Pub Date : 2024-02-06DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.215337
Jose Jeffs Munizaga, Pablo Lacoste, J. C. Skewes, Luis Alegría
Se examina la valoración de la yerba mate como patrimonio agroalimentario regional, en el proceso de construcción del ideario americanista durante la gestión de Juan Manuel de Rosas al frente de la Confederación Argentina. Se detecta que la cultura de la yerba mate alcanzó un fuerte arraigo en la sociedad del Cono Sur en los siglos XVII y XVIII, pero, después de la independencia, la estrategia comercial británica procuró sustituirla por el té, producto imperial funcional a sus intereses. Este proyecto tuvo éxito en varios territorios, como por ejemplo en Chile, donde la élite se plegó a la moda impuesta por los ingleses. Pero en el Río de la Plata, Rosas se empeñó en promover y fortalecer la cultura del mate, como medio estratégico de afirmar la identidad americanista y de resistencia a las pretensiones neocoloniales europeas. Con esta actitud, Rosas fue un pionero en la valoración del patrimonio agroalimentario regional.
本文探讨了胡安-曼努埃尔-德-罗萨斯(Juan Manuel de Rosas)担任阿根廷联邦首脑期间,在美洲主义意识形态的构建过程中对作为地区农业食品遗产的耶巴马黛茶的评价。在十七和十八世纪,耶巴马黛茶文化深深扎根于南锥体社会,但在独立后,英国的商业战略试图用茶叶这种符合其利益的帝国产品来取代耶巴马黛茶。这一计划在一些地区取得了成功,例如在智利,精英阶层追随英国人强加的时尚。但在拉普拉塔河流域,罗萨斯决心推广和加强伴侣文化,将其作为一种战略手段,以维护美洲主义身份,抵制欧洲新殖民主义的自以为是。本着这种态度,罗萨斯成为评价地区农业食品遗产的先驱。
{"title":"Yerba mate, patrimonio inmaterial y poder blando en tiempos de Juan Manuel de Rosas (1829-1852)","authors":"Jose Jeffs Munizaga, Pablo Lacoste, J. C. Skewes, Luis Alegría","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.215337","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.215337","url":null,"abstract":"Se examina la valoración de la yerba mate como patrimonio agroalimentario regional, en el proceso de construcción del ideario americanista durante la gestión de Juan Manuel de Rosas al frente de la Confederación Argentina. Se detecta que la cultura de la yerba mate alcanzó un fuerte arraigo en la sociedad del Cono Sur en los siglos XVII y XVIII, pero, después de la independencia, la estrategia comercial británica procuró sustituirla por el té, producto imperial funcional a sus intereses. Este proyecto tuvo éxito en varios territorios, como por ejemplo en Chile, donde la élite se plegó a la moda impuesta por los ingleses. Pero en el Río de la Plata, Rosas se empeñó en promover y fortalecer la cultura del mate, como medio estratégico de afirmar la identidad americanista y de resistencia a las pretensiones neocoloniales europeas. Con esta actitud, Rosas fue un pionero en la valoración del patrimonio agroalimentario regional.","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"76 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139895730","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617
Cristiane Henriques Costa, J. A. M. Xexéo
Num raro exemplo de como Ciências Humanas e Exatas podem se unir num mesmo projeto, este estudo se valeu da tecnologia para desvendar as lacunas da história e a pesquisa histórica para contextualizar documentos até então sigilosos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897). Ferramentas de criptoanálise foram usadas para decifrar o texto de quatro telegramas altamente confidenciais, guardados há mais de um século no Arquivo Histórico do Exército. Compreender seu conteúdo exigiu ainda a consulta de fontes documentais e bibliográficas que permitissem complementar as informações contidas nos relatos criptografados sobre o fracasso da terceira expedição militar e o que aconteceu com o corpo de seu líder, o coronel Moreira César.
{"title":"Os segredos da Guerra de Canudos (1896-1897): telegramas criptografados sobre o fracasso da expedição Moreira Cesar são finalmente decifrados","authors":"Cristiane Henriques Costa, J. A. M. Xexéo","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617","url":null,"abstract":"Num raro exemplo de como Ciências Humanas e Exatas podem se unir num mesmo projeto, este estudo se valeu da tecnologia para desvendar as lacunas da história e a pesquisa histórica para contextualizar documentos até então sigilosos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897). Ferramentas de criptoanálise foram usadas para decifrar o texto de quatro telegramas altamente confidenciais, guardados há mais de um século no Arquivo Histórico do Exército. Compreender seu conteúdo exigiu ainda a consulta de fontes documentais e bibliográficas que permitissem complementar as informações contidas nos relatos criptografados sobre o fracasso da terceira expedição militar e o que aconteceu com o corpo de seu líder, o coronel Moreira César.","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"45 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139893233","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-05DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617
Cristiane Henriques Costa, J. A. M. Xexéo
Num raro exemplo de como Ciências Humanas e Exatas podem se unir num mesmo projeto, este estudo se valeu da tecnologia para desvendar as lacunas da história e a pesquisa histórica para contextualizar documentos até então sigilosos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897). Ferramentas de criptoanálise foram usadas para decifrar o texto de quatro telegramas altamente confidenciais, guardados há mais de um século no Arquivo Histórico do Exército. Compreender seu conteúdo exigiu ainda a consulta de fontes documentais e bibliográficas que permitissem complementar as informações contidas nos relatos criptografados sobre o fracasso da terceira expedição militar e o que aconteceu com o corpo de seu líder, o coronel Moreira César.
{"title":"Os segredos da Guerra de Canudos (1896-1897): telegramas criptografados sobre o fracasso da expedição Moreira Cesar são finalmente decifrados","authors":"Cristiane Henriques Costa, J. A. M. Xexéo","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214617","url":null,"abstract":"Num raro exemplo de como Ciências Humanas e Exatas podem se unir num mesmo projeto, este estudo se valeu da tecnologia para desvendar as lacunas da história e a pesquisa histórica para contextualizar documentos até então sigilosos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897). Ferramentas de criptoanálise foram usadas para decifrar o texto de quatro telegramas altamente confidenciais, guardados há mais de um século no Arquivo Histórico do Exército. Compreender seu conteúdo exigiu ainda a consulta de fontes documentais e bibliográficas que permitissem complementar as informações contidas nos relatos criptografados sobre o fracasso da terceira expedição militar e o que aconteceu com o corpo de seu líder, o coronel Moreira César.","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"97 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139896265","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-22DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214149
M. Gonçalves
Enfoca-se a história da reflexão de Jean Améry (1912-1978) sobre o envelhecimento e a morte voluntária. Prisioneiro e sobrevivente de campos de concentração e extermínio da segunda guerra, Améry teve uma relação cotidiana com a violência e a morte. Na década de 1960, produziu de modo mais organizado uma série de ensaios que se tornaram referência na literatura de teor testemunhal. A hipótese é que as reflexões de Améry sobre o suicídio, e a decisão por ser o algoz de si mesmo em 1978, passam a tomar parte mais enfática do seu trabalho intelectual em 1968, com a publicação do ensaio Über das Altern. Revolte und Resignation. O artigo procura não perder de vista a dialética sujeito/coletivo, indivíduo/sociedade, e considera a dimensão histórica das experiências de Améry, constituintes da contemporaneidade de suas ideias.
{"title":"O Suicídio de Jean Améry (1968-1978)","authors":"M. Gonçalves","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214149","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214149","url":null,"abstract":"Enfoca-se a história da reflexão de Jean Améry (1912-1978) sobre o envelhecimento e a morte voluntária. Prisioneiro e sobrevivente de campos de concentração e extermínio da segunda guerra, Améry teve uma relação cotidiana com a violência e a morte. Na década de 1960, produziu de modo mais organizado uma série de ensaios que se tornaram referência na literatura de teor testemunhal. A hipótese é que as reflexões de Améry sobre o suicídio, e a decisão por ser o algoz de si mesmo em 1978, passam a tomar parte mais enfática do seu trabalho intelectual em 1968, com a publicação do ensaio Über das Altern. Revolte und Resignation. O artigo procura não perder de vista a dialética sujeito/coletivo, indivíduo/sociedade, e considera a dimensão histórica das experiências de Améry, constituintes da contemporaneidade de suas ideias.","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"40 5-6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140499549","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-22DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.214490
Leandro Antonio de Almeida
O método Zaba era uma variação do que ficou conhecido, no Ocidente do século XIX, como método mnemônico polonês para o ensino de História Universal, desenvolvido por Antoni Jazwinski nos anos 1820 e modificado por Jozef Bem nos anos 1830. A partir dos anos 1840, outro polonês, Napoleão Félix Zaba, desenvolveu uma versão própria do método e, nas quatro décadas seguintes, deu conferências sobre ele em vários países, inclusive o Brasil. O objetivo deste trabalho é analisar a recepção do método Zaba durante a passagem do seu divulgador pela Bahia, em meados de 1871, quando suas palestras foram assistidas pelo alto escalão da instrução pública da província, por normalistas e professores primários, ensejando tentativas de adaptação e implementação do método à História do Brasil. Buscaremos entender como os dirigentes perceberam a eficácia do método para o ensino de História na Bahia e como professores e normalistas mobilizaram seus conhecimentos e esforços para adaptá-lo ao conteúdo das classes primárias.
{"title":"Saberes docentes mobilizados em adaptações do Método Zaba à história brasileira feitas por professores de Salvador, Bahia (1871)","authors":"Leandro Antonio de Almeida","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.214490","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.214490","url":null,"abstract":"O método Zaba era uma variação do que ficou conhecido, no Ocidente do século XIX, como método mnemônico polonês para o ensino de História Universal, desenvolvido por Antoni Jazwinski nos anos 1820 e modificado por Jozef Bem nos anos 1830. A partir dos anos 1840, outro polonês, Napoleão Félix Zaba, desenvolveu uma versão própria do método e, nas quatro décadas seguintes, deu conferências sobre ele em vários países, inclusive o Brasil. O objetivo deste trabalho é analisar a recepção do método Zaba durante a passagem do seu divulgador pela Bahia, em meados de 1871, quando suas palestras foram assistidas pelo alto escalão da instrução pública da província, por normalistas e professores primários, ensejando tentativas de adaptação e implementação do método à História do Brasil. Buscaremos entender como os dirigentes perceberam a eficácia do método para o ensino de História na Bahia e como professores e normalistas mobilizaram seus conhecimentos e esforços para adaptá-lo ao conteúdo das classes primárias.\u0000 ","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"284 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140499870","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-22DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.213117
V. Vigneron
Este artigo tem como objetivo analisar determinadas formas de prolongamento do Modernismo em São Paulo. Mais especificamente, trata-se de observar a manifestação desse movimento na trajetória do crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes entre os anos 1960 e 1970. Situado numa posição singular ante o Modernismo, o crítico articulou, ao longo de sua trajetória, diversas maneiras de lidar com o movimento. Por um lado, é possível aferir o prolongamento do tema nas formulações do crítico sobre a figura de Oswald de Andrade, de quem foi próximo desde os anos 1930. Por outro lado, uma reflexão mais abrangente sobre o Modernismo se cristaliza no início dos anos 1970, num documento em que Paulo Emílio reflete sobre a Semana de 22. Por meio dessas duas perspectivas, espera-se refletir sobre o sentido da atualização do Modernismo no contexto turbulento que se seguiu ao Golpe de 1964.
{"title":"A persistência da visão: Paulo Emílio Salles Gomes e o Modernismo (1964-1977)","authors":"V. Vigneron","doi":"10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.213117","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.213117","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar determinadas formas de prolongamento do Modernismo em São Paulo. Mais especificamente, trata-se de observar a manifestação desse movimento na trajetória do crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes entre os anos 1960 e 1970. Situado numa posição singular ante o Modernismo, o crítico articulou, ao longo de sua trajetória, diversas maneiras de lidar com o movimento. Por um lado, é possível aferir o prolongamento do tema nas formulações do crítico sobre a figura de Oswald de Andrade, de quem foi próximo desde os anos 1930. Por outro lado, uma reflexão mais abrangente sobre o Modernismo se cristaliza no início dos anos 1970, num documento em que Paulo Emílio reflete sobre a Semana de 22. Por meio dessas duas perspectivas, espera-se refletir sobre o sentido da atualização do Modernismo no contexto turbulento que se seguiu ao Golpe de 1964.","PeriodicalId":517230,"journal":{"name":"Revista de História","volume":"283 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140499879","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}