Pub Date : 2024-07-12DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675282
Camille Cardoso Miranda, Ana Vilacy Galucio
Este artigo tem como tema a análise de adposições espaciais em três línguas Aruák (Baniwa, Tariana e Warekena) faladas no noroeste amazônico, mais especificamente no munícipio de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas (Brasil). Neste trabalho, a análise da representação semântica do espaço baseia-se na tipologia semântica e gramática do espaço. A representação semântica dos eventos de movimento é dividida em dois domínios semânticos: a expressão de localização estática, que se refere a um evento que não envolve movimento do fundo, e a dinâmica que envolve movimento. Esses dois tipos são analisados nesse estudo, a partir dos dados que foram coletados em trabalhos acadêmicos das línguas investigadas. Como resultado, verificamos que as adposições estáticas são, predominantemente, mais recorrentes, totalizando 32 tipos enquanto as adposições espaciais dinâmicas, ocorrem apenas em 5 casos. Além disso, verificamos também adposições que têm uma função mais morfossintática, ocorrendo no total em 11 casos, os tipos mais comuns são o comitativo e instrumental e o benefactivo. As adposições analisadas nessa pesquisa não exibem regularmente cognatos, ocorrendo apenas em três casos. Em suma, esse artigo é apenas um recorte preliminar da análise da gramática do espaço em três línguas Aruák, com o intuito de ser um primeiro passo para um estudo mais abrangente sobre esse tema nas línguas da família Aruák.
本文分析了在亚马逊西北部,更具体地说是在亚马孙州(巴西)的圣加布里埃尔-达卡乔伊拉市(São Gabriel da Cachoeira)使用的三种阿鲁阿克语(Baniwa、Tariana 和 Warekena)中的空间介词。在这项工作中,对空间语义表征的分析以空间语义类型学和语法为基础。运动事件的语义表述分为两个语义域:静态定位表述(指不涉及背景移动的事件)和动态定位表述(涉及移动的事件)。本研究根据从所调查语言的学术论文中收集到的数据,对这两种类型进行了分析。结果我们发现,静态介词主要是经常出现,共有 32 种,而动态空间介词只出现 5 种。此外,我们还发现有更多形态句法功能的介词,共出现 11 个,其中最常见的类型是语气助词、工具助词和受益助词。本研究分析的副词并不经常出现同位语,仅出现过 3 例。总之,本文只是对阿鲁阿克语系三种语言中空间语法的初步分析,目的是为更全面地研究阿鲁阿克语系语言中的空间语法迈出第一步。
{"title":"Noções de expressão espaciais nas línguas Aruák faladas no Noroeste Amazônico","authors":"Camille Cardoso Miranda, Ana Vilacy Galucio","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675282","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675282","url":null,"abstract":"Este artigo tem como tema a análise de adposições espaciais em três línguas Aruák (Baniwa, Tariana e Warekena) faladas no noroeste amazônico, mais especificamente no munícipio de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas (Brasil). Neste trabalho, a análise da representação semântica do espaço baseia-se na tipologia semântica e gramática do espaço. A representação semântica dos eventos de movimento é dividida em dois domínios semânticos: a expressão de localização estática, que se refere a um evento que não envolve movimento do fundo, e a dinâmica que envolve movimento. Esses dois tipos são analisados nesse estudo, a partir dos dados que foram coletados em trabalhos acadêmicos das línguas investigadas. Como resultado, verificamos que as adposições estáticas são, predominantemente, mais recorrentes, totalizando 32 tipos enquanto as adposições espaciais dinâmicas, ocorrem apenas em 5 casos. Além disso, verificamos também adposições que têm uma função mais morfossintática, ocorrendo no total em 11 casos, os tipos mais comuns são o comitativo e instrumental e o benefactivo. As adposições analisadas nessa pesquisa não exibem regularmente cognatos, ocorrendo apenas em três casos. Em suma, esse artigo é apenas um recorte preliminar da análise da gramática do espaço em três línguas Aruák, com o intuito de ser um primeiro passo para um estudo mais abrangente sobre esse tema nas línguas da família Aruák.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"44 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141652895","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-10DOI: 10.20396/liames.v24i00.8676041
Jesús Olguín Martínez, Alonso Vásquez Aguilar
Studies on individual Amazonian languages have shown that these languages can contribute to informing and refining our theories of counterfactual conditional constructions. Still missing, however, is an attempt at exploring this complex sentence construction across different genetic units of the Amazonia in a single study. The paper explores counterfactual conditionals in a sample of 24 Amazonian languages. Special attention is paid to the range of TAM markers and clause-linking devices used in counterfactual conditionals in the Amazonian languages in the sample. As for TAM markers, it is shown that protases tend to be unmarked (they do not occur with any TAM values), and apodoses tend to occur with irrealis or frustrative marking. As for clause-linking devices, it is shown that most Amazonian languages in the sample contain counterfactual conditionals occurring with non-specialized clause-linking devices. This means that the distinction between counterfactual conditionals and other types of conditionals (e.g., real/generic) is not grammaticalized in clause-linking devices. Instead, the counterfactual conditional meaning resides in the combination of specific TAM markers. The paper also pays close attention to the distribution of TAM markers and clause-linking devices in counterfactual conditional constructions in the Vaupés. In particular, special attention is paid to how Tariana counterfactual conditional construction have been shaped by Tucanoan languages through language contact.
对亚马逊地区个别语言的研究表明,这些语言有助于我们了解和完善反事实条件结构的理论。然而,在一项研究中对亚马孙地区不同基因单元的这种复杂句子结构进行探讨的尝试仍是空白。本文探讨了 24 种亚马逊语言样本中的反事实条件句。本文特别关注了样本中的亚马逊语言在反事实条件句中使用的 TAM 标记和分句连接手段的范围。在 TAM 标记方面,研究表明,protases 往往是无标记的(它们不以任何 TAM 值出现),而 apodoses 往往以 irrealis 或 frustrative 标记出现。至于分句连接手段,研究表明,样本中的大多数亚马逊语言都包含使用非特化分句连接手段的反事实条件句。这意味着反事实条件句和其他类型条件句(如真实/一般)之间的区别并没有在分句连接手段中语法化。相反,反事实条件句的意义在于特定 TAM 标记的组合。本文还密切关注了沃佩斯语中反事实条件结构中 TAM 标记和分句连接手段的分布情况。本文特别关注了塔里亚纳语的反事实条件结构是如何通过语言接触被图卡诺亚语塑造的。
{"title":"Counterfactual conditional strategies in some Amazonian languages","authors":"Jesús Olguín Martínez, Alonso Vásquez Aguilar","doi":"10.20396/liames.v24i00.8676041","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8676041","url":null,"abstract":"Studies on individual Amazonian languages have shown that these languages can contribute to informing and refining our theories of counterfactual conditional constructions. Still missing, however, is an attempt at exploring this complex sentence construction across different genetic units of the Amazonia in a single study. The paper explores counterfactual conditionals in a sample of 24 Amazonian languages. Special attention is paid to the range of TAM markers and clause-linking devices used in counterfactual conditionals in the Amazonian languages in the sample. As for TAM markers, it is shown that protases tend to be unmarked (they do not occur with any TAM values), and apodoses tend to occur with irrealis or frustrative marking. As for clause-linking devices, it is shown that most Amazonian languages in the sample contain counterfactual conditionals occurring with non-specialized clause-linking devices. This means that the distinction between counterfactual conditionals and other types of conditionals (e.g., real/generic) is not grammaticalized in clause-linking devices. Instead, the counterfactual conditional meaning resides in the combination of specific TAM markers. The paper also pays close attention to the distribution of TAM markers and clause-linking devices in counterfactual conditional constructions in the Vaupés. In particular, special attention is paid to how Tariana counterfactual conditional construction have been shaped by Tucanoan languages through language contact.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"22 13","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141662483","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-07-01DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675080
Andrey Nikulin, Ricardo Capêrkô Canela
Neste artigo descrevemos e analisamos uma particularidade flexional de uma classe de verbos transitivos na variedade da língua Mẽhĩ falada pelo povo Mẽmõrtũmre (Canela). Estes verbos apresentam uma forma dedicada que ocorre em orações finitas em que um agente de segunda pessoa age sobre um paciente de terceira pessoa. A referida forma caracteriza-se pela ocorrência do prefixo a- / ∅-, sendo que a escolha do alomorfe é condicionada fonologicamente. Argumentamos que a flexão em questão é formalmente diferente da flexão de segunda pessoa e, portanto, não se trata de uma instância de hierarquia de pessoa, como foi proposto na literatura. Finalmente, discutimos a possibilidade de reconstruir o padrão observado na língua Mẽhĩ para a língua do povo ancestral de todos os povos Jê Setentrionais.
{"title":"Tu vai ... ele","authors":"Andrey Nikulin, Ricardo Capêrkô Canela","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675080","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675080","url":null,"abstract":"Neste artigo descrevemos e analisamos uma particularidade flexional de uma classe de verbos transitivos na variedade da língua Mẽhĩ falada pelo povo Mẽmõrtũmre (Canela). Estes verbos apresentam uma forma dedicada que ocorre em orações finitas em que um agente de segunda pessoa age sobre um paciente de terceira pessoa. A referida forma caracteriza-se pela ocorrência do prefixo a- / ∅-, sendo que a escolha do alomorfe é condicionada fonologicamente. Argumentamos que a flexão em questão é formalmente diferente da flexão de segunda pessoa e, portanto, não se trata de uma instância de hierarquia de pessoa, como foi proposto na literatura. Finalmente, discutimos a possibilidade de reconstruir o padrão observado na língua Mẽhĩ para a língua do povo ancestral de todos os povos Jê Setentrionais.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"32 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141701597","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-05-17DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675667
Gabriel Diniz Gruber
O presente artigo propõe inicialmente investigar de modo preliminar a origem e alguns dos desdobramentos da aplicação da etnossintaxe para os dados linguísticos da língua mehinaku. Partindo desde o trabalho de Whorf (1979) sobre a língua nootka, a formulação do princípio da relatividade linguística, a análise de sua literatura pela antropóloga Schultz (1990), sua importância para a implementação da etnossintaxe, e o uso desta no estudo de línguas indígenas brasileiras. Em uma outra etapa, busca-se entender como tal compreensão etnográfica da gramática afetaria alguns dos dados já analisados da língua mehinaku, da matriz Arawak. Após um breve panorama do contexto das línguas Arawak e do cenário antropológico da região do Alto Xingu, é proposto um dialogismo de dados linguísticos de Awetí (2014), Corbera Mori (2017) e Felipe (2020), com registros antropológicos e iconográficos da cultura material mehinaku advindos de Gregor (1982), Malhano (1993) e Fénelon Costa (1988, 2014). Aborda-se, portanto, como a etnossintaxe afetaria a compreensão sobre: sufixos classificadores nominais, o campo semântico do termo tɨpa/tɨpe e o léxico corporal humano e não-humano relacionado à moradia tradicional altoxinguana.
{"title":"Impactos etnossintáticos nos dados de Mehinaku (Arawak)","authors":"Gabriel Diniz Gruber","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675667","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675667","url":null,"abstract":"O presente artigo propõe inicialmente investigar de modo preliminar a origem e alguns dos desdobramentos da aplicação da etnossintaxe para os dados linguísticos da língua mehinaku. Partindo desde o trabalho de Whorf (1979) sobre a língua nootka, a formulação do princípio da relatividade linguística, a análise de sua literatura pela antropóloga Schultz (1990), sua importância para a implementação da etnossintaxe, e o uso desta no estudo de línguas indígenas brasileiras. Em uma outra etapa, busca-se entender como tal compreensão etnográfica da gramática afetaria alguns dos dados já analisados da língua mehinaku, da matriz Arawak. Após um breve panorama do contexto das línguas Arawak e do cenário antropológico da região do Alto Xingu, é proposto um dialogismo de dados linguísticos de Awetí (2014), Corbera Mori (2017) e Felipe (2020), com registros antropológicos e iconográficos da cultura material mehinaku advindos de Gregor (1982), Malhano (1993) e Fénelon Costa (1988, 2014). Aborda-se, portanto, como a etnossintaxe afetaria a compreensão sobre: sufixos classificadores nominais, o campo semântico do termo tɨpa/tɨpe e o léxico corporal humano e não-humano relacionado à moradia tradicional altoxinguana.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"3 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140963328","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-05-15DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675462
M. Freitas, Izabelly Karoliny Brito Bentes
O presente artigo investiga a ocorrência da relação semântica meronímia/holonímia em textos narrativos e procedurais da língua apurinã, língua indígena falada no sudeste do estado do Amazonas. A meronímia, segundo Cruse (2000), é um fenômeno semântico que expressa a relação parte (merônimo)/todo (holônimo), podendo haver diferentes subtipos semânticos expressando tal relação (Winston; Chaffin; Hermann 1987). Dentre tais subtipos há os que denotam um evento (atividade/holônimo) e os subeventos (traços/merônimos) associados a ele. Verificou-se uma carência de trabalhos linguísticos descritivos, especialmente em se tratando de línguas indígenas, voltados para esse tipo de meronímia, envolvendo verbos. Esse tipo de investigação pode ser útil para estudos futuros ligados a verbos em línguas indígenas, no sentido de identificar, entre verbos designativos de subeventos (merônimos) e eventos mais amplos (holônimos) possíveis semelhanças morfossintáticas. Os textos analisados foram selecionados do banco de dados textuais da língua apurinã, interlinearizados no programa Fieldwork Language Explorer (FLEx) por Facundes e equipe de pesquisa, ao longo de três décadas de estudos. Concluiu-se que, nos textos investigados, há uma maior presença de relações meronímicas atividade/traço do que de qualquer outro subtipo semântico de merônimo. Isto ocorre devido aos tipos textuais narrativo e procedural serem intrinsecamente permeados por eventos e seus desdobramentos, seja, no primeiro caso, pela narração de eventos e seus subeventos associados, seja, no segundo caso, pela explicação dos subeventos que constituem a realização de um evento maior.
{"title":"Meronímia e holonímia em textos narrativos e procedurais da língua Apurinã (Aruák))","authors":"M. Freitas, Izabelly Karoliny Brito Bentes","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675462","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675462","url":null,"abstract":"O presente artigo investiga a ocorrência da relação semântica meronímia/holonímia em textos narrativos e procedurais da língua apurinã, língua indígena falada no sudeste do estado do Amazonas. A meronímia, segundo Cruse (2000), é um fenômeno semântico que expressa a relação parte (merônimo)/todo (holônimo), podendo haver diferentes subtipos semânticos expressando tal relação (Winston; Chaffin; Hermann 1987). Dentre tais subtipos há os que denotam um evento (atividade/holônimo) e os subeventos (traços/merônimos) associados a ele. Verificou-se uma carência de trabalhos linguísticos descritivos, especialmente em se tratando de línguas indígenas, voltados para esse tipo de meronímia, envolvendo verbos. Esse tipo de investigação pode ser útil para estudos futuros ligados a verbos em línguas indígenas, no sentido de identificar, entre verbos designativos de subeventos (merônimos) e eventos mais amplos (holônimos) possíveis semelhanças morfossintáticas. Os textos analisados foram selecionados do banco de dados textuais da língua apurinã, interlinearizados no programa Fieldwork Language Explorer (FLEx) por Facundes e equipe de pesquisa, ao longo de três décadas de estudos. Concluiu-se que, nos textos investigados, há uma maior presença de relações meronímicas atividade/traço do que de qualquer outro subtipo semântico de merônimo. Isto ocorre devido aos tipos textuais narrativo e procedural serem intrinsecamente permeados por eventos e seus desdobramentos, seja, no primeiro caso, pela narração de eventos e seus subeventos associados, seja, no segundo caso, pela explicação dos subeventos que constituem a realização de um evento maior.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":" 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141128185","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-04-24DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675410
Zarina Estrada-Fernández
Este trabajo analiza los distintos tipos de actos de habla interrogativos que se han observado en pima bajo, lengua de la rama tepimana de la familia yuto-azteca hablada en la región noroeste de México. El análisis considera los distintos tipos de construcciones interrogativas, sus particularidades y diferencias tomando como referencia lo propuesto por autores que han analizado este dominio funcional desde una perspectiva tipológica. El estudio considera tres tipos de construcciones interrogativas: (i) las interrogativas de argumento o contenido, (ii) las interrogativas polares y (iii) las preguntas de coletilla. El artículo describe la lista completa de los pronombres interrogativos en pima bajo, sus cambios fonológicos, la ocurrencia de interrogativos complejos, algunas observaciones sobre la prosodia en algunas construcciones interrogativas y también proporciona una visión comparativa de los elementos interrogativos de esta lengua con los de otras lenguas yuto-aztecas para discutir el posible origen diacrónico de estos elementos.
{"title":"Actos de habla interrogativos en pima bajo","authors":"Zarina Estrada-Fernández","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675410","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675410","url":null,"abstract":"Este trabajo analiza los distintos tipos de actos de habla interrogativos que se han observado en pima bajo, lengua de la rama tepimana de la familia yuto-azteca hablada en la región noroeste de México. El análisis considera los distintos tipos de construcciones interrogativas, sus particularidades y diferencias tomando como referencia lo propuesto por autores que han analizado este dominio funcional desde una perspectiva tipológica. El estudio considera tres tipos de construcciones interrogativas: (i) las interrogativas de argumento o contenido, (ii) las interrogativas polares y (iii) las preguntas de coletilla. El artículo describe la lista completa de los pronombres interrogativos en pima bajo, sus cambios fonológicos, la ocurrencia de interrogativos complejos, algunas observaciones sobre la prosodia en algunas construcciones interrogativas y también proporciona una visión comparativa de los elementos interrogativos de esta lengua con los de otras lenguas yuto-aztecas para discutir el posible origen diacrónico de estos elementos.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140660292","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-04-15DOI: 10.20396/liames.v24i00.8674526
Kate Bellamy, Martha Mendoza
Alongside taste and smell, touch has long been considered one of the ‘lower’ senses in much of western thought (Classen 1997). However, more recent research indicates that this ranking is not absolute, but that the cultural importance of the senses and their role in constructing worldview is relative, and thus variable (San Roque et al. 2015). Winter (2019: 191) also remarks that touch is high in semantic complexity because it is a frequent source domain in cross-modal language use, for instance, rough voice. Nevertheless, the language of touch has largely been ignored in linguistic description (cf. Essegbey 2013). This paper specifically investigates the language of texture in P’urhepecha, an isolate spoken in western Mexico, focusing on terms obtained by employing the “texture booklet” (Majid et al. 2007). Responses revealed two main morphosyntactic strategies: (i) terms formed from a root that expresses a texture, further subdivided into adjectival and verbal forms, and (ii) a variety of comparison constructions that can be broadly translated by ‘like’ in English. Ten roots were employed overall, but three of them dominated: ch’era- ‘rough’, sanu- (and its variant sunu-) ‘woolly’, and pitsï- (and its variant pichi-) ‘smooth’. These describe all ten of the stimulus materials, whereas the minor, less frequent roots, had narrower reference. While further investigation is needed to gain a better understanding of this lexical domain, our preliminary study of texture terms in P’urhepecha adds to the very few sources that have investigated this area of linguistic inquiry, and also deepens our knowledge of the complex morphology and contact-induced features of the language (cf. Chamoreau 2012).
{"title":"The expression of texture in P’urhepecha","authors":"Kate Bellamy, Martha Mendoza","doi":"10.20396/liames.v24i00.8674526","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8674526","url":null,"abstract":"Alongside taste and smell, touch has long been considered one of the ‘lower’ senses in much of western thought (Classen 1997). However, more recent research indicates that this ranking is not absolute, but that the cultural importance of the senses and their role in constructing worldview is relative, and thus variable (San Roque et al. 2015). Winter (2019: 191) also remarks that touch is high in semantic complexity because it is a frequent source domain in cross-modal language use, for instance, rough voice. Nevertheless, the language of touch has largely been ignored in linguistic description (cf. Essegbey 2013). This paper specifically investigates the language of texture in P’urhepecha, an isolate spoken in western Mexico, focusing on terms obtained by employing the “texture booklet” (Majid et al. 2007). Responses revealed two main morphosyntactic strategies: (i) terms formed from a root that expresses a texture, further subdivided into adjectival and verbal forms, and (ii) a variety of comparison constructions that can be broadly translated by ‘like’ in English. Ten roots were employed overall, but three of them dominated: ch’era- ‘rough’, sanu- (and its variant sunu-) ‘woolly’, and pitsï- (and its variant pichi-) ‘smooth’. These describe all ten of the stimulus materials, whereas the minor, less frequent roots, had narrower reference. While further investigation is needed to gain a better understanding of this lexical domain, our preliminary study of texture terms in P’urhepecha adds to the very few sources that have investigated this area of linguistic inquiry, and also deepens our knowledge of the complex morphology and contact-induced features of the language (cf. Chamoreau 2012).","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"239 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140704010","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-04-08DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675364
Martín Califa, V. Belloro
Se considera al guaraní paraguayo como una lengua con orden básico SVO, aunque flexible en virtud de motivaciones discursivas. En un estudio de corpus de narrativas, Tonhauser & Colijn (2010) muestran que los sujetos se distribuyen de manera equitativa entre la posición pre y postverbal, aunque sin lograr identificar motivaciones claras para este patrón. En este trabajo retomamos este punto llevando a cabo un análisis de narrativas desde un enfoque predominantemente inductivo y cualitativo. Así, encontramos que los sujetos postverbales corresponden a tres clases: i) emisores en oraciones de reporte de discurso directo, ii) antitópicos en contextos de ambigüedad referencial, y iii) referentes focales en oraciones presentativas. Puesto que solo los últimos pueden considerarse para un análisis de orden de constituyentes, la posición mayoritaria de los sujetos resulta ser la preverbal. Mostramos, asimismo, que los sujetos preverbales tienen menos restricciones en términos de la estructura informativa que admiten, lo que junto con su mayor frecuencia textual nos lleva a caracterizarlos como no marcados. Finalmente, esbozamos algunas implicancias diacrónicas y tipológicas de nuestros hallazgos.
巴拉圭瓜拉尼语被认为是一种具有基本 SVO 顺序的语言,尽管因话语动机而具有灵活性。Tonhauser 和 Colijn(2010 年)在对叙事语料库的研究中表明,主语在前置和后置言语位置之间均匀分布,但却无法确定这种模式的明确动机。在本文中,我们主要通过归纳和定性的方法对叙事进行分析,从而探讨这一点。因此,我们发现语后主语分为三类:i) 直接话语报告句中的发话人;ii) 指代模糊语境中的反指;iii) 陈述句中的焦点指代。由于成分顺序分析只能考虑后者,因此大多数主语的位置都是前置主语。我们还表明,前言主语在信息结构方面受到的限制较少,再加上它们在文本中出现的频率较高,因此我们将它们定性为无标记主语。最后,我们概述了我们的发现的一些非同步和类型学意义。
{"title":"Motivaciones para la posición variable del sujeto en guaraní paraguayo","authors":"Martín Califa, V. Belloro","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675364","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675364","url":null,"abstract":"Se considera al guaraní paraguayo como una lengua con orden básico SVO, aunque flexible en virtud de motivaciones discursivas. En un estudio de corpus de narrativas, Tonhauser & Colijn (2010) muestran que los sujetos se distribuyen de manera equitativa entre la posición pre y postverbal, aunque sin lograr identificar motivaciones claras para este patrón. En este trabajo retomamos este punto llevando a cabo un análisis de narrativas desde un enfoque predominantemente inductivo y cualitativo. Así, encontramos que los sujetos postverbales corresponden a tres clases: i) emisores en oraciones de reporte de discurso directo, ii) antitópicos en contextos de ambigüedad referencial, y iii) referentes focales en oraciones presentativas. Puesto que solo los últimos pueden considerarse para un análisis de orden de constituyentes, la posición mayoritaria de los sujetos resulta ser la preverbal. Mostramos, asimismo, que los sujetos preverbales tienen menos restricciones en términos de la estructura informativa que admiten, lo que junto con su mayor frecuencia textual nos lleva a caracterizarlos como no marcados. Finalmente, esbozamos algunas implicancias diacrónicas y tipológicas de nuestros hallazgos.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"31 7","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140728084","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-04-08DOI: 10.20396/liames.v24i00.8675168
Gustavo de Godoy e Silva, Janina dos Santos Forte
O kheuól do Uaçá é uma língua indígena falada por dois povos de origens diferentes, os Karipuna e os Galibi-Marworno. Ambos compartilham Terras Indígenas no município de Oiapoque, Brasil, na fronteira com a Guiana Francesa. Apresentamos os principais aspectos da fonologia segmental da língua kheuól do Uaçá, variedade Karipuna. Neste trabalho utilizamos dados mais recentes e contamos com a introspecção de um dos autores, que é falante nativo de kheuól Karipuna. Através de pares mínimos e análogos, buscamos estabelecer os fonemas consonantais e vocálicos, bem como seus alofones. Recorremos à fonologia autossegmental da Geometria de Traços (Clements; Hume 1995) para capturarmos os fenômenos de nasalização (/j/ [ɲ], /g/ [ŋ]) e de abertura vocálica (/e/ [ɛ], /o/ [ɔ]) como instâncias de assimilação com a mudança do valor dos traços [nasal] e [aberto] (feature-changing assimilation), respectivamente. Explicamos a pós-aspiração consonantal /Ch/ [Cʰ] engatilhada por reajuste silábico, como o espraiamento do nódulo de Cavidade Oral (CO) de /h/ para a articulação secundária de CO da consoante precedente (partial assimilation). Pretendemos em trabalhos futuros descrever a fonologia segmental da variedade Galibi-Marworno do kheuól do Uaçá. Este estudo buscou apresentar uma contribuição original sobre a fonologia de uma língua indígena subdocumentada e ameaçada de extinção.
{"title":"Fonologia do kheuól do Uaçá, variedade Karipuna","authors":"Gustavo de Godoy e Silva, Janina dos Santos Forte","doi":"10.20396/liames.v24i00.8675168","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8675168","url":null,"abstract":"O kheuól do Uaçá é uma língua indígena falada por dois povos de origens diferentes, os Karipuna e os Galibi-Marworno. Ambos compartilham Terras Indígenas no município de Oiapoque, Brasil, na fronteira com a Guiana Francesa. Apresentamos os principais aspectos da fonologia segmental da língua kheuól do Uaçá, variedade Karipuna. Neste trabalho utilizamos dados mais recentes e contamos com a introspecção de um dos autores, que é falante nativo de kheuól Karipuna. Através de pares mínimos e análogos, buscamos estabelecer os fonemas consonantais e vocálicos, bem como seus alofones. Recorremos à fonologia autossegmental da Geometria de Traços (Clements; Hume 1995) para capturarmos os fenômenos de nasalização (/j/ [ɲ], /g/ [ŋ]) e de abertura vocálica (/e/ [ɛ], /o/ [ɔ]) como instâncias de assimilação com a mudança do valor dos traços [nasal] e [aberto] (feature-changing assimilation), respectivamente. Explicamos a pós-aspiração consonantal /Ch/ [Cʰ] engatilhada por reajuste silábico, como o espraiamento do nódulo de Cavidade Oral (CO) de /h/ para a articulação secundária de CO da consoante precedente (partial assimilation). Pretendemos em trabalhos futuros descrever a fonologia segmental da variedade Galibi-Marworno do kheuól do Uaçá. Este estudo buscou apresentar uma contribuição original sobre a fonologia de uma língua indígena subdocumentada e ameaçada de extinção.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"200 S595","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140730854","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-02-09DOI: 10.20396/liames.v24i00.8674549
H. Andrade
A partir de un corpus de 389 términos relativos al campo semántico de los animales recopilados en la zona de Papantla entre 2011 y 2019, este artículo analiza las principales estrategias lingüísticas utilizadas por los hablantes de totonaco para nombrar a los animales de su entorno. Entre éstas se puede mencionar el uso de términos simples, distintas estrategias morfológicas, la metáfora y la metonimia, los préstamos, la polisemia y la onomatopeya.
{"title":"Estrategias lingüísiticas involucradas en el campo sem´ántico de los animales en totonaco","authors":"H. Andrade","doi":"10.20396/liames.v24i00.8674549","DOIUrl":"https://doi.org/10.20396/liames.v24i00.8674549","url":null,"abstract":"A partir de un corpus de 389 términos relativos al campo semántico de los animales recopilados en la zona de Papantla entre 2011 y 2019, este artículo analiza las principales estrategias lingüísticas utilizadas por los hablantes de totonaco para nombrar a los animales de su entorno. Entre éstas se puede mencionar el uso de términos simples, distintas estrategias morfológicas, la metáfora y la metonimia, los préstamos, la polisemia y la onomatopeya.","PeriodicalId":517276,"journal":{"name":"LIAMES: Línguas Indígenas Americanas","volume":"61 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139895262","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}