Pub Date : 2021-02-20DOI: 10.18468/LETRAS.2020V10N1.P181-190
R. Filho, Marcia G. M. Tavares
Como defendido pelos documentos parametrizadores da educação básica, especialmente aqueles relativos ao Ensino Médio, a literatura deve ser trabalhada em sala de aula a partir de uma perspectiva que proporcione práticas de letramento literário, com experiências de leitura efetiva do texto literário e busca da fruição estética (BRASIL 2006; 2018). Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo apresentar estratégias para a formação de leitores literários por meio do uso dos gêneros conto e curta-metragem. Materializado através de um Estágio Supervisionado de Literatura no Ensino Médio, a experiência que suscita o trabalho utilizou-se do conto “Restos do carnaval”, de Clarice Lispector, e do curta-metragem “Uma flor”, inspirado nesse texto, enquanto estratégia para a construção do letramento literário de leitores em formação. Dessa forma, as bases teóricas do trabalho centram-se nas contribuições sobre letramento literário e leitura literária (COSSON, 2006; BARBOSA, 2011; BORGES; PAES, 2017), sobre os gêneros conto (ABDALA JÚNIOR, 1995; GOTLIB, 2006) e curta-metragem (ALCÂNTARA, 2014) e sobre estratégias de aprendizagem (BORUCHOVITCH, 1999; FIGUEIRA, 2006) e de leitura (KLEIMAN, 2013; KOCH; ELIAS, 2006; ROJO, 2009). Mais do que apresentar a experiência enquanto possibilidade para novas práticas de ensino e (res)significações, espera-se que o trabalho possa contribuir para (re)pensar: o espaço da literatura em sala de aula; as estratégias que podem ser utilizadas para a formação de leitores; e a articulação de novas linguagens, como a audiovisual, em sala de aula
{"title":"O uso dos gêneros conto e curta-metragem como estratégia para a formação do leitor literário","authors":"R. Filho, Marcia G. M. Tavares","doi":"10.18468/LETRAS.2020V10N1.P181-190","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2020V10N1.P181-190","url":null,"abstract":"Como defendido pelos documentos parametrizadores da educação básica, especialmente aqueles relativos ao Ensino Médio, a literatura deve ser trabalhada em sala de aula a partir de uma perspectiva que proporcione práticas de letramento literário, com experiências de leitura efetiva do texto literário e busca da fruição estética (BRASIL 2006; 2018). Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo apresentar estratégias para a formação de leitores literários por meio do uso dos gêneros conto e curta-metragem. Materializado através de um Estágio Supervisionado de Literatura no Ensino Médio, a experiência que suscita o trabalho utilizou-se do conto “Restos do carnaval”, de Clarice Lispector, e do curta-metragem “Uma flor”, inspirado nesse texto, enquanto estratégia para a construção do letramento literário de leitores em formação. Dessa forma, as bases teóricas do trabalho centram-se nas contribuições sobre letramento literário e leitura literária (COSSON, 2006; BARBOSA, 2011; BORGES; PAES, 2017), sobre os gêneros conto (ABDALA JÚNIOR, 1995; GOTLIB, 2006) e curta-metragem (ALCÂNTARA, 2014) e sobre estratégias de aprendizagem (BORUCHOVITCH, 1999; FIGUEIRA, 2006) e de leitura (KLEIMAN, 2013; KOCH; ELIAS, 2006; ROJO, 2009). Mais do que apresentar a experiência enquanto possibilidade para novas práticas de ensino e (res)significações, espera-se que o trabalho possa contribuir para (re)pensar: o espaço da literatura em sala de aula; as estratégias que podem ser utilizadas para a formação de leitores; e a articulação de novas linguagens, como a audiovisual, em sala de aula","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"29 S1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114095687","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-20DOI: 10.18468/LETRAS.2020V10N1.P169-180
Jaime José de Vasconcelos Neto, Lídia Amélia de Barros Cardoso
Oral Corrective Feedback (OCF) in a foreign language classroom is an essential factor for language learning because, according to Platt and Brooks (1994 Apud Shrum and Glisan, 2010), it helps students to make themselves understood and also in the development of strategies that help them to interact using the language. Taking into consideration the relation between theory and practice, Corrective Feedback (CF)’s importance and what student teachers might think about it, the questions that we aim to answer with this research are: (1) how OCF takes place in two different classroom settings, EFL and K-12, and (2) what are student teachers’ beliefs on it. For this research, two Letras-Inglês undergraduate student teachers who were taking the teaching practicum course at Universidade Federal do Ceará had two of their classes observed and videotaped. Then, the two student teachers answered some questions related to the use of OCF. The results show that there were more occurrences of OCF strategies in the K-12 school setting than in the EFL course, being explicit feedback the most used strategy. These findings seem to indicate that the student teachers tend to use explicit/direct strategies more than the implicit/indirect. Also, it suggests that the student teachers interviewed see recast as the most effective strategy while they see explicit correction as the least effective strategy. Also, they believe that students should not be over corrected, because it could lead them to be upset or afraid of speak. On the contrary, both student teachers see explicit correction (the OCF strategy they most used) as one strategy that “put the student on the spot”. Lastly, both of them consider displaying students’ mistakes on the board as an effective strategy of correction, even when it is the case of dealing with oral production
口语纠正反馈(OCF)在外语课堂上是语言学习的一个重要因素,因为根据Platt和Brooks (1994, Apud Shrum和Glisan, 2010),它可以帮助学生让自己被理解,也可以帮助他们制定策略,帮助他们使用语言进行互动。考虑到理论与实践的关系、纠正性反馈的重要性以及学生教师对它的看法,我们希望通过本研究回答的问题是:(1)在EFL和K-12两种不同的课堂环境中,纠正性反馈是如何发生的;(2)学生教师对它的看法是什么。在这项研究中,两位Letras-Inglês本科教师参加了联邦大学的教学实习课程,并对他们的两堂课进行了观察和录像。然后,两位实习老师回答了一些与OCF使用相关的问题。结果表明,在K-12学校情境中,显性反馈策略的使用频率高于外语课程,显性反馈是使用频率最高的策略。这些发现似乎表明,实习教师倾向于使用外显/直接策略多于内隐/间接策略。此外,它还表明,受访的实习教师认为重塑是最有效的策略,而他们认为明确的纠正是最不有效的策略。此外,他们认为学生不应该被过度纠正,因为这可能会导致他们心烦意乱或害怕说话。相反,两位学生教师都认为明确的纠正(他们最常用的OCF策略)是一种“让学生当场”的策略。最后,他们都认为在黑板上显示学生的错误是一种有效的纠正策略,即使是在处理口头生产的情况下
{"title":"Student teachers’ beliefs on oral corrective feedback in English language teaching","authors":"Jaime José de Vasconcelos Neto, Lídia Amélia de Barros Cardoso","doi":"10.18468/LETRAS.2020V10N1.P169-180","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2020V10N1.P169-180","url":null,"abstract":"Oral Corrective Feedback (OCF) in a foreign language classroom is an essential factor for language learning because, according to Platt and Brooks (1994 Apud Shrum and Glisan, 2010), it helps students to make themselves understood and also in the development of strategies that help them to interact using the language. Taking into consideration the relation between theory and practice, Corrective Feedback (CF)’s importance and what student teachers might think about it, the questions that we aim to answer with this research are: (1) how OCF takes place in two different classroom settings, EFL and K-12, and (2) what are student teachers’ beliefs on it. For this research, two Letras-Inglês undergraduate student teachers who were taking the teaching practicum course at Universidade Federal do Ceará had two of their classes observed and videotaped. Then, the two student teachers answered some questions related to the use of OCF. The results show that there were more occurrences of OCF strategies in the K-12 school setting than in the EFL course, being explicit feedback the most used strategy. These findings seem to indicate that the student teachers tend to use explicit/direct strategies more than the implicit/indirect. Also, it suggests that the student teachers interviewed see recast as the most effective strategy while they see explicit correction as the least effective strategy. Also, they believe that students should not be over corrected, because it could lead them to be upset or afraid of speak. On the contrary, both student teachers see explicit correction (the OCF strategy they most used) as one strategy that “put the student on the spot”. Lastly, both of them consider displaying students’ mistakes on the board as an effective strategy of correction, even when it is the case of dealing with oral production","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130043556","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-08-01DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N4.P73-77
R. Chittolina
Resenha de:
NETTO, D. F. Produção Textual – formulando e reformulando práticas de sala. São Paulo: Paco Editorial, 2017. (186 p.)
回顾:NETTO, D. F.文本生产-制定和重新制定课堂实践。sao保罗:帕科出版社,2017。($ 186)。
{"title":"A tomada da palavra para ensinar e para escrever","authors":"R. Chittolina","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N4.P73-77","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N4.P73-77","url":null,"abstract":"<p><strong>Resenha de:</strong></p><p>NETTO, D. F. <em>Produção Textual – </em>formulando e reformulando práticas de sala. São Paulo: Paco Editorial, 2017. (186 p.)</p>","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129512826","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-02DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N2.P35-47
Vivianete Milla de Freitas
Este trabalho se propõe a fazer uma “leitura contrapontual” (SAID, 1995) do romance Jane Eyre tendo como foco o projeto imperialista inglês e a posição ocupada pelos personagens Jane Eyre, Rochester e Bertha Mason. O trabalho coloca em primeiro plano a imbricação entre identidade e questões como raça, nacionalidade, classe e gênero, a partir da interlocução com os escritores McLeod (2010), Spivak (1995) e Said (1995). Esse enfoque busca evidenciar o contexto colonial no romance de Charlotte Brontë, os fatores que determinaram a trajetória de progresso da protagonista Jane Eyre e a condição de exílio da personagem caribenha Bertha Mason. O trabalho examina a relação entre a origem colonial de Bertha e o seu (não) lugar tanto na sociedade inglesa quanto no romance inglês do século XIX. Por outro lado, a ascensão social e o prestígio do casal protagonista Jane Eyre e Rochester, bem como a posição de Jane como heroína individualista da ficção britânica do século XIX são abordadas diante do contexto do imperialismo e sua missão civilizatória.
{"title":"Jane Eyre e o projeto imperialista: uma leitura contrapontual","authors":"Vivianete Milla de Freitas","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N2.P35-47","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N2.P35-47","url":null,"abstract":"Este trabalho se propõe a fazer uma “leitura contrapontual” (SAID, 1995) do romance Jane Eyre tendo como foco o projeto imperialista inglês e a posição ocupada pelos personagens Jane Eyre, Rochester e Bertha Mason. O trabalho coloca em primeiro plano a imbricação entre identidade e questões como raça, nacionalidade, classe e gênero, a partir da interlocução com os escritores McLeod (2010), Spivak (1995) e Said (1995). Esse enfoque busca evidenciar o contexto colonial no romance de Charlotte Brontë, os fatores que determinaram a trajetória de progresso da protagonista Jane Eyre e a condição de exílio da personagem caribenha Bertha Mason. O trabalho examina a relação entre a origem colonial de Bertha e o seu (não) lugar tanto na sociedade inglesa quanto no romance inglês do século XIX. Por outro lado, a ascensão social e o prestígio do casal protagonista Jane Eyre e Rochester, bem como a posição de Jane como heroína individualista da ficção britânica do século XIX são abordadas diante do contexto do imperialismo e sua missão civilizatória.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"198 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122930967","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-02DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N2.P57-67
L. Soares, Ismael Pereira da Silva, Vilmária Chaves Nogueira
Este trabalho pretende analisar a representações de gênero na literatura em três séculos diferentes: século XIX, representada pelo conto “A Caolha” de Júlia Lopes de Almeida, século XX por meio do conto “Boa noite, Maria” de Lygia Fagundes Telles e o século XXI, através do conto “Aos sessenta e quatro” de Cíntia Moscovich. Investigaremos de que maneira as autoras redimensionam a representação feminina e propõem novas visões em relação aos estereótipos legitimados ao longo dos anos. Além disso, investigaremos como se (re)desenharam as mudanças discursivas na voz autoral da mulher antes, durante e após os movimentos sociais e culturais que marcaram a busca pela igualdade de direitos e as mudanças advindas com a industrialização, mudanças nas relações de consumo e de trabalho e as formas de exploração e dominação e resistência do mundo pós-moderno. Como fundamentação teórica serão apresentadas as contribuições de Zolin (2006), Duarte (2005), Lauretis (1994), Holanda (2003), Giddens (2002), Hall (2005) entre outros.
{"title":"Opressão e libertação na escrita feminina entre os séculos XIX e XXI","authors":"L. Soares, Ismael Pereira da Silva, Vilmária Chaves Nogueira","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N2.P57-67","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N2.P57-67","url":null,"abstract":"Este trabalho pretende analisar a representações de gênero na literatura em três séculos diferentes: século XIX, representada pelo conto “A Caolha” de Júlia Lopes de Almeida, século XX por meio do conto “Boa noite, Maria” de Lygia Fagundes Telles e o século XXI, através do conto “Aos sessenta e quatro” de Cíntia Moscovich. Investigaremos de que maneira as autoras redimensionam a representação feminina e propõem novas visões em relação aos estereótipos legitimados ao longo dos anos. Além disso, investigaremos como se (re)desenharam as mudanças discursivas na voz autoral da mulher antes, durante e após os movimentos sociais e culturais que marcaram a busca pela igualdade de direitos e as mudanças advindas com a industrialização, mudanças nas relações de consumo e de trabalho e as formas de exploração e dominação e resistência do mundo pós-moderno. Como fundamentação teórica serão apresentadas as contribuições de Zolin (2006), Duarte (2005), Lauretis (1994), Holanda (2003), Giddens (2002), Hall (2005) entre outros.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"273 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114090697","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-01-16DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N1.P83-92
Adriano Portela dos Santos, Márcio Ricardo Coelho Muniz
O artigo analisa o Auto da Barca da Glória (1519), do dramaturgo Gil Vicente, a partir do tema da oração, fazendo contraponto em alguns momentos com o Auto da Barca do Inferno (1517), que também aborda de modo considerável o tema em questão. Buscamos observar no auto quem ora, como ora e qual o conteúdo dessa oração, para extrairmos daí o princípio teológico que orienta/organiza o auto. Com o intuito de alcançarmos nosso objetivo, recorremos a algumas fontes do auto, nomeadamente o Ofício dos Defuntos e o livro bíblico de Jó. O recurso a tais fontes permitiu-nos compreender que a concepção de oração de Auto Barca da Glória se distingue da que está presente no Auto da Barca do Inferno, no que concerne à teologia, porque o primeiro se estrutura sobre a Teologia da Graça, enquanto o segundo está estruturado sobre a doutrina da retribuição.
本文从祈祷的主题出发,分析了剧作家吉尔·维森特的《Auto da Barca da gloria》(1519),并与《Auto da Barca do Inferno》(1517)进行了对比,后者也相当接近这一主题。我们试图在自我中观察谁祈祷,如何祈祷,以及祈祷的内容是什么,从中提取指导/组织自我的神学原则。为了达到我们的目标,我们求助于自我的一些来源,即死者的工作和圣经约伯书。类消息来源的使用让我们了解自我的设计祈祷巴萨的荣耀的不同存在于自我的地狱,关于神学,因为一分之一结构的神学,恩典当做第二个结构的学说。
{"title":"Plega a nuestro redentor: a oração no Auto da Barca da Glória","authors":"Adriano Portela dos Santos, Márcio Ricardo Coelho Muniz","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N1.P83-92","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N1.P83-92","url":null,"abstract":"O artigo analisa o Auto da Barca da Glória (1519), do dramaturgo Gil Vicente, a partir do tema da oração, fazendo contraponto em alguns momentos com o Auto da Barca do Inferno (1517), que também aborda de modo considerável o tema em questão. Buscamos observar no auto quem ora, como ora e qual o conteúdo dessa oração, para extrairmos daí o princípio teológico que orienta/organiza o auto. Com o intuito de alcançarmos nosso objetivo, recorremos a algumas fontes do auto, nomeadamente o Ofício dos Defuntos e o livro bíblico de Jó. O recurso a tais fontes permitiu-nos compreender que a concepção de oração de Auto Barca da Glória se distingue da que está presente no Auto da Barca do Inferno, no que concerne à teologia, porque o primeiro se estrutura sobre a Teologia da Graça, enquanto o segundo está estruturado sobre a doutrina da retribuição.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126439820","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-01-16DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N1.P35-42
Ana Maria César Pompeu
No Auto da Barca do Inferno, há duas barcas, a do Paraíso e a do Inferno, pilotadas, respectivamente, por um Anjo e por um Demônio, dividindo o destino de justos e injustos. Em As Rãs, há também a dicotomia de justos e injustos no Hades bem representada na divisão do coro em Iniciados e Rãs. Os primeiros colocados em um lugar de luz, junto ao deus Plutão, enquanto os outros estão atolados no pântano. Na República, há a mesma representação e há também a coincidência de termos que descrevem o Hades com os empregados por Aristófanes na mesma descrição. Há ainda em Aristófanes a dicotomia de justiça e injustiça representada pela disputa entre os poetas trágicos Ésquilo e Eurípides, respectivamente. Os dois poetas de gêneros cômicos e o filósofo coincidem na divisão de justos e injustos no mundo dos mortos.
{"title":"O Hades de Gil Vicente e de Aristófanes, no Auto da Barca do Inferno e nas Rãs, comparado ao de Platão, na República","authors":"Ana Maria César Pompeu","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N1.P35-42","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N1.P35-42","url":null,"abstract":"No Auto da Barca do Inferno, há duas barcas, a do Paraíso e a do Inferno, pilotadas, respectivamente, por um Anjo e por um Demônio, dividindo o destino de justos e injustos. Em As Rãs, há também a dicotomia de justos e injustos no Hades bem representada na divisão do coro em Iniciados e Rãs. Os primeiros colocados em um lugar de luz, junto ao deus Plutão, enquanto os outros estão atolados no pântano. Na República, há a mesma representação e há também a coincidência de termos que descrevem o Hades com os empregados por Aristófanes na mesma descrição. Há ainda em Aristófanes a dicotomia de justiça e injustiça representada pela disputa entre os poetas trágicos Ésquilo e Eurípides, respectivamente. Os dois poetas de gêneros cômicos e o filósofo coincidem na divisão de justos e injustos no mundo dos mortos.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131587762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-01-16DOI: 10.18468/LETRAS.2019V9N1.P67-81
Stélio Torquato Lima
O dramaturgo português Gil Vicente erigiu sua obra teatral entre dois mundos, o medieval e o renascentista. Essa condição fomentou em muitas de suas peças uma aparente contradição: embora se passando em um cenário post mortem, os enredos se ocupam claramente com questões terrenas. Nessa perspectiva, este trabalho se volta para análise de algumas das formas como essa aparente contradição se evidencia em quatro autos vicentinos, cujas datas de criação estão bastante aproximadas (entre 1517 e 1519): o Auto da Alma e as peças que compõem a trilogia das barcas (o Auto da Barca do Inferno, o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).
{"title":"Pés no além, olhar na terra: um estudo em quatro peças vicentinas","authors":"Stélio Torquato Lima","doi":"10.18468/LETRAS.2019V9N1.P67-81","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2019V9N1.P67-81","url":null,"abstract":"O dramaturgo português Gil Vicente erigiu sua obra teatral entre dois mundos, o medieval e o renascentista. Essa condição fomentou em muitas de suas peças uma aparente contradição: embora se passando em um cenário post mortem, os enredos se ocupam claramente com questões terrenas. Nessa perspectiva, este trabalho se volta para análise de algumas das formas como essa aparente contradição se evidencia em quatro autos vicentinos, cujas datas de criação estão bastante aproximadas (entre 1517 e 1519): o Auto da Alma e as peças que compõem a trilogia das barcas (o Auto da Barca do Inferno, o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória).","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121735448","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-09DOI: 10.18468/letras.2018v8n4.p07-18
Micheline Tacia de Brito Padovani
Utilizando a análise do discurso em Linha Francesa desenvolvida por Dominique Maingueneau, este artigo busca fazer uma análise da obra O planalto e a estepe, de Pepetela, partindo da premissa de que a religiosidade angolana caracteriza-se como muitos olhares discursivos que se cruzam na narrativa. Nos fundamentaremos em Maingueneau (1997, 1998, 2002 e 2004) e Charaudeau (2004 e 2006), Chaves (2003), entre outros. Angola é um país com diferentes aspectos identitários e religiosos que influenciam questões sociais e históricas. O objetivo deste artigo é investigar como o discurso colabora para a construção religiosa na narrativa.
{"title":"Angola um país de muitas faces: identidade e religiosidade","authors":"Micheline Tacia de Brito Padovani","doi":"10.18468/letras.2018v8n4.p07-18","DOIUrl":"https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n4.p07-18","url":null,"abstract":"Utilizando a análise do discurso em Linha Francesa desenvolvida por Dominique Maingueneau, este artigo busca fazer uma análise da obra O planalto e a estepe, de Pepetela, partindo da premissa de que a religiosidade angolana caracteriza-se como muitos olhares discursivos que se cruzam na narrativa. Nos fundamentaremos em Maingueneau (1997, 1998, 2002 e 2004) e Charaudeau (2004 e 2006), Chaves (2003), entre outros. Angola é um país com diferentes aspectos identitários e religiosos que influenciam questões sociais e históricas. O objetivo deste artigo é investigar como o discurso colabora para a construção religiosa na narrativa.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-09-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124998975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-09-09DOI: 10.18468/letras.2018v8n4.p115-128
Izabella Maddaleno
Este trabalho tem como intuito apresentar uma das figuras mais importantes do imaginário Ocidental, o Diabo, tal como este se apresenta pelas tintas do escritor, Joaquim Maria Machado de Assis. Para tanto, nos propomos realizar a leitura do conto “Adão e Eva”, no qual o Diabo comparece explícito, como personagem, demonstrando de que forma ele foi apropriado pela literatura machadiana. E ainda procuraremos mostrar de que modo Machado de Assis reinterpreta o papel do Diabo na criação da humanidade.
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