Pub Date : 2023-10-16DOI: 10.35172/rvz.2023.v30.1529
Leticia Viviane De Jesus, Luciana Velasques Cervo, Layane Lina Maia Taveira, Laura Antonia Camilotti, Tainá Caroline Leite Wagner, T. Rocha, Raissa Lopes Laux, Izadora Fernanda Gomes Prates, D. M. Benvegnú
O bem-estar animal normalmente pode ser mensurado por três abordagens distintas, no qual a primeira envolve as funções biológicas e fisiológicas, a segunda abrange questões neuropsicológicas, e a terceira a manifestação dos comportamentos naturais. Neste contexto o objetivo deste estudo foi identificar a qualidade de vida de 249 cães atendidos na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul (SUHVU) – Campus Realeza/PR. Para tal, foi realizado coletas de dados retrospectivos no período de janeiro de 2020 à julho de 2021, no qual, foram obtidos os seguintes resultados: 72,3% dos cães eram domiciliados, 14,1% eram domiciliados e estavam sob responsabilidade de tutor em situação de vulnerabilidade social, no qual se encontravam cadastrados no Cadastro Único e 13,7% eram cães errantes. Em relação a fertilidade, 73,1% não eram castrados e 26,9% eram castrados. Com relação ao sexo 60,4% dos cães eram fêmeas e 39,6% eram machos. No que se refere a alimentação 52,9% eram alimentados por comida e ração, 36,6% somente ração e 10,5% apenas comida. Acerca do comportamento, 79,9% eram dóceis, 10,4% agressivos, 5,2% medrosos e 4,4% inquietos. A respeito da vacinação 75,6% dos animais receberam algum tipo de vacina, enquanto que 24,4% nunca foram vacinados. No entanto, somente 38,5% dos cães que foram vacinados alguma vez, receberam a vacina contra a raiva. No que diz respeito a vermifugação, 66,4% estavam atualizados, 19,8% desatualizados e 13,8% nunca receberam vermífugo. Quanto ao acesso à rua, 60,2% possuíam acesso com a presença ou ausência do tutor, ou mesmo acesso livre em se tratando de cães errantes e 39,8% não possuíam acesso. Em relação à presença de ectoparasitas 55,8% não apresentavam e 44,2% apresentavam. Além disso, foram analisadas alterações hematológicas e parâmetros bioquímicos, sendo que 48,8% dos animais apresentaram alteração no hemograma, sendo 18,4% identificados com anemia, apresentando também hematócrito inferior, valores de proteínas plasmáticas e albumina diminuídos e valores de ureia e creatinina aumentados. Em relação, a mobilidade obtivemos prevalência de 95% de cães vivendo de forma solta no ambiente que são mantidos, em contrapartida 5% dos cães sendo mantidos presos. Assim, espera-se que estes dados contribuam para o direcionamento de ações para promoção da saúde e do bem-estar animal no município de Realeza – PR.
{"title":"MANEJO E PERFIL DE CÃES ATENDIDOS NA SUPERINTENDÊNCIA UNIDADE HOSPITALAR VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL E SUAS IMPLICAÇÕES NO BEM-ESTAR ANIMAL","authors":"Leticia Viviane De Jesus, Luciana Velasques Cervo, Layane Lina Maia Taveira, Laura Antonia Camilotti, Tainá Caroline Leite Wagner, T. Rocha, Raissa Lopes Laux, Izadora Fernanda Gomes Prates, D. M. Benvegnú","doi":"10.35172/rvz.2023.v30.1529","DOIUrl":"https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1529","url":null,"abstract":"O bem-estar animal normalmente pode ser mensurado por três abordagens distintas, no qual a primeira envolve as funções biológicas e fisiológicas, a segunda abrange questões neuropsicológicas, e a terceira a manifestação dos comportamentos naturais. Neste contexto o objetivo deste estudo foi identificar a qualidade de vida de 249 cães atendidos na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul (SUHVU) – Campus Realeza/PR. Para tal, foi realizado coletas de dados retrospectivos no período de janeiro de 2020 à julho de 2021, no qual, foram obtidos os seguintes resultados: 72,3% dos cães eram domiciliados, 14,1% eram domiciliados e estavam sob responsabilidade de tutor em situação de vulnerabilidade social, no qual se encontravam cadastrados no Cadastro Único e 13,7% eram cães errantes. Em relação a fertilidade, 73,1% não eram castrados e 26,9% eram castrados. Com relação ao sexo 60,4% dos cães eram fêmeas e 39,6% eram machos. No que se refere a alimentação 52,9% eram alimentados por comida e ração, 36,6% somente ração e 10,5% apenas comida. Acerca do comportamento, 79,9% eram dóceis, 10,4% agressivos, 5,2% medrosos e 4,4% inquietos. A respeito da vacinação 75,6% dos animais receberam algum tipo de vacina, enquanto que 24,4% nunca foram vacinados. No entanto, somente 38,5% dos cães que foram vacinados alguma vez, receberam a vacina contra a raiva. No que diz respeito a vermifugação, 66,4% estavam atualizados, 19,8% desatualizados e 13,8% nunca receberam vermífugo. Quanto ao acesso à rua, 60,2% possuíam acesso com a presença ou ausência do tutor, ou mesmo acesso livre em se tratando de cães errantes e 39,8% não possuíam acesso. Em relação à presença de ectoparasitas 55,8% não apresentavam e 44,2% apresentavam. Além disso, foram analisadas alterações hematológicas e parâmetros bioquímicos, sendo que 48,8% dos animais apresentaram alteração no hemograma, sendo 18,4% identificados com anemia, apresentando também hematócrito inferior, valores de proteínas plasmáticas e albumina diminuídos e valores de ureia e creatinina aumentados. Em relação, a mobilidade obtivemos prevalência de 95% de cães vivendo de forma solta no ambiente que são mantidos, em contrapartida 5% dos cães sendo mantidos presos. Assim, espera-se que estes dados contribuam para o direcionamento de ações para promoção da saúde e do bem-estar animal no município de Realeza – PR.","PeriodicalId":506910,"journal":{"name":"Veterinária e Zootecnia","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139318797","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-16DOI: 10.35172/rvz.2023.v30.1523
Amanda Da Silva Santos, Antonio Campanha Martinez, Rodrigo Garcia Motta
O mormo é uma doença infectocontagiosa de caráter zoonótico, causado pela bactéria Burkholderia mallei que acomete equinos, muares e asininos. Em 2015, ocorreu um surto da doença no Brasil e isso foi responsável pela mudança no Plano Nacional de Sanidade dos Equídeos e fez com que o programa passasse por atualizações especialmente sobre as estratégicas de combate e prevenção da doença. Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento epidemiológico dos casos de mormo relatados no estado do Paraná entre 2010 e 2022 e avaliar o nível de conhecimento entre acadêmicos de medicina veterinária e profissionais sobre a doença. O inquérito foi realizado através da coleta de dados a partir das plataformas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento e Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná. O nível de conhecimento dos profissionais e acadêmicos do Paraná sobre a doença foi conduzido através de questionário virtual, disponibilizado apenas para estudantes do curso de Medicina Veterinária e profissionais. As respostas foram submetidas a análises descritivas, testes qui-quadrado e comparações múltiplas. O estado do Paraná registrou 14 casos neste período, com ampla distribuição pelo estado e sem correlação entre eles. Os valores de p obtidos indicaram diferença significativa entre a média de respostas corretas dos profissionais do Paraná com relação a dos acadêmicos do estado. Essa diferença não é significativa quanto à relação das médias de respostas corretas dos profissionais do Paraná que são ou não habilitados para realizar a coleta de sangue para o exame do mormo e também quanto à média das respostas corretas entre os acadêmicos do estado em seus diferentes anos. Os dados combinados quanto ao acerto de todas as respostas não foram favoráveis, mostrando que o nível de conhecimento desejado para a doença ainda é limitado, dificultando a implantação de medidas de controle e profilaxia para a doença.
{"title":"LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE MORMO EM EQUÍDEOS NO ESTADO DO PARANÁ (2010 A 2022) E O NÍVEL DE CONHECIMENTO DA DOENÇA ENTRE ALUNOS DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA E PROFISSIONAIS DO ESTADO","authors":"Amanda Da Silva Santos, Antonio Campanha Martinez, Rodrigo Garcia Motta","doi":"10.35172/rvz.2023.v30.1523","DOIUrl":"https://doi.org/10.35172/rvz.2023.v30.1523","url":null,"abstract":"O mormo é uma doença infectocontagiosa de caráter zoonótico, causado pela bactéria Burkholderia mallei que acomete equinos, muares e asininos. Em 2015, ocorreu um surto da doença no Brasil e isso foi responsável pela mudança no Plano Nacional de Sanidade dos Equídeos e fez com que o programa passasse por atualizações especialmente sobre as estratégicas de combate e prevenção da doença. Este trabalho teve como objetivo realizar levantamento epidemiológico dos casos de mormo relatados no estado do Paraná entre 2010 e 2022 e avaliar o nível de conhecimento entre acadêmicos de medicina veterinária e profissionais sobre a doença. O inquérito foi realizado através da coleta de dados a partir das plataformas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento e Agência de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná. O nível de conhecimento dos profissionais e acadêmicos do Paraná sobre a doença foi conduzido através de questionário virtual, disponibilizado apenas para estudantes do curso de Medicina Veterinária e profissionais. As respostas foram submetidas a análises descritivas, testes qui-quadrado e comparações múltiplas. O estado do Paraná registrou 14 casos neste período, com ampla distribuição pelo estado e sem correlação entre eles. Os valores de p obtidos indicaram diferença significativa entre a média de respostas corretas dos profissionais do Paraná com relação a dos acadêmicos do estado. Essa diferença não é significativa quanto à relação das médias de respostas corretas dos profissionais do Paraná que são ou não habilitados para realizar a coleta de sangue para o exame do mormo e também quanto à média das respostas corretas entre os acadêmicos do estado em seus diferentes anos. Os dados combinados quanto ao acerto de todas as respostas não foram favoráveis, mostrando que o nível de conhecimento desejado para a doença ainda é limitado, dificultando a implantação de medidas de controle e profilaxia para a doença.","PeriodicalId":506910,"journal":{"name":"Veterinária e Zootecnia","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139318509","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}