Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/ufpb.1517-5901.2018v1n48.32370
Lucas Santos de Melo
Uma das características da diáspora africana é o movimento voluntário de pessoas para novas regiões, onde, geralmente, há uma demanda de mão de obra específica. Sendo o futebol uma das ocupações profissionais mais específicas que existe e dado o crescente número de jogadores africanos atuando nos grandes centros do futebol mundial, decidimos fazer uma breve investigação para aferir essa relação entre diáspora e futebol. Dessa forma, escolhemos dois países que possuem uma extensa comunidade e uma larga tradição de recepcionar imigrantes, dentre outras categorias profissionais, a de jogador de futebol. Referimo-nos aos casos de Portugal e da França, dois países que adotaram o sistema legal dos assimilados, que tiveram um largo conjunto de territórios, principalmente na África, e que usufruem proficuamente dos “pés de obra” das colônias de outrora. Este artigo, elaborado a partir de uma literatura científica sobre o tema e dados quantitativos, tem a intenção de mostrar os usos coloniais e neocoloniais do futebol empreendidos por estes países e traçar uma trajetória histórica correspondente para tal uso. Palavras-chave: Futebol. Neocolonialismo. Portugal. França.
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