Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92408
Francisco Paulo Cipolla, Dayani Cris De Aquino
O presente trabalho tem dois objetivos: formalizar o problema da distribuição de renda a partir da teoria econômica exposta por Marx em O Capital e analisar a relação entre a distribuição de renda no Brasil e sua respectiva estrutura de classe. A análise da distribuição de renda deve ser feita em dois níveis necessários: a divisão primária da renda, que se dá entre salários de trabalhadores produtivos e mais valia; e a divisão secundária da renda, que se dá quando a mais valia é dividida entre os diversos tipos de capitais (industrial, comercial, bancário etc.), os trabalhadores improdutivos e o Estado. Buscou-se identificar, na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, os percentuais de renda apropriados pela classe capitalista frente àqueles apropriados pela classe trabalhadora, evidenciando que o problema da concentração de renda está no antagonismo entre capital e trabalho que se expressa por meio da taxa de mais valia.
{"title":"Estrutura de classe e distribuição de renda no Brasil","authors":"Francisco Paulo Cipolla, Dayani Cris De Aquino","doi":"10.5380/re.v44iesp..92408","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92408","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem dois objetivos: formalizar o problema da distribuição de renda a partir da teoria econômica exposta por Marx em O Capital e analisar a relação entre a distribuição de renda no Brasil e sua respectiva estrutura de classe. A análise da distribuição de renda deve ser feita em dois níveis necessários: a divisão primária da renda, que se dá entre salários de trabalhadores produtivos e mais valia; e a divisão secundária da renda, que se dá quando a mais valia é dividida entre os diversos tipos de capitais (industrial, comercial, bancário etc.), os trabalhadores improdutivos e o Estado. Buscou-se identificar, na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, os percentuais de renda apropriados pela classe capitalista frente àqueles apropriados pela classe trabalhadora, evidenciando que o problema da concentração de renda está no antagonismo entre capital e trabalho que se expressa por meio da taxa de mais valia.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"58 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826649","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92510
Giliad Souza Silva
A categoria dinheiro tem um lugar fundamental na abordagem econômica marxiana. No entanto, há ainda pouco consenso sobre a teoria monetária de Marx, sobretudo em função das mudanças desencadeadas pelas formas monetárias mais contemporâneas. O centro das dissimilitudes diz respeito ao entendimento da natureza do dinheiro, no caso, se faz parte do seu ethos ser produto do trabalho (uma mercadoria) ou não. A forma do dinheiro e o lugar assumido pelo ouro têm, desse modo, um espaço central na teoria monetária marxista. Assim sendo, o texto objetiva: i) comparar a leitura de diversos intérpretes marxistas que trabalham com a categoria dinheiro, sobretudo como se compreende suas formas e o lugar do ouro; ii) mostrar o atual estado da arte desta teoria, no tocante a agenda sobre forma do dinheiro. Para isso, é necessário localizar as aproximações e divergências conceituais, centrando-se na formulação das formas do dinheiro e o processo pelo qual elas se originam e se desenvolvem. Algumas divergências estão expostas como: se a forma que o dinheiro assume é ou não desdobramento das funções; se há ou não uma relação econômica entre formas monetárias avançadas, como dinheiro fiduciário e dinheiro de crédito, com o dinheiro-mercadoria; se o ouro possui relevância monetária na economia contemporânea; dentre outras. Para apresentar as similitudes e dissimilitudes dos argumentos dos diversos autores, o caminho aqui percorrido não apenas apontou o que argumenta cada um deles, porém “os colocou para dialogar”. Em síntese, o texto expõe as posições que aqui se entende como as mais significativas sobre questões elementares do dinheiro, dentro do marxismo
{"title":"Considerações sobre formas do dinheiro na teoria monetária marxista","authors":"Giliad Souza Silva","doi":"10.5380/re.v44iesp..92510","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92510","url":null,"abstract":"A categoria dinheiro tem um lugar fundamental na abordagem econômica marxiana. No entanto, há ainda pouco consenso sobre a teoria monetária de Marx, sobretudo em função das mudanças desencadeadas pelas formas monetárias mais contemporâneas. O centro das dissimilitudes diz respeito ao entendimento da natureza do dinheiro, no caso, se faz parte do seu ethos ser produto do trabalho (uma mercadoria) ou não. A forma do dinheiro e o lugar assumido pelo ouro têm, desse modo, um espaço central na teoria monetária marxista. Assim sendo, o texto objetiva: i) comparar a leitura de diversos intérpretes marxistas que trabalham com a categoria dinheiro, sobretudo como se compreende suas formas e o lugar do ouro; ii) mostrar o atual estado da arte desta teoria, no tocante a agenda sobre forma do dinheiro. Para isso, é necessário localizar as aproximações e divergências conceituais, centrando-se na formulação das formas do dinheiro e o processo pelo qual elas se originam e se desenvolvem. Algumas divergências estão expostas como: se a forma que o dinheiro assume é ou não desdobramento das funções; se há ou não uma relação econômica entre formas monetárias avançadas, como dinheiro fiduciário e dinheiro de crédito, com o dinheiro-mercadoria; se o ouro possui relevância monetária na economia contemporânea; dentre outras. Para apresentar as similitudes e dissimilitudes dos argumentos dos diversos autores, o caminho aqui percorrido não apenas apontou o que argumenta cada um deles, porém “os colocou para dialogar”. Em síntese, o texto expõe as posições que aqui se entende como as mais significativas sobre questões elementares do dinheiro, dentro do marxismo","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92374
Raimundo Nonato Santos da Silva, Daniel Nogueira Silva
As cooperativas de pequenos agricultores podem atuar como um importante instrumento para fomentar a promoção do desenvolvimento regional e viabilizar a permanência das pessoas nas suas propriedades com geração de renda e qualidade de vida. Contudo, essas práticas econômicas possuem alguns limites estruturais para alcançar os objetivos que se propõem. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo analisar a dinâmica organizacional e produtiva do cooperativismo na região de Carajás (PA), com base nos principais desafios econômicos e organizacionais enfrentados pela Central das Cooperativas de Produção Familiar da Região Amazônica (CUIA). Para isso, em um primeiro momento é apresentado alguns aspectos do debate sobre o campesinato e o papel do cooperativismo agrário. Em seguida, é utilizada uma abordagem qualitativa baseada em entrevistas semi-estruturadas a nível individual com presidentes e membros de diretorias selecionados sem critério randômico que permite sistematizar alguns dos principais limites e potencialidades dessas experiências econômicas no território estudado, a partir de uma perspectiva crítica.
{"title":"Os limites e possibilidades do cooperativismo em assentamentos da reforma agrária na região de Carajás (PA)","authors":"Raimundo Nonato Santos da Silva, Daniel Nogueira Silva","doi":"10.5380/re.v44iesp..92374","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92374","url":null,"abstract":"As cooperativas de pequenos agricultores podem atuar como um importante instrumento para fomentar a promoção do desenvolvimento regional e viabilizar a permanência das pessoas nas suas propriedades com geração de renda e qualidade de vida. Contudo, essas práticas econômicas possuem alguns limites estruturais para alcançar os objetivos que se propõem. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo analisar a dinâmica organizacional e produtiva do cooperativismo na região de Carajás (PA), com base nos principais desafios econômicos e organizacionais enfrentados pela Central das Cooperativas de Produção Familiar da Região Amazônica (CUIA). Para isso, em um primeiro momento é apresentado alguns aspectos do debate sobre o campesinato e o papel do cooperativismo agrário. Em seguida, é utilizada uma abordagem qualitativa baseada em entrevistas semi-estruturadas a nível individual com presidentes e membros de diretorias selecionados sem critério randômico que permite sistematizar alguns dos principais limites e potencialidades dessas experiências econômicas no território estudado, a partir de uma perspectiva crítica.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135825635","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Contra o fim da história: a atualidade da crítica da economia política","authors":"Pedro Henrique Feliciano Dias Sampaio, Débora Machado Nunes","doi":"10.5380/re.v44iesp..92386","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92386","url":null,"abstract":"******** Nota ao editor ********Tratando-se do texto de apresentação do número especial da Revista, não há resumo, apenas uma citação introdutória","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826501","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92383
Henrique De Abreu Grazziotin, Ronaldo Herrlein Junior, Marcelo Milan
Este artigo busca enfatizar a importância do sistema de crédito, do sistema bancário e das finanças na interpretação de Marx acerca do capitalismo. O argumento desenvolvido é de que Marx apresenta uma complexa e aprofundada análise do crédito, das instituições financeiras, de instrumentos financeiros e de suas consequências para a acumulação de capital, como ressaltado na obra de Germer (1994, 1997a, 1997b, 2001, 2005). O reconhecimento desses elementos teóricos, que podem ser encontrados principalmente na Seção V do Livro III de O Capital, é essencial para um entendimento integral do funcionamento do capitalismo. Nesse artigo, apresentamos uma sistematização dos aspectos creditícios e financeiros do capitalismo ao descrever plenamente o funcionamento dos respectivos sistemas em Marx, com enfoque nos seguintes elementos: (i) crédito comercial; (ii) bancos e crédito bancário; (iii) dinheiro de crédito; (iv) a bolsa de valores e o mercado de títulos privados; e (v) a dívida pública. O objetivo é estabelecer uma referência para o desenvolvimento de uma teoria Marxista do dinheiro, do crédito e das finanças que seja baseada na interpretação de Marx acerca desses tópicos e capaz de ser articulada com suas teorias de instabilidade e de crise, como enfatizado por Germer em seus escritos.
{"title":"As ideias fundamentais de Marx sobre finanças e o sistema de crédito em O Capital","authors":"Henrique De Abreu Grazziotin, Ronaldo Herrlein Junior, Marcelo Milan","doi":"10.5380/re.v44iesp..92383","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92383","url":null,"abstract":"Este artigo busca enfatizar a importância do sistema de crédito, do sistema bancário e das finanças na interpretação de Marx acerca do capitalismo. O argumento desenvolvido é de que Marx apresenta uma complexa e aprofundada análise do crédito, das instituições financeiras, de instrumentos financeiros e de suas consequências para a acumulação de capital, como ressaltado na obra de Germer (1994, 1997a, 1997b, 2001, 2005). O reconhecimento desses elementos teóricos, que podem ser encontrados principalmente na Seção V do Livro III de O Capital, é essencial para um entendimento integral do funcionamento do capitalismo. Nesse artigo, apresentamos uma sistematização dos aspectos creditícios e financeiros do capitalismo ao descrever plenamente o funcionamento dos respectivos sistemas em Marx, com enfoque nos seguintes elementos: (i) crédito comercial; (ii) bancos e crédito bancário; (iii) dinheiro de crédito; (iv) a bolsa de valores e o mercado de títulos privados; e (v) a dívida pública. O objetivo é estabelecer uma referência para o desenvolvimento de uma teoria Marxista do dinheiro, do crédito e das finanças que seja baseada na interpretação de Marx acerca desses tópicos e capaz de ser articulada com suas teorias de instabilidade e de crise, como enfatizado por Germer em seus escritos.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"193 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826656","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92368
Bruno Miller Theodosio
Este artigo investiga a dinâmica da economia brasileira de 2000 a 2016, baseando-se na taxa e lucro e seus determinantes (tecnologia, distribuição e demanda) e estabelecendo uma conexão com a financeirização da economia. Entre 2003 e 2010, a economia brasileira experienciou crescimento econômico com distribuição de renda favorável aos salários. A taxa de lucro caiu a partir de 2011, culminando na crise econômica de 2014. A pesquisa aqui apresentada encontra uma cooperação entre capitalistas e trabalhadores durante os governos Lula e competição durante os governos Dilma. Nós calculamos a taxa de lucro sob patrimônio líquido, corroborando o resultado de funcionalidade entre o lado financeiro e o lado produtivo de 2003 a 2010, e disfuncionalidade das finanças para fins de acumulação a partir de 2011, quando a lucratividade caiu junto a um aumento da alavancagem.
{"title":"Accumulation, profit rate, and financialization in Brazil, 2000-2016","authors":"Bruno Miller Theodosio","doi":"10.5380/re.v44iesp..92368","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92368","url":null,"abstract":"Este artigo investiga a dinâmica da economia brasileira de 2000 a 2016, baseando-se na taxa e lucro e seus determinantes (tecnologia, distribuição e demanda) e estabelecendo uma conexão com a financeirização da economia. Entre 2003 e 2010, a economia brasileira experienciou crescimento econômico com distribuição de renda favorável aos salários. A taxa de lucro caiu a partir de 2011, culminando na crise econômica de 2014. A pesquisa aqui apresentada encontra uma cooperação entre capitalistas e trabalhadores durante os governos Lula e competição durante os governos Dilma. Nós calculamos a taxa de lucro sob patrimônio líquido, corroborando o resultado de funcionalidade entre o lado financeiro e o lado produtivo de 2003 a 2010, e disfuncionalidade das finanças para fins de acumulação a partir de 2011, quando a lucratividade caiu junto a um aumento da alavancagem.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135825637","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92369
Henrique Morrone, Alessandro Donadio Miebach, Adalmir Antonio Marquetti
Este artigo tem como objetivo verificar o conteúdo improdutivo direto e indireto da produção setorial e agregada na economia brasileira entre 2000 e 2018. A técnica insumo-produto é utilizada para avaliar o conteúdo improdutivo das “coisas”. Os resultados indicam um aumento nos requisitos improdutivos diretos e indiretos para produzir uma unidade de produto. Resultado semelhante foi encontrado em nível setorial. Em linha com a abordagem marxista, esse aumento, se persistir, pode restringir o crescimento brasileiro de longo prazo.
{"title":"Uma Investigação do Conteúdo Improdutivo das Mercadorias no Brasil: 2000-2018","authors":"Henrique Morrone, Alessandro Donadio Miebach, Adalmir Antonio Marquetti","doi":"10.5380/re.v44iesp..92369","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92369","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo verificar o conteúdo improdutivo direto e indireto da produção setorial e agregada na economia brasileira entre 2000 e 2018. A técnica insumo-produto é utilizada para avaliar o conteúdo improdutivo das “coisas”. Os resultados indicam um aumento nos requisitos improdutivos diretos e indiretos para produzir uma unidade de produto. Resultado semelhante foi encontrado em nível setorial. Em linha com a abordagem marxista, esse aumento, se persistir, pode restringir o crescimento brasileiro de longo prazo.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826650","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92367
José Raimundo Trindade
A teoria do lucro médio e da relação antitética do juro e do ganho empresarial são apresentadas e problematizadas neste artigo, tendo como questão chave três aspectos aqui tratados: primeiramente, o reforço a primazia teórica no escopo marxiano da categoria lucro médio, especialmente o papel que a mesma desempenha no ciclo de acumulação, o que se coloca em oposição as teorias convencionais; segundo, a formação do juro como parte do referido lucro médio e a negação da existência de qualquer “taxa natural de juro”, algo que também expressa uma nítida e central oposição da teoria marxista em relação ao campo teórico burguês na sua totalidade e, por fim, as oscilações da taxa de juros e seu papel no ciclo econômico.
{"title":"Lucro médio e taxa de juro: uma revisitação teórica","authors":"José Raimundo Trindade","doi":"10.5380/re.v44iesp..92367","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92367","url":null,"abstract":"A teoria do lucro médio e da relação antitética do juro e do ganho empresarial são apresentadas e problematizadas neste artigo, tendo como questão chave três aspectos aqui tratados: primeiramente, o reforço a primazia teórica no escopo marxiano da categoria lucro médio, especialmente o papel que a mesma desempenha no ciclo de acumulação, o que se coloca em oposição as teorias convencionais; segundo, a formação do juro como parte do referido lucro médio e a negação da existência de qualquer “taxa natural de juro”, algo que também expressa uma nítida e central oposição da teoria marxista em relação ao campo teórico burguês na sua totalidade e, por fim, as oscilações da taxa de juros e seu papel no ciclo econômico.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92373
Fred Moseley
Este artigo sugere uma maneira de determinar a “Expressão Monetária do Tempo de Trabalho” (a “EMTT”) no atual regime de dinheiro de crédito inconversível – uma maneira que é consistente com a teoria geral do dinheiro de Marx e é quantitativamente a mesma determinação de Marx para a EMTT no caso do dinheiro fiduciário inconversível de seu tempo. No intuito de explicar o método de determinação da EMTT no caso do moderno dinheiro de crédito inconversível, primeiramente o artigo revisa a determinação de Marx da EMTT no caso do dinheiro-mercadoria e no caso do dinheiro fiduciário inconversível. Por fim, discute as semelhanças e as diferenças entre minha interpretação e a de Saros (2007) sobre a EMTT no caso do dinheiro fiduciário inconversível.
{"title":"A Determinação da “Expressão Monetária do Tempo de Trabalho” (“EMTT”) no Caso de Dinheiro Não-Mercadoria","authors":"Fred Moseley","doi":"10.5380/re.v44iesp..92373","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92373","url":null,"abstract":"Este artigo sugere uma maneira de determinar a “Expressão Monetária do Tempo de Trabalho” (a “EMTT”) no atual regime de dinheiro de crédito inconversível – uma maneira que é consistente com a teoria geral do dinheiro de Marx e é quantitativamente a mesma determinação de Marx para a EMTT no caso do dinheiro fiduciário inconversível de seu tempo. No intuito de explicar o método de determinação da EMTT no caso do moderno dinheiro de crédito inconversível, primeiramente o artigo revisa a determinação de Marx da EMTT no caso do dinheiro-mercadoria e no caso do dinheiro fiduciário inconversível. Por fim, discute as semelhanças e as diferenças entre minha interpretação e a de Saros (2007) sobre a EMTT no caso do dinheiro fiduciário inconversível.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826651","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.5380/re.v44iesp..92499
Claus Germer
As relações de produção constituem um elemento central da estrutura da sociedade em todos os modos de produção, e, consequentemente, da teoria do capitalismo de Marx, exposta no O capital. No entanto, surpreendentemente, este conceito continua sendo mal compreendido. O objetivo do presente artigo é contribuir para o esclarecimento do seu significado, tal como elaborado por Marx, por um lado com base nos princípios metodológicos inspirados no materialismo e na dialética e, por outro, por intermédio da exploração dos principais escritos, seus e de Engels, desde as obras fundadoras do materialismo histórico. Como elemento essencial do método, o artigo apresenta uma breve exposição da abstração e suas implicações, componente de extraordinária importância do método de Marx e Engels. Recupera-se, de modo especial, a referência das relações de produção na forma da propriedade de cada época, frequentemente esquecida.
{"title":"Notas introdutórias sobre a teoria das relações de produção de Marx","authors":"Claus Germer","doi":"10.5380/re.v44iesp..92499","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v44iesp..92499","url":null,"abstract":"As relações de produção constituem um elemento central da estrutura da sociedade em todos os modos de produção, e, consequentemente, da teoria do capitalismo de Marx, exposta no O capital. No entanto, surpreendentemente, este conceito continua sendo mal compreendido. O objetivo do presente artigo é contribuir para o esclarecimento do seu significado, tal como elaborado por Marx, por um lado com base nos princípios metodológicos inspirados no materialismo e na dialética e, por outro, por intermédio da exploração dos principais escritos, seus e de Engels, desde as obras fundadoras do materialismo histórico. Como elemento essencial do método, o artigo apresenta uma breve exposição da abstração e suas implicações, componente de extraordinária importância do método de Marx e Engels. Recupera-se, de modo especial, a referência das relações de produção na forma da propriedade de cada época, frequentemente esquecida.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"85 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135826653","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}