Pub Date : 2019-06-01DOI: 10.1590/s0104-12902019000002
R. Carneiro, É. Pereira
{"title":"Ciências sociais na graduação em saúde coletiva: olhares de uma década","authors":"R. Carneiro, É. Pereira","doi":"10.1590/s0104-12902019000002","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902019000002","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131717970","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-01DOI: 10.1590/s0104-12902019180860
D. Santos, R. Onocko-Campos, Daniele Basegio, Sabrina Stefanello
Resumo O uso de psicotrópicos e os direitos relacionados à escolha dos tratamentos prescritos vêm ganhando espaço na literatura. Este artigo deriva de uma pesquisa qualitativa na qual se interveio em 10 serviços de saúde (Atenção Primária e Secundária) de dois municípios (Campinas e Amparo, SP). Seguindo os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira de incluir os usuários nas decisões dos seus tratamentos, utilizou-se a gestão autônoma da medicação (GAM) como estratégia de intervenção; ela é originária do Canadá, e propõe “empoderar” usuários quanto ao uso de medicamentos em seus projetos terapêuticos. Este trabalho avalia a percepção dos trabalhadores que moderaram grupos de GAM. A partir de entrevistas semiestruturadas com esses moderadores, antes e depois da intervenção, construíram-se narrativas sob os preceitos da hermenêutica gadameriana. Os trabalhadores que experimentaram a estratégia assumiram papel mais crítico quanto a suas práticas clínicas, e identificaram, na metodologia horizontal, grupal e direcionada para a escuta de valorização da voz dos usuários, uma experiência capaz de promover uma clínica mais flexível e propícia à construção conjunta de ações. A experimentação da GAM nesta pesquisa permitiu analisá-la em relação a outros referenciais brasileiros da saúde coletiva, como a educação popular e a medicina centrada na pessoa, operando uma interessante hibridação cultural.
{"title":"Da prescrição à escuta: efeitos da gestão autônoma da medicação em trabalhadores da saúde","authors":"D. Santos, R. Onocko-Campos, Daniele Basegio, Sabrina Stefanello","doi":"10.1590/s0104-12902019180860","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902019180860","url":null,"abstract":"Resumo O uso de psicotrópicos e os direitos relacionados à escolha dos tratamentos prescritos vêm ganhando espaço na literatura. Este artigo deriva de uma pesquisa qualitativa na qual se interveio em 10 serviços de saúde (Atenção Primária e Secundária) de dois municípios (Campinas e Amparo, SP). Seguindo os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira de incluir os usuários nas decisões dos seus tratamentos, utilizou-se a gestão autônoma da medicação (GAM) como estratégia de intervenção; ela é originária do Canadá, e propõe “empoderar” usuários quanto ao uso de medicamentos em seus projetos terapêuticos. Este trabalho avalia a percepção dos trabalhadores que moderaram grupos de GAM. A partir de entrevistas semiestruturadas com esses moderadores, antes e depois da intervenção, construíram-se narrativas sob os preceitos da hermenêutica gadameriana. Os trabalhadores que experimentaram a estratégia assumiram papel mais crítico quanto a suas práticas clínicas, e identificaram, na metodologia horizontal, grupal e direcionada para a escuta de valorização da voz dos usuários, uma experiência capaz de promover uma clínica mais flexível e propícia à construção conjunta de ações. A experimentação da GAM nesta pesquisa permitiu analisá-la em relação a outros referenciais brasileiros da saúde coletiva, como a educação popular e a medicina centrada na pessoa, operando uma interessante hibridação cultural.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"57 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126291079","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-01DOI: 10.1590/s0104-12902019170995
A. Beiras, Marcos Nascimento, Caio Incrocci
Resumo A violência contra mulheres é considerada um grave problema de saúde pública, uma violação dos direitos em todo o mundo. Como parte das políticas de enfrentamento a esse tipo de violência, a Lei Maria da Penha prevê a participação de homens autores de violência (HAV) em programas de atenção cuja atuação principal é a realização de grupos reflexivos. Este artigo apresenta um mapeamento de programas para HAV no Brasil realizado entre 2015 e 2016. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva realizada em dois momentos. No primeiro, foram localizados 41 programas das cinco regiões do país, dos quais 26 responderam um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram analisados segundo quatro categorias: estrutura do programa, metodologia empregada, monitoramento e avaliação e resultados e desafios. No segundo momento, foram analisados outros mapeamentos de programas brasileiros e internacionais com HAV, além de documentos nacionais e internacionais que sugerem diretrizes para sua execução. Notou-se semelhanças entre os programas encontrados e os documentos analisados, como o vínculo das iniciativas com instâncias governamentais, fundamentação nas teorias de gênero e modalidade de intervenções em grupo. A partir do diálogo entre outros mapeamentos, estudos apresentados e resultados encontrados, sugere-se diretrizes mínimas para a realização de grupos reflexivos.
{"title":"Programas de atenção a homens autores de violência contra as mulheres: um panorama das intervenções no Brasil","authors":"A. Beiras, Marcos Nascimento, Caio Incrocci","doi":"10.1590/s0104-12902019170995","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902019170995","url":null,"abstract":"Resumo A violência contra mulheres é considerada um grave problema de saúde pública, uma violação dos direitos em todo o mundo. Como parte das políticas de enfrentamento a esse tipo de violência, a Lei Maria da Penha prevê a participação de homens autores de violência (HAV) em programas de atenção cuja atuação principal é a realização de grupos reflexivos. Este artigo apresenta um mapeamento de programas para HAV no Brasil realizado entre 2015 e 2016. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva realizada em dois momentos. No primeiro, foram localizados 41 programas das cinco regiões do país, dos quais 26 responderam um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os dados foram analisados segundo quatro categorias: estrutura do programa, metodologia empregada, monitoramento e avaliação e resultados e desafios. No segundo momento, foram analisados outros mapeamentos de programas brasileiros e internacionais com HAV, além de documentos nacionais e internacionais que sugerem diretrizes para sua execução. Notou-se semelhanças entre os programas encontrados e os documentos analisados, como o vínculo das iniciativas com instâncias governamentais, fundamentação nas teorias de gênero e modalidade de intervenções em grupo. A partir do diálogo entre outros mapeamentos, estudos apresentados e resultados encontrados, sugere-se diretrizes mínimas para a realização de grupos reflexivos.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126169396","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-01DOI: 10.1590/s0104-12902019170543
J. F. Almeida, M. F. Peres, Thais Lima Fonseca
Resumo No contexto da atenção primária à saúde, a violência urbana é um desafio que tem impactado diretamente o setor por conta da localização geográfica dos equipamentos de saúde em áreas de vulnerabilidade e da maior interação dos trabalhadores com situações que colocam em perigo, implícita ou explicitamente, sua segurança. O artigo discute as implicações desse fenômeno no trabalho e na construção dos vínculos estabelecidos entre os agentes comunitários de saúde (ACS) com a população em um território. Foi utilizada a metodologia qualitativa e o referencial teórico das representações sociais para compreender como a execução das políticas de saúde se concretiza no cotidiano à luz das interações, dos conflitos e das decisões que permeiam os contatos com o público na produção do serviço. Como resultado, destacamos que a violência e as representações em torno desta interferem na produção de estratégias de promoção e prevenção e na produção dos vínculos, tornando os canais de negociações mais restritos. É fundamental que o processo de trabalho das equipes de saúde esteja fortalecido com discussões e articulação em rede na minimização dos riscos individuais sobre seus trabalhadores e como possibilidade de efetivação dos pressupostos da integralidade do cuidado e redução das iniquidades.
{"title":"O território e as implicações da violência urbana no processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde em uma unidade básica","authors":"J. F. Almeida, M. F. Peres, Thais Lima Fonseca","doi":"10.1590/s0104-12902019170543","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902019170543","url":null,"abstract":"Resumo No contexto da atenção primária à saúde, a violência urbana é um desafio que tem impactado diretamente o setor por conta da localização geográfica dos equipamentos de saúde em áreas de vulnerabilidade e da maior interação dos trabalhadores com situações que colocam em perigo, implícita ou explicitamente, sua segurança. O artigo discute as implicações desse fenômeno no trabalho e na construção dos vínculos estabelecidos entre os agentes comunitários de saúde (ACS) com a população em um território. Foi utilizada a metodologia qualitativa e o referencial teórico das representações sociais para compreender como a execução das políticas de saúde se concretiza no cotidiano à luz das interações, dos conflitos e das decisões que permeiam os contatos com o público na produção do serviço. Como resultado, destacamos que a violência e as representações em torno desta interferem na produção de estratégias de promoção e prevenção e na produção dos vínculos, tornando os canais de negociações mais restritos. É fundamental que o processo de trabalho das equipes de saúde esteja fortalecido com discussões e articulação em rede na minimização dos riscos individuais sobre seus trabalhadores e como possibilidade de efetivação dos pressupostos da integralidade do cuidado e redução das iniquidades.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116905172","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo Este trabalho discute características do subprograma da saúde bucal do programa Uruguai Trabaja (UT), em Montevidéu, e identifica os tratamentos odontológicos iniciados, completados e abandonados de 2008 a 2015. Por meio de análise documental, o UT é discutido a partir de dois níveis categóricos. O primeiro refere-se ao contexto macrossocial, relacionando-se à expansão da cobertura da assistência odontológica integrada nos sistemas de proteção social, enquanto o segundo se origina da observação sistemática da assistência odontológica inserida em programas de acompanhamento social. UT é um programa social anual de nove meses de duração dirigido a pessoas de 18 a 65 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica e desempregadas há muito tempo. Seu propósito é melhorar a empregabilidade e a integração social dos participantes. Assistência odontológica integral é um dos benefícios do programa, a qual não é disponibilizada pelo Sistema Nacional Integrado de Saúde. Dos 2.592 tratamentos odontológicos iniciados, 941 (36,3%) não chegaram ao final. Programas focalizados como o UT, enquanto dispositivos de proteção social, devem estar articulados funcionalmente a políticas sociais universais que devem responder adequadamente as necessidades da população. A saúde bucal, nesse contexto, deve ser incluída no Sistema Nacional Integrado de Saúde do Uruguai, garantindo o direito à saúde.
{"title":"Assistência odontológica em programas sociais para populações socialmente vulneráveis na perspectiva do programa Uruguay Trabaja","authors":"Silvana Blanco, Carolina González Laurino, Ramona Fernanda Ceriotti Toassi, Claídes Abegg","doi":"10.1590/s0104-12902018180433","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902018180433","url":null,"abstract":"Resumo Este trabalho discute características do subprograma da saúde bucal do programa Uruguai Trabaja (UT), em Montevidéu, e identifica os tratamentos odontológicos iniciados, completados e abandonados de 2008 a 2015. Por meio de análise documental, o UT é discutido a partir de dois níveis categóricos. O primeiro refere-se ao contexto macrossocial, relacionando-se à expansão da cobertura da assistência odontológica integrada nos sistemas de proteção social, enquanto o segundo se origina da observação sistemática da assistência odontológica inserida em programas de acompanhamento social. UT é um programa social anual de nove meses de duração dirigido a pessoas de 18 a 65 anos em situação de vulnerabilidade socioeconômica e desempregadas há muito tempo. Seu propósito é melhorar a empregabilidade e a integração social dos participantes. Assistência odontológica integral é um dos benefícios do programa, a qual não é disponibilizada pelo Sistema Nacional Integrado de Saúde. Dos 2.592 tratamentos odontológicos iniciados, 941 (36,3%) não chegaram ao final. Programas focalizados como o UT, enquanto dispositivos de proteção social, devem estar articulados funcionalmente a políticas sociais universais que devem responder adequadamente as necessidades da população. A saúde bucal, nesse contexto, deve ser incluída no Sistema Nacional Integrado de Saúde do Uruguai, garantindo o direito à saúde.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124430902","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-01DOI: 10.1590/s0104-12902018170430
António Pedro Delgado, Sónia Dias, A. Tolentino, Giuliano Russo, P. Ferrinho
Resumo Cabo Verde é um dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento do mundo, com especificidades e desafios próprios. Independente há 43 anos, com meio milhão de habitantes, a formação dos seus médicos tem sido feita no exterior, incrementando a força de trabalho do país, mas não o suficiente, em número e diferenciação, para sustentar os desafios da saúde, nomeadamente a extensão da cobertura universal. Em 2015 as autoridades decidiram implantar a educação médica local, tornando necessário reformular a Política de Educação Médica enquanto política de educação e de saúde, envolvendo os vários atores, organizações e instituições. O objetivo deste artigo é analisar a percepção de vários informantes-chave sobre a implantação da educação médica em Cabo Verde e propor subsídios à reformulação da sua Política de Educação Médica. Um estudo qualitativo que resulta da análise de conteúdo de entrevistas e discussões em grupo, bem como de notícias na media cabo-verdiana, identificou elementos-chave da reformulação de políticas em termos de conteúdo, contexto, processos e principais atores envolvidos na reconsideração do curso de medicina. Os entrevistados consideraram essencial ter uma política de educação médica envolvente que oriente o desenvolvimento do curso e identifique os principais impulsionadores de sua implementação.
{"title":"Evolução da Política de Educação Médica em Cabo Verde","authors":"António Pedro Delgado, Sónia Dias, A. Tolentino, Giuliano Russo, P. Ferrinho","doi":"10.1590/s0104-12902018170430","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170430","url":null,"abstract":"Resumo Cabo Verde é um dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento do mundo, com especificidades e desafios próprios. Independente há 43 anos, com meio milhão de habitantes, a formação dos seus médicos tem sido feita no exterior, incrementando a força de trabalho do país, mas não o suficiente, em número e diferenciação, para sustentar os desafios da saúde, nomeadamente a extensão da cobertura universal. Em 2015 as autoridades decidiram implantar a educação médica local, tornando necessário reformular a Política de Educação Médica enquanto política de educação e de saúde, envolvendo os vários atores, organizações e instituições. O objetivo deste artigo é analisar a percepção de vários informantes-chave sobre a implantação da educação médica em Cabo Verde e propor subsídios à reformulação da sua Política de Educação Médica. Um estudo qualitativo que resulta da análise de conteúdo de entrevistas e discussões em grupo, bem como de notícias na media cabo-verdiana, identificou elementos-chave da reformulação de políticas em termos de conteúdo, contexto, processos e principais atores envolvidos na reconsideração do curso de medicina. Os entrevistados consideraram essencial ter uma política de educação médica envolvente que oriente o desenvolvimento do curso e identifique os principais impulsionadores de sua implementação.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128100903","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-01DOI: 10.1590/S0104-12902018170253
Ana Paula Myszczuk, J. Meirelles
Resumo Analisa-se a possibilidade de repartição de benefícios econômicos decorrentes de biopatentes advindas de pesquisas genéticas com seres humanos. Parte da pergunta: qual o cenário atual da repartição de benefícios econômicos das biopatentes decorrentes de pesquisas genéticas com seres humanos e as perspectivas para a saúde pública no Brasil? O objetivo principal é delinear um panorama atual sobre o tema, internacionalmente e no Brasil, bem como estabelecer prognóstico das possibilidades para a saúde pública no país. Para tanto, utiliza os procedimentos da pesquisa bibliográfica e documental. Apresenta experiências de outros países, como possível base para análise de direitos econômicos dos pesquisadores e a manutenção de um sistema sustentável de saúde pública. Nacionalmente, conclui que a Lei de Acesso à Biodiversidade é um caminho possível, uma vez que determina que a repartição de benefícios econômicos ocorra somente em caso de exploração comercial do invento e não com o depósito da biopatente. Como resultado principal, conclui que, em virtude da necessidade da concretização do direito humano ao acesso à saúde, pensar a possibilidade de repartição de benefícios econômicos decorrentes de biopatentes é uma questão de saúde pública e da construção de um sistema público de saúde universal e sustentável.
{"title":"Pesquisa genética com seres humanos e repartição de benefícios econômicos decorrentes de biopatentes: perspectivas biojurídicas para políticas de saúde pública no Brasil","authors":"Ana Paula Myszczuk, J. Meirelles","doi":"10.1590/S0104-12902018170253","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/S0104-12902018170253","url":null,"abstract":"Resumo Analisa-se a possibilidade de repartição de benefícios econômicos decorrentes de biopatentes advindas de pesquisas genéticas com seres humanos. Parte da pergunta: qual o cenário atual da repartição de benefícios econômicos das biopatentes decorrentes de pesquisas genéticas com seres humanos e as perspectivas para a saúde pública no Brasil? O objetivo principal é delinear um panorama atual sobre o tema, internacionalmente e no Brasil, bem como estabelecer prognóstico das possibilidades para a saúde pública no país. Para tanto, utiliza os procedimentos da pesquisa bibliográfica e documental. Apresenta experiências de outros países, como possível base para análise de direitos econômicos dos pesquisadores e a manutenção de um sistema sustentável de saúde pública. Nacionalmente, conclui que a Lei de Acesso à Biodiversidade é um caminho possível, uma vez que determina que a repartição de benefícios econômicos ocorra somente em caso de exploração comercial do invento e não com o depósito da biopatente. Como resultado principal, conclui que, em virtude da necessidade da concretização do direito humano ao acesso à saúde, pensar a possibilidade de repartição de benefícios econômicos decorrentes de biopatentes é uma questão de saúde pública e da construção de um sistema público de saúde universal e sustentável.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116677693","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-01DOI: 10.1590/s0104-12902018180974
Patrícia Martins Montanari
Resumo Este artigo revisa as transformações no ensino médico e no ensino da saúde, impulsionadas, de um lado, pela reforma sanitária e consolidação do Sistema Único de Saúde e, de outro, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, que fomentaram a interdisciplinaridade, a interprofissionalidade e a intersetorialidade das políticas indutoras para a consolidação da Educação Interprofissional em saúde (EIP). Nesse percurso destacam-se as contribuições da professora Regina Marsiglia, tanto em suas produções como em sua militância, na incansável articulação entre teoria e prática.
{"title":"Formação para o trabalho no ensino das graduações em saúde","authors":"Patrícia Martins Montanari","doi":"10.1590/s0104-12902018180974","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902018180974","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo revisa as transformações no ensino médico e no ensino da saúde, impulsionadas, de um lado, pela reforma sanitária e consolidação do Sistema Único de Saúde e, de outro, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, que fomentaram a interdisciplinaridade, a interprofissionalidade e a intersetorialidade das políticas indutoras para a consolidação da Educação Interprofissional em saúde (EIP). Nesse percurso destacam-se as contribuições da professora Regina Marsiglia, tanto em suas produções como em sua militância, na incansável articulação entre teoria e prática.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132221478","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-07-01DOI: 10.1590/S0104-12902018180550
Jérémy Geeraert
Résumé Cet article analyse la prise en charge de la pauvreté à l’hôpital public. Il prend l’exemple des Permanences d’accès aux soins de santé (PASS), structure hospitalière qui prend en charge des personnes connaissant des difficultés d’accès aux soins dans le système de santé français. Il s’appuie sur une enquête empirique issue d’un travail de thèse en sociologie. L’enquête mêle observations participantes et entretiens semi-directifs (n=49) et a été réalisée dans 16 PASS différentes. Sur un plan théorique, l’article met en miroir les travaux sur les métamorphoses de la question sociale et une perspective biopolitique d’inspiration foucaldienne. La prise en charge des populations en marge du système de santé par une institution publique (l’hôpital) est considérée comme agissant dans des domaines qui dépassent le strict traitement de la maladie pour entrer dans ceux de la régulation sociale, la protection de la santé publique ou la réalisation de droits humains. Dans le cas des PASS, l’article montre la construction d’une biopolitique de la migration autour d’un bricolage compliqué qui mêle citoyenneté, politiques économiques, politiques de santé publique et accès aux soins. Le mode d’exercice du pouvoir se caractérise par un gouvernement par le bas qui est réalisé par les professionnels de terrain lors des interactions avec les patients et met en scène une économie morale basée sur des représentations de ce qui est bon et mauvais pour la société.
本文分析了公立医院的贫困管理。他以Permanences d ' acces aux soins de sante (PASS)为例,这是一家医院,为在法国卫生系统中难以获得医疗服务的人提供服务。它是基于一篇社会学论文的实证研究。该调查包括参与者观察和半指导性访谈(n=49),在16个不同的PASS中进行。在理论层面,这篇文章反映了关于社会问题变形的工作和福柯式的生物政治视角。人民当家作主制度之外的公共卫生机构(医院)被认为是活跃在疾病治疗领域超出严格以进入那些社会监管、保护公共健康或实现人权。在PASS的案例中,本文展示了围绕公民身份、经济政策、公共卫生政策和获得医疗保健的复杂拼凑构建的移民生物政治。执政方式的特点是政府由上落,由专业人员进行现场互动与患者及正在舞台上表演的一个基于道义经济社会产生什么是对和错。
{"title":"La prise en charge par l’hôpital des populations à la marge du système de santé en France : l’exemple des Permanences d’accès aux soins de santé","authors":"Jérémy Geeraert","doi":"10.1590/S0104-12902018180550","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/S0104-12902018180550","url":null,"abstract":"Résumé Cet article analyse la prise en charge de la pauvreté à l’hôpital public. Il prend l’exemple des Permanences d’accès aux soins de santé (PASS), structure hospitalière qui prend en charge des personnes connaissant des difficultés d’accès aux soins dans le système de santé français. Il s’appuie sur une enquête empirique issue d’un travail de thèse en sociologie. L’enquête mêle observations participantes et entretiens semi-directifs (n=49) et a été réalisée dans 16 PASS différentes. Sur un plan théorique, l’article met en miroir les travaux sur les métamorphoses de la question sociale et une perspective biopolitique d’inspiration foucaldienne. La prise en charge des populations en marge du système de santé par une institution publique (l’hôpital) est considérée comme agissant dans des domaines qui dépassent le strict traitement de la maladie pour entrer dans ceux de la régulation sociale, la protection de la santé publique ou la réalisation de droits humains. Dans le cas des PASS, l’article montre la construction d’une biopolitique de la migration autour d’un bricolage compliqué qui mêle citoyenneté, politiques économiques, politiques de santé publique et accès aux soins. Le mode d’exercice du pouvoir se caractérise par un gouvernement par le bas qui est réalisé par les professionnels de terrain lors des interactions avec les patients et met en scène une économie morale basée sur des représentations de ce qui est bon et mauvais pour la société.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"125 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121942237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-06-01DOI: 10.1590/s0104-12902018170771
A. L. S. Silva Junior
Resumo Este artigo objetiva analisar os discursos de gênero construídos em torno das chamadas “cirurgias de feminização facial” tanto pelo discurso científico biomédico como por clínicas que oferecem tais procedimentos, os quais têm se tornado bastante populares entre travestis e mulheres transexuais. A partir de levantamento bibliográfico feito no website Google Acadêmico, inicialmente analiso artigos científicos do campo biomédico que buscam construir uma noção de gênero - ou uma identificação de gênero - por meio do conjunto dos traços faciais. Essa literatura biomédica fornece as bases a partir das quais profissionais e clínicas médicas construirão discursos e práticas acerca da “necessidade” e, por conseguinte, de um desejo desse tipo de intervenção para travestis e mulheres transexuais. Na sequência, analiso como tal discurso é encarnado (embodied) na descrição e na técnica dos procedimentos cirúrgicos da dita feminização facial a partir de material etnográfico de tese de doutorado sobre o Miss T Brasil, concurso de beleza voltado para travestis e mulheres transexuais. Os resultados demonstram que tanto o saber biomédico como as práticas em torno de tais cirurgias se pautam em ideais de constituição de uma “naturalidade” nos traços faciais e preservação de uma identidade reconhecida como pessoal. Constrói-se e visibiliza-se, assim, determinada feminilidade para travestis e mulheres transexuais que tanto parece corresponder a desejos pessoais de se alcançar um ideal normativo e socialmente validado de feminino, ao mesmo tempo que se promoveria o encobrimento de um estigma ao se permitir que elas “passem por” mulher em uma relação social ordinária.
{"title":"Feminização, estigma e o gênero facializado: a construção moral do gênero feminino por meio de cirurgias de feminização facial para travestis e mulheres transexuais","authors":"A. L. S. Silva Junior","doi":"10.1590/s0104-12902018170771","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170771","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo objetiva analisar os discursos de gênero construídos em torno das chamadas “cirurgias de feminização facial” tanto pelo discurso científico biomédico como por clínicas que oferecem tais procedimentos, os quais têm se tornado bastante populares entre travestis e mulheres transexuais. A partir de levantamento bibliográfico feito no website Google Acadêmico, inicialmente analiso artigos científicos do campo biomédico que buscam construir uma noção de gênero - ou uma identificação de gênero - por meio do conjunto dos traços faciais. Essa literatura biomédica fornece as bases a partir das quais profissionais e clínicas médicas construirão discursos e práticas acerca da “necessidade” e, por conseguinte, de um desejo desse tipo de intervenção para travestis e mulheres transexuais. Na sequência, analiso como tal discurso é encarnado (embodied) na descrição e na técnica dos procedimentos cirúrgicos da dita feminização facial a partir de material etnográfico de tese de doutorado sobre o Miss T Brasil, concurso de beleza voltado para travestis e mulheres transexuais. Os resultados demonstram que tanto o saber biomédico como as práticas em torno de tais cirurgias se pautam em ideais de constituição de uma “naturalidade” nos traços faciais e preservação de uma identidade reconhecida como pessoal. Constrói-se e visibiliza-se, assim, determinada feminilidade para travestis e mulheres transexuais que tanto parece corresponder a desejos pessoais de se alcançar um ideal normativo e socialmente validado de feminino, ao mesmo tempo que se promoveria o encobrimento de um estigma ao se permitir que elas “passem por” mulher em uma relação social ordinária.","PeriodicalId":365988,"journal":{"name":"Saúde e Sociedade","volume":"2016 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128114866","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}