Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29829
Ruth Escudero
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as concepções comuns acerca do uso de drogas e seus usuários, compreendidos na atualidade como portadores de uma “doença”: Dependência Química; e ainda sobre os tratamentos voltados a este público. Na reflexão que propomos, recorremos às tematizações realizadas por Martin Heidegger, uma vez que este filósofo, através da sua analítica do Dasein, desenvolveu uma compreensão de homem para além da cisão dominante que o representa como um sujeito encapsulado, apartado do mundo, com determinações prévias. Através da suspensão do que comumente se diz sobre o uso de drogas, buscamos compreender tal uso a partir do horizonte histórico em que ele se dá, cuja cadência dominante em nossa época, é a da máxima produtividade, do controle, da dominação, da exploração. É o que Heidegger se refere como a Era da Técnica, marcada por modos de ser compulsivos. Essa forma técnica de desvelamento do mundo, presente nas abordagens tradicionais científicas, reduz o homem apenas aos seus aspectos utilitários, perdendo de vista sua indeterminação originária e restringindo-o exclusivamente ao modo de ser técnico. Deixa assim escapar, aquilo que é mais essencial na compreensão dos fenômenos humanos a dimensão da própria existência.
{"title":"Um olhar fenomenológico-existencial sobre o uso de drogas","authors":"Ruth Escudero","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29829","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29829","url":null,"abstract":"O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as concepções comuns acerca do uso de drogas e seus usuários, compreendidos na atualidade como portadores de uma “doença”: Dependência Química; e ainda sobre os tratamentos voltados a este público. Na reflexão que propomos, recorremos às tematizações realizadas por Martin Heidegger, uma vez que este filósofo, através da sua analítica do Dasein, desenvolveu uma compreensão de homem para além da cisão dominante que o representa como um sujeito encapsulado, apartado do mundo, com determinações prévias. Através da suspensão do que comumente se diz sobre o uso de drogas, buscamos compreender tal uso a partir do horizonte histórico em que ele se dá, cuja cadência dominante em nossa época, é a da máxima produtividade, do controle, da dominação, da exploração. É o que Heidegger se refere como a Era da Técnica, marcada por modos de ser compulsivos. Essa forma técnica de desvelamento do mundo, presente nas abordagens tradicionais científicas, reduz o homem apenas aos seus aspectos utilitários, perdendo de vista sua indeterminação originária e restringindo-o exclusivamente ao modo de ser técnico. Deixa assim escapar, aquilo que é mais essencial na compreensão dos fenômenos humanos a dimensão da própria existência.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"4 18","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132339838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29840
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo
Arquivo integral da edição dos 25 anos de IFEN.
IFEN 25年版的完整档案。
{"title":"v. 5 n. 2: Dossiê IFEN 2022","authors":"Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29840","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29840","url":null,"abstract":"Arquivo integral da edição dos 25 anos de IFEN.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"183 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132862501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29828
Samira Meletti da Silva Goulart
O presente trabalho se propõe a refletir acerca do sofrimento emergido em meio à grave crise sanitária instalada pela pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2), considerando as mudanças nas dinâmicas de vida da população como a adoção de medidas de distanciamento social, quarentena, uso de máscaras, dentre outras contingências que transformaram o cotidiano e o ritmo das existências contemporâneas. O crescente número de casos e mortes, as modificações nas rotinas de casa, trabalho e relações sociais vêm repercutindo na saúde mental das pessoas e desencadeando vários sofrimentos, expressos nas queixas que chegam diariamente aos serviços de acolhimento psicológico.Considerando, assim, a experiência de escuta clínica das pessoas em sofrimento neste período, com o objetivo de refletir sobre os modos de vida e sofrimento que se desvelam em meio ao contexto pandêmico, recorremos ao pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger para pensar o tédio e a técnica moderna como os sentidos e afetos que caracterizam e afinam as existências contemporâneas; bem como as suas repercussões nas experiências de sofrimento que se revelam em meio aos novos modos de existência assumidos durante a pandemia de covid-19.
{"title":"Sofrimento e pandemia: uma reflexão fenomenológica existencial sobre os modos de vida e sofrimento “psíquico” na pandemia de Covid-19","authors":"Samira Meletti da Silva Goulart","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29828","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29828","url":null,"abstract":"O presente trabalho se propõe a refletir acerca do sofrimento emergido em meio à grave crise sanitária instalada pela pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2), considerando as mudanças nas dinâmicas de vida da população como a adoção de medidas de distanciamento social, quarentena, uso de máscaras, dentre outras contingências que transformaram o cotidiano e o ritmo das existências contemporâneas. O crescente número de casos e mortes, as modificações nas rotinas de casa, trabalho e relações sociais vêm repercutindo na saúde mental das pessoas e desencadeando vários sofrimentos, expressos nas queixas que chegam diariamente aos serviços de acolhimento psicológico.Considerando, assim, a experiência de escuta clínica das pessoas em sofrimento neste período, com o objetivo de refletir sobre os modos de vida e sofrimento que se desvelam em meio ao contexto pandêmico, recorremos ao pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger para pensar o tédio e a técnica moderna como os sentidos e afetos que caracterizam e afinam as existências contemporâneas; bem como as suas repercussões nas experiências de sofrimento que se revelam em meio aos novos modos de existência assumidos durante a pandemia de covid-19.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125004173","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29825
Myriam Moreira Protasio, Ramon Bolivar C. Germano
O tema dos estágios da existência perpassa toda a produção de Kierkegaard. Ele teve sempre o cuidado de mostrar que estético, ético e religioso não são etapas que acontecem apartadas uma da outra, como num modelo sistemático, mas acontecem ao mesmo tempo, uma vez que se dão na existência e se realizam enquanto existência. Mas, em termos da construção de um pensamento clínico em psicologia, o que seria importante ainda se entender acerca dos estágios? Que relação ainda podemos fazer entre as caracterizações e personificações, às quais Kierkegaard, sob pseudônimo ou não, lança mão para apresentar os estágios? E, finalmente, como essa questão perpassa um pensamento clínico ou um pensamento existencial em psicologia? Nosso objetivo com este texto é responder a estas questões. Começaremos por esclarecer o sentido de comunicação indireta no projeto de Kierkegaard. Em seguida, apresentaremos as caracterizações dos diferentes estágios para, então, esclareceremos o sentido de tarefa por meio da apresentação de algumas personificações dos estágios. Por fim, pensaremos as repercussões para um pensamento clínico em psicologia. Veremos que Kierkegaard recorre aos estágios e suas personificações ambicionando tirar o leitor de seu modo confortável de pensar e agir.
{"title":"Kierkegaard e as personificações dos estágios na existência","authors":"Myriam Moreira Protasio, Ramon Bolivar C. Germano","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29825","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29825","url":null,"abstract":"O tema dos estágios da existência perpassa toda a produção de Kierkegaard. Ele teve sempre o cuidado de mostrar que estético, ético e religioso não são etapas que acontecem apartadas uma da outra, como num modelo sistemático, mas acontecem ao mesmo tempo, uma vez que se dão na existência e se realizam enquanto existência. Mas, em termos da construção de um pensamento clínico em psicologia, o que seria importante ainda se entender acerca dos estágios? Que relação ainda podemos fazer entre as caracterizações e personificações, às quais Kierkegaard, sob pseudônimo ou não, lança mão para apresentar os estágios? E, finalmente, como essa questão perpassa um pensamento clínico ou um pensamento existencial em psicologia? Nosso objetivo com este texto é responder a estas questões. Começaremos por esclarecer o sentido de comunicação indireta no projeto de Kierkegaard. Em seguida, apresentaremos as caracterizações dos diferentes estágios para, então, esclareceremos o sentido de tarefa por meio da apresentação de algumas personificações dos estágios. Por fim, pensaremos as repercussões para um pensamento clínico em psicologia. Veremos que Kierkegaard recorre aos estágios e suas personificações ambicionando tirar o leitor de seu modo confortável de pensar e agir.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"191 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114391331","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29833
Elisabete Marques de Sousa
Al god og al fuldkommen Gave er ovenfra
{"title":"Toda a dádiva boa e toda a dádiva perfeita é do alto, de Søren A. Kierkegaard","authors":"Elisabete Marques de Sousa","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29833","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29833","url":null,"abstract":"Al god og al fuldkommen Gave er ovenfra","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122446722","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29823
Joelson Rodrigues Tavares
O texto discorre sobre a possibilidade de constituição de uma psicopatologia a partir do pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Mostramos que a aproximação das reflexões trazidas porHeidegger da problemática do processo de adoecimento mental é conhecida, mas essa aproximação pretende estabelecer uma crítica em relação a visão objetivante das ciências psicológicas e psicopatológicas. Heidegger demonstra a impossibilidade de objetivação do fenômeno psíquico, pretensão fundamental para a psicopatologia em seu esforço para distinguir o normal do patológico e de nomear as entidades nosológicas. Concluímos pela impossibilidade de uma psicopatologia heideggeriana, muito embora entendamos que o pensamento de Heidegger tem muito a contribuir com a psicopatologia na demonstração dos seus próprios limites.
{"title":"É possível uma psicopatologia construída a partir do pensamento de Martin Heidegger?","authors":"Joelson Rodrigues Tavares","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29823","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29823","url":null,"abstract":"O texto discorre sobre a possibilidade de constituição de uma psicopatologia a partir do pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Mostramos que a aproximação das reflexões trazidas porHeidegger da problemática do processo de adoecimento mental é conhecida, mas essa aproximação pretende estabelecer uma crítica em relação a visão objetivante das ciências psicológicas e psicopatológicas. Heidegger demonstra a impossibilidade de objetivação do fenômeno psíquico, pretensão fundamental para a psicopatologia em seu esforço para distinguir o normal do patológico e de nomear as entidades nosológicas. Concluímos pela impossibilidade de uma psicopatologia heideggeriana, muito embora entendamos que o pensamento de Heidegger tem muito a contribuir com a psicopatologia na demonstração dos seus próprios limites.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130437380","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29837
Willian Kuhn
No primeiro capítulo do livro intitulado “A ética de Max Scheler e a essência do cuidar do outro” os autores Alan Dionizio Carneiro e Marconi José Pimentel Pequeno iniciam tecendo uma análise sintética do conceito de pessoa, sua etimologia e a contextualização de tal conceito dentro da obra do autor. Carneiro e Pequeno (2021) trazem à lume o debate de outros filósofos em torno do tema do homem e a sua relação com a vida, como é o caso de Nietzsche, Dilthey e Bergson, autores de peso na discussão que Scheler quer desenvolver, visando com isso assentar as bases sobre as quais o pensamento scheleriano é fundado.
{"title":"CARNEIRO, Alan; PEQUENO, Marconi. A ética de Max Scheler e a essência do cuidar do outro.","authors":"Willian Kuhn","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29837","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29837","url":null,"abstract":"No primeiro capítulo do livro intitulado “A ética de Max Scheler e a essência do cuidar do outro” os autores Alan Dionizio Carneiro e Marconi José Pimentel Pequeno iniciam tecendo uma análise sintética do conceito de pessoa, sua etimologia e a contextualização de tal conceito dentro da obra do autor. Carneiro e Pequeno (2021) trazem à lume o debate de outros filósofos em torno do tema do homem e a sua relação com a vida, como é o caso de Nietzsche, Dilthey e Bergson, autores de peso na discussão que Scheler quer desenvolver, visando com isso assentar as bases sobre as quais o pensamento scheleriano é fundado.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125199046","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29822
Susana Signorelli
La psicología existencial se ha centrado casi exclusivamente en el análisis de la relación terapéutica entre sus protagonistas: terapeuta y paciente. Son pocas las investigaciones sobre temas que atañen a la vida del ser humano. Sin embargo, en toda terapia se presentan múltiples alternativas en la vida de los pacientes y en la propia del terapeuta que son plausibles de un estudio fenomenológico existencial. Me referiré en este trabajo a un escenario posible de este tipo de análisis, en este caso, a todo lo que le acontece al paciente oncológico, a su familia, al equipo tratante y a la sociedad en su conjunto, en cómo afrontan al cáncer. Abordar temas relacionados con la muerte siempre será difícil pero un terapeuta existencial es indudable que no puede soslayarlo. Es tarea de todo terapeuta estar abierto a las distintas alternativas que se presentan en la vida de sus consultantes, teniendo siempre presente la visión de mundo de cada uno de ellos en particular, en las circunstancias que sean
{"title":"Escenarios posibles para intervenciones desde la fenomenología existencial","authors":"Susana Signorelli","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29822","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29822","url":null,"abstract":"La psicología existencial se ha centrado casi exclusivamente en el análisis de la relación terapéutica entre sus protagonistas: terapeuta y paciente. Son pocas las investigaciones sobre temas que atañen a la vida del ser humano. Sin embargo, en toda terapia se presentan múltiples alternativas en la vida de los pacientes y en la propia del terapeuta que son plausibles de un estudio fenomenológico existencial. Me referiré en este trabajo a un escenario posible de este tipo de análisis, en este caso, a todo lo que le acontece al paciente oncológico, a su familia, al equipo tratante y a la sociedad en su conjunto, en cómo afrontan al cáncer. Abordar temas relacionados con la muerte siempre será difícil pero un terapeuta existencial es indudable que no puede soslayarlo. Es tarea de todo terapeuta estar abierto a las distintas alternativas que se presentan en la vida de sus consultantes, teniendo siempre presente la visión de mundo de cada uno de ellos en particular, en las circunstancias que sean","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131361523","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29824
Dimitri Marques Abramov, Paulo-de-Tarso De Castro Peixoto
O século XX trouxe uma ciência impossível: a ciência da mente. Esta ciência ignora os problemas semiológico, nosológico e sociocultural a ela inerentes e que a inviabilizam. Como resultado, observamos a criação de uma pandemia global de transtornos mentais, majoritariamente administrados através de psicofármacos. Em contraponto, o pensamento filosófico desafia esta logica desde Canguilhem, passando por Michel Foucault, Deleuze & Guattari, dentre tantos outros. E da Éticaespinosana dos afetos e afecções, nasceu a Heterogênese Urbana (HU), que tem como objeto original a revitalização criativa das potências humanas através do contato entre subjetividades diversas. Etimologicamente, “criação a partir e com a diversidade”. Com a circulação dos afetos, dos desejos, das ideias nos espaços públicos, a HU promove, fenomenologicamente, a expressão daquilo que, antes permanecia invisível e indizível face o silêncio da vida da cidade. Os campos de afetações intersubjetivo e intercorpóreo entre vidas tão distintas desloca e descola o olhar fundado na psicopatologia clássica para atravessar a vida da cidade pelas potências que cada indivíduo é capaz nas experiências coletivas.A HU denuncia a multicomplexidade do conceito “produção de saúde”, que apenas inicia-se nas práticas biomédicas, compreendendo todos os saberes para a construção do cidadão autônomo e afetivo.
{"title":"Da patologização do humano à heterogênese urbana","authors":"Dimitri Marques Abramov, Paulo-de-Tarso De Castro Peixoto","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29824","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29824","url":null,"abstract":"O século XX trouxe uma ciência impossível: a ciência da mente. Esta ciência ignora os problemas semiológico, nosológico e sociocultural a ela inerentes e que a inviabilizam. Como resultado, observamos a criação de uma pandemia global de transtornos mentais, majoritariamente administrados através de psicofármacos. Em contraponto, o pensamento filosófico desafia esta logica desde Canguilhem, passando por Michel Foucault, Deleuze & Guattari, dentre tantos outros. E da Éticaespinosana dos afetos e afecções, nasceu a Heterogênese Urbana (HU), que tem como objeto original a revitalização criativa das potências humanas através do contato entre subjetividades diversas. Etimologicamente, “criação a partir e com a diversidade”. Com a circulação dos afetos, dos desejos, das ideias nos espaços públicos, a HU promove, fenomenologicamente, a expressão daquilo que, antes permanecia invisível e indizível face o silêncio da vida da cidade. Os campos de afetações intersubjetivo e intercorpóreo entre vidas tão distintas desloca e descola o olhar fundado na psicopatologia clássica para atravessar a vida da cidade pelas potências que cada indivíduo é capaz nas experiências coletivas.A HU denuncia a multicomplexidade do conceito “produção de saúde”, que apenas inicia-se nas práticas biomédicas, compreendendo todos os saberes para a construção do cidadão autônomo e afetivo.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131384005","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-09-19DOI: 10.48075/aoristo.v5i2.29839
M. Everling
Frente aos enormes e complexos desafios em que a tecnologia crescentemente se apodera de processos produtivos e decisórios sem a interferência humana - apesar de refletir sínteses e padrões resultantes de toda a sorte de elementos associados a nossa visão de mundo -, o design se constitui um dos campos do conhecimento que participa da configuração das relações entre o ser, o meio e a cultura material. Nesse sentido, o estudo objetiva compreender o pensamento de Jonas (2006) e investigar indícios contribuintes à elaboração de critérios éticos autorregulatórios para o campo do design, traduzindo significados associados que possam orientar a profissão, situando a vida na Terra no centro do processo. A metodologia é de cunho bibliográfico com leitura de aproximação de Princípio Responsabilidade, seguida de perspectiva mais analítica dos capítulos I (A Natureza Modificada do Agir Humano) e II (Questões de Princípio e Método) e de outros tópicos quando oportunos. Os resultados apresentam pistas para articular o Princípio responsabilidade em termos de design, bem como contradições formuladas sob a forma de perguntas cuja intenção é fomentar novas reflexões.
{"title":"Do design e de uma ética coerente à vida, um ensaio com Hans Jonas","authors":"M. Everling","doi":"10.48075/aoristo.v5i2.29839","DOIUrl":"https://doi.org/10.48075/aoristo.v5i2.29839","url":null,"abstract":"Frente aos enormes e complexos desafios em que a tecnologia crescentemente se apodera de processos produtivos e decisórios sem a interferência humana - apesar de refletir sínteses e padrões resultantes de toda a sorte de elementos associados a nossa visão de mundo -, o design se constitui um dos campos do conhecimento que participa da configuração das relações entre o ser, o meio e a cultura material. Nesse sentido, o estudo objetiva compreender o pensamento de Jonas (2006) e investigar indícios contribuintes à elaboração de critérios éticos autorregulatórios para o campo do design, traduzindo significados associados que possam orientar a profissão, situando a vida na Terra no centro do processo. A metodologia é de cunho bibliográfico com leitura de aproximação de Princípio Responsabilidade, seguida de perspectiva mais analítica dos capítulos I (A Natureza Modificada do Agir Humano) e II (Questões de Princípio e Método) e de outros tópicos quando oportunos. Os resultados apresentam pistas para articular o Princípio responsabilidade em termos de design, bem como contradições formuladas sob a forma de perguntas cuja intenção é fomentar novas reflexões.","PeriodicalId":383605,"journal":{"name":"Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114707500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}