a essa população, nesse contexto. Métodos: Observação participante e entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde e pacientes em uma Clínica de Família no município do Rio de Janeiro, envolvendo o conceito de “praticalidades” de Annemarie Mol, que explora os arranjos operacionais, atitudinais e relacionais observados da perspectiva da lógica do cuidado e da lógica da escolha. Na lógica do cuidado, as “praticalidades” atuam como mediadores que buscam superar limites morais, técnicos e sociais, sem predeterminar ou transferir a responsabilidade dos resultados, como na lógica da escolha. Resultados: As questões envolvidas no arranjo assistencial às PVHIV na Atenção Primária à Saúde podem envolver barreiras ao acesso e adesão ao tratamento relacionadas ao sigilo, mas também podem viabilizar oportunidades de aprofundamento dessas questões. Conclusões: Diferentes elementos podem ser mediadores de novas relações de cuidado para com as pessoas que vivem com o HIV.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42069433","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Principalmente após a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Medicina, espera-se que seja predominante na formação médica a clínica ampliada, ou seja, aquela que tem como foco central o sujeito e suas particularidades. Objetivo: Buscou-se compreender as concepções sobre clínica presentes no imaginário de estudantes e professores de um curso de graduação em Medicina de uma universidade federal localizada no Sul do país. Métodos: Trata-se de estudo de caráter exploratório e qualitativo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de uma universidade federal, sob o Parecer nº 2.950.932, de 9 de outubro de 2018. A coleta de dados deu-se com base em entrevistas com docentes médicos (n=21) e grupos focais com acadêmicos (n=43) que, posteriormente, foram tratados pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Aspectos inerentes à clínica ampliada foram levantados, sobretudo no que diz respeito ao estabelecimento de uma boa relação médico-paciente, à necessidade de desenvolver habilidades comunicativas e de haver um equilíbrio entre os componentes técnico, ético e humanístico. Contudo, alguns discursos característicos da clínica tradicional foram notados, principalmente relacionados à clínica focada no diagnóstico e tratamento de doenças. Conclusões: Com esses resultados é possível concluir que, apesar de a clínica ampliada estar presente no curso em questão, isso ainda não se efetivou completamente.
{"title":"Concepções sobre clínica na formação médica","authors":"T. Costa, C. Botazzo, G. Fonsêca","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3073","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3073","url":null,"abstract":"Introdução: Principalmente após a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Medicina, espera-se que seja predominante na formação médica a clínica ampliada, ou seja, aquela que tem como foco central o sujeito e suas particularidades. Objetivo: Buscou-se compreender as concepções sobre clínica presentes no imaginário de estudantes e professores de um curso de graduação em Medicina de uma universidade federal localizada no Sul do país. Métodos: Trata-se de estudo de caráter exploratório e qualitativo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de uma universidade federal, sob o Parecer nº 2.950.932, de 9 de outubro de 2018. A coleta de dados deu-se com base em entrevistas com docentes médicos (n=21) e grupos focais com acadêmicos (n=43) que, posteriormente, foram tratados pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Aspectos inerentes à clínica ampliada foram levantados, sobretudo no que diz respeito ao estabelecimento de uma boa relação médico-paciente, à necessidade de desenvolver habilidades comunicativas e de haver um equilíbrio entre os componentes técnico, ético e humanístico. Contudo, alguns discursos característicos da clínica tradicional foram notados, principalmente relacionados à clínica focada no diagnóstico e tratamento de doenças. Conclusões: Com esses resultados é possível concluir que, apesar de a clínica ampliada estar presente no curso em questão, isso ainda não se efetivou completamente.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42197376","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Francisco Telesforo Celestino Junior, Erika Denise de Vasconcelos Florentino, Pedro Victor Costa Escobar, Eledy da Silva de França
Introdução: Em janeiro de 2020, foi isolado na China o vírus SARS-CoV-2, causador da doença do coronavírus 19 (COVID-19), que posteriorment disseminou-se globalmente numa pandemia. A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha papel crucial na resposta global à ameaça, considerando-se o papel da APS como uma das portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e como coordenadora do cuidado nesse sistema, com atuação ativa na resposta a surtos e epidemias. Nesse contexto, os profissionais atuantes na APS estão potencialmente expostos a sofrimento mental no cenário pandêmico. Objetivo: Analisar os níveis de sofrimento mental entre profissionais de saúde da APS de Petrolina (PE) no contexto da pandemia de COVID-19, verificando possível associação entre sofrimento mental e a atuação desses profissionais na linha de frente de combate à COVID-19. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, transversal, com abordagem quantitativa e caráter exploratório. Foi aplicado um survey online com dados sociodemográficos e ocupacionais, bem como foi feita a avaliação do sofrimento mental nesse grupo de profissionais, por meio da aplicação da Escala de Distress Psicológico de Kessler (K10), sendo as respostas posteriormente analisadas estatisticamente. Resultados: Dos participantes, 48,6% apresentaram risco elevado para a presença de transtorno mental no contexto da pandemia de COVID-19, e uma média de 66,8%±21,7% dos sentimentos negativos experimentados têm relação com a pandemia. Além disso, nos 30 dias anteriores ao momento em que cada participante respondeu ao survey, 73,4% (correspondendo a 72,5% dos enfermeiros e 73,9% dos médicos) dos entrevistados relataram frequência maior que o habitual na ocorrência dos sentimentos investigados na Escala K10. A porcentagem média desses sentimentos atribuída às inseguranças/ incertezas/ medos relacionados à pandemia de COVID-19 é de 66,8% (com desvio padrão de ±21,7%). Dos respondentes, 99,1% (99,1%) consideram possível transmitir a infecção para familiares ou pessoas próximas. Trinta e sete (33,94% da população de estudo) declararam que fizeram uso de medicamento ansiolítico ou antidepressivo nos 30 dias anteriores ao momento em que o survey foi respondido, prescrito por médico assistente com quem realiza acompanhamento (19 participantes) ou por automedicação (18 participantes). É fator de sofrimento mental para os respondentes a possibilidade de ser veículo de transmissão de COVID-19 para familiares ou pessoas próximas. Observou-se associação estatisticamente significativa entre risco elevado de transtornos mentais e percepção dos respondentes (total e médicos) acerca dos equipamentos de proteção individual (EPI) disponíveis nas Unidades de Saúde. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre sofrimento mental e demais indicadores. Conclusões: Num contexto de permanente medo e risco potencial de infecção por COVID-19 nesse grupo de profissionais, o sofrimento mental paira como ameaça permanente. Reco
{"title":"“Cuidar do outro é cuidar de mim”","authors":"Francisco Telesforo Celestino Junior, Erika Denise de Vasconcelos Florentino, Pedro Victor Costa Escobar, Eledy da Silva de França","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3219","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3219","url":null,"abstract":"Introdução: Em janeiro de 2020, foi isolado na China o vírus SARS-CoV-2, causador da doença do coronavírus 19 (COVID-19), que posteriorment disseminou-se globalmente numa pandemia. A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha papel crucial na resposta global à ameaça, considerando-se o papel da APS como uma das portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e como coordenadora do cuidado nesse sistema, com atuação ativa na resposta a surtos e epidemias. Nesse contexto, os profissionais atuantes na APS estão potencialmente expostos a sofrimento mental no cenário pandêmico. Objetivo: Analisar os níveis de sofrimento mental entre profissionais de saúde da APS de Petrolina (PE) no contexto da pandemia de COVID-19, verificando possível associação entre sofrimento mental e a atuação desses profissionais na linha de frente de combate à COVID-19. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, transversal, com abordagem quantitativa e caráter exploratório. Foi aplicado um survey online com dados sociodemográficos e ocupacionais, bem como foi feita a avaliação do sofrimento mental nesse grupo de profissionais, por meio da aplicação da Escala de Distress Psicológico de Kessler (K10), sendo as respostas posteriormente analisadas estatisticamente. Resultados: Dos participantes, 48,6% apresentaram risco elevado para a presença de transtorno mental no contexto da pandemia de COVID-19, e uma média de 66,8%±21,7% dos sentimentos negativos experimentados têm relação com a pandemia. Além disso, nos 30 dias anteriores ao momento em que cada participante respondeu ao survey, 73,4% (correspondendo a 72,5% dos enfermeiros e 73,9% dos médicos) dos entrevistados relataram frequência maior que o habitual na ocorrência dos sentimentos investigados na Escala K10. A porcentagem média desses sentimentos atribuída às inseguranças/ incertezas/ medos relacionados à pandemia de COVID-19 é de 66,8% (com desvio padrão de ±21,7%). Dos respondentes, 99,1% (99,1%) consideram possível transmitir a infecção para familiares ou pessoas próximas. Trinta e sete (33,94% da população de estudo) declararam que fizeram uso de medicamento ansiolítico ou antidepressivo nos 30 dias anteriores ao momento em que o survey foi respondido, prescrito por médico assistente com quem realiza acompanhamento (19 participantes) ou por automedicação (18 participantes). É fator de sofrimento mental para os respondentes a possibilidade de ser veículo de transmissão de COVID-19 para familiares ou pessoas próximas. Observou-se associação estatisticamente significativa entre risco elevado de transtornos mentais e percepção dos respondentes (total e médicos) acerca dos equipamentos de proteção individual (EPI) disponíveis nas Unidades de Saúde. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre sofrimento mental e demais indicadores. Conclusões: Num contexto de permanente medo e risco potencial de infecção por COVID-19 nesse grupo de profissionais, o sofrimento mental paira como ameaça permanente. Reco","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44697285","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Michelle Amaral Gehrke, Paola dos Santos Dias, Taiane do Socorro Silva Natividade, Ana Carla Carvalho de Magalhães, Napoleão Braun, Monaliza dos Santos Pessoa
Introdução: O Programa Telessaúde desempenha seu papel na assistência à saúde, especialmente nas regiões que não possuem estrutura ou atendimento médico especializado no Brasil No Pará esse núcleo presta assistência aos 144 municípios do estado. Objetivo: Delinear o perfil dos atendimentos realizados no estado do Pará. Métodos: O desenho do estudo foi observacional, retrospectivo e quantitativo, com análise da base de dados do programa. A fonte consultada foi a plataforma do Telessaúde-Pará com as consultorias realizadas entre 2018 e 2019. Resultados: Verificou-se que, nesse período, 208 teleconsultorias foram realizadas. Médicos foram os profissionais que mais as solicitaram. Os especialistas que responderam às solicitações com maior frequência foram médicos de família e comunidade, neurologistas e dermatologistas. As dúvidas mais frequentes foram as relacionadas a tratamento farmacológico e diagnóstico. A utilização de teleconsultorias evitou potenciais encaminhamentos em 76,9% dos casos. Entre os profissionais que utilizaram a plataforma, mais de 90% afirmaram satisfação com o serviço. Conclusões: Os dados demonstram a importância do programa na resolubilidade da Atenção Primária à Saúde, muito embora ainda haja pouca adesão e subutilização pelos usuários.
{"title":"Perfil dos teleatendimentos realizados pelo núcleo telessaúde-Pará de 2018 a 2019","authors":"Michelle Amaral Gehrke, Paola dos Santos Dias, Taiane do Socorro Silva Natividade, Ana Carla Carvalho de Magalhães, Napoleão Braun, Monaliza dos Santos Pessoa","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3364","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3364","url":null,"abstract":"Introdução: O Programa Telessaúde desempenha seu papel na assistência à saúde, especialmente nas regiões que não possuem estrutura ou atendimento médico especializado no Brasil No Pará esse núcleo presta assistência aos 144 municípios do estado. Objetivo: Delinear o perfil dos atendimentos realizados no estado do Pará. Métodos: O desenho do estudo foi observacional, retrospectivo e quantitativo, com análise da base de dados do programa. A fonte consultada foi a plataforma do Telessaúde-Pará com as consultorias realizadas entre 2018 e 2019. Resultados: Verificou-se que, nesse período, 208 teleconsultorias foram realizadas. Médicos foram os profissionais que mais as solicitaram. Os especialistas que responderam às solicitações com maior frequência foram médicos de família e comunidade, neurologistas e dermatologistas. As dúvidas mais frequentes foram as relacionadas a tratamento farmacológico e diagnóstico. A utilização de teleconsultorias evitou potenciais encaminhamentos em 76,9% dos casos. Entre os profissionais que utilizaram a plataforma, mais de 90% afirmaram satisfação com o serviço. Conclusões: Os dados demonstram a importância do programa na resolubilidade da Atenção Primária à Saúde, muito embora ainda haja pouca adesão e subutilização pelos usuários.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46876215","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Laércio Moreira Cardoso Júnior, Mariana Machado Aragão, L. S. Bueno
Problema: Mudanças no perfil de morbimortalidade brasileiro têm evidenciado a importância das doenças genéticas, porém os dados epidemiológicos ainda são limitados. Desde 2014, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras visa fomentar a assistência integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, os profissionais da atenção primária ainda não são suficientemente capacitados para a abordagem das doenças genéticas e raras. O objetivo do estudo é apresentar a experiência adquirida por um médico residente em Medicina de Família e Comunidade em um serviço de referência em doenças genéticas e raras. Método: Trata-se de um relato de experiência de estágio eletivo desenvolvido durante oito semanas no Serviço de Genética Médica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES-UFBA). O estágio foi composto de rotações em ambulatórios, laboratório, enfermaria e participação em aulas teóricas. Resultados: O residente teve contato com conhecimentos e ferramentas de genética que são úteis à sua prática como médico de família e comunidade, auxiliando na atenção às pessoas com doenças genéticas e raras. Também identificou como ferramentas e princípios da atenção primária à saúde potencializam o cuidado em genética médica. Conclusão: A experiência situou o residente quanto ao seu papel na linha de cuidado em doenças raras, reforçando a responsabilidade do profissional da atenção primária na assistência integral.
{"title":"Formação de um residente de Medicina de Família e Comunidade no contexto da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras","authors":"Laércio Moreira Cardoso Júnior, Mariana Machado Aragão, L. S. Bueno","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3155","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3155","url":null,"abstract":"Problema: Mudanças no perfil de morbimortalidade brasileiro têm evidenciado a importância das doenças genéticas, porém os dados epidemiológicos ainda são limitados. Desde 2014, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras visa fomentar a assistência integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, os profissionais da atenção primária ainda não são suficientemente capacitados para a abordagem das doenças genéticas e raras. O objetivo do estudo é apresentar a experiência adquirida por um médico residente em Medicina de Família e Comunidade em um serviço de referência em doenças genéticas e raras. Método: Trata-se de um relato de experiência de estágio eletivo desenvolvido durante oito semanas no Serviço de Genética Médica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES-UFBA). O estágio foi composto de rotações em ambulatórios, laboratório, enfermaria e participação em aulas teóricas. Resultados: O residente teve contato com conhecimentos e ferramentas de genética que são úteis à sua prática como médico de família e comunidade, auxiliando na atenção às pessoas com doenças genéticas e raras. Também identificou como ferramentas e princípios da atenção primária à saúde potencializam o cuidado em genética médica. Conclusão: A experiência situou o residente quanto ao seu papel na linha de cuidado em doenças raras, reforçando a responsabilidade do profissional da atenção primária na assistência integral.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43180774","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. C. Lima, Diego Floriano de Souza, F. Ferraz, Amanda Castro, Jacks Soratto
Introdução: O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é um serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e urgência e visa fortalecer a integralidade da atenção à saúde, pois assume papel importante na formação de novas estratégias de cuidado na modalidade de atenção complementar e substitutiva. Objetivo: Caracterizar a função e atuação do SAD na perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em um município do extremo sul catarinense. Método: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritivo-exploratório, realizada com 14 profissionais que atuaram antes da implantação do SAD e continuam trabalhando em equipes de Saúde da Família do município de Araranguá/SC. O processo de análise ocorreu pela técnica de análise de conteúdo, com auxílio do software para análise de dados qualitativos Atlas.ti. Resultados: A atuação do SAD restringe-se à prestação do cuidado no domicílio; à realização de trabalho multiprofissional; a pacientes acamados como foco da assistência; à equipe de referência para prestação do cuidado. Com relação à função do SAD, ela associa-se ao apoio às equipes de Saúde da Família; ao auxílio para a efetivação da integralidade do cuidado; ao incentivo à desospitalização; à melhoria na qualidade de vida; e à ampliação do acesso ao serviço de saúde. Conclusão: A atuação do SAD representa um serviço mais próximo da população acamada e é realizado por equipe de referência multiprofissional. Sua função vincula-se à melhoria da assistência e à ampliação da garantia do direito à saúde.
{"title":"Função e atuação do serviço de atendimento domiciliar na perspectiva de profissionais da Atenção Primária à Saúde","authors":"A. C. Lima, Diego Floriano de Souza, F. Ferraz, Amanda Castro, Jacks Soratto","doi":"10.5712/rbmfc17(44)3003","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3003","url":null,"abstract":"Introdução: O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é um serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e urgência e visa fortalecer a integralidade da atenção à saúde, pois assume papel importante na formação de novas estratégias de cuidado na modalidade de atenção complementar e substitutiva. Objetivo: Caracterizar a função e atuação do SAD na perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em um município do extremo sul catarinense. Método: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritivo-exploratório, realizada com 14 profissionais que atuaram antes da implantação do SAD e continuam trabalhando em equipes de Saúde da Família do município de Araranguá/SC. O processo de análise ocorreu pela técnica de análise de conteúdo, com auxílio do software para análise de dados qualitativos Atlas.ti. Resultados: A atuação do SAD restringe-se à prestação do cuidado no domicílio; à realização de trabalho multiprofissional; a pacientes acamados como foco da assistência; à equipe de referência para prestação do cuidado. Com relação à função do SAD, ela associa-se ao apoio às equipes de Saúde da Família; ao auxílio para a efetivação da integralidade do cuidado; ao incentivo à desospitalização; à melhoria na qualidade de vida; e à ampliação do acesso ao serviço de saúde. Conclusão: A atuação do SAD representa um serviço mais próximo da população acamada e é realizado por equipe de referência multiprofissional. Sua função vincula-se à melhoria da assistência e à ampliação da garantia do direito à saúde.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47936258","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O pectus carinatum (PC) é uma deformidade incomum da parede torácica, que geralmente surge na infância e se acentua na adolescência. Essa malformação pode levar a distúrbios estéticos e de autoestima, além de problemas respiratórios, que se devem à restrição da parede torácica. Existem poucos estudos brasileiros dedicados exclusivamente ao PC, e a maioria desses trabalhos direciona-se ao estudo do pectus excavatum (PE) ou de ambas as condições de forma conjunta. Apresentação do caso: Apresenta-se o caso de um paciente de 13 anos, masculino, que procura atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) por surgimento de tumefação em região paraesternal. Nega sintomas físicos, porém relata constrangimento e desconforto estético com a presença da proeminência. Conclusões: A abordagem multidisciplinar da deformidade torácica é fundamental na aceitação e no tratamento, tendo a APS um papel essencial Toda a equipe deve auxiliar e proporcionar, por meio do tratamento, melhor qualidade de vida estética, física e emocional ao paciente, fatores estes que nos impulsionaram a documentar este caso.
{"title":"Abordagem de pectus carinatum na Atenção Primária e seu impacto na saúde emocional do paciente","authors":"Luiza Carla Migliavacca Pian, Laura Vitória Xavier, Thais Caroline Fin, Juliana Frighetto, Hellany Karolliny Pinho Ribeiro","doi":"10.5712/rbmfc17(44)3495","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3495","url":null,"abstract":"Introdução: O pectus carinatum (PC) é uma deformidade incomum da parede torácica, que geralmente surge na infância e se acentua na adolescência. Essa malformação pode levar a distúrbios estéticos e de autoestima, além de problemas respiratórios, que se devem à restrição da parede torácica. Existem poucos estudos brasileiros dedicados exclusivamente ao PC, e a maioria desses trabalhos direciona-se ao estudo do pectus excavatum (PE) ou de ambas as condições de forma conjunta. Apresentação do caso: Apresenta-se o caso de um paciente de 13 anos, masculino, que procura atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) por surgimento de tumefação em região paraesternal. Nega sintomas físicos, porém relata constrangimento e desconforto estético com a presença da proeminência. Conclusões: A abordagem multidisciplinar da deformidade torácica é fundamental na aceitação e no tratamento, tendo a APS um papel essencial Toda a equipe deve auxiliar e proporcionar, por meio do tratamento, melhor qualidade de vida estética, física e emocional ao paciente, fatores estes que nos impulsionaram a documentar este caso.","PeriodicalId":33700,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44809115","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}