Pub Date : 2024-02-06DOI: 10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033
Gabriel Furlan, Izabel Corrêa Boock de Garcia, Luciana Carvalho Crema
São 319 espécies de peixes da família Rivulidae válidas no Brasil e 130 delas constam na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. O ICMBio realiza políticas públicas para conservação dessas espécies por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção. Além disso, conta com sistemas de apoio: o SALVE, para avaliação do risco de extinção das espécies e o Sisbio, para autorizações de atividades com finalidade científica, cujos dados dos relatórios anuais podem contribuir com informações para o planejamento e desenvolvimento de ações de conservação. Para avaliar a potencialidade do Sisbio na gestão do conhecimento para conservação dos rivulídeos, foram analisados dados de 66 solicitações e 75 relatórios no sistema, entre 2007 e 2022. Relacionamos estas informações com o PAN e SALVE, e aplicamos questionário aos pesquisadores para contribuições ao Sisbio. Registramos aumento das solicitações, que acompanha a tendência geral do sistema, posterior à publicação do PAN e da Lista Nacional, sendo 25% delas relacionadas a esses instrumentos e que 20% dos relatórios dispõem de informações sobre manejo e ameaças. Dos 989 registros de ocorrência do Sisbio, 71 são coincidentes com o SALVE, especialmente no Pampa e Mata Atlântica (77,5%). Nas respostas dos pesquisadores foram relatadas dificuldades no registro de informações sobre ocorrência, número de caracteres nos relatórios, instabilidades no sistema e cobranças anuais. São necessários ajustes no Sisbio e aproximação com pesquisadores para aprimorar o gerenciamento das informações sobre a biodiversidade brasileira e sua aplicação em ações de conservação das espécies.
{"title":"Uso do Sisbio para Sistematização de Informações sobre as Espécies de Peixes Rivulídeos Ameaçadas de Extinção","authors":"Gabriel Furlan, Izabel Corrêa Boock de Garcia, Luciana Carvalho Crema","doi":"10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033","url":null,"abstract":"São 319 espécies de peixes da família Rivulidae válidas no Brasil e 130 delas constam na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. O ICMBio realiza políticas públicas para conservação dessas espécies por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção. Além disso, conta com sistemas de apoio: o SALVE, para avaliação do risco de extinção das espécies e o Sisbio, para autorizações de atividades com finalidade científica, cujos dados dos relatórios anuais podem contribuir com informações para o planejamento e desenvolvimento de ações de conservação. Para avaliar a potencialidade do Sisbio na gestão do conhecimento para conservação dos rivulídeos, foram analisados dados de 66 solicitações e 75 relatórios no sistema, entre 2007 e 2022. Relacionamos estas informações com o PAN e SALVE, e aplicamos questionário aos pesquisadores para contribuições ao Sisbio. Registramos aumento das solicitações, que acompanha a tendência geral do sistema, posterior à publicação do PAN e da Lista Nacional, sendo 25% delas relacionadas a esses instrumentos e que 20% dos relatórios dispõem de informações sobre manejo e ameaças. Dos 989 registros de ocorrência do Sisbio, 71 são coincidentes com o SALVE, especialmente no Pampa e Mata Atlântica (77,5%). Nas respostas dos pesquisadores foram relatadas dificuldades no registro de informações sobre ocorrência, número de caracteres nos relatórios, instabilidades no sistema e cobranças anuais. São necessários ajustes no Sisbio e aproximação com pesquisadores para aprimorar o gerenciamento das informações sobre a biodiversidade brasileira e sua aplicação em ações de conservação das espécies.","PeriodicalId":505395,"journal":{"name":"Biodiversidade Brasileira","volume":"22 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139800299","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-06DOI: 10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033
Gabriel Furlan, Izabel Corrêa Boock de Garcia, Luciana Carvalho Crema
São 319 espécies de peixes da família Rivulidae válidas no Brasil e 130 delas constam na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. O ICMBio realiza políticas públicas para conservação dessas espécies por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção. Além disso, conta com sistemas de apoio: o SALVE, para avaliação do risco de extinção das espécies e o Sisbio, para autorizações de atividades com finalidade científica, cujos dados dos relatórios anuais podem contribuir com informações para o planejamento e desenvolvimento de ações de conservação. Para avaliar a potencialidade do Sisbio na gestão do conhecimento para conservação dos rivulídeos, foram analisados dados de 66 solicitações e 75 relatórios no sistema, entre 2007 e 2022. Relacionamos estas informações com o PAN e SALVE, e aplicamos questionário aos pesquisadores para contribuições ao Sisbio. Registramos aumento das solicitações, que acompanha a tendência geral do sistema, posterior à publicação do PAN e da Lista Nacional, sendo 25% delas relacionadas a esses instrumentos e que 20% dos relatórios dispõem de informações sobre manejo e ameaças. Dos 989 registros de ocorrência do Sisbio, 71 são coincidentes com o SALVE, especialmente no Pampa e Mata Atlântica (77,5%). Nas respostas dos pesquisadores foram relatadas dificuldades no registro de informações sobre ocorrência, número de caracteres nos relatórios, instabilidades no sistema e cobranças anuais. São necessários ajustes no Sisbio e aproximação com pesquisadores para aprimorar o gerenciamento das informações sobre a biodiversidade brasileira e sua aplicação em ações de conservação das espécies.
{"title":"Uso do Sisbio para Sistematização de Informações sobre as Espécies de Peixes Rivulídeos Ameaçadas de Extinção","authors":"Gabriel Furlan, Izabel Corrêa Boock de Garcia, Luciana Carvalho Crema","doi":"10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2033","url":null,"abstract":"São 319 espécies de peixes da família Rivulidae válidas no Brasil e 130 delas constam na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas. O ICMBio realiza políticas públicas para conservação dessas espécies por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Peixes Rivulídeos Ameaçados de Extinção. Além disso, conta com sistemas de apoio: o SALVE, para avaliação do risco de extinção das espécies e o Sisbio, para autorizações de atividades com finalidade científica, cujos dados dos relatórios anuais podem contribuir com informações para o planejamento e desenvolvimento de ações de conservação. Para avaliar a potencialidade do Sisbio na gestão do conhecimento para conservação dos rivulídeos, foram analisados dados de 66 solicitações e 75 relatórios no sistema, entre 2007 e 2022. Relacionamos estas informações com o PAN e SALVE, e aplicamos questionário aos pesquisadores para contribuições ao Sisbio. Registramos aumento das solicitações, que acompanha a tendência geral do sistema, posterior à publicação do PAN e da Lista Nacional, sendo 25% delas relacionadas a esses instrumentos e que 20% dos relatórios dispõem de informações sobre manejo e ameaças. Dos 989 registros de ocorrência do Sisbio, 71 são coincidentes com o SALVE, especialmente no Pampa e Mata Atlântica (77,5%). Nas respostas dos pesquisadores foram relatadas dificuldades no registro de informações sobre ocorrência, número de caracteres nos relatórios, instabilidades no sistema e cobranças anuais. São necessários ajustes no Sisbio e aproximação com pesquisadores para aprimorar o gerenciamento das informações sobre a biodiversidade brasileira e sua aplicação em ações de conservação das espécies.","PeriodicalId":505395,"journal":{"name":"Biodiversidade Brasileira","volume":"490 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139860273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270
J. Ponzetto, Luciana Hitomi Hayashi Martin, Mariana Bissoli de Moraes, Carla Natacha Marcolino Polaz
O Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul é uma política pública que visa reduzir as ameaças sobre as espécies-alvo da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. O PAN Paraíba do Sul abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e contempla 14 espécies aquáticas ameaçadas de extinção. Uma ferramenta muito eficiente que vem sendo utilizada para análises conservacionistas é o sensoriamento remoto, que contribui para o planejamento ambiental, diminuição de custos e tempo na obtenção de dados sobre aspectos envolvidos na conservação das espécies e seus habitat. O objetivo deste trabalho foi analisar a transição 2010/2019 e validar, no ano de 2019, as classificações de mapeamento do uso e ocupação de solo nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada da bacia do rio Paraíba do Sul. Foram encontradas 12 classes nas áreas estratégicas, de um total de 18 possibilidades para a região. Para análise de transição, as categorias com maior abrangência foram: persistência negativa e persistência positiva, indicando que a maior parte das áreas estratégicas do Plano permaneceu em categorias antropizadas. Os resultados evidenciam os desafios existentes na recuperação de áreas vegetadas, que desempenham papel crucial na preservação dos mananciais e cursos d’água da bacia. E ressaltam as limitações no desenvolvimento de medidas efetivas para a conservação, principalmente em regiões com alta ocupação humana, destacando a necessidade de se estabelecer novas estratégias para o próximo ciclo do Plano.
{"title":"Transições de Uso e Ocupação do Solo nas Áreas Estratégicas do PAN Paraíba do Sul após uma Década de Esforços Conservacionistas","authors":"J. Ponzetto, Luciana Hitomi Hayashi Martin, Mariana Bissoli de Moraes, Carla Natacha Marcolino Polaz","doi":"10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270","url":null,"abstract":"O Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul é uma política pública que visa reduzir as ameaças sobre as espécies-alvo da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. O PAN Paraíba do Sul abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e contempla 14 espécies aquáticas ameaçadas de extinção. Uma ferramenta muito eficiente que vem sendo utilizada para análises conservacionistas é o sensoriamento remoto, que contribui para o planejamento ambiental, diminuição de custos e tempo na obtenção de dados sobre aspectos envolvidos na conservação das espécies e seus habitat. O objetivo deste trabalho foi analisar a transição 2010/2019 e validar, no ano de 2019, as classificações de mapeamento do uso e ocupação de solo nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada da bacia do rio Paraíba do Sul. Foram encontradas 12 classes nas áreas estratégicas, de um total de 18 possibilidades para a região. Para análise de transição, as categorias com maior abrangência foram: persistência negativa e persistência positiva, indicando que a maior parte das áreas estratégicas do Plano permaneceu em categorias antropizadas. Os resultados evidenciam os desafios existentes na recuperação de áreas vegetadas, que desempenham papel crucial na preservação dos mananciais e cursos d’água da bacia. E ressaltam as limitações no desenvolvimento de medidas efetivas para a conservação, principalmente em regiões com alta ocupação humana, destacando a necessidade de se estabelecer novas estratégias para o próximo ciclo do Plano.","PeriodicalId":505395,"journal":{"name":"Biodiversidade Brasileira","volume":"209 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139862551","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270
J. Ponzetto, Luciana Hitomi Hayashi Martin, Mariana Bissoli de Moraes, Carla Natacha Marcolino Polaz
O Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul é uma política pública que visa reduzir as ameaças sobre as espécies-alvo da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. O PAN Paraíba do Sul abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e contempla 14 espécies aquáticas ameaçadas de extinção. Uma ferramenta muito eficiente que vem sendo utilizada para análises conservacionistas é o sensoriamento remoto, que contribui para o planejamento ambiental, diminuição de custos e tempo na obtenção de dados sobre aspectos envolvidos na conservação das espécies e seus habitat. O objetivo deste trabalho foi analisar a transição 2010/2019 e validar, no ano de 2019, as classificações de mapeamento do uso e ocupação de solo nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada da bacia do rio Paraíba do Sul. Foram encontradas 12 classes nas áreas estratégicas, de um total de 18 possibilidades para a região. Para análise de transição, as categorias com maior abrangência foram: persistência negativa e persistência positiva, indicando que a maior parte das áreas estratégicas do Plano permaneceu em categorias antropizadas. Os resultados evidenciam os desafios existentes na recuperação de áreas vegetadas, que desempenham papel crucial na preservação dos mananciais e cursos d’água da bacia. E ressaltam as limitações no desenvolvimento de medidas efetivas para a conservação, principalmente em regiões com alta ocupação humana, destacando a necessidade de se estabelecer novas estratégias para o próximo ciclo do Plano.
{"title":"Transições de Uso e Ocupação do Solo nas Áreas Estratégicas do PAN Paraíba do Sul após uma Década de Esforços Conservacionistas","authors":"J. Ponzetto, Luciana Hitomi Hayashi Martin, Mariana Bissoli de Moraes, Carla Natacha Marcolino Polaz","doi":"10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/biodiversidadebrasileira.v13i4.2270","url":null,"abstract":"O Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul é uma política pública que visa reduzir as ameaças sobre as espécies-alvo da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. O PAN Paraíba do Sul abrange os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e contempla 14 espécies aquáticas ameaçadas de extinção. Uma ferramenta muito eficiente que vem sendo utilizada para análises conservacionistas é o sensoriamento remoto, que contribui para o planejamento ambiental, diminuição de custos e tempo na obtenção de dados sobre aspectos envolvidos na conservação das espécies e seus habitat. O objetivo deste trabalho foi analisar a transição 2010/2019 e validar, no ano de 2019, as classificações de mapeamento do uso e ocupação de solo nas áreas relevantes para a conservação da biota aquática ameaçada da bacia do rio Paraíba do Sul. Foram encontradas 12 classes nas áreas estratégicas, de um total de 18 possibilidades para a região. Para análise de transição, as categorias com maior abrangência foram: persistência negativa e persistência positiva, indicando que a maior parte das áreas estratégicas do Plano permaneceu em categorias antropizadas. Os resultados evidenciam os desafios existentes na recuperação de áreas vegetadas, que desempenham papel crucial na preservação dos mananciais e cursos d’água da bacia. E ressaltam as limitações no desenvolvimento de medidas efetivas para a conservação, principalmente em regiões com alta ocupação humana, destacando a necessidade de se estabelecer novas estratégias para o próximo ciclo do Plano.","PeriodicalId":505395,"journal":{"name":"Biodiversidade Brasileira","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139802600","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}