Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37761
B. Barreiros
Ancorando-se nos aportes da praxeologia bourdieusiana e do institucionalismo sociológico, este trabalho investiga como a FGV-EAESP forma profissionais adeptos do modelo sustentável de gestão. A análise se concentra na principal disciplina sobre o modelo sustentável voltada a alunos dos cursos de graduação: a Formação Integrada para a Sustentabilidade (o “FIS”). Para tanto, um conjunto de métodos e técnicas foi empregado: a) observação participante; b) pesquisa documental; c) entrevistas em profundidade com ex-alunos do FIS e com docentes da escola vinculados ao tema da sustentabilidade; d) análise de vídeos sobre o FIS e de fotografias das atividades do curso. A análise sociogenética do FIS mostra que o curso emerge de um processo de divergências e convergências entre os diversos tipos de agentes que participam da escola de negócios, bem como de três fatores influenciadores diretamente relevantes: 1) as relações da FGV com seus parceiros empresariais e suas demandas; 2) as prescrições normativas da ONU; 3) uma comunidade acadêmica internacional que reivindica a favor do desenvolvimento sustentável. O FIS se constitui como um ambiente que favorece a modelagem, por meio de táticas heterodoxas de ensino gerencial, de um tipo de gestor considerado como “novo” e “diferente”, que no espaço empresarial brasileiro tem sido chamado de “líder sustentável” ou de “gestor que adere à sustentabilidade”. A análise deste caso contribui para entender a construção social do tipo de agente que simboliza a cada vez mais avançada instituição da Sustentabilidade Empresarial no Brasil. Palavras-chave: Sustentabilidade Empresarial. Escolas de Negócios. Institucionalização. Sociologia Econômica.
{"title":"A CONFORMAÇÃO DE ADEPTOS DA “GESTÃO SUSTENTÁVEL”:investigando a “turma da sustentabilidade” da FGV-EAESP","authors":"B. Barreiros","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37761","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37761","url":null,"abstract":"Ancorando-se nos aportes da praxeologia bourdieusiana e do institucionalismo sociológico, este trabalho investiga \u0000como a FGV-EAESP forma profissionais adeptos do modelo sustentável de gestão. A análise se concentra na \u0000principal disciplina sobre o modelo sustentável voltada a alunos dos cursos de graduação: a Formação Integrada \u0000para a Sustentabilidade (o “FIS”). Para tanto, um conjunto de métodos e técnicas foi empregado: a) observação \u0000participante; b) pesquisa documental; c) entrevistas em profundidade com ex-alunos do FIS e com docentes da \u0000escola vinculados ao tema da sustentabilidade; d) análise de vídeos sobre o FIS e de fotografias das atividades do \u0000curso. A análise sociogenética do FIS mostra que o curso emerge de um processo de divergências e convergências \u0000entre os diversos tipos de agentes que participam da escola de negócios, bem como de três fatores influenciadores \u0000diretamente relevantes: 1) as relações da FGV com seus parceiros empresariais e suas demandas; 2) as prescrições \u0000normativas da ONU; 3) uma comunidade acadêmica internacional que reivindica a favor do desenvolvimento \u0000sustentável. O FIS se constitui como um ambiente que favorece a modelagem, por meio de táticas heterodoxas \u0000de ensino gerencial, de um tipo de gestor considerado como “novo” e “diferente”, que no espaço empresarial \u0000brasileiro tem sido chamado de “líder sustentável” ou de “gestor que adere à sustentabilidade”. A análise deste caso \u0000contribui para entender a construção social do tipo de agente que simboliza a cada vez mais avançada instituição \u0000da Sustentabilidade Empresarial no Brasil. \u0000Palavras-chave: Sustentabilidade Empresarial. Escolas de Negócios. Institucionalização. Sociologia Econômica.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"110 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115756109","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.27650
A. Silva
O presente artigo trata da construção de políticas públicas para comunidades quilombolas, dialogando com a história dos africanos, a partir da travessia do Atlântico, com o interesse do capital no modo de produção escravocrata, que fora muito usado no Brasil na época da colonização portuguesa. Além disso, analisa as políticas públicas específicas construídas no contexto brasileiro para os quilombolas, dando ênfase ao Programa Brasil Quilombola. Para o desenvolvimento da pesquisa fizemos uso da abordagem qualitativa; concomitantemente, foi feito uso da historiografia para entendermos a ressemantização da palavra quilombola. Além disso, utilizamos o método histórico para reconstruirmos a história do artigo 68 do ADCT da Constituição Federal de 1988. Fizemos também consultas a dados primários e secundários de órgãos públicos. Concluiu-se que a regularização fundiária definitiva junto com a concretização de políticas públicas específicas são o caminho para construção da cidadania quilombola, pois permitirá que haja uma segurança jurídica para os quilombolas. Palavras-chave: Políticas Públicas. Quilombolas. Cidadania. Escravidão.
{"title":"POLÍTICAS PÚBLICAS PARA COMUNIDADES QUILOMBOLAS: uma luta em construção","authors":"A. Silva","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.27650","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.27650","url":null,"abstract":"O presente artigo trata da construção de políticas públicas para comunidades quilombolas, dialogando com a história \u0000dos africanos, a partir da travessia do Atlântico, com o interesse do capital no modo de produção escravocrata, \u0000que fora muito usado no Brasil na época da colonização portuguesa. Além disso, analisa as políticas públicas específicas \u0000construídas no contexto brasileiro para os quilombolas, dando ênfase ao Programa Brasil Quilombola. Para \u0000o desenvolvimento da pesquisa fizemos uso da abordagem qualitativa; concomitantemente, foi feito uso da historiografia \u0000para entendermos a ressemantização da palavra quilombola. Além disso, utilizamos o método histórico \u0000para reconstruirmos a história do artigo 68 do ADCT da Constituição Federal de 1988. Fizemos também consultas \u0000a dados primários e secundários de órgãos públicos. Concluiu-se que a regularização fundiária definitiva junto \u0000com a concretização de políticas públicas específicas são o caminho para construção da cidadania quilombola, pois \u0000permitirá que haja uma segurança jurídica para os quilombolas. \u0000Palavras-chave: Políticas Públicas. Quilombolas. Cidadania. Escravidão.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115673910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.29110
Renan Albuquerque, J. Rocha
O objetivo foi refletir sobre mecanismos criados e acionados em processos de luta por reconhecimento no território quilombo na Amazônia Central. Considerou-se a memória étnica e territorial a partir de narrativas de lideranças quilombolas sobre o contexto de luta por reconhecimento. Notou-se vinculação entre memória étnica e territorial para a construção de identidades e territorialidades no Andirá. Como em demais locais da Amazônia, tais memórias foram positivadas e politizadas, adequando-se a interesses de indivíduos autodeclarados. Palavras-chave: Memória étnica. Memória territorial. Emergência quilombola. Amazônia.
{"title":"Memória étnica e territorial em processos de emergência de quilombolas do Andirá/Amazônia","authors":"Renan Albuquerque, J. Rocha","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.29110","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.29110","url":null,"abstract":"O objetivo foi refletir sobre mecanismos criados e acionados em processos de luta por reconhecimento no território \u0000quilombo na Amazônia Central. Considerou-se a memória étnica e territorial a partir de narrativas de lideranças \u0000quilombolas sobre o contexto de luta por reconhecimento. Notou-se vinculação entre memória étnica e territorial \u0000para a construção de identidades e territorialidades no Andirá. Como em demais locais da Amazônia, tais memórias \u0000foram positivadas e politizadas, adequando-se a interesses de indivíduos autodeclarados. \u0000Palavras-chave: Memória étnica. Memória territorial. Emergência quilombola. Amazônia.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"11 2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123659521","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37782
Moisés Kopper
No Brasil e sua economia política da mobilidade, a casa tornou-se uma infraestrutura experimental através da qual cidadania e consumo se sobrepõem na performação de um Estado democrático e promotor de inclusão social e econômica. Este artigo baseia-se em pesquisa etnográfica conduzida entre 2012 e 2015 em um condomínio fechado na cidade de Porto Alegre/RS, parte do Programa Minha Casa Minha Vida, a maior política habitacional brasileira. Economistas, sociólogos e antropólogos chamaram a atenção para a “financeirização” dos pobres, suas “vidas interconectadas”, suas “economias de compartilhamento”, e seu “capital moral”, chegando mesmo a desenvolver novas metodologias como “diários financeiros” para entender suas realidades cotidianas. Aqui, dou continuidade a esta literatura ao mergulhar nos trabalhos e expectativas de pessoas concretas, na medida em que se deslocam de assentamentos informais para ambientes urbanos de classe média. Nessa economia da esperança, a plasticidade de vida coalesce com uma economia do crédito para deslanchar novos projetos subjetivos e coletivos, tornados visíveis por meio de suas práticas financeiras. O artigo destrincha essa economia política da casa própria através de três topografias – de mercado, da autonomia, do progresso – mostrando como a casa tornou-se o nódulo articulador de políticas participativas e economias de consumo que reconfiguram o espaço do político na vida econômica. Palavras-Chave: Consumo. Política pública. Materialidade. Infraestrutura.
在巴西及其流动的政治经济中,住房已经成为一个实验基础设施,通过它,公民和消费在民主国家的表现中重叠,并促进社会和经济包容。本文基于2012年至2015年在阿雷格里港的一个封闭式社区进行的民族志研究,该社区是巴西最大的住房政策Minha Casa Minha Vida项目的一部分。经济学家、社会学家和人类学家呼吁关注穷人的“金融化”、他们的“相互联系的生活”、他们的“共享经济”和他们的“道德资本”,甚至开发了“金融日记”等新方法来了解他们的日常现实。在这里,我继续这篇文献,深入研究具体的人的工作和期望,因为他们从非正式的定居点转移到中产阶级的城市环境。在这种希望的经济中,生活的可塑性与信贷经济相结合,释放新的主观和集体项目,通过他们的金融实践变得可见。这篇文章通过三种地形——市场、自治和进步——揭示了住房的政治经济,展示了住房如何成为参与式政策和消费经济的连接点,重新配置了经济生活中的政治空间。关键词:消费。公共政策。物质性。基础设施。
{"title":"INFRAESTRUTURAS POROSAS: vivendo através do consumo no programa Minha Casa Minha Vida","authors":"Moisés Kopper","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37782","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37782","url":null,"abstract":"No Brasil e sua economia política da mobilidade, a casa tornou-se uma infraestrutura experimental através da qual \u0000cidadania e consumo se sobrepõem na performação de um Estado democrático e promotor de inclusão social e \u0000econômica. Este artigo baseia-se em pesquisa etnográfica conduzida entre 2012 e 2015 em um condomínio fechado \u0000na cidade de Porto Alegre/RS, parte do Programa Minha Casa Minha Vida, a maior política habitacional brasileira. \u0000Economistas, sociólogos e antropólogos chamaram a atenção para a “financeirização” dos pobres, suas “vidas \u0000interconectadas”, suas “economias de compartilhamento”, e seu “capital moral”, chegando mesmo a desenvolver \u0000novas metodologias como “diários financeiros” para entender suas realidades cotidianas. Aqui, dou continuidade \u0000a esta literatura ao mergulhar nos trabalhos e expectativas de pessoas concretas, na medida em que se deslocam de \u0000assentamentos informais para ambientes urbanos de classe média. Nessa economia da esperança, a plasticidade de \u0000vida coalesce com uma economia do crédito para deslanchar novos projetos subjetivos e coletivos, tornados visíveis \u0000por meio de suas práticas financeiras. O artigo destrincha essa economia política da casa própria através de três \u0000topografias – de mercado, da autonomia, do progresso – mostrando como a casa tornou-se o nódulo articulador de \u0000políticas participativas e economias de consumo que reconfiguram o espaço do político na vida econômica. \u0000Palavras-Chave: Consumo. Política pública. Materialidade. Infraestrutura.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131111062","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.39136
Emmanuel Lazega
O colóquio Recherche & Régulation 2015 mostrou que a Escola da Regulação, mais frequentemente reconhecida por suas teorias macroeconômicas, vem dando cada vez mais atenção à variedade de espaços nos quais se confrontam formas de regulação, principalmente ao nível meso do ponto de vista econômico e social. Esta contribuição esboça uma perspectiva capaz de mobilizar os olhares cruzados da Teoria da Regulação e de uma Sociologia institucionalista e neoestrutural ao propor uma abordagem do trabalho político que incorpora a análise das infraestruturas relacionais dinâmicas e multiníveis. Estas infraestruturas, que os atores coletivos organizados constroem, lhes permitem defender e promover seus interesses regulatórios, assim como fazem funcionar as instituições existentes ou fazem emergir instituições novas. O exemplo da construção contemporânea de um novo regime europeu de propriedade intelectual (através da Jurisdição Unificada de Patentes europeia) é utilizado para ilustrar possíveis objetos sobre os quais este olhar cruzado poderia se dirigir proveitosamente. Palavras-chave: Infraestruturas Relacionais. Jurisdição Unificada de Patentes Europeia. Oligarquia Colegial. Redes Sociais e Organizacionais.
{"title":"REDES E REGULAÇÃO: por um institucionalismo neoestrutural","authors":"Emmanuel Lazega","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.39136","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.39136","url":null,"abstract":"O colóquio Recherche & Régulation 2015 mostrou que a Escola da Regulação, mais frequentemente reconhecida por \u0000suas teorias macroeconômicas, vem dando cada vez mais atenção à variedade de espaços nos quais se confrontam \u0000formas de regulação, principalmente ao nível meso do ponto de vista econômico e social. Esta contribuição esboça \u0000uma perspectiva capaz de mobilizar os olhares cruzados da Teoria da Regulação e de uma Sociologia institucionalista \u0000e neoestrutural ao propor uma abordagem do trabalho político que incorpora a análise das infraestruturas \u0000relacionais dinâmicas e multiníveis. Estas infraestruturas, que os atores coletivos organizados constroem, lhes permitem \u0000defender e promover seus interesses regulatórios, assim como fazem funcionar as instituições existentes ou \u0000fazem emergir instituições novas. O exemplo da construção contemporânea de um novo regime europeu de propriedade \u0000intelectual (através da Jurisdição Unificada de Patentes europeia) é utilizado para ilustrar possíveis objetos \u0000sobre os quais este olhar cruzado poderia se dirigir proveitosamente. \u0000Palavras-chave: Infraestruturas Relacionais. Jurisdição Unificada de Patentes Europeia. Oligarquia Colegial. Redes \u0000Sociais e Organizacionais.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"88 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130229453","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37762
Rodrigo Salles Pereira Dos Santos, Bruno Milanez
O trabalho discute a noção de poder corporativo a partir da comparação de três contextos mineradores em Minas Gerais, entre 2010 e 2015. A discussão teórica mobiliza criticamente os usos da categoria na geografia econômica (centrada no modelo de Redes Globais de Produção) e na sociologia econômica, destacando problemas teóricos e analíticos. Assim, defende uma perspectiva tridimensional (Lukes, 2005), capaz de integrar as formas externa (aberta e fechada) e interna de seu exercício; e um enquadramento relacional e positivo do poder, do qual emergem efeitos restritivos e extensivos em situações de interação entre agentes econômicos e não econômicos. A comparação dos casos da Anglo American/ Conceição do Mato Dentro (CMD), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)/ Congonhas e Vale/ Itabira utilizou predominantemente a observação direta e entrevistas semiestruturadas, permitindo verificar que: i. em Congonhas, a expansão em um contexto brownfield impulsionou formas de contestação que desafiaram institucionalmente (1ª dimensão) a CSN; ii. o impedimento à ascensão como questão pública (2ª dimensão) dos conflitos configurou a ação econômica nas condições greenfield de CMD, restringindo o exercício das formas institucional e coletiva de poder; e iii. o fim de ciclo mineral em Itabira permitiu a extensão do poder corporativo a uma dimensão interna, mobilizando subjetivamente (3ª dimensão) a adesão individual e coletiva e produzindo um regime de consenso desfavorável à contestação. Palavras-chave: Ação econômica. Poder corporativo. Corporação transnacional (CTN). Mineração de ferro.
{"title":"PODER CORPORATIVO E AÇÃO ECONÔMICA: reflexões a partir da mineração de ferro","authors":"Rodrigo Salles Pereira Dos Santos, Bruno Milanez","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37762","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37762","url":null,"abstract":"O trabalho discute a noção de poder corporativo a partir da comparação de três contextos mineradores em Minas \u0000Gerais, entre 2010 e 2015. A discussão teórica mobiliza criticamente os usos da categoria na geografia econômica \u0000(centrada no modelo de Redes Globais de Produção) e na sociologia econômica, destacando problemas teóricos \u0000e analíticos. Assim, defende uma perspectiva tridimensional (Lukes, 2005), capaz de integrar as formas externa \u0000(aberta e fechada) e interna de seu exercício; e um enquadramento relacional e positivo do poder, do qual emergem \u0000efeitos restritivos e extensivos em situações de interação entre agentes econômicos e não econômicos. A comparação \u0000dos casos da Anglo American/ Conceição do Mato Dentro (CMD), Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)/ \u0000Congonhas e Vale/ Itabira utilizou predominantemente a observação direta e entrevistas semiestruturadas, permitindo \u0000verificar que: i. em Congonhas, a expansão em um contexto brownfield impulsionou formas de contestação \u0000que desafiaram institucionalmente (1ª dimensão) a CSN; ii. o impedimento à ascensão como questão pública (2ª \u0000dimensão) dos conflitos configurou a ação econômica nas condições greenfield de CMD, restringindo o exercício \u0000das formas institucional e coletiva de poder; e iii. o fim de ciclo mineral em Itabira permitiu a extensão do poder \u0000corporativo a uma dimensão interna, mobilizando subjetivamente (3ª dimensão) a adesão individual e coletiva e \u0000produzindo um regime de consenso desfavorável à contestação. \u0000Palavras-chave: Ação econômica. Poder corporativo. Corporação transnacional (CTN). Mineração de ferro.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123318133","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37812
João Assis Dulci
A partir da década de 1990, o Brasil assistiu a uma nova onda de instalações industriais estrangeiras em seu território. Com base em protocolos de atração, isenções e demais incentivos fiscais e locacionais, uma nova geografia do setor automotivo se desenhou no Brasil. Se num primeiro momento percebeu-se uma desconcentração industrial, no médio prazo, quando estados e municípios esgotaram suas capaci-dades de renúncia, e os benefícios infraestruturais voltaram a ter relevância na escolha das montadoras, as opções pela localização final de novas indústrias passaram a se repetir. No entanto, algumas das regiões beneficiadas pelo aporte de novas indústrias já abrigavam importantes parques industriais, o que nos leva a refletir sobre a real participação da indústria automotiva no desenvolvimento regional. Este trabalho visa, portanto, compreender a importância da indústria automotiva para o desenvolvimento de duas regiões que, até a década de 1990, não abrigavam plantas automobilísticas: o Sul Fluminense e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A partir de dados do Ministério do Trabalho e Empre-go e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, busca-se mensurar a parcela de investi-mentos, renda e empregos que a referida matriz produtiva carreou para cada região, de modo a respon-der à questão sobre sua importância como vetor de desenvolvimento regional, jogando luz sobre os des-dobramentos desse processo. Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Indústria automobilística. Sul Fluminense. Camaçari (BA).
{"title":"CONFIGURAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO EM DUAS NOVAS REGIÕES AUTOMOBILÍSTICAS: sul fluminense e Camaçari (BA)","authors":"João Assis Dulci","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37812","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.37812","url":null,"abstract":"A partir da década de 1990, o Brasil assistiu a uma nova onda de instalações industriais estrangeiras em seu território. \u0000Com base em protocolos de atração, isenções e demais incentivos fiscais e locacionais, uma nova geografia do setor \u0000automotivo se desenhou no Brasil. Se num primeiro momento percebeu-se uma desconcentração industrial, no \u0000médio prazo, quando estados e municípios esgotaram suas capaci-dades de renúncia, e os benefícios infraestruturais \u0000voltaram a ter relevância na escolha das montadoras, as opções pela localização final de novas indústrias passaram \u0000a se repetir. No entanto, algumas das regiões beneficiadas pelo aporte de novas indústrias já abrigavam importantes \u0000parques industriais, o que nos leva a refletir sobre a real participação da indústria automotiva no desenvolvimento \u0000regional. Este trabalho visa, portanto, compreender a importância da indústria automotiva para o desenvolvimento \u0000de duas regiões que, até a década de 1990, não abrigavam plantas automobilísticas: o Sul Fluminense e Camaçari, \u0000na Região Metropolitana de Salvador. A partir de dados do Ministério do Trabalho e Empre-go e do Ministério do \u0000Desenvolvimento, Indústria e Comércio, busca-se mensurar a parcela de investi-mentos, renda e empregos que a \u0000referida matriz produtiva carreou para cada região, de modo a respon-der à questão sobre sua importância como \u0000vetor de desenvolvimento regional, jogando luz sobre os des-dobramentos desse processo. \u0000Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Indústria automobilística. Sul Fluminense. Camaçari (BA).","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116745322","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.32351
A. Brandão, Nilton Cesar Nogueira dos Santos, Amanda Lacerda Jorge
Este artigo objetiva discutir a configuração demográfica atual das comunidades quilombolas brasileiras em relação ao perfil da transição demográfica verificado para o conjunto da população nacional nas últimas décadas. Os dados que utilizamos para a composição deste estudo derivam dos censos demográficos nacionais e de uma pesquisa realizada em 2011 que coletou informações populacionais e socioeconômicas no conjunto das 9191 famílias que habitavam as 169 comunidades quilombolas que até 2010 haviam obtido o título definitivo de propriedade de seus territórios. Com a análise comparada dos dados, foi possível identificar em que variáveis a população quilombola se afasta ou se aproxima do perfil demográfico nacional. Na conclusão mostramos que, se por um lado esta população específica ainda não completou o seu processo de transição demográfica, começa a apresentar fortes tendências nesta direção.
{"title":"Comunidades Quilombolas sob a perspectiva da transição demográfica","authors":"A. Brandão, Nilton Cesar Nogueira dos Santos, Amanda Lacerda Jorge","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.32351","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.32351","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva discutir a configuração demográfica atual das comunidades quilombolas brasileiras em relação ao perfil da transição demográfica verificado para o conjunto da população nacional nas últimas décadas. Os dados que utilizamos para a composição deste estudo derivam dos censos demográficos nacionais e de uma pesquisa realizada em 2011 que coletou informações populacionais e socioeconômicas no conjunto das 9191 famílias que habitavam as 169 comunidades quilombolas que até 2010 haviam obtido o título definitivo de propriedade de seus territórios. Com a análise comparada dos dados, foi possível identificar em que variáveis a população quilombola se afasta ou se aproxima do perfil demográfico nacional. Na conclusão mostramos que, se por um lado esta população específica ainda não completou o seu processo de transição demográfica, começa a apresentar fortes tendências nesta direção.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115566793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.35360
V. D. O. Rodrigues
A leitura de “O Sindicalismo na Era Lula: Paradoxos, Perspectivas e Olhares”, longe de esgotar o tema, ajuda a pensar justamente as “possibilidades de realização” de ação sindical. Trata-se de uma obra de grande fôlego e bastante atual. Um dos pontos fortes do livro é a pluralidade de perspectivas e orientações teóricas, que se reflete nas diferentes abordagens e, também, na escolha dos objetos de análise. Trata-se de uma leitura indispensável não apenas para os estudiosos do sindicalismo, mas, sem dúvidas, para todos aqueles que desejam compreender aspectos centrais do Brasil contemporâneo. Serão os sindicatos brasileiros capazes de responder à altura os desafios colocado pelo atual momento histórico?
{"title":"ESTUDAR OS SINDICATOS, ENTENDER O BRASIL","authors":"V. D. O. Rodrigues","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.35360","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.35360","url":null,"abstract":"A leitura de “O Sindicalismo na Era Lula: Paradoxos, Perspectivas e Olhares”, longe de esgotar o tema, ajuda a pensar justamente as “possibilidades de realização” de ação sindical. Trata-se de uma obra de grande fôlego e bastante atual. Um dos pontos fortes do livro é a pluralidade de perspectivas e orientações teóricas, que se reflete nas diferentes abordagens e, também, na escolha dos objetos de análise. Trata-se de uma leitura indispensável não apenas para os estudiosos do sindicalismo, mas, sem dúvidas, para todos aqueles que desejam compreender aspectos centrais do Brasil contemporâneo. Serão os sindicatos brasileiros capazes de responder à altura os desafios colocado pelo atual momento histórico?","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126142491","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-12DOI: 10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.38664
Raphael Jonathas da Costa Lima, Silvio Salej Higgins
Neste texto, os autores apresentam a sociologia econômica como área do conhecimento e os textos que compõem o dossiê.
在本文中,作者将经济社会学作为一个知识领域和文本组成档案。
{"title":"APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ SOCIOLOGIA ECONÔMICA: pluralismo de enfoques e inovação metodológica","authors":"Raphael Jonathas da Costa Lima, Silvio Salej Higgins","doi":"10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.38664","DOIUrl":"https://doi.org/10.22478/UFPB.1517-5901.2018V1N48.38664","url":null,"abstract":"Neste texto, os autores apresentam a sociologia econômica como área do conhecimento e os textos que compõem o dossiê.","PeriodicalId":365484,"journal":{"name":"REVISTA DE CIÊNCIAS SOCIAIS - POLÍTICA & TRABALHO","volume":"104 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133950245","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}