Pub Date : 2018-11-06DOI: 10.22409/geograficidade2018.82.a13136
Leandro Pessoa Vieira
Desde a descoberta da gravidez da esposa, da chegada da filha e, consequentemente, a do nascimento de um pai, no caso, eu, me interessei e dediquei meu tempo para estudar a criança através de uma perspectiva geográfica. Assim, nesse trabalho, descrevi as experiências geográficas de crianças ao ar livre com base no emaranhado fenomenológico de Dardel e Ingold. Observando, participando, interagindo e comunicando as vivências das crianças ocorridas em espaços ao ar livre na cidade de Salvador, construí uma poético-análise, baseada nos pressupostos de Bachelard, situando as experiências geográficas de crianças e sua ressonância em mim. Ao ar livre, uma geografia sensível, íntima e fértil se revelou diante do espanto, maravilhamento e da imaginação do encontro com o espaço.
{"title":"Habitar lá fora: ócio e experiência geográfica de crianças ao ar livre / Inhabit out there: idleness and geographical experience of children out of doors","authors":"Leandro Pessoa Vieira","doi":"10.22409/geograficidade2018.82.a13136","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/geograficidade2018.82.a13136","url":null,"abstract":"Desde a descoberta da gravidez da esposa, da chegada da filha e, consequentemente, a do nascimento de um pai, no caso, eu, me interessei e dediquei meu tempo para estudar a criança através de uma perspectiva geográfica. Assim, nesse trabalho, descrevi as experiências geográficas de crianças ao ar livre com base no emaranhado fenomenológico de Dardel e Ingold. Observando, participando, interagindo e comunicando as vivências das crianças ocorridas em espaços ao ar livre na cidade de Salvador, construí uma poético-análise, baseada nos pressupostos de Bachelard, situando as experiências geográficas de crianças e sua ressonância em mim. Ao ar livre, uma geografia sensível, íntima e fértil se revelou diante do espanto, maravilhamento e da imaginação do encontro com o espaço.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47704700","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-06DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A13135
Bianca Beatriz Roqué, Alessandro Filla Rosaneli
O presente texto se constitui de indagações que propõem compreender o processo de formulação de imagens mentais em pessoas cegas a partir da percepção que envolve os sentidos do tato, olfato, audição e conduzem sua orientação no espaço público. Divide-se em quatro partes para expor referenciais teóricos, metodológicos e empíricos: na Fenomenologia, na Geografia Humanista Cultural, acerca do espaço público e sobre as habilidades e restrições de pessoas cegas. Todas as categorias analisadas apontam para a relação das imagens mentais com a percepção, e a indissociação dessas com os juízos, sentimentos e afetividades imbricadas na relação pessoa-meio. Defende-se que uma das maneiras de viver experiências fenomenológicas é despir-se de todos os preconceitos existentes e abrir-se para o conhecimento, imergir em novas culturas, conviver com a alteridade para compreender o que sentem, como pensam, agem e vivem.
{"title":"Imagens mentais de pessoas cegas: a percepção ambiental na geografia fenomenológica","authors":"Bianca Beatriz Roqué, Alessandro Filla Rosaneli","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A13135","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A13135","url":null,"abstract":"O presente texto se constitui de indagações que propõem compreender o processo de formulação de imagens mentais em pessoas cegas a partir da percepção que envolve os sentidos do tato, olfato, audição e conduzem sua orientação no espaço público. Divide-se em quatro partes para expor referenciais teóricos, metodológicos e empíricos: na Fenomenologia, na Geografia Humanista Cultural, acerca do espaço público e sobre as habilidades e restrições de pessoas cegas. Todas as categorias analisadas apontam para a relação das imagens mentais com a percepção, e a indissociação dessas com os juízos, sentimentos e afetividades imbricadas na relação pessoa-meio. Defende-se que uma das maneiras de viver experiências fenomenológicas é despir-se de todos os preconceitos existentes e abrir-se para o conhecimento, imergir em novas culturas, conviver com a alteridade para compreender o que sentem, como pensam, agem e vivem.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41925301","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-06DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A12992
L. Martins
Apreciar uma obra de arte pode ser tanto uma experiência estética quanto uma experiência geográfica. Este artigo convida o leitor a refletir sobre as narrativas de Guernica e suas travessias estético-políticas na produção do lugar. Sob o prisma da circularidade de ideias presentes no uso e apropriação de uma iconografia, Guernica conserva em seus traços uma potência discursiva ao efetuar uma denúncia política no processo de imaginação espacial do lugar. Neste sentido, afirma-se ser possível pensar acerca do processo de produção de narrativas de lugar a partir do estudo desta e de outras obras de arte que guardam ressonâncias entre si.
{"title":"As narrativas de Guernica e suas travessias estético-políticas na produção do lugar / The Guernica's narrative and its aesthetic political crossings in the production of the place","authors":"L. Martins","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A12992","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.82.A12992","url":null,"abstract":"Apreciar uma obra de arte pode ser tanto uma experiência estética quanto uma experiência geográfica. Este artigo convida o leitor a refletir sobre as narrativas de Guernica e suas travessias estético-políticas na produção do lugar. Sob o prisma da circularidade de ideias presentes no uso e apropriação de uma iconografia, Guernica conserva em seus traços uma potência discursiva ao efetuar uma denúncia política no processo de imaginação espacial do lugar. Neste sentido, afirma-se ser possível pensar acerca do processo de produção de narrativas de lugar a partir do estudo desta e de outras obras de arte que guardam ressonâncias entre si.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44635045","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-11-06DOI: 10.22409/geograficidade2018.82.a12991
Andrei Marin
Há momentos em que o mundo solicita uma desestabilização do olhar. Esta escrita se constituiu a partir da experiência de um deles. O esforço de transver um cenário estranho e não submetido à representação resultou a percepção de imagens que revelam uma forma imediata de estar no mundo: poeticamente o humano habita. A frase heideggeriana se soma ao destaque do mundo pré-reflexivo merleau-pontyano e a contribuições literárias e musicais, para abrir espaço ao silêncio provocador da poetização do mundo.
{"title":"Transver o mundo, garimpar silêncios / View beyond the world, finding silences","authors":"Andrei Marin","doi":"10.22409/geograficidade2018.82.a12991","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/geograficidade2018.82.a12991","url":null,"abstract":"Há momentos em que o mundo solicita uma desestabilização do olhar. Esta escrita se constituiu a partir da experiência de um deles. O esforço de transver um cenário estranho e não submetido à representação resultou a percepção de imagens que revelam uma forma imediata de estar no mundo: poeticamente o humano habita. A frase heideggeriana se soma ao destaque do mundo pré-reflexivo merleau-pontyano e a contribuições literárias e musicais, para abrir espaço ao silêncio provocador da poetização do mundo.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-11-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48275135","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-28DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12990
Lívia de Oliveira
{"title":"Viagens de geógrafo","authors":"Lívia de Oliveira","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12990","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12990","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41728353","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-28DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12988
Jean Carlos Rodrigues
Este artigo estabelece uma relação entre Geografia e Arte de modo que possamos refletir sobre o que há de arte na geografia e o que há de geografia na arte. Esta interface é no intuito de contribuir com um debate da Geografia no qual a Arte, pensada enquanto representação, seja vista como expressão do espacial presente no significado que a cultura atribui à existência. NaArte, analisamos o quadro “Passeio ao Crepúsculo”, de Vincent van Gogh, produzido em um contexto posteriormente denominado de Pós-Impressionista por ser a expressão artística de um século (XIX) no qual diversas outras revoluções entraram em curso na Europa e alteraram os sentidos das coisas. NaGeografia, os pilares para tal discussão estão estabelecidos na relação entre a paisagem e a sua representação nas pinturas. A arte, como forma simbólica, constitui representações que expressam as geografias pós-impressionistas, sobretudo de Vincent van Gogh
{"title":"Geografia, representação e arte em Vincent van Gogh: uma leitura do “Passeio ao crepúsculo” / Geography, representation and art in Vincent van Gogh: a reading d”Landscape with couple walking and crescent moon”","authors":"Jean Carlos Rodrigues","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12988","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12988","url":null,"abstract":"Este artigo estabelece uma relação entre Geografia e Arte de modo que possamos refletir sobre o que há de arte na geografia e o que há de geografia na arte. Esta interface é no intuito de contribuir com um debate da Geografia no qual a Arte, pensada enquanto representação, seja vista como expressão do espacial presente no significado que a cultura atribui à existência. NaArte, analisamos o quadro “Passeio ao Crepúsculo”, de Vincent van Gogh, produzido em um contexto posteriormente denominado de Pós-Impressionista por ser a expressão artística de um século (XIX) no qual diversas outras revoluções entraram em curso na Europa e alteraram os sentidos das coisas. NaGeografia, os pilares para tal discussão estão estabelecidos na relação entre a paisagem e a sua representação nas pinturas. A arte, como forma simbólica, constitui representações que expressam as geografias pós-impressionistas, sobretudo de Vincent van Gogh","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49543730","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-28DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12996
Eloísa Carvalho de Araújo
A presente reflexão tem como cenário as regiões leste e oceânica da cidade de Niterói, e suas bordas com a cidade vizinha de Maricá. Visa estabelecer diálogo entre o fenômeno da periferização e da urbanização dispersa, apresentando para isso uma base teórica que se apoia na expressão periferia urbana, relacionada ao próprio espaço urbano, reconhecível através de formas especialmente aptas a assegurarem determinadas relações sociais, certos tipos de comunicação e transmissão de atividades. Pretende-se articular algumas recentes contribuições que reforçam a ideia do direito à cidade e à natureza, ao sentido da sustentabilidade. A cidade que se move, e ao mover-se soma uma série de paisagens, que precisam se organizar a partir das necessidades que surgem com a cidade difusa, passando a viabilizar uma ideia de território, que não se esgota, se reinventa para absorver os efeitos externos e internos do urbano que se transforma, como expressão da diversidade.
{"title":"A cidade que se move: mutabilidades da paisagem no leste metropolitano do Rio de Janeiro / The city that moves: mutables landscape in metropolitan east of Rio de Janeiro","authors":"Eloísa Carvalho de Araújo","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12996","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12996","url":null,"abstract":"A presente reflexão tem como cenário as regiões leste e oceânica da cidade de Niterói, e suas bordas com a cidade vizinha de Maricá. Visa estabelecer diálogo entre o fenômeno da periferização e da urbanização dispersa, apresentando para isso uma base teórica que se apoia na expressão periferia urbana, relacionada ao próprio espaço urbano, reconhecível através de formas especialmente aptas a assegurarem determinadas relações sociais, certos tipos de comunicação e transmissão de atividades. Pretende-se articular algumas recentes contribuições que reforçam a ideia do direito à cidade e à natureza, ao sentido da sustentabilidade. A cidade que se move, e ao mover-se soma uma série de paisagens, que precisam se organizar a partir das necessidades que surgem com a cidade difusa, passando a viabilizar uma ideia de território, que não se esgota, se reinventa para absorver os efeitos externos e internos do urbano que se transforma, como expressão da diversidade.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45934287","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-28DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12994
Jorge Baptista de Azevedo
Este artigo resgata a conferência realizada em 12 de novembro de 2015, no Seminário Internacional “A Periferia da Paisagem”, realizado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense. A partir de reflexões sobre aspectos que ameaçam a vida social nas grandes cidades contemporâneas, se apresentam as condições de multiculturalidade em contraponto com a urgência da transculturalidade para a produção de novas formas de convívio sociocultural. A seguir é elaborada uma definição para o conceito de paisagem transcultural e da sua produção inventiva, através do processo de heterogênese, observados a partir de “entre-lugares” e nas “heterotopias”, que também são explicitados. O transconhecimento é valorizado como ferramenta, inclusive para o reconhecimento da importância sociocultural dos lugares caracterizados pela capacidade de celebração da existência, produção do sentimento de bonheur e pertencimento. E nesse sentido destaca aspectos observados nas paisagens da periferia carioca. Esse escrito é uma contribuição para a teoria da paisagem que se associa com a filosofia e a geografia fenomenológica e cultural.
{"title":"Paisagens transculturais – um olhar para a periferia carioca em tempos do transconhecimento / Transcultural landscapes - a look at the outskirts of Rio de Janeiro in times of transcognition","authors":"Jorge Baptista de Azevedo","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12994","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A12994","url":null,"abstract":"Este artigo resgata a conferência realizada em 12 de novembro de 2015, no Seminário Internacional “A Periferia da Paisagem”, realizado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense. A partir de reflexões sobre aspectos que ameaçam a vida social nas grandes cidades contemporâneas, se apresentam as condições de multiculturalidade em contraponto com a urgência da transculturalidade para a produção de novas formas de convívio sociocultural. A seguir é elaborada uma definição para o conceito de paisagem transcultural e da sua produção inventiva, através do processo de heterogênese, observados a partir de “entre-lugares” e nas “heterotopias”, que também são explicitados. O transconhecimento é valorizado como ferramenta, inclusive para o reconhecimento da importância sociocultural dos lugares caracterizados pela capacidade de celebração da existência, produção do sentimento de bonheur e pertencimento. E nesse sentido destaca aspectos observados nas paisagens da periferia carioca. Esse escrito é uma contribuição para a teoria da paisagem que se associa com a filosofia e a geografia fenomenológica e cultural.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45277786","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-10-28DOI: 10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A27150
Y. Tuan
Independe de tamanho e de características físicas a atribuição da alcunha “lugar” às diversas percepções do homem sobre os espaços vividos. Da lareira à nação, é vasta a gama de fenômenos que podem ser tidos como lugares. Em seu texto, publicado em 1973, Yi-Fu Tuan amplia e eleva as discussões acerca da multiplicidade de lugares, os quais são legitimados pela experiência, dentre eles o lar e seus interiores, a cidade e sua urbanidade, a vizinhança, a região e a nação-estado. Experienciar tais lugares ativa e passivamente é primordial, uma vez que o lugar é construído a partir da experiência física, mental, sensorial, psicológica no espaço vivido: é centro de significado.
{"title":"Lugar: uma perspectiva experiencial / Place: an experiential perspective","authors":"Y. Tuan","doi":"10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A27150","DOIUrl":"https://doi.org/10.22409/GEOGRAFICIDADE2018.81.A27150","url":null,"abstract":"Independe de tamanho e de características físicas a atribuição da alcunha “lugar” às diversas percepções do homem sobre os espaços vividos. Da lareira à nação, é vasta a gama de fenômenos que podem ser tidos como lugares. Em seu texto, publicado em 1973, Yi-Fu Tuan amplia e eleva as discussões acerca da multiplicidade de lugares, os quais são legitimados pela experiência, dentre eles o lar e seus interiores, a cidade e sua urbanidade, a vizinhança, a região e a nação-estado. Experienciar tais lugares ativa e passivamente é primordial, uma vez que o lugar é construído a partir da experiência física, mental, sensorial, psicológica no espaço vivido: é centro de significado.","PeriodicalId":42031,"journal":{"name":"Geograficidade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-10-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48948283","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}