O objetivo deste trabalho é analisar a influência socioeconômica familiar sobre o rendimento dos filhos de 24 a 33 anos de idade que continuam residindo no domicílio com os pais, nos anos de 1995 e 2015. Em especial, verificar como alguns aspectos profissionais da pessoa de referência do domicílio impacta na vida profissional dos filhos. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 1995 e 2015, foram ajustadas regressões de rendimento para pessoas ocupadas, com idade de 24 a 33 anos, na condição domiciliar de filho, incluindo-se como variáveis explanatórias características pessoais, familiares e rendimento e escolaridade dos pais. As estimativas mostram que a escolaridade é significativamente importante na determinação da própria renda. Além disso, o setor de atividade, o rendimento e escolaridade dos pais são fatores que influenciam na conformação da renda dos filhos. Verifica-se também, ao incluir na equação características do ambiente familiar e dos pais, que ocorre uma diminuição da taxa de retorno da escolaridade, sugerindo que o efeito da educação sobre o rendimento pode estar superestimado em regressões de rendimento que não consideram a influência de aspectos familiares.
{"title":"Influência socioeconômica das famílias sobre o rendimento dos filhos ocupados, de 24 a 33 anos de idade, que residem com os pais, no Brasil – nos anos de 1995 e 2015","authors":"Daniel Da Silva Barros, Carlos Roberto Ferreira","doi":"10.5380/re.v43i82.80851","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i82.80851","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é analisar a influência socioeconômica familiar sobre o rendimento dos filhos de 24 a 33 anos de idade que continuam residindo no domicílio com os pais, nos anos de 1995 e 2015. Em especial, verificar como alguns aspectos profissionais da pessoa de referência do domicílio impacta na vida profissional dos filhos. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 1995 e 2015, foram ajustadas regressões de rendimento para pessoas ocupadas, com idade de 24 a 33 anos, na condição domiciliar de filho, incluindo-se como variáveis explanatórias características pessoais, familiares e rendimento e escolaridade dos pais. As estimativas mostram que a escolaridade é significativamente importante na determinação da própria renda. Além disso, o setor de atividade, o rendimento e escolaridade dos pais são fatores que influenciam na conformação da renda dos filhos. Verifica-se também, ao incluir na equação características do ambiente familiar e dos pais, que ocorre uma diminuição da taxa de retorno da escolaridade, sugerindo que o efeito da educação sobre o rendimento pode estar superestimado em regressões de rendimento que não consideram a influência de aspectos familiares.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135641539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo é muito mais do que um ato memorial pelo centenário de falecimento de Max Weber ou da republicação de sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Partindo do pressuposto de que a Ciência Econômica precisa redescobrir a teoria econômica por ele desenvolvida, que é indissociada da multidisciplinaridade como recurso analítico, o objetivo é apresentar a compreensão de Weber sobre a relação entre cultura e Capitalismo. Para isto, após apresentar uma síntese biográfica de Weber seguida de sua filiação teórica, com o objetivo é contextualizar melhor o pensamento do autor no tempo e espaço de sua produção, entra na epistemologia de sua produção reflexiva com atenção especial para a relação entre cultura e Capitalismo.
{"title":"Cultura e Capitalismo em Max Weber","authors":"Eduardo José Monteiro da Costa","doi":"10.5380/re.v43i82.80155","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i82.80155","url":null,"abstract":"Este artigo é muito mais do que um ato memorial pelo centenário de falecimento de Max Weber ou da republicação de sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Partindo do pressuposto de que a Ciência Econômica precisa redescobrir a teoria econômica por ele desenvolvida, que é indissociada da multidisciplinaridade como recurso analítico, o objetivo é apresentar a compreensão de Weber sobre a relação entre cultura e Capitalismo. Para isto, após apresentar uma síntese biográfica de Weber seguida de sua filiação teórica, com o objetivo é contextualizar melhor o pensamento do autor no tempo e espaço de sua produção, entra na epistemologia de sua produção reflexiva com atenção especial para a relação entre cultura e Capitalismo.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135641548","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
RESUMO O objetivo deste artigo é analisar empiricamente as peculiaridades da economia brasileira que podem explicar a observada rigidez na baixa do Índice de Preços no Consumidor (IPCA). Investigamos a existência de assimetria na transmissão de preços e de heterogeneidade na dinâmica inflacionária entre diferentes setores da economia, bem como avaliamos o repasse da taxa de câmbio, do índice de commodities e da produção industrial aos preços ao consumidor (IPCA) e ao produtor (Índice de Preços ao Produtor Amplo - IPA). O IPCA foi desagregado em alimentos e bebidas, industrializados, serviços e preços monitorados. As estimações foram realizadas por meio de modelos simétricos e assimétricos de Vetores Autorregressivos Estruturais (SVAR). Os resultados indicaram que a taxa de câmbio é a variável mais relevante na dinâmica do IPCA, seguido do índice de commodities. A produção industrial mostrou-se menos relevante que os fatores externos, inclusive no modelo para produtos industrializados. Foi verificada a existência de assimetria positiva no repasse cambial em todas as desagregações do IPCA. A principal conclusão é de que os choques de custos não devem ser tratados como meros ruídos brancos, com média zero e que, portanto, se compensam no tempo.
{"title":"TRANSMISSÃO ASSIMÉTRICA DE CHOQUES DE CUSTOS: UMA ANÁLISE SVAR PARA O BRASIL DURANTE AS METAS DE INFLAÇÃO (1999-2016)","authors":"Débora Pimentel, A. Modenesi","doi":"10.1590/198055272707","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/198055272707","url":null,"abstract":"RESUMO O objetivo deste artigo é analisar empiricamente as peculiaridades da economia brasileira que podem explicar a observada rigidez na baixa do Índice de Preços no Consumidor (IPCA). Investigamos a existência de assimetria na transmissão de preços e de heterogeneidade na dinâmica inflacionária entre diferentes setores da economia, bem como avaliamos o repasse da taxa de câmbio, do índice de commodities e da produção industrial aos preços ao consumidor (IPCA) e ao produtor (Índice de Preços ao Produtor Amplo - IPA). O IPCA foi desagregado em alimentos e bebidas, industrializados, serviços e preços monitorados. As estimações foram realizadas por meio de modelos simétricos e assimétricos de Vetores Autorregressivos Estruturais (SVAR). Os resultados indicaram que a taxa de câmbio é a variável mais relevante na dinâmica do IPCA, seguido do índice de commodities. A produção industrial mostrou-se menos relevante que os fatores externos, inclusive no modelo para produtos industrializados. Foi verificada a existência de assimetria positiva no repasse cambial em todas as desagregações do IPCA. A principal conclusão é de que os choques de custos não devem ser tratados como meros ruídos brancos, com média zero e que, portanto, se compensam no tempo.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67312608","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Elisangela Luzia Araujo, E. Araújo, Elohá Cabreira Brito
RESUMO Esta pesquisa analisa os efeitos da incerteza cambial sobre o investimento das empresas de capital aberto no Brasil. A partir de um referencial teórico e da revisão da literatura sobre a relação entre câmbio e investimentos, procedeu-se uma investigação empírica por meio da análise de dados em painel dinâmico para 24 setores da indústria de transformação, reagrupados em quatro setores segundo a intensidade dos fatores empregados na produção: (i) intensiva em recursos naturais; (ii) intensiva em trabalho; (iii) intensiva em escala; e (iv) intensiva em tecnologia. A base de dados compreende o período 1997-2019 e foi obtida dos demonstrativos financeiros de 309 empresas da indústria de transformação extraídos da base Economática, além de variáveis obtidas junto ao Ipeadata e Banco Central do Brasil (BCB). Em linha com a literatura teórica e empírica sobre o tema, os principais resultados empíricos da pesquisa indicaram que o coeficiente estimado da variável volatidade cambial só não foi significativo para o grupo de empresas cuja intensidade de fatores produtivos são os recursos naturais. Para todos os demais grupos, este coeficiente foi estatisticamente significante, indicando que volatilidade da taxa de câmbio afeta o investimento das indústrias domésticas, em especial aquelas intensivas em tecnologia, no período considerado.
{"title":"VOLATILIDADE DA TAXA DE CÂMBIO, INCERTEZA E INVESTIMENTO: EVIDÊNCIAS PARA EMPRESAS BRASILEIRAS (1997-2019)","authors":"Elisangela Luzia Araujo, E. Araújo, Elohá Cabreira Brito","doi":"10.1590/198055272708","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/198055272708","url":null,"abstract":"RESUMO Esta pesquisa analisa os efeitos da incerteza cambial sobre o investimento das empresas de capital aberto no Brasil. A partir de um referencial teórico e da revisão da literatura sobre a relação entre câmbio e investimentos, procedeu-se uma investigação empírica por meio da análise de dados em painel dinâmico para 24 setores da indústria de transformação, reagrupados em quatro setores segundo a intensidade dos fatores empregados na produção: (i) intensiva em recursos naturais; (ii) intensiva em trabalho; (iii) intensiva em escala; e (iv) intensiva em tecnologia. A base de dados compreende o período 1997-2019 e foi obtida dos demonstrativos financeiros de 309 empresas da indústria de transformação extraídos da base Economática, além de variáveis obtidas junto ao Ipeadata e Banco Central do Brasil (BCB). Em linha com a literatura teórica e empírica sobre o tema, os principais resultados empíricos da pesquisa indicaram que o coeficiente estimado da variável volatidade cambial só não foi significativo para o grupo de empresas cuja intensidade de fatores produtivos são os recursos naturais. Para todos os demais grupos, este coeficiente foi estatisticamente significante, indicando que volatilidade da taxa de câmbio afeta o investimento das indústrias domésticas, em especial aquelas intensivas em tecnologia, no período considerado.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67312720","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
RESUMO Este artigo avalia empiricamente os determinantes do investimento privado no Brasil entre 2007 e 2017, a partir de uma abordagem pós-keynesiana, buscando testar se o investimento privado das empresas não financeiras foi afetado pelos processos de financeirização e fragilização financeira à la Minsky. Para tanto, utilizando os dados das empresas não financeiras de capital aberto no período analisado, segmentados em grupos setoriais distintos, a função de investimento é testada por dois métodos de estimação: o Método dos Momentos Generalizados (GMM), em que é realizada uma análise agregada, e o método de análise temporal através do Modelo Autorregressivo com Defasagem Distribuída (ARDL), em que são realizadas análises individuais de cada grupo. Os resultados individuais confirmam a hipótese da relação negativa entre financeirização e investimento produtivo; quanto à alavancagem financeira, os modelos que incorporam todas as empresas com e sem a Petrobras apresentaram um comportamento em que maiores níveis de fragilização financeira afetam negativamente o investimento.
{"title":"DETERMINANTES DO INVESTIMENTO EM CAPITAL FIXO NO BRASIL EM 2007-2017 A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA PÓS-KEYNESIANA: UMA ANÁLISE EMPÍRICA","authors":"Tiago Rinaldi Meyer, L. F. Paula","doi":"10.1590/198055272703","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/198055272703","url":null,"abstract":"RESUMO Este artigo avalia empiricamente os determinantes do investimento privado no Brasil entre 2007 e 2017, a partir de uma abordagem pós-keynesiana, buscando testar se o investimento privado das empresas não financeiras foi afetado pelos processos de financeirização e fragilização financeira à la Minsky. Para tanto, utilizando os dados das empresas não financeiras de capital aberto no período analisado, segmentados em grupos setoriais distintos, a função de investimento é testada por dois métodos de estimação: o Método dos Momentos Generalizados (GMM), em que é realizada uma análise agregada, e o método de análise temporal através do Modelo Autorregressivo com Defasagem Distribuída (ARDL), em que são realizadas análises individuais de cada grupo. Os resultados individuais confirmam a hipótese da relação negativa entre financeirização e investimento produtivo; quanto à alavancagem financeira, os modelos que incorporam todas as empresas com e sem a Petrobras apresentaram um comportamento em que maiores níveis de fragilização financeira afetam negativamente o investimento.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67312901","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
ABSTRACT This study explores the recent attempts to integrate global value chain (GVC) and national innovation system (NIS) frameworks and the extent to which it might be unachievable coherently. These recent integration attempts disregard the tension between the organizational boundaries of multinational corporations (MNC) and the national space - as a locus of learning and generation of technologies - in two ways. First, the GVC approach assimilates microeconomic upgrading to learning and innovation, which might fail to account for systemic learning processes and structural competitiveness. Second, the GVC approach assimilates production to capital circulation, which is consistent with the logic that dominates the expansion of MNCs during financialization, which is more oriented to appropriation than to the international deployment of technology. We resort to Marx’s decomposition of production and circulation processes to assess different internationalisation processes: trade internationalisation, productive internationalisation, and financial internationalisation. This analysis provides some insights to understand the limits of both approaches and the integration attempts to cope with the actual process of internationalization of production.
{"title":"GLOBAL VALUE CHAINS AND NATIONAL INNOVATION SYSTEMS: A STRAINED INTEGRATION","authors":"P. Lavarello, Verónica Robert, Darío Vázquez","doi":"10.1590/198055272706","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/198055272706","url":null,"abstract":"ABSTRACT This study explores the recent attempts to integrate global value chain (GVC) and national innovation system (NIS) frameworks and the extent to which it might be unachievable coherently. These recent integration attempts disregard the tension between the organizational boundaries of multinational corporations (MNC) and the national space - as a locus of learning and generation of technologies - in two ways. First, the GVC approach assimilates microeconomic upgrading to learning and innovation, which might fail to account for systemic learning processes and structural competitiveness. Second, the GVC approach assimilates production to capital circulation, which is consistent with the logic that dominates the expansion of MNCs during financialization, which is more oriented to appropriation than to the international deployment of technology. We resort to Marx’s decomposition of production and circulation processes to assess different internationalisation processes: trade internationalisation, productive internationalisation, and financial internationalisation. This analysis provides some insights to understand the limits of both approaches and the integration attempts to cope with the actual process of internationalization of production.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67312539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Andrea Cabello, L. S. Brandão, Deise Maria Bourscheidt
The paper analyzes credit and debit card consumer spending and correlates it with the social isolation measures enacted as a result of the 2020 coronavirus pandemic. Correlations were estimated between the variation in spending in different economic sectors and the Social Distancing Index (IDS) proposed by IPEA. The results show the importance of the essentiality of goods, the mobility of consumers during the pandemic and quarantine and the way in which social isolation measures affect each consumer sector. Essential sectors without mobility problems had an increase in consumption and oscillatory behavior of consumption spending during the period. Non-essential goods sectors saw a sharp reduction in consumption spending followed by a gradual recovery. Sectors associated with mobility (whether essential or not) had a sharp reduction and did not have a clear recovery in the period. In addition, there is strong evidence that possibly institutional variations between states have relevant effects.
{"title":"Consumer Behavior in the Face of the Coronavirus Pandemic: An Analysis of Credit and Debit Card Spending at Brazilian States","authors":"Andrea Cabello, L. S. Brandão, Deise Maria Bourscheidt","doi":"10.5380/re.v43i81.76420","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i81.76420","url":null,"abstract":"The paper analyzes credit and debit card consumer spending and correlates it with the social isolation measures enacted as a result of the 2020 coronavirus pandemic. Correlations were estimated between the variation in spending in different economic sectors and the Social Distancing Index (IDS) proposed by IPEA. The results show the importance of the essentiality of goods, the mobility of consumers during the pandemic and quarantine and the way in which social isolation measures affect each consumer sector. Essential sectors without mobility problems had an increase in consumption and oscillatory behavior of consumption spending during the period. Non-essential goods sectors saw a sharp reduction in consumption spending followed by a gradual recovery. Sectors associated with mobility (whether essential or not) had a sharp reduction and did not have a clear recovery in the period. In addition, there is strong evidence that possibly institutional variations between states have relevant effects.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"94 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75454012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Álvaro Robério de Souza Sá, Maria Solange Nunes de Lima Sá
Este artigo estuda a relação espacial da eficiência técnica na alocação de recursos públicos de saúde no Nordeste do Brasil. Os índices de eficiência são calculados usando o método de Análise Envoltória de Dados (DEA) meta-fronteira. A análise espacial foi realizada por meio de técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Os principais resultados apontam problemas na alocação de recursos públicos para a produção de bens e serviços de saúde na região, principalmente entre os municípios com população variando de 20.000 a mais de 100.000 habitantes. Por meio da análise espacial univariada, foram identificados clusters de alta eficiência técnica municipal no uso de recursos públicos de saúde nos estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe, enquanto clusters de baixa eficiência técnica foram encontrados nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, e em partes do Maranhão e Bahia. Quanto à análise espacial bivariada, identificou-se autocorrelação e dependência espacial da eficiência técnica municipal com aspectos contextuais como economias de escala, serviços públicos estritamente locais e características sociodemográficas. Tomados em conjunto, esses resultados podem subsidiar políticas para melhorar a qualidade e a eficiência da alocação de recursos públicos de saúde nos municípios do Nordeste.
{"title":"Eficiência técnica e heterogeneidade tecnológica dos gastos públicos em saúde no Nordeste: uma abordagem espacial","authors":"Álvaro Robério de Souza Sá, Maria Solange Nunes de Lima Sá","doi":"10.5380/re.v43i81.78696","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i81.78696","url":null,"abstract":"Este artigo estuda a relação espacial da eficiência técnica na alocação de recursos públicos de saúde no Nordeste do Brasil. Os índices de eficiência são calculados usando o método de Análise Envoltória de Dados (DEA) meta-fronteira. A análise espacial foi realizada por meio de técnicas de Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Os principais resultados apontam problemas na alocação de recursos públicos para a produção de bens e serviços de saúde na região, principalmente entre os municípios com população variando de 20.000 a mais de 100.000 habitantes. Por meio da análise espacial univariada, foram identificados clusters de alta eficiência técnica municipal no uso de recursos públicos de saúde nos estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe, enquanto clusters de baixa eficiência técnica foram encontrados nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, e em partes do Maranhão e Bahia. Quanto à análise espacial bivariada, identificou-se autocorrelação e dependência espacial da eficiência técnica municipal com aspectos contextuais como economias de escala, serviços públicos estritamente locais e características sociodemográficas. Tomados em conjunto, esses resultados podem subsidiar políticas para melhorar a qualidade e a eficiência da alocação de recursos públicos de saúde nos municípios do Nordeste.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"11 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84650517","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Néstor Andrés Bercovich, Silvio Antonio Ferraz Cario
Para retomar y hacer sustentables los procesos de crecimiento con inclusión social que varios países de América Latina protagonizaron en años recientes, será preciso que la región impulse profundos procesos de transformación productiva para ir superando su actual especialización basada en ventajas estáticas (recursos naturales) y para alcanzar niveles superiores de productividad. Las políticas industriales y tecnológicas son fundamentales para viabilizar ese proceso, y entre ellas se destacan las políticas de clusters. La experiencia reciente de la región pone en evidencia que estas últimas pueden hacer un aporte importante al proceso de cambio estructural, facilitando el desarrollo de capacidades competitivas y de innovación y viabilizando la superación de las brechas de productividad que caracterizan la estructura productiva latinoamericana. Una nueva y necesaria agenda de políticas cluster en la región debería sin embargo extraer algunas lecciones claves de aquella experiencia, en particular la necesidad de una fuerte articulación con las políticas nacionales y regionales que afectan la competitividad de los clusters. Las políticas clusterdeben formar parte activa de estrategias más amplias de innovación regional.
{"title":"Las Estratégias de Clusters en América Latina Frente a los Desafios del Cambio Estrutural: Experiencias Recientes y Contribuciones para una Nueva Agenda","authors":"Néstor Andrés Bercovich, Silvio Antonio Ferraz Cario","doi":"10.5380/re.v43i81.78001","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i81.78001","url":null,"abstract":"Para retomar y hacer sustentables los procesos de crecimiento con inclusión social que varios países de América Latina protagonizaron en años recientes, será preciso que la región impulse profundos procesos de transformación productiva para ir superando su actual especialización basada en ventajas estáticas (recursos naturales) y para alcanzar niveles superiores de productividad. Las políticas industriales y tecnológicas son fundamentales para viabilizar ese proceso, y entre ellas se destacan las políticas de clusters. La experiencia reciente de la región pone en evidencia que estas últimas pueden hacer un aporte importante al proceso de cambio estructural, facilitando el desarrollo de capacidades competitivas y de innovación y viabilizando la superación de las brechas de productividad que caracterizan la estructura productiva latinoamericana. Una nueva y necesaria agenda de políticas cluster en la región debería sin embargo extraer algunas lecciones claves de aquella experiencia, en particular la necesidad de una fuerte articulación con las políticas nacionales y regionales que afectan la competitividad de los clusters. Las políticas clusterdeben formar parte activa de estrategias más amplias de innovación regional.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136007082","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O rápido avanço da globalização e seus mais diversos impactos, em termos de mudanças na distribuição e organização produtiva e comercial global, aprofundamento e ampliação dos fluxos financeiros, de conhecimento e tecnologia têm sido objeto de análise de uma crescente gama de estudos. Diante disso, este trabalho busca avaliar os possíveis impactos da globalização sobre a inflação para um conjunto de países avançados, emergentes e em desenvolvimento, no período de 1996 a 2013. Para tanto, considera-se um conjunto de indicadores, conforme proposto por Dreher (2006) para mensurar a globalização e avaliar seus impactos na inflação. Utiliza-se a metodologia de dados em painel, através da estimação de modelos por efeitos fixos (MQO) ou por efeitos aleatórios (MQG) e painel dinâmico (GMM System). Os resultados encontrados apontam que a globalização, seja através de sua medida mais ampla, bem como através de suas dimensões econômica e social, tem efeitos negativos e significativos sobre a inflação, indicando, assim que, para a amostra em questão e o período analisado, um maior (menor) nível de globalização está associada a menores (maiores) taxas de inflação. Por outro lado, a dimensão política da globalização não apresentou significância estatística, não tendo, portanto, efeitos sobre a inflação.
{"title":"Impactos da globalização sobre a inflação: análise de painel (1996 a 2013)","authors":"Naiane De Paula Almeida, Flávio Vilela Vieira","doi":"10.5380/re.v43i81.78897","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/re.v43i81.78897","url":null,"abstract":"O rápido avanço da globalização e seus mais diversos impactos, em termos de mudanças na distribuição e organização produtiva e comercial global, aprofundamento e ampliação dos fluxos financeiros, de conhecimento e tecnologia têm sido objeto de análise de uma crescente gama de estudos. Diante disso, este trabalho busca avaliar os possíveis impactos da globalização sobre a inflação para um conjunto de países avançados, emergentes e em desenvolvimento, no período de 1996 a 2013. Para tanto, considera-se um conjunto de indicadores, conforme proposto por Dreher (2006) para mensurar a globalização e avaliar seus impactos na inflação. Utiliza-se a metodologia de dados em painel, através da estimação de modelos por efeitos fixos (MQO) ou por efeitos aleatórios (MQG) e painel dinâmico (GMM System). Os resultados encontrados apontam que a globalização, seja através de sua medida mais ampla, bem como através de suas dimensões econômica e social, tem efeitos negativos e significativos sobre a inflação, indicando, assim que, para a amostra em questão e o período analisado, um maior (menor) nível de globalização está associada a menores (maiores) taxas de inflação. Por outro lado, a dimensão política da globalização não apresentou significância estatística, não tendo, portanto, efeitos sobre a inflação.","PeriodicalId":39928,"journal":{"name":"Revista de Economia Contemporanea","volume":"130 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136007083","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}