Najla da Cunha El Jundi, Anderson Borges Ferreira, Leonardo Silva Martins, Juliana Unis Castan
Introdução: A Lei 10.216/2001 estabelece a reforma psiquiátrica no Brasil e restringe a internação psiquiátrica, visando garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. O fortalecimento da autonomia é essencial para influenciar a adesão ao tratamento e reduzir as reinternações. Objetivo: Identificar o conhecimento quanto ao motivo da internação psiquiátrica e o grau de autonomia quanto à gestão dos medicamentos e à capacidade de pedir ajuda em situação de crise psiquiátrica, em pacientes internados em hospital universitário. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, realizado em uma internação psiquiátrica de um hospital geral universitário em uma capital do sul do país. A amostra foi constituída por pacientes que internaram na unidade psiquiátrica pelo Sistema Único de Saúde no período de agosto a dezembro de 2021. Foram excluídos pacientes em reinternações e internações com menos de 24 horas. Foi aplicado questionário em formato de entrevista, com questões sobre características sociodemográficas e a Escala de Avaliação Psicossocial. As respostas foram analisadas no Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS), pela estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 91 pacientes. Apesar de em torno de 90% dos pacientes verbalizar compreender o motivo de sua internação, 28,6% não sabe a quem recorrer quando necessitam de ajuda e 31,9% não sabe nomear os fármacos que lhe foram prescritos. Quase metade da amostra declarou precisar de auxílio (18%) ou depender totalmente de terceiros (27%) para gerenciar seu tratamento medicamentoso. Conclusão: Os achados do estudo apontam para uma assistência caracterizada pela equipe de saúde assumindo o lugar de protagonista do cuidado e detentor do saber, e deixando o indivíduo com transtorno mental em um lugar passivo, como recebedor de cuidados. Sugere-se a implementação de estratégias que visem a autonomia e a participação crítica e ativa do indivíduo no seu tratamento.
{"title":"GESTÃO MEDICAMENTOSA, CONHECIMENTO SOBRE MOTIVO DE INTERNAÇÃO E CAPACIDADE DE PEDIR AJUDA EM CRISE PSIQUIÁTRICA","authors":"Najla da Cunha El Jundi, Anderson Borges Ferreira, Leonardo Silva Martins, Juliana Unis Castan","doi":"10.54909/sp.v8i2.140179","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i2.140179","url":null,"abstract":"Introdução: A Lei 10.216/2001 estabelece a reforma psiquiátrica no Brasil e restringe a internação psiquiátrica, visando garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. O fortalecimento da autonomia é essencial para influenciar a adesão ao tratamento e reduzir as reinternações. Objetivo: Identificar o conhecimento quanto ao motivo da internação psiquiátrica e o grau de autonomia quanto à gestão dos medicamentos e à capacidade de pedir ajuda em situação de crise psiquiátrica, em pacientes internados em hospital universitário. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, realizado em uma internação psiquiátrica de um hospital geral universitário em uma capital do sul do país. A amostra foi constituída por pacientes que internaram na unidade psiquiátrica pelo Sistema Único de Saúde no período de agosto a dezembro de 2021. Foram excluídos pacientes em reinternações e internações com menos de 24 horas. Foi aplicado questionário em formato de entrevista, com questões sobre características sociodemográficas e a Escala de Avaliação Psicossocial. As respostas foram analisadas no Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS), pela estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 91 pacientes. Apesar de em torno de 90% dos pacientes verbalizar compreender o motivo de sua internação, 28,6% não sabe a quem recorrer quando necessitam de ajuda e 31,9% não sabe nomear os fármacos que lhe foram prescritos. Quase metade da amostra declarou precisar de auxílio (18%) ou depender totalmente de terceiros (27%) para gerenciar seu tratamento medicamentoso. Conclusão: Os achados do estudo apontam para uma assistência caracterizada pela equipe de saúde assumindo o lugar de protagonista do cuidado e detentor do saber, e deixando o indivíduo com transtorno mental em um lugar passivo, como recebedor de cuidados. Sugere-se a implementação de estratégias que visem a autonomia e a participação crítica e ativa do indivíduo no seu tratamento.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"72 8","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141807993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Patrícia de Almeida Silva, Alisia Helena Weis, A. Silva, Karin Viegas
Introdução: Abrigo institucional é um tipo de serviço de acolhimento que recebe, exclusivamente, crianças e adolescentes que foram afastados da família de origem por decisão judicial. Objetivo: Elaborar e avaliar intervenção educativa sobre primeiros socorros para educadores sociais e equipe multidisciplinar de uma instituição de atendimento na área da assistência social. Metodologia: Estudo transversal com intervenção educativa. Foi realizado em três etapas – pré-oficina, oficina e avaliação após a oficina. Os participantes foram educadores sociais e profissionais da equipe multidisciplinar de uma instituição de atendimento na área de assistência social para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial. Foi aplicado o teste de Wilcoxon (amostras pareadas) para comparar as médias das notas dos participantes nos momentos de avaliação (pré-teste e pós-teste). Resultados: Participaram do estudo 17 profissionais, sendo 58,8% educadores sociais, 76,5% mulheres, com tempo médio de experiência profissional de 6,7 anos, 47,1% com ensino superior completo e 70,6% já havia participado de treinamento em primeiros socorros. As necessidades que mais surgiram na oficina foram manejo de crises convulsivas, ferimentos, engasgos e imobilizações. A nota no pré-teste foi de 5,5 e no pós-teste 10,0 (p=0,006), mostrando um resultado significativamente positivo para a intervenção educativa. Conclusão: A intervenção educativa, avaliada por meio de pré e pós-teste, atingiu seus objetivos de aprendizagem, contribuindo com a formação dos profissionais participantes. Recomenda-se a inclusão da temática primeiros socorros em atividades de formação de educadores sociais e demais profissionais da equipe de trabalho de instituições que cuidem de crianças e adolescentes.
{"title":"INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS PARA EDUCADORES SOCIAIS E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE UMA INSTITUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL","authors":"Patrícia de Almeida Silva, Alisia Helena Weis, A. Silva, Karin Viegas","doi":"10.54909/sp.v8i2.139800","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i2.139800","url":null,"abstract":"Introdução: Abrigo institucional é um tipo de serviço de acolhimento que recebe, exclusivamente, crianças e adolescentes que foram afastados da família de origem por decisão judicial. Objetivo: Elaborar e avaliar intervenção educativa sobre primeiros socorros para educadores sociais e equipe multidisciplinar de uma instituição de atendimento na área da assistência social. Metodologia: Estudo transversal com intervenção educativa. Foi realizado em três etapas – pré-oficina, oficina e avaliação após a oficina. Os participantes foram educadores sociais e profissionais da equipe multidisciplinar de uma instituição de atendimento na área de assistência social para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial. Foi aplicado o teste de Wilcoxon (amostras pareadas) para comparar as médias das notas dos participantes nos momentos de avaliação (pré-teste e pós-teste). Resultados: Participaram do estudo 17 profissionais, sendo 58,8% educadores sociais, 76,5% mulheres, com tempo médio de experiência profissional de 6,7 anos, 47,1% com ensino superior completo e 70,6% já havia participado de treinamento em primeiros socorros. As necessidades que mais surgiram na oficina foram manejo de crises convulsivas, ferimentos, engasgos e imobilizações. A nota no pré-teste foi de 5,5 e no pós-teste 10,0 (p=0,006), mostrando um resultado significativamente positivo para a intervenção educativa. Conclusão: A intervenção educativa, avaliada por meio de pré e pós-teste, atingiu seus objetivos de aprendizagem, contribuindo com a formação dos profissionais participantes. Recomenda-se a inclusão da temática primeiros socorros em atividades de formação de educadores sociais e demais profissionais da equipe de trabalho de instituições que cuidem de crianças e adolescentes.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":" 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141825240","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
H. Medeiros, Nino Rosa Vital de Carvalho, Letícia Leite Pereira Costa de Oliveira, Anna Valeska Procópio de Moura Mendonça
Introdução: A morte exerce impacto sobre a vida, gerando questionamentos e inquietudes. Nesse sentido, o processo de adoecimento-fim de vida traz possibilidades de cuidado e desafios. Objetivo: Analisar documentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o fenômeno da morte em Cuidados Paliativos. Metodologia: Pesquisa documental na base de dados do Ministério da Saúde, no período de julho de 2023 a maio de 2024. Foram selecionados documentos encontrados a partir dos termos “cuidados paliativos” e “fim de vida”. Resultados: Foram analisados 16 documentos, incluindo portarias (n=10), pareceres (n=2), resoluções (n=2) e publicações (n=2). Os documentos expressaram avanços na rede de Cuidados Paliativos no SUS, os quais ainda se mostram direcionados ao cuidado de pacientes com câncer. Destacam-se, nos documentos, o tema associado ao cuidado integral, escuta ao paciente, cuidado centrado nas necessidades individuais de cada usuário, controle da dor, equipe de trabalho multiprofissional, serviços na rede de atenção em saúde e a importância do acesso facilitado à rede, por todos os usuários que possuam doenças crônicas. A atenção em Cuidados Paliativos aos pacientes em domicílio aparece como continuidade da assistência. O cenário da morte, a questão do reconhecimento das características de cada família para o fenômeno da morte e do luto das famílias, também foram identificados. Há necessidade do fortalecimento de temáticas sobre a finitude da vida e compreensão sobre a morte, para uma tomada de consciência do ser-para-a-morte. Conclusão: A rede de Cuidados Paliativos tem conquistado espaço no SUS, sendo preciso ir além do cuidado aos pacientes com câncer, o que restringe seu potencial para o fortalecimento de cuidado ao fim de vida dos brasileiros. Cursos, discussões em equipe e pesquisas que tragam sensibilização, reflexões e conhecimento sobre o fenômeno da morte são recomendados.
{"title":"ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE","authors":"H. Medeiros, Nino Rosa Vital de Carvalho, Letícia Leite Pereira Costa de Oliveira, Anna Valeska Procópio de Moura Mendonça","doi":"10.54909/sp.v8i1.139522","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.139522","url":null,"abstract":"Introdução: A morte exerce impacto sobre a vida, gerando questionamentos e inquietudes. Nesse sentido, o processo de adoecimento-fim de vida traz possibilidades de cuidado e desafios. Objetivo: Analisar documentos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o fenômeno da morte em Cuidados Paliativos. Metodologia: Pesquisa documental na base de dados do Ministério da Saúde, no período de julho de 2023 a maio de 2024. Foram selecionados documentos encontrados a partir dos termos “cuidados paliativos” e “fim de vida”. Resultados: Foram analisados 16 documentos, incluindo portarias (n=10), pareceres (n=2), resoluções (n=2) e publicações (n=2). Os documentos expressaram avanços na rede de Cuidados Paliativos no SUS, os quais ainda se mostram direcionados ao cuidado de pacientes com câncer. Destacam-se, nos documentos, o tema associado ao cuidado integral, escuta ao paciente, cuidado centrado nas necessidades individuais de cada usuário, controle da dor, equipe de trabalho multiprofissional, serviços na rede de atenção em saúde e a importância do acesso facilitado à rede, por todos os usuários que possuam doenças crônicas. A atenção em Cuidados Paliativos aos pacientes em domicílio aparece como continuidade da assistência. O cenário da morte, a questão do reconhecimento das características de cada família para o fenômeno da morte e do luto das famílias, também foram identificados. Há necessidade do fortalecimento de temáticas sobre a finitude da vida e compreensão sobre a morte, para uma tomada de consciência do ser-para-a-morte. Conclusão: A rede de Cuidados Paliativos tem conquistado espaço no SUS, sendo preciso ir além do cuidado aos pacientes com câncer, o que restringe seu potencial para o fortalecimento de cuidado ao fim de vida dos brasileiros. Cursos, discussões em equipe e pesquisas que tragam sensibilização, reflexões e conhecimento sobre o fenômeno da morte são recomendados.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":" 29","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141370634","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: No contexto histórico-político da estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), a Educação Permanente em Saúde (EPS) emerge como política, ferramenta de aprendizagem e instrumento para maior participação dos trabalhadores nos processos de trabalho dos serviços de saúde. Objetivo: Analisar os efeitos da pandemia de COVID-19 nas ações de EPS em município da região sul do Brasil. Metodologia: Pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação. A produção de dados se deu por meio de grupos focais com trabalhadores das equipes das Unidades de Saúde da Família do município do estudo, e pelo uso de diário de campo. Os dados foram interpretados pela Análise do Discurso. Resultados: Os resultados mostraram o quanto a EPS é vista como uma ferramenta importante para o trabalho, possibilitando reflexões sobre o fazer em saúde e qualificando as abordagens de acordo com as necessidades do território. O estudo analisou aspectos importantes para identificar fragilidades e potencialidades das ações de EPS após a pandemia no município. Destaca-se o papel da gestão da Atenção Primária à Saúde; o enfraquecimento das ações após a retomada das atividades nas Unidades de Saúde pelo excesso de demandas (agravos de saúde, casos crônicos, questões relacionadas à saúde mental dos usuários, entre outros) e a diminuição de horários e turnos para reuniões de equipe, que vieram na esteira do junto ao novo modelo de atenção regido pelo Previne Brasil (metas, produtividade e alcance de indicadores em saúde). Conclusão: A pandemia de COVID-19 acentuou processos que vinham em curso no município estudado, resultando em um processo de desarticulação. Os trabalhadores e gestores têm o desafio de retomar a fortalecer a EPS como uma das políticas de fortalecimento do SUS.
{"title":"ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E O CONTEXTO PÓS-PANDÊMICO","authors":"Carlos Eduardo Trindade, Fabiana Schneider Pires","doi":"10.54909/sp.v8i1.140256","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.140256","url":null,"abstract":"Introdução: No contexto histórico-político da estruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), a Educação Permanente em Saúde (EPS) emerge como política, ferramenta de aprendizagem e instrumento para maior participação dos trabalhadores nos processos de trabalho dos serviços de saúde. Objetivo: Analisar os efeitos da pandemia de COVID-19 nas ações de EPS em município da região sul do Brasil. Metodologia: Pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação. A produção de dados se deu por meio de grupos focais com trabalhadores das equipes das Unidades de Saúde da Família do município do estudo, e pelo uso de diário de campo. Os dados foram interpretados pela Análise do Discurso. Resultados: Os resultados mostraram o quanto a EPS é vista como uma ferramenta importante para o trabalho, possibilitando reflexões sobre o fazer em saúde e qualificando as abordagens de acordo com as necessidades do território. O estudo analisou aspectos importantes para identificar fragilidades e potencialidades das ações de EPS após a pandemia no município. Destaca-se o papel da gestão da Atenção Primária à Saúde; o enfraquecimento das ações após a retomada das atividades nas Unidades de Saúde pelo excesso de demandas (agravos de saúde, casos crônicos, questões relacionadas à saúde mental dos usuários, entre outros) e a diminuição de horários e turnos para reuniões de equipe, que vieram na esteira do junto ao novo modelo de atenção regido pelo Previne Brasil (metas, produtividade e alcance de indicadores em saúde). Conclusão: A pandemia de COVID-19 acentuou processos que vinham em curso no município estudado, resultando em um processo de desarticulação. Os trabalhadores e gestores têm o desafio de retomar a fortalecer a EPS como uma das políticas de fortalecimento do SUS.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":" 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141372682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maria Elenir de Oliveira Anselmo, Daniel Demétrio Faustino-Silva
Introdução: O acolhimento é uma tecnologia leve preconizada pela Política Nacional de Humanização. Constitui-se como um dos pilares da estruturação da Atenção Básica à Saúde (ABS), devendo estar presente em toda relação de cuidado. Objetivo: Analisar conhecimentos e percepções de profissionais que compõem as equipes de ABS sobre o acolhimento, identificando fatores dificultadores e facilitadores no processo de implementação e consolidação dessa ferramenta. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo qualitativo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais com nove profissionais (médica – n=1, enfermeiras – n=2, técnica de enfermagem – n=1, agentes comunitárias de saúde – n=2, auxiliar de saúde bucal – n=1, assistente social – n=1 e gerente – n=1), que compõem as equipes de ABS no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. As entrevistas foram gravadas, transcritas e interpretadas pela análise de conteúdo, tendo como referenciais teóricos as Políticas Nacionais de Atenção Básica, de Humanização e de Educação Permanente em Saúde. Resultados: Por meio da identificação de três categorias temáticas geradas, percebeu-se que ainda há diferentes percepções quanto ao significado do acolhimento, e desafios e fragilidades que dificultam sua consolidação. Foi destacada, também, a relevância da Educação Permanente em Saúde, além de se considerar os determinantes sociais que impactam na saúde do usuário/comunidade, e a necessidade de ações articuladas com outros equipamentos sociais do território para o fortalecimento do acolhimento. Conclusão: A implementação e a consolidação do acolhimento mostram-se como desafios da ABS. É necessário que as equipes analisem de que forma o acolhimento vem sendo realizado e invistam em possibilidades que favoreçam mudanças em processos de trabalho e que possam contribuir para o fortalecimento do acolhimento e consequente aumento da resolutividade da ABS.
{"title":"ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE","authors":"Maria Elenir de Oliveira Anselmo, Daniel Demétrio Faustino-Silva","doi":"10.54909/sp.v8i1.138256","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.138256","url":null,"abstract":"Introdução: O acolhimento é uma tecnologia leve preconizada pela Política Nacional de Humanização. Constitui-se como um dos pilares da estruturação da Atenção Básica à Saúde (ABS), devendo estar presente em toda relação de cuidado. Objetivo: Analisar conhecimentos e percepções de profissionais que compõem as equipes de ABS sobre o acolhimento, identificando fatores dificultadores e facilitadores no processo de implementação e consolidação dessa ferramenta. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo qualitativo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais com nove profissionais (médica – n=1, enfermeiras – n=2, técnica de enfermagem – n=1, agentes comunitárias de saúde – n=2, auxiliar de saúde bucal – n=1, assistente social – n=1 e gerente – n=1), que compõem as equipes de ABS no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. As entrevistas foram gravadas, transcritas e interpretadas pela análise de conteúdo, tendo como referenciais teóricos as Políticas Nacionais de Atenção Básica, de Humanização e de Educação Permanente em Saúde. Resultados: Por meio da identificação de três categorias temáticas geradas, percebeu-se que ainda há diferentes percepções quanto ao significado do acolhimento, e desafios e fragilidades que dificultam sua consolidação. Foi destacada, também, a relevância da Educação Permanente em Saúde, além de se considerar os determinantes sociais que impactam na saúde do usuário/comunidade, e a necessidade de ações articuladas com outros equipamentos sociais do território para o fortalecimento do acolhimento. Conclusão: A implementação e a consolidação do acolhimento mostram-se como desafios da ABS. É necessário que as equipes analisem de que forma o acolhimento vem sendo realizado e invistam em possibilidades que favoreçam mudanças em processos de trabalho e que possam contribuir para o fortalecimento do acolhimento e consequente aumento da resolutividade da ABS.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"26 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140714697","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Objetivo: Analisar o uso da teleodontologia na Atenção Básica à Saúde (ABS), na perspectiva da educação de profissionais e do cuidado em saúde no Brasil. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com consulta às bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e National Library of Medicine (PubMed). Descritores controlados junto ao Dicionário de Descritores em Ciências da Saúde foram combinados, nos idiomas português e inglês (teleodontologia/teledentistry, Brasil/Brazil, Atenção Primária à Saúde/Primary Health Care; educação/education; assistência odontológica/dental care). Os critérios de inclusão contemplaram artigos científicos (ensaios, editoriais, comentários, revisões de literatura, relatos de experiência/caso, pesquisas empíricas) relacionados ao tema do estudo, publicados de 2007 a março de 2022. Foram excluídas publicações duplicadas, cartas e trabalhos acadêmicos. Resultados: Foram analisados 17 artigos, publicados de 2008 a 2021. Os resultados mostraram a teleodontologia utilizada na ABS em ações de tele-educação (cursos a distância, videoconferências), telediagnóstico (diagnóstico de lesões orais), teleconsultorias (apoiando profissionais da saúde em dúvidas e encaminhamentos), telemonitoramento de pacientes e teleconsultas durante a pandemia de COVID-19. Sua utilização foi associada ao fortalecimento da ABS, aumento da resolubilidade em saúde, da coordenação de encaminhamentos e do acesso aos serviços de saúde a pacientes moradores de áreas rurais. Falta de treinamento, resistência dos profissionais em relação ao uso de tecnologias da informação e comunicação, acesso limitado à internet, fragilidades de infraestrutura e questões relacionadas à segurança dos pacientes, foram barreiras identificadas relacionadas à utilização da teleodontologia. Conclusão: A teleodontologia foi uma ferramenta utilizada e valorizada no contexto do cuidado em saúde bucal na ABS para profissionais e pacientes, ampliando o acesso e sendo resolutiva ao reduzir os encaminhamentos às especialidades odontológicas. Tem potencial de crescimento e expansão no Sistema Único de Saúde, desde que as barreiras sejam consideradas.
{"title":"TELEODONTOLOGIA NA EDUCAÇÃO DE PROFISSIONAIS E NO CUIDADO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL","authors":"Jéssica Rodriguez Strey, Ramona Fernanda Ceriotti Toassi","doi":"10.54909/sp.v8i1.135603","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.135603","url":null,"abstract":"Objetivo: Analisar o uso da teleodontologia na Atenção Básica à Saúde (ABS), na perspectiva da educação de profissionais e do cuidado em saúde no Brasil. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura com consulta às bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e National Library of Medicine (PubMed). Descritores controlados junto ao Dicionário de Descritores em Ciências da Saúde foram combinados, nos idiomas português e inglês (teleodontologia/teledentistry, Brasil/Brazil, Atenção Primária à Saúde/Primary Health Care; educação/education; assistência odontológica/dental care). Os critérios de inclusão contemplaram artigos científicos (ensaios, editoriais, comentários, revisões de literatura, relatos de experiência/caso, pesquisas empíricas) relacionados ao tema do estudo, publicados de 2007 a março de 2022. Foram excluídas publicações duplicadas, cartas e trabalhos acadêmicos. Resultados: Foram analisados 17 artigos, publicados de 2008 a 2021. Os resultados mostraram a teleodontologia utilizada na ABS em ações de tele-educação (cursos a distância, videoconferências), telediagnóstico (diagnóstico de lesões orais), teleconsultorias (apoiando profissionais da saúde em dúvidas e encaminhamentos), telemonitoramento de pacientes e teleconsultas durante a pandemia de COVID-19. Sua utilização foi associada ao fortalecimento da ABS, aumento da resolubilidade em saúde, da coordenação de encaminhamentos e do acesso aos serviços de saúde a pacientes moradores de áreas rurais. Falta de treinamento, resistência dos profissionais em relação ao uso de tecnologias da informação e comunicação, acesso limitado à internet, fragilidades de infraestrutura e questões relacionadas à segurança dos pacientes, foram barreiras identificadas relacionadas à utilização da teleodontologia. Conclusão: A teleodontologia foi uma ferramenta utilizada e valorizada no contexto do cuidado em saúde bucal na ABS para profissionais e pacientes, ampliando o acesso e sendo resolutiva ao reduzir os encaminhamentos às especialidades odontológicas. Tem potencial de crescimento e expansão no Sistema Único de Saúde, desde que as barreiras sejam consideradas.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"29 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140257578","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. Sgarbossa, Nicolas Pereira Gerber, Victoria Caroline Aparecida Rodrigues, A. Modesto
Introdução: As crianças representam quase um terço das vítimas de queimaduras no Brasil, sendo a maioria ocorridas em ambiente doméstico. Sabe-se que muitos acidentes envolvendo queimaduras podem ser evitados e que as primeiras ações são determinantes para a evolução clínica do caso. Objetivo: Relatar a experiência de educação em saúde (oficinas) realizada por estudantes de Medicina sobre medidas de prevenção a queimaduras e primeiros socorros para crianças de um grupo de inclusão em escola pública de Curitiba, Paraná, Brasil. Relato da experiência: A primeira etapa da atividade consistiu em quatro rodas de conversa, com duração de 10 minutos cada, com os estudantes de Medicina divididos em duplas, com a finalidade de compreender qual o nível de conhecimento das crianças sobre queimaduras, primeiros socorros e medidas de prevenção. Depois da elaboração do jogo da memória pelos estudantes de Medicina, a segunda etapa baseou-se na aplicação do jogo e no diálogo sobre as ações no manejo inicial das intercorrências com queimaduras e no reconhecimento de situações e comportamentos potencialmente perigosos. A dinâmica do jogo da memória permitiu que as vivências pessoais das crianças, relacionadas ao tema das queimaduras, enriquecessem o processo educativo, proporcionando uma construção colaborativa do conhecimento que gera tanto a interação social quanto o desenvolvimento cognitivo. Conclusão: A ação de educação em saúde mediada pela ferramenta lúdica do jogo da memória possibilitou a interação entre os estudantes e crianças e uma compreensão mais aprofundada do tema trabalhado. Para os estudantes de Medicina, a experiência oportunizou a reflexão acerca do seu papel em ações de promoção da saúde, além do desenvolvimento de habilidades de comunicação, empatia e contato com a realidade socioeconômica de alunos de escola pública.
{"title":"RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE MEDIDAS DE PREVENÇÃO A QUEIMADURAS E PRIMEIROS SOCORROS PARA CRIANÇAS","authors":"C. Sgarbossa, Nicolas Pereira Gerber, Victoria Caroline Aparecida Rodrigues, A. Modesto","doi":"10.54909/sp.v8i1.136127","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.136127","url":null,"abstract":"Introdução: As crianças representam quase um terço das vítimas de queimaduras no Brasil, sendo a maioria ocorridas em ambiente doméstico. Sabe-se que muitos acidentes envolvendo queimaduras podem ser evitados e que as primeiras ações são determinantes para a evolução clínica do caso. Objetivo: Relatar a experiência de educação em saúde (oficinas) realizada por estudantes de Medicina sobre medidas de prevenção a queimaduras e primeiros socorros para crianças de um grupo de inclusão em escola pública de Curitiba, Paraná, Brasil. Relato da experiência: A primeira etapa da atividade consistiu em quatro rodas de conversa, com duração de 10 minutos cada, com os estudantes de Medicina divididos em duplas, com a finalidade de compreender qual o nível de conhecimento das crianças sobre queimaduras, primeiros socorros e medidas de prevenção. Depois da elaboração do jogo da memória pelos estudantes de Medicina, a segunda etapa baseou-se na aplicação do jogo e no diálogo sobre as ações no manejo inicial das intercorrências com queimaduras e no reconhecimento de situações e comportamentos potencialmente perigosos. A dinâmica do jogo da memória permitiu que as vivências pessoais das crianças, relacionadas ao tema das queimaduras, enriquecessem o processo educativo, proporcionando uma construção colaborativa do conhecimento que gera tanto a interação social quanto o desenvolvimento cognitivo. Conclusão: A ação de educação em saúde mediada pela ferramenta lúdica do jogo da memória possibilitou a interação entre os estudantes e crianças e uma compreensão mais aprofundada do tema trabalhado. Para os estudantes de Medicina, a experiência oportunizou a reflexão acerca do seu papel em ações de promoção da saúde, além do desenvolvimento de habilidades de comunicação, empatia e contato com a realidade socioeconômica de alunos de escola pública.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"1995 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140416965","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. Silva, Roberto Allan Ribeiro Silva, Fernanda Silva Antunes, Milena Sakon Portugal, P. O. R. Sakon
Objetivo: Compreender a percepção de usuários da Atenção Básica à Saúde (ABS) quanto aos serviços prestados e dinâmica de trabalho da equipe da Estratégia de Saúde da Família em ambiente rural. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, conduzido por entrevistas semiestruturadas com usuários da ABS, residentes na zona rural de Janaúba, Minas Gerais, Brasil. A amostra foi intencional por saturação. O material foi analisado pela análise de conteúdo. Resultados: Participaram do estudo 12 usuários. A ABS foi o serviço de primeira opção dos usuários para seu cuidado em saúde. Perceberam a Unidade de Saúde (US) com o papel de oferecer consultas, serviços ambulatoriais e encaminhamentos para especialidades quando necessário, além de prevenir doenças graves, acolher/atender à população de modo resolutivo. Relatos de satisfação foram ligados à qualidade da comunicação nas interações dos usuários com os profissionais da ABS. Identificaram na ABS serviços de assistência farmacêutica e odontológica, consultas de Enfermagem e Psicologia, e imunização. Agentes comunitários de saúde, profissionais da recepção, gerente e enfermeiros foram citados como profissionais de referência na US. Bom atendimento da US, acolhimento, assistência farmacêutica e estrutura física foram aspectos positivos percebidos pelos usuários. Desafios relacionados ao número insuficiente de profissionais, qualificação da equipe, indisponibilidade de transporte para realizar exames na cidade, horário de atendimento do médico e rotatividade de médicos foram apontados. Conclusão: Esta pesquisa destaca-se por trazer a percepção de usuários sobre um serviço de ABS no contexto rural. Seus achados constituem-se ferramentas de planejamento estratégico para a gestão municipal. Ações de educação em saúde nas comunidades rurais são recomendadas.
{"title":"PERCEPÇÃO DE USUÁRIOS SOBRE SERVIÇOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM ZONA RURAL NO MUNICÍPIO DE JANAÚBA, MINAS GERAIS","authors":"T. Silva, Roberto Allan Ribeiro Silva, Fernanda Silva Antunes, Milena Sakon Portugal, P. O. R. Sakon","doi":"10.54909/sp.v8i1.136399","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.136399","url":null,"abstract":"Objetivo: Compreender a percepção de usuários da Atenção Básica à Saúde (ABS) quanto aos serviços prestados e dinâmica de trabalho da equipe da Estratégia de Saúde da Família em ambiente rural. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, conduzido por entrevistas semiestruturadas com usuários da ABS, residentes na zona rural de Janaúba, Minas Gerais, Brasil. A amostra foi intencional por saturação. O material foi analisado pela análise de conteúdo. Resultados: Participaram do estudo 12 usuários. A ABS foi o serviço de primeira opção dos usuários para seu cuidado em saúde. Perceberam a Unidade de Saúde (US) com o papel de oferecer consultas, serviços ambulatoriais e encaminhamentos para especialidades quando necessário, além de prevenir doenças graves, acolher/atender à população de modo resolutivo. Relatos de satisfação foram ligados à qualidade da comunicação nas interações dos usuários com os profissionais da ABS. Identificaram na ABS serviços de assistência farmacêutica e odontológica, consultas de Enfermagem e Psicologia, e imunização. Agentes comunitários de saúde, profissionais da recepção, gerente e enfermeiros foram citados como profissionais de referência na US. Bom atendimento da US, acolhimento, assistência farmacêutica e estrutura física foram aspectos positivos percebidos pelos usuários. Desafios relacionados ao número insuficiente de profissionais, qualificação da equipe, indisponibilidade de transporte para realizar exames na cidade, horário de atendimento do médico e rotatividade de médicos foram apontados. Conclusão: Esta pesquisa destaca-se por trazer a percepção de usuários sobre um serviço de ABS no contexto rural. Seus achados constituem-se ferramentas de planejamento estratégico para a gestão municipal. Ações de educação em saúde nas comunidades rurais são recomendadas.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"198 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140456047","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Camilla Lorraine Moreira Dias, E. Dittz, F. Veiga, Luana Fátima Alvarenga Silveira, Raquel Vieira do Amaral, Raiane Teixeira Xavier
Introdução: Ações de planejamento educacional se mostram fundamentais para a prática pedagógica, orientando o trabalho do educador de forma que ele seja um processo contínuo de ação crítico-reflexiva. Objetivo: Relatar a experiência acerca de uma ação educativa sobre o uso do feedback no processo formativo de dois programas de residência (multi e uniprofissional) de um hospital filantrópico de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Relato da experiência: Foram organizados pelas preceptoras dos programas, seis encontros presenciais para desenvolver a ação educativa, dos quais participaram 117 preceptores dos programas da Residência Multiprofissional em Neonatologia e da Residência em Enfermagem Obstétrica. A ação pedagógica foi precedida de um planejamento, a partir de uma necessidade identificada previamente no cotidiano da prática pelas preceptoras. Foi abordado o uso da ferramenta do feedback no processo avaliativo do profissional residente, considerando seus componentes – tempestividade, especificidade, assertividade – e as habilidades de comunicação demandadas no processo educacional, seguidas de simulações de feedbacks inadequado e eficaz. Conclusão: O planejamento da prática educativa possibilitou o alcance dos objetivos de aprendizagem da atividade educativa realizada. Recomenda-se o investimento no planejamento de ações de educação permanente voltadas à preceptoria, pensadas a partir das necessidades vivenciadas pelos profissionais preceptores no cotidiano dos programas de residência em saúde, no sentido de apoiá-los no processo avaliativo e estimular sua participação nas atividades de ensino-aprendizagem-avaliação.
{"title":"QUALIFICAÇÃO DA FERRAMENTA FEEDBACK NO PROCESSO AVALIATIVO","authors":"Camilla Lorraine Moreira Dias, E. Dittz, F. Veiga, Luana Fátima Alvarenga Silveira, Raquel Vieira do Amaral, Raiane Teixeira Xavier","doi":"10.54909/sp.v8i1.136417","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.136417","url":null,"abstract":"Introdução: Ações de planejamento educacional se mostram fundamentais para a prática pedagógica, orientando o trabalho do educador de forma que ele seja um processo contínuo de ação crítico-reflexiva. Objetivo: Relatar a experiência acerca de uma ação educativa sobre o uso do feedback no processo formativo de dois programas de residência (multi e uniprofissional) de um hospital filantrópico de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Relato da experiência: Foram organizados pelas preceptoras dos programas, seis encontros presenciais para desenvolver a ação educativa, dos quais participaram 117 preceptores dos programas da Residência Multiprofissional em Neonatologia e da Residência em Enfermagem Obstétrica. A ação pedagógica foi precedida de um planejamento, a partir de uma necessidade identificada previamente no cotidiano da prática pelas preceptoras. Foi abordado o uso da ferramenta do feedback no processo avaliativo do profissional residente, considerando seus componentes – tempestividade, especificidade, assertividade – e as habilidades de comunicação demandadas no processo educacional, seguidas de simulações de feedbacks inadequado e eficaz. Conclusão: O planejamento da prática educativa possibilitou o alcance dos objetivos de aprendizagem da atividade educativa realizada. Recomenda-se o investimento no planejamento de ações de educação permanente voltadas à preceptoria, pensadas a partir das necessidades vivenciadas pelos profissionais preceptores no cotidiano dos programas de residência em saúde, no sentido de apoiá-los no processo avaliativo e estimular sua participação nas atividades de ensino-aprendizagem-avaliação.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"71 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140460276","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Manuella Matos de Azevedo, Elen Roberta Leita da Silva, L. L. Silva, Letícia Caroline da Cruz Paula, Letícia Nóbrega Guimarães, C. S. C. D. Santos
Objetivo: Analisar a produção científica sobre o uso de metodologias de ensino na formação de profissionais da saúde. Metodologia: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Education Resources Information Center (ERIC), entre setembro e outubro de 2023, com a utilização da estratégia PICo. A busca ocorreu por meio da combinação (operador booleano AND) de termos indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e não indexados. Foram incluídos artigos originais, reflexivos, revisões de literatura e relatos de experiência, disponíveis na íntegra, publicados de 2012 a 2022, em inglês/português/espanhol, e que respondessem à questão/objetivo do estudo. Trabalhos acadêmicos, resumos/artigos publicados em anais de eventos, cartas, editoriais e artigos duplicados foram excluídos. As variáveis analisadas foram título, autor(es)/ano, objetivo, metodologia e conclusão dos artigos selecionados. A análise de conteúdo de Bardin foi utilizada. Resultados: 2000 publicações foram identificadas. Após a seleção, 49 artigos foram rastreados pelos títulos, resumos, metodologias e 12 artigos foram incluídos no estudo. Os achados mostraram que a formação dos profissionais da saúde tem dialogado com metodologias ativas de ensino-aprendizagem que contemplam a Metodologia da Problematização tendo como referência o Método do Arco de Maguerez, da Aprendizagem Baseada em Problemas – Problem-based Learning (PBL), da Aprendizagem Baseada em Equipes – Team-Based-Learning (TBL), além da Simulação Realística, Aprendizagem Baseada em Projetos, Instrução por Pares, Sala de Aula Invertida e Simulação Clínica e Realista. Conclusão: Metodologias ativas na educação de profissionais da saúde estão relacionadas com o desenvolvimento da criatividade e da autonomia do educando na resolução de problemas. Além disso, estimulam a reflexão sobre o aprendizado e qualificam o trabalho em equipe pela compreensão da importância da interdisciplinaridade e da interprofissionalidade.
{"title":"METODOLOGIAS DE ENSINO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE","authors":"Manuella Matos de Azevedo, Elen Roberta Leita da Silva, L. L. Silva, Letícia Caroline da Cruz Paula, Letícia Nóbrega Guimarães, C. S. C. D. Santos","doi":"10.54909/sp.v8i1.136954","DOIUrl":"https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.136954","url":null,"abstract":"Objetivo: Analisar a produção científica sobre o uso de metodologias de ensino na formação de profissionais da saúde. Metodologia: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Education Resources Information Center (ERIC), entre setembro e outubro de 2023, com a utilização da estratégia PICo. A busca ocorreu por meio da combinação (operador booleano AND) de termos indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e não indexados. Foram incluídos artigos originais, reflexivos, revisões de literatura e relatos de experiência, disponíveis na íntegra, publicados de 2012 a 2022, em inglês/português/espanhol, e que respondessem à questão/objetivo do estudo. Trabalhos acadêmicos, resumos/artigos publicados em anais de eventos, cartas, editoriais e artigos duplicados foram excluídos. As variáveis analisadas foram título, autor(es)/ano, objetivo, metodologia e conclusão dos artigos selecionados. A análise de conteúdo de Bardin foi utilizada. Resultados: 2000 publicações foram identificadas. Após a seleção, 49 artigos foram rastreados pelos títulos, resumos, metodologias e 12 artigos foram incluídos no estudo. Os achados mostraram que a formação dos profissionais da saúde tem dialogado com metodologias ativas de ensino-aprendizagem que contemplam a Metodologia da Problematização tendo como referência o Método do Arco de Maguerez, da Aprendizagem Baseada em Problemas – Problem-based Learning (PBL), da Aprendizagem Baseada em Equipes – Team-Based-Learning (TBL), além da Simulação Realística, Aprendizagem Baseada em Projetos, Instrução por Pares, Sala de Aula Invertida e Simulação Clínica e Realista. Conclusão: Metodologias ativas na educação de profissionais da saúde estão relacionadas com o desenvolvimento da criatividade e da autonomia do educando na resolução de problemas. Além disso, estimulam a reflexão sobre o aprendizado e qualificam o trabalho em equipe pela compreensão da importância da interdisciplinaridade e da interprofissionalidade.","PeriodicalId":506592,"journal":{"name":"Saberes Plurais Educação na Saúde","volume":"30 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140481654","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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