Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29836
Francisco Wiederwild
Em seu mais novo livro intitulado Do Coração Máquina – a Técnica Moderna como Compaixão do Homem pelo Homem, Gilvan Fogel presta uma contribuição significativapara o cenário filosófico brasileiro, ao abordar um tema fundamental de nossa época: a questão da técnica moderna. Trata-se de um tema fundamental, pois, atualmente vige o imperialismo da técnica, que determina os modos de ser do homem contemporâneo. Por isso, o fundamental se revela como tema atual de interesse e, por conseguinte, o progresso da tecnologia se torna um assunto constante na mídia tradicional e nos mais diferentes meios de comunicação.
吉尔万·福格尔(Gilvan Fogel)在他的最新著作《机器心脏——现代技术作为人对人的同情》(the machine heart - the modern technology as human ' s empathment for man)中,通过解决我们这个时代的一个基本问题:现代技术问题,为巴西的哲学场景做出了重大贡献。这是一个基本的问题,因为目前存在着技术帝国主义,它决定了现代人的生存方式。因此,基本面被揭示为当前感兴趣的主题,因此,技术的进步成为传统媒体和最不同的媒体的一个持续的主题。
{"title":"FOGEL, Gilvan. Do coração máquina – A técnica moderna como compaixão do homem pelo homem. Rio de Janeiro: MAUAD X, 2022, 216p.","authors":"Francisco Wiederwild","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29836","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29836","url":null,"abstract":"Em seu mais novo livro intitulado Do Coração Máquina – a Técnica Moderna como Compaixão do Homem pelo Homem, Gilvan Fogel presta uma contribuição significativapara o cenário filosófico brasileiro, ao abordar um tema fundamental de nossa época: a questão da técnica moderna. Trata-se de um tema fundamental, pois, atualmente vige o imperialismo da técnica, que determina os modos de ser do homem contemporâneo. Por isso, o fundamental se revela como tema atual de interesse e, por conseguinte, o progresso da tecnologia se torna um assunto constante na mídia tradicional e nos mais diferentes meios de comunicação.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115494291","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29818
Equipe IFEN
Dossiê dos 25 anos do Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro.
{"title":"EDITORIAL Dossiê: IFEN 25 anos","authors":"Equipe IFEN","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29818","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29818","url":null,"abstract":"Dossiê dos 25 anos do Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121347196","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29821
Victor Amorim Rodrigues
Um dos pais fundadores da psicoterapia existencial- Ludwig Binswanger- foi justamente criticado por Martin Heidegger por excesso de formalismo e má compreensão da analítica existencial. Apesar destes reparos algumas contribuições de Binswanger, por estarem baseadas na sua experiência clínica, são, ainda hoje profícuas para uma interpretação do sofrimento, apresentado pelos nossos pacientes na clínica psicoterapêutica. É precisamente no caso da psicopatologia, tanto neurótica como psicótica, que a noção de projeto-de-mundo, apresenta um elevado valor heurístico e permite o desvelamento do modo de ser-no-mundo do paciente, a partir do qual se torna clara a origem da estrutura essencial da experiência psicopatológica. Retomando o já célebre caso apresentado por Binswanger da menina em que se separou o tacão do sapato enquanto patinava, também comentado por Heidegger, apresenta-se uma discussão histórica do caso que permita exemplificar uma interpretação, respeitadora do método fenomenológico, que ilumina o seu projeto-de-mundo e identificar, como acontece com toda a Psicopatologia, quais os dados da existência, negados, escamoteados ou escotomizados e que consequências daí advêm. É também apresentada uma via psicoterapêutica, nestes casos, a partir do questionamento dos pressupostos do projeto-de-mundo, uma vez identificados pela análise existencial.
{"title":"Revisitando um pai fundador: Atualidade da noção de projeto-de-mundo na psicoterapia","authors":"Victor Amorim Rodrigues","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29821","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29821","url":null,"abstract":"Um dos pais fundadores da psicoterapia existencial- Ludwig Binswanger- foi justamente criticado por Martin Heidegger por excesso de formalismo e má compreensão da analítica existencial. Apesar destes reparos algumas contribuições de Binswanger, por estarem baseadas na sua experiência clínica, são, ainda hoje profícuas para uma interpretação do sofrimento, apresentado pelos nossos pacientes na clínica psicoterapêutica. É precisamente no caso da psicopatologia, tanto neurótica como psicótica, que a noção de projeto-de-mundo, apresenta um elevado valor heurístico e permite o desvelamento do modo de ser-no-mundo do paciente, a partir do qual se torna clara a origem da estrutura essencial da experiência psicopatológica. Retomando o já célebre caso apresentado por Binswanger da menina em que se separou o tacão do sapato enquanto patinava, também comentado por Heidegger, apresenta-se uma discussão histórica do caso que permita exemplificar uma interpretação, respeitadora do método fenomenológico, que ilumina o seu projeto-de-mundo e identificar, como acontece com toda a Psicopatologia, quais os dados da existência, negados, escamoteados ou escotomizados e que consequências daí advêm. É também apresentada uma via psicoterapêutica, nestes casos, a partir do questionamento dos pressupostos do projeto-de-mundo, uma vez identificados pela análise existencial.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129408390","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29830
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo
Na tentativa de propor uma conciliação das práticas comunitária e clínica em Psicologia, pretendemos desenvolver os seguintes elementos em ambas as propostas: uma prática de escuta às situações emergentes, uma postura ética e política de escuta aos sujeitos e a promoção da saúde engajada na realidade social brasileira. Ambas as perspectivas podem ser complementares desde que partamos da unidade e não da dicotomia entre elas. Defendemos que as propostas de Psicologia Comunitária, inaugurada por Martin-Baró, e de Psicologia Clínica em uma perspectiva fenomenológico-existencial, inaugurada por Binswanger, prescindem da necessidade de se excluírem mutuamente visto que ambas partem da concepção de comunidade como elemento unificador do binômio ser e mundo. Apostamos na construção de práticas ético-políticas pela necessidade de se promover uma união entre clínica e comunidade, entre natureza humana e social, tal como defendidas por Krenak e Kopenawa. E ainda, dando voz à cultura brasileira e em uma defesa do movimento Modernista, dialogamos com Oswald de Andrade, Clarice Lispector, Manoel de Barros, Manoel Bandeira, Rubem Alves e Guimarães Rosa. Em conclusão, a proposta é de que a clínica psicológica na perspectiva do nós se estabelece como processo sociopolítico de injunção dos assujeitados, resistência à massificação e a derrocada do poder do impessoal no gerenciamento da vida.
{"title":"Psicologia clínica e psicologia comunitária – Uma proposta de convivência pacífica","authors":"Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29830","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29830","url":null,"abstract":"Na tentativa de propor uma conciliação das práticas comunitária e clínica em Psicologia, pretendemos desenvolver os seguintes elementos em ambas as propostas: uma prática de escuta às situações emergentes, uma postura ética e política de escuta aos sujeitos e a promoção da saúde engajada na realidade social brasileira. Ambas as perspectivas podem ser complementares desde que partamos da unidade e não da dicotomia entre elas. Defendemos que as propostas de Psicologia Comunitária, inaugurada por Martin-Baró, e de Psicologia Clínica em uma perspectiva fenomenológico-existencial, inaugurada por Binswanger, prescindem da necessidade de se excluírem mutuamente visto que ambas partem da concepção de comunidade como elemento unificador do binômio ser e mundo. Apostamos na construção de práticas ético-políticas pela necessidade de se promover uma união entre clínica e comunidade, entre natureza humana e social, tal como defendidas por Krenak e Kopenawa. E ainda, dando voz à cultura brasileira e em uma defesa do movimento Modernista, dialogamos com Oswald de Andrade, Clarice Lispector, Manoel de Barros, Manoel Bandeira, Rubem Alves e Guimarães Rosa. Em conclusão, a proposta é de que a clínica psicológica na perspectiva do nós se estabelece como processo sociopolítico de injunção dos assujeitados, resistência à massificação e a derrocada do poder do impessoal no gerenciamento da vida.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127455519","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29834
Ramon Bolivar C. Germano
Lilien paa Marken og Fuglen under Himlen
{"title":"O lírio do campo e o pássaro sob o céu: Três discursos piedosos. Copenhague, 1849, de Søren A. Kierkegaard","authors":"Ramon Bolivar C. Germano","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29834","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29834","url":null,"abstract":"Lilien paa Marken og Fuglen under Himlen","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125432100","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29827
Eduardo De Silveira Campos
O sentido da paciência costuma ser assumido imediatamente como aquilo que é preciso ter para se alcançar uma meta. Ela seria, então, o meio para um fim. De outro modo, no discurso edificante de Kierkegaard de 1843, a paciência aparece como um caminho que se encaminha para si mesmo como forma de aquisição da alma em detrimento do mundo. Para o autor, a paciência é o pressuposto da vida, e a alma é o que precisa ser adquirido a cada vez através do exercício desse pressuposto elementar.
{"title":"A paciência como método","authors":"Eduardo De Silveira Campos","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29827","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29827","url":null,"abstract":"O sentido da paciência costuma ser assumido imediatamente como aquilo que é preciso ter para se alcançar uma meta. Ela seria, então, o meio para um fim. De outro modo, no discurso edificante de Kierkegaard de 1843, a paciência aparece como um caminho que se encaminha para si mesmo como forma de aquisição da alma em detrimento do mundo. Para o autor, a paciência é o pressuposto da vida, e a alma é o que precisa ser adquirido a cada vez através do exercício desse pressuposto elementar.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124097951","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29838
R. S. Kahlmeyer-Mertens
El presente artículo asume por tema el fenómeno de la angustia. Tal temática es considerada a partir de la fenomenología existencial del filósofo alemán Martin Heidegger (1889-1976) y de su apropiación por parte del psicoterapeuta suizo Medard Boss (1903-1990), la cual se hizo conocida por la designación: Daseinsanalyse. Tenemos el objetivo de aclarar las diferencias de comprensión que los mismos hacen del fenómeno en cuestión, para tal, determinaremos las diferencias conceptuales existentes en la angustia y, específicamente, presentar los pormenores de las posiciones defendidas por Heidegger y Boss, respectivamente, cuando se trata de abordar clínicamente tal fenómeno. Utilizando del método descriptivo, daremos a estas hipótesis la presentación adecuada y validación en el texto integral del artículo. Las ideas aquí consignadas se justifican por la relevancia que el concepto de angustia tiene en el ámbito de la analítica existencial heideggeriana y por la recurrencia de la angustia, como psicopatología, en la clínica fenomenológico-existencial de Boss.
{"title":"Dos interpretaciones de la angustia: Heidegger y Boss","authors":"R. S. Kahlmeyer-Mertens","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29838","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29838","url":null,"abstract":"El presente artículo asume por tema el fenómeno de la angustia. Tal temática es considerada a partir de la fenomenología existencial del filósofo alemán Martin Heidegger (1889-1976) y de su apropiación por parte del psicoterapeuta suizo Medard Boss (1903-1990), la cual se hizo conocida por la designación: Daseinsanalyse. Tenemos el objetivo de aclarar las diferencias de comprensión que los mismos hacen del fenómeno en cuestión, para tal, determinaremos las diferencias conceptuales existentes en la angustia y, específicamente, presentar los pormenores de las posiciones defendidas por Heidegger y Boss, respectivamente, cuando se trata de abordar clínicamente tal fenómeno. Utilizando del método descriptivo, daremos a estas hipótesis la presentación adecuada y validación en el texto integral del artículo. Las ideas aquí consignadas se justifican por la relevancia que el concepto de angustia tiene en el ámbito de la analítica existencial heideggeriana y por la recurrencia de la angustia, como psicopatología, en la clínica fenomenológico-existencial de Boss.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126064150","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29819
Roberto Novaes de Sá
O objetivo de presente artigo é trazer uma reflexão sobre o lugar central da noção heideggeriana de “disposição” (Befindlichkeit) para as práticas clínicas daseinsanalíticas. Se o fundamento da daseinsanálise é a compreensão do homem como ser-aí e se, na analítica existencial de Heidegger, essa compreensão só é aberta a partir de disposições afetivas fundamentais, depreende-se que a própria prática daseinsanalítica se dá como atenção apropriativa dessas disposições fundamentais. São esses modos de aberturas, exemplarmente caracterizados pela angústia na obra Ser e Tempo, que deixam aparecer as estruturas ontológico-existenciais encobertas pelos sentidos ônticos que regulam de modo impessoal as ocupações cotidianas: a estrutura ontológica do ser-aí como “cuidado” (Sorge).A hermenêutica clínica daseinsanalítica se dá, portanto, como preocupação antepositiva na medida em que devolve ao ser-aí sua própria compreensão pré-ontológica já sempre incluída e projetada em todos os comportamentos ôntico-existenciários da vida cotidiana.
{"title":"Afeto e cuidado: Uma perspectiva daseinsanalítica","authors":"Roberto Novaes de Sá","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29819","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29819","url":null,"abstract":"O objetivo de presente artigo é trazer uma reflexão sobre o lugar central da noção heideggeriana de “disposição” (Befindlichkeit) para as práticas clínicas daseinsanalíticas. Se o fundamento da daseinsanálise é a compreensão do homem como ser-aí e se, na analítica existencial de Heidegger, essa compreensão só é aberta a partir de disposições afetivas fundamentais, depreende-se que a própria prática daseinsanalítica se dá como atenção apropriativa dessas disposições fundamentais. São esses modos de aberturas, exemplarmente caracterizados pela angústia na obra Ser e Tempo, que deixam aparecer as estruturas ontológico-existenciais encobertas pelos sentidos ônticos que regulam de modo impessoal as ocupações cotidianas: a estrutura ontológica do ser-aí como “cuidado” (Sorge).A hermenêutica clínica daseinsanalítica se dá, portanto, como preocupação antepositiva na medida em que devolve ao ser-aí sua própria compreensão pré-ontológica já sempre incluída e projetada em todos os comportamentos ôntico-existenciários da vida cotidiana.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124166302","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29826
Carolina Freire D’Araújo Dhein, Rodolfo Rodrigues de Souza
O artigo busca refletir sobre a trajetória do filósofo francês Jean-Paul Sartre e sobre os elementos encontrados em suas reflexões que podem inspirar um fazer para a psicologia clínica no contemporâneo. Neste esforço, partiremos de um olhar para a biografia de Sartre desde seus primeiros anos até a compreensão da inexorável conexão entre existente e mundo. Olhando para a noção de engajamento defendida por Sartre, apontaremos para algumas questões políticas e sociais as quais ele correspondeu em seu tempo. Em seguida, olharemos para questões contemporâneas que suas proposições nos auxiliam a pensar e em como sua filosofia nos acena para caminhos possíveis para um fazer clínico que seja engajado no horizonte histórico que é o nosso.
{"title":"Um Sartre para nosso tempo: história e atualidade das proposições de um pensador múltiplo para a psicologia clínica","authors":"Carolina Freire D’Araújo Dhein, Rodolfo Rodrigues de Souza","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29826","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29826","url":null,"abstract":"O artigo busca refletir sobre a trajetória do filósofo francês Jean-Paul Sartre e sobre os elementos encontrados em suas reflexões que podem inspirar um fazer para a psicologia clínica no contemporâneo. Neste esforço, partiremos de um olhar para a biografia de Sartre desde seus primeiros anos até a compreensão da inexorável conexão entre existente e mundo. Olhando para a noção de engajamento defendida por Sartre, apontaremos para algumas questões políticas e sociais as quais ele correspondeu em seu tempo. Em seguida, olharemos para questões contemporâneas que suas proposições nos auxiliam a pensar e em como sua filosofia nos acena para caminhos possíveis para um fazer clínico que seja engajado no horizonte histórico que é o nosso.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117025515","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29835
Wandeilson Silva de Miranda
Há, hoje, em andamento, um importante trabalho de difusão e acesso ao pensamento italiano contemporâneo no Brasil. Resultado de uma parceria entre o trabalho dos pesquisadores Íris Fátima da Silva Uribe e Luis Uribe Miranda e a editoraPaco editorial, a coleção de filosofia italiana já conta com os seguintes títulos: A experiência da Verdade, de Gaetano Chiurazzi, O quiasmo da tradução, de Carla Canullo e Ontologia e estética em Luigi Pareyson, de Íris Fátima da Silva Uribe. Soma-se a esse conjunto, agora, a recém traduzida para o português Compreensão, História, Contingência, obra que apresenta uma interpretação cuidadosa da filosofia de Heidegger, a qual põe em evidência tanto aspectos espinhosos quanto outros ainda pouco analisados pelos intérpretes deste autor.
{"title":"CHIURAZZI, Gaetano. Compreensão, história e contingência: Ensaios sobre Heidegger e a hermenêutica. Jundiaí – SP: Paco Editorial, 2022.","authors":"Wandeilson Silva de Miranda","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29835","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29835","url":null,"abstract":"Há, hoje, em andamento, um importante trabalho de difusão e acesso ao pensamento italiano contemporâneo no Brasil. Resultado de uma parceria entre o trabalho dos pesquisadores Íris Fátima da Silva Uribe e Luis Uribe Miranda e a editoraPaco editorial, a coleção de filosofia italiana já conta com os seguintes títulos: A experiência da Verdade, de Gaetano Chiurazzi, O quiasmo da tradução, de Carla Canullo e Ontologia e estética em Luigi Pareyson, de Íris Fátima da Silva Uribe. Soma-se a esse conjunto, agora, a recém traduzida para o português Compreensão, História, Contingência, obra que apresenta uma interpretação cuidadosa da filosofia de Heidegger, a qual põe em evidência tanto aspectos espinhosos quanto outros ainda pouco analisados pelos intérpretes deste autor.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"39 8","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120922342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}