Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p22-34
Marina Miraglia
El estudio y análisis del ambiente en las últimas décadas y a nivel global, ha cobrado centralidad en las ciencias sociales y humanas, recientemente denominadas Humanidades Ambientales, tales como la Sociología, el Urbanismo, la Economía, la Antropología y la Arqueología, y especialmente la Geografía y la Historia, y dentro de ésta, la Historia Ambiental. Del análisis historiográfico de las principales producciones académicas latinoamericanas de los últimos años, se observa el uso extendido de la Cartografía Histórica y la Toponimia, como fuentes de datos secundarios en investigaciones geográficas e históricas, al mismo tiempo que, en la Historia Ambiental, son recientes y escasas sus aplicaciones. En este artículo, el principal objetivo es presentar los aportes de la Cartografía Histórica y la Toponimia como fuentes de datos históricos en el análisis e interpretación, en el marco de la Historia Ambiental, las relaciones territoriales y ambientales producidas entre los sistemas político, socio económicos, culturales y naturales. Para una mejor comprensión de la importancia del uso de estas fuentes, se ejemplifican algunas aplicaciones de la Toponimia y Cartografía Histórica en la Historia Ambiental, a través de una selección de trabajos realizados en Argentina, Colombia, México y Chile en la última década.
{"title":"Usos de la Cartografía Histórica y la Toponimia en la Historia Ambiental Latinoamericana","authors":"Marina Miraglia","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p22-34","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p22-34","url":null,"abstract":"El estudio y análisis del ambiente en las últimas décadas y a nivel global, ha cobrado centralidad en las ciencias sociales y humanas, recientemente denominadas Humanidades Ambientales, tales como la Sociología, el Urbanismo, la Economía, la Antropología y la Arqueología, y especialmente la Geografía y la Historia, y dentro de ésta, la Historia Ambiental. \u0000Del análisis historiográfico de las principales producciones académicas latinoamericanas de los últimos años, se observa el uso extendido de la Cartografía Histórica y la Toponimia, como fuentes de datos secundarios en investigaciones geográficas e históricas, al mismo tiempo que, en la Historia Ambiental, son recientes y escasas sus aplicaciones. \u0000En este artículo, el principal objetivo es presentar los aportes de la Cartografía Histórica y la Toponimia como fuentes de datos históricos en el análisis e interpretación, en el marco de la Historia Ambiental, las relaciones territoriales y ambientales producidas entre los sistemas político, socio económicos, culturales y naturales. \u0000Para una mejor comprensión de la importancia del uso de estas fuentes, se ejemplifican algunas aplicaciones de la Toponimia y Cartografía Histórica en la Historia Ambiental, a través de una selección de trabajos realizados en Argentina, Colombia, México y Chile en la última década.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48201180","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p35-46
P. Jacobi, Marcos Tavares de Arruda Filho, Bruno de Pierro
O sexto relatório do IPCC trouxe um forte alerta para a questão climática no mundo. O aviso chega em um cenário de desastres naturais que se espalharam ao redor do mundo nos últimos meses. A complexidade desse processo de transformação de um planeta, não apenas crescentemente ameaçado, mas também diretamente afetado pelos riscos socioambientais e seus danos, é cada vez mais notória. A emergência climática foi uma das grandes pautas de 2021, marcando importantes eventos internacionais relacionados à temática. Na América Latina e no Caribe, as inundações são o tipo de desastre mais comum desde o ano 2000. O debate sobre justiça e desigualdades sociais relacionadas às mudanças climáticas se intensificou ao longo da última década, devido à crescente incidência de eventos climáticos extremos. A injustiça climática advém da exposição de populações pobres a alterações climáticas criadas e exacerbadas pela atividade degenerativa humana. No Brasil, aproximadamente 85% dos desastres naturais estão relacionados às chuvas ou à falta delas. O país apresenta um histórico de tragédias climáticas relacionadas a esse desequilíbrio hídrico. A construção de uma justiça climática brasileira se faz necessária por meio da criação de políticas públicas e de planos de ação nesse sentido.
{"title":"Ambiente e Sociedade em Tempos de Emergência Climática: Do Resgate Histórico ao Momento Atual","authors":"P. Jacobi, Marcos Tavares de Arruda Filho, Bruno de Pierro","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p35-46","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p35-46","url":null,"abstract":"O sexto relatório do IPCC trouxe um forte alerta para a questão climática no mundo. O aviso chega em um cenário de desastres naturais que se espalharam ao redor do mundo nos últimos meses. A complexidade desse processo de transformação de um planeta, não apenas crescentemente ameaçado, mas também diretamente afetado pelos riscos socioambientais e seus danos, é cada vez mais notória. A emergência climática foi uma das grandes pautas de 2021, marcando importantes eventos internacionais relacionados à temática. Na América Latina e no Caribe, as inundações são o tipo de desastre mais comum desde o ano 2000. O debate sobre justiça e desigualdades sociais relacionadas às mudanças climáticas se intensificou ao longo da última década, devido à crescente incidência de eventos climáticos extremos. A injustiça climática advém da exposição de populações pobres a alterações climáticas criadas e exacerbadas pela atividade degenerativa humana. No Brasil, aproximadamente 85% dos desastres naturais estão relacionados às chuvas ou à falta delas. O país apresenta um histórico de tragédias climáticas relacionadas a esse desequilíbrio hídrico. A construção de uma justiça climática brasileira se faz necessária por meio da criação de políticas públicas e de planos de ação nesse sentido.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45384811","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p98-117
T. Amadeo, Alexandro Solórzano
Cada vez mais o Antropoceno está em voga. O que isso quer dizer em termos políticos e socioambientais? A dicotomia simbólica e material entre sociedade-natureza exerce um papel fundamental na crise ecológica que enfrentamos. O momento nos convida a um olhar mais integrado entre natureza e cultura e faz-se necessário o resgate de narrativas em que o ser humano se perceba natureza. Perspectivas espirituais da natureza podem contribuir para o enaltecimento de narrativas éticas em que a natureza seja concebida como sagrada e, por isso, protegida. Na academia, as humanidades ambientais surgem nos últimos anos como um encontro de diferentes rotas epistemológicas que valorizam uma visão mais integrada de humanos e não humanos. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo apresentar o debate da ecologia espiritual no contexto das humanidades ambientais no antropoceno como uma das possíveis formas de superar a dicotomia moderna ser humano x natureza. Resgatamos pontos principais sobre a ecologia espiritual, enaltecemos o animismo como posicionamento capaz de reconfigurar nosso olhar para a natureza, criticamos o modelo atual de conservação e trazemos a proposta dos Sítios Naturais Sagrados como alternativa. Por fim, trazemos a paisagem como unidade de análise que nos permite observar relações espirituais naturezas-culturas conectando dimensões do aqui e do além.
{"title":"Ecologias Espirituais: Relação entre Espiritualidade e Conservação da Sociobiodiversidade","authors":"T. Amadeo, Alexandro Solórzano","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p98-117","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p98-117","url":null,"abstract":"Cada vez mais o Antropoceno está em voga. O que isso quer dizer em termos políticos e socioambientais? A dicotomia simbólica e material entre sociedade-natureza exerce um papel fundamental na crise ecológica que enfrentamos. O momento nos convida a um olhar mais integrado entre natureza e cultura e faz-se necessário o resgate de narrativas em que o ser humano se perceba natureza. Perspectivas espirituais da natureza podem contribuir para o enaltecimento de narrativas éticas em que a natureza seja concebida como sagrada e, por isso, protegida. Na academia, as humanidades ambientais surgem nos últimos anos como um encontro de diferentes rotas epistemológicas que valorizam uma visão mais integrada de humanos e não humanos. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo apresentar o debate da ecologia espiritual no contexto das humanidades ambientais no antropoceno como uma das possíveis formas de superar a dicotomia moderna ser humano x natureza. Resgatamos pontos principais sobre a ecologia espiritual, enaltecemos o animismo como posicionamento capaz de reconfigurar nosso olhar para a natureza, criticamos o modelo atual de conservação e trazemos a proposta dos Sítios Naturais Sagrados como alternativa. Por fim, trazemos a paisagem como unidade de análise que nos permite observar relações espirituais naturezas-culturas conectando dimensões do aqui e do além.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46662397","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p188-201
C. A. Sampaio, Liliane Cristine Schlemer Alcântara, Iransé Oliveira Silva, Mauro Vicenzo Bona Cioce Sampaio, P. Alcântara
Desenvolvimento à escala humana é tema intrigante, sobretudo em tempos de Pandemia, enquanto possibilidade para (re)pensar modos de vida que sejam alternativos a sociedade de consumo. Objetiva-se revisitar a teoria do Desenvolvimento à escala humana, para tratar da arte, atividade física e alimentação, enquanto satisfatores sinérgicos das necessidades humanas fundamentais. Trata-se de um ensaio teórico, valendo-se de ilustração empírica, como bem fazia o idealizador do Desenvolvimento à escala humana, Manfred Max-Neef e seus dois colaboradores, Antônio Elizalde e Martin Hopenhayn. Arte pode representar emoções e sentimentos latentes de uma sociedade que resiste a ótica do mercado. Atividade física realizada na natureza e alimentação, ambos representam elementos da saúde integrativa, e que previnem níveis de stress desbalanceados, o que evita patologias decorrentes de um um estilo fast de vida, em decorrência da sociedade de consumo. Desenvolvimento à escala humana pode, então, estabelecer-se como estratégia de promoção de bem viver, no que se refere as suas vertentes do bem estar social e ecologismo.
{"title":"Desenvolvimento à Escala Humana (DEH). Perspectivas para Pensar a Arte, Atividade Física e Alimentação Enquanto Satisfatores Sinérgicos","authors":"C. A. Sampaio, Liliane Cristine Schlemer Alcântara, Iransé Oliveira Silva, Mauro Vicenzo Bona Cioce Sampaio, P. Alcântara","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p188-201","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p188-201","url":null,"abstract":"Desenvolvimento à escala humana é tema intrigante, sobretudo em tempos de Pandemia, enquanto possibilidade para (re)pensar modos de vida que sejam alternativos a sociedade de consumo. Objetiva-se revisitar a teoria do Desenvolvimento à escala humana, para tratar da arte, atividade física e alimentação, enquanto satisfatores sinérgicos das necessidades humanas fundamentais. Trata-se de um ensaio teórico, valendo-se de ilustração empírica, como bem fazia o idealizador do Desenvolvimento à escala humana, Manfred Max-Neef e seus dois colaboradores, Antônio Elizalde e Martin Hopenhayn. Arte pode representar emoções e sentimentos latentes de uma sociedade que resiste a ótica do mercado. Atividade física realizada na natureza e alimentação, ambos representam elementos da saúde integrativa, e que previnem níveis de stress desbalanceados, o que evita patologias decorrentes de um um estilo fast de vida, em decorrência da sociedade de consumo. Desenvolvimento à escala humana pode, então, estabelecer-se como estratégia de promoção de bem viver, no que se refere as suas vertentes do bem estar social e ecologismo.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46699972","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p156-175
Haruf Salmen Espindola, Maria Terezinha Bretas Vilarino, Bianca de Jesus Souza, Iesmy Elisa Gomes Mifarreg
O artigo parte da contação da expansão da história ambiental produzida no Brasil e sua centralidade em enredos trágicos, para redirecionar o olhar para aqueles que teimaram em ir contra a correnteza. Usa os estudos de casos para demonstrar a relevância de a história ambiental voltar-se com mais intensidade para a temática da conservação, restauração e recuperação ecológico/ambiental. Os estudos de casos são utilizados para estimular o redirecionamento do olhar do historiador ambiental para além da perspectiva trágica de devastação e colapso. Este artigo se propõe a apresentar três casos relacionados a iniciativas não-governamentais de conservação, restauração e recuperação no médio rio Doce/MG. No primeiro apresentamos a Reserva Privada de Patrimônio Natural – RPPN – Feliciano Miguel Abdala, no município de Caratinga; em seguida a experiência de restauração RPPN Fazenda Bulcão pelo Instituto Terra; e, finalmente, o esforço da ONG Centro Agroecológico Tamanduá da e recuperação de áreas degradadas, com destaque para a Comunidade Quilombola de Ilha Funda, no município de Periquito.
这篇文章从巴西环境史的扩展及其在悲剧情节中的中心地位开始,将目光转向那些顽固逆流的人。它利用案例研究来证明环境史更强烈地转向保护、恢复和生态/环境恢复主题的相关性。案例研究被用来刺激环境历史学家将目光转向破坏和崩溃的悲剧视角之外。本文提出了三个与Doce河/MG中游非政府组织的保护、恢复和恢复举措有关的案例。首先,我们介绍了卡拉廷加市的私人自然遗产保护区——RPPN——Feliciano Miguel Abdala;然后是Terra研究所的RPPN Bulcão农场修复经验;最后,非政府组织Tamanduáda农业生态中心的努力和退化地区的恢复,特别是帕拉基托市Ilha Funda的Quilombola社区。
{"title":"Contra a Correnteza: Conservação, Restauração e Recuperação Ambiental no Vale do Rio Doce","authors":"Haruf Salmen Espindola, Maria Terezinha Bretas Vilarino, Bianca de Jesus Souza, Iesmy Elisa Gomes Mifarreg","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p156-175","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p156-175","url":null,"abstract":"O artigo parte da contação da expansão da história ambiental produzida no Brasil e sua centralidade em enredos trágicos, para redirecionar o olhar para aqueles que teimaram em ir contra a correnteza. Usa os estudos de casos para demonstrar a relevância de a história ambiental voltar-se com mais intensidade para a temática da conservação, restauração e recuperação ecológico/ambiental. Os estudos de casos são utilizados para estimular o redirecionamento do olhar do historiador ambiental para além da perspectiva trágica de devastação e colapso. Este artigo se propõe a apresentar três casos relacionados a iniciativas não-governamentais de conservação, restauração e recuperação no médio rio Doce/MG. No primeiro apresentamos a Reserva Privada de Patrimônio Natural – RPPN – Feliciano Miguel Abdala, no município de Caratinga; em seguida a experiência de restauração RPPN Fazenda Bulcão pelo Instituto Terra; e, finalmente, o esforço da ONG Centro Agroecológico Tamanduá da e recuperação de áreas degradadas, com destaque para a Comunidade Quilombola de Ilha Funda, no município de Periquito.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48427389","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p176-187
J. Vasconcelos, Eunice Maria Nazarethe Nonato, Renata Bernardes Faria Campos, E. Nodari
Este artigo discute, a partir do ocorrido em 5 de novembro de 2015, envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Mineradora Samarco S.A., uma joint-venture das empresas Vale S.A. e BHp Billiton, o desastre sociotécnico que se configura como expressão do risco na modernidade. A partir da ótica de autores como Giddens e Ulrich Beck refletimos sobre a relação entre risco e desastre na modernidade. A onda de rejeitos provocada por este rompimento causou incontáveis impactos socioeconômicos e ambientais na bacia do Rio Doce, atingiu drasticamente ecossistemas e habitantes dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Este desastre se constitui, portanto, como uma manifestação dos riscos imbricados no processo de construção das sociedades e evidencia que os desastres ambientais são indicadores das profundas transformações das relações entre o homem e seu entorno. Neste sentido, conclui-se que as questões ecológicas e ambientais constituem pauta urgente para as políticas públicas e que a luta e a resistência das comunidades atingidas são mecanismos importantes para que o desastre e os impactos provocados por ele não sejam esquecidos.
{"title":"Quando a Lama Encobre os Horizontes: Uma reflexão Sobre os Riscos na Modernidade","authors":"J. Vasconcelos, Eunice Maria Nazarethe Nonato, Renata Bernardes Faria Campos, E. Nodari","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p176-187","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p176-187","url":null,"abstract":"Este artigo discute, a partir do ocorrido em 5 de novembro de 2015, envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Mineradora Samarco S.A., uma joint-venture das empresas Vale S.A. e BHp Billiton, o desastre sociotécnico que se configura como expressão do risco na modernidade. A partir da ótica de autores como Giddens e Ulrich Beck refletimos sobre a relação entre risco e desastre na modernidade. A onda de rejeitos provocada por este rompimento causou incontáveis impactos socioeconômicos e ambientais na bacia do Rio Doce, atingiu drasticamente ecossistemas e habitantes dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Este desastre se constitui, portanto, como uma manifestação dos riscos imbricados no processo de construção das sociedades e evidencia que os desastres ambientais são indicadores das profundas transformações das relações entre o homem e seu entorno. Neste sentido, conclui-se que as questões ecológicas e ambientais constituem pauta urgente para as políticas públicas e que a luta e a resistência das comunidades atingidas são mecanismos importantes para que o desastre e os impactos provocados por ele não sejam esquecidos.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44686007","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p86-97
Claudio de Majo
This article aims to critically contribute to contemporary commons scholarship, using the lenses of the environmental humanities. Linking existing literature on collective action to a vast amount of literature from both the social sciences and the natural sciences could contribute to a new epistemological framework to understand anthropogenic processes of collective action. Both recent biological evolution theories and ontologically oriented philosophical perspectives have insisted on the endemic collaborative nature of coexistence processes as the embodiment of a larger ecological, material, and cultural whole. Looking at these processes through the lenses of coexistence could potentially reshape commons scholarship, overcoming what I define as the “long shadow of Hardinism,” while simultaneously further stimulating dialogue, and hopefully consilience, between the social and natural sciences.
{"title":"Commons and Bio-Cultural Learning: An Environmental Humanities View on Evolution, Materiality and Society","authors":"Claudio de Majo","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p86-97","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p86-97","url":null,"abstract":"This article aims to critically contribute to contemporary commons scholarship, using the lenses of the environmental humanities. Linking existing literature on collective action to a vast amount of literature from both the social sciences and the natural sciences could contribute to a new epistemological framework to understand anthropogenic processes of collective action. Both recent biological evolution theories and ontologically oriented philosophical perspectives have insisted on the endemic collaborative nature of coexistence processes as the embodiment of a larger ecological, material, and cultural whole. Looking at these processes through the lenses of coexistence could potentially reshape commons scholarship, overcoming what I define as the “long shadow of Hardinism,” while simultaneously further stimulating dialogue, and hopefully consilience, between the social and natural sciences.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44897015","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p132-143
Marcos Gerhardt
Aborda a história das sociedades humanas que, no território argentino, se dedicaram à extração, ao beneficiamento e ao comércio da erva-mate (Ilex paraguariensis, St. Hilaire) ou foram consumidores do produto durante a segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Aborda, ainda, os esforços para a conservação dos ervais nativos, que eram parte da floresta e a rápida transformação dessa paisagem em áreas desmatadas designadas aos cultivos agrícolas e ao plantio de ervais. Emprega a abordagem da História Ambiental e utiliza variadas fontes de pesquisa, com destaque para os documentos oficiais, publicações na imprensa periódica e a produção bibliográfica da época. Conclui que a legislação de proteção aos ervais nativos e as políticas públicas foram insuficientes para a sua conservação, prevalecendo os interesses econômicos que levaram à drástica redução dos ervais silvestres no período estudado.
{"title":"Erva-Mate e a Conservação dos Ervais Nativos na Argentina","authors":"Marcos Gerhardt","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p132-143","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p132-143","url":null,"abstract":"Aborda a história das sociedades humanas que, no território argentino, se dedicaram à extração, ao beneficiamento e ao comércio da erva-mate (Ilex paraguariensis, St. Hilaire) ou foram consumidores do produto durante a segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Aborda, ainda, os esforços para a conservação dos ervais nativos, que eram parte da floresta e a rápida transformação dessa paisagem em áreas desmatadas designadas aos cultivos agrícolas e ao plantio de ervais. Emprega a abordagem da História Ambiental e utiliza variadas fontes de pesquisa, com destaque para os documentos oficiais, publicações na imprensa periódica e a produção bibliográfica da época. Conclui que a legislação de proteção aos ervais nativos e as políticas públicas foram insuficientes para a sua conservação, prevalecendo os interesses econômicos que levaram à drástica redução dos ervais silvestres no período estudado.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42640632","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p118-131
G. Tavares, Maria Fernandes Gomide Dutra e Silva, Anderson Dutra e Silva, Allyson Darlan Moreira da Silva, Vívian da Silva Braz, Lucimar Pinheiro Rosseto, Eduardo Argolo, Ricardo Elias do Vale Lima
Este artigo tem por objetivo apresentar relatos de experiência do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGELICA) expondo sobre as práticas de educação ambiental e os processos educativos desenvolvidos no NEA, com ênfase nos projetos Circuito Ambiental, Escola da Natureza, e Educação Ambiental na Universidade Aberta da Pessoa Idosa. Trata-se de um relato de experiência em que se apresenta o papel institucional NEA na Política de Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental da UniEVANGELICA. O NEA, por meio de seus projetos, busca construir um pensamento sobre a sustentabilidade ambiental e promover a sensibilização ambiental.
{"title":"Reflexões Acerca das Práticas do Núcleo de Educação Ambiental da Universidade Evangélica de Goiás, Brasil (2016 – 2021)","authors":"G. Tavares, Maria Fernandes Gomide Dutra e Silva, Anderson Dutra e Silva, Allyson Darlan Moreira da Silva, Vívian da Silva Braz, Lucimar Pinheiro Rosseto, Eduardo Argolo, Ricardo Elias do Vale Lima","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p118-131","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p118-131","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo apresentar relatos de experiência do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGELICA) expondo sobre as práticas de educação ambiental e os processos educativos desenvolvidos no NEA, com ênfase nos projetos Circuito Ambiental, Escola da Natureza, e Educação Ambiental na Universidade Aberta da Pessoa Idosa. Trata-se de um relato de experiência em que se apresenta o papel institucional NEA na Política de Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental da UniEVANGELICA. O NEA, por meio de seus projetos, busca construir um pensamento sobre a sustentabilidade ambiental e promover a sensibilização ambiental.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48654136","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-23DOI: 10.21664/2238-8869.2022v11i3.p47-68
Kárita de Jesus Boaventura, Carlos de Melo e Silva Neto, Sandro Dutra e Silva
Em 2020, o Brasil tornou-se o maior produtor global de soja. O avanço deste produto no Brasil está associado a processos históricos de desenvolvimento econômico, considerado por alguns pesquisadores como um caso particular de revolução verde no mundo. Entre os biomas brasileiros, o Cerrado tem se destacado como o maior produtor de soja. Este estudo investigou os processos históricos da soja, a partir de análise documental sobre o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) no que se refere às pesquisas de desenvolvimento tecnológico e agronômico dessa cultivar, especificamente para o Cerrado. A metodologia utilizada foi a de análise bibliográfica e documental, sobretudo a partir dos relatórios anuais da EMBRAPA Cerrados, com recorte temático nos estudos de soja. Os resultados evidenciam intercâmbios científicos e institucionais, assim como modelos e estratégias voltados para a expansão dessa cultivar no Cerrado.
{"title":"O papel da Soja no Desenvolvimento Agronômico do Cerrado Brasileiro","authors":"Kárita de Jesus Boaventura, Carlos de Melo e Silva Neto, Sandro Dutra e Silva","doi":"10.21664/2238-8869.2022v11i3.p47-68","DOIUrl":"https://doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i3.p47-68","url":null,"abstract":"Em 2020, o Brasil tornou-se o maior produtor global de soja. O avanço deste produto no Brasil está associado a processos históricos de desenvolvimento econômico, considerado por alguns pesquisadores como um caso particular de revolução verde no mundo. Entre os biomas brasileiros, o Cerrado tem se destacado como o maior produtor de soja. Este estudo investigou os processos históricos da soja, a partir de análise documental sobre o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) no que se refere às pesquisas de desenvolvimento tecnológico e agronômico dessa cultivar, especificamente para o Cerrado. A metodologia utilizada foi a de análise bibliográfica e documental, sobretudo a partir dos relatórios anuais da EMBRAPA Cerrados, com recorte temático nos estudos de soja. Os resultados evidenciam intercâmbios científicos e institucionais, assim como modelos e estratégias voltados para a expansão dessa cultivar no Cerrado.","PeriodicalId":37865,"journal":{"name":"Fronteiras","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46735051","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}